terça-feira, 24 de setembro de 2013

ANALOGIAS E METÁFORAS PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS

Por: Saulo C. Seiffert Santos
 A CIÊNCIA E A ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA NO ÂMBITO ESCOLAR

Ciência segundo Chassot (2007a, p. 37) é sempre adjetivada (adjetivos científicos) e a define: “Ciência como uma linguagem para facilitar nossa leitura do mundo”, e que depois se acrescenta “A Ciência pode ser considerada uma linguagem construída pelos homens e mulheres para explicar o nosso mundo natural” (CHASSOT 2008, p. 63), e a marca da ciência atualmente é a incerteza (2007a, p.43) e complementa com a seguinte argumentação:

A Ciência é uma das mais extraordinárias criações do homem, que lhe confere, ao mesmo tempo, poderes e satisfação intelectual, até pela estética que suas explicações lhe proporcionam. No entanto, ela não é lugar de certezas absolutas e [...] nossos conhecimentos científicos são necessariamente parciais e relativos (CHASSOT 2007a, p. 113).

Attico Chassot (um químico e professor de Ensino das Ciências) compreende que a Ciência deve ser base para a leitura de mundo para os alunos na escola média [e fundamental], no seu livro Alfabetização Científica: questões e desafios para a educação (2006) faz uma resumido cenário sobre educação brasileira e realidade brasileira (política-economia neoliberal, globalização e tecnologia). Com uma proposta norteadora na Alfabetização Cientifica que explora as formas de se ler a natureza a partir da Ciência, isto é, procura a leitura política para a formação de um cidadão crítico, para isso conecta com a formação de currículos. No entanto, não deixa de trabalha com a valorização de saberes populares em relação aos conhecimentos científicos, trazendo a História da Ciência como proposta de ensino de Ciência para humanizar a consciência dos alunos que tem como referencia a própria Ciência.
A Alfabetização Cientifica para Chassot está vinculada ao Movimento Ciência, Tecnologia e sociedade (CTS), mas não detalha de forma especifica como articularia de forma direta esse viés, contudo através das suas propostas de integração dos benefícios da ciência com a sociedade normalmente através da escola é compreensível a Alfabetização Cientifica como meio de se contextualizar essas propostas, mas podemos pôr por anteparo na explicação de Teixeira:
Movimento CTS - conjugado com o conjunto de reflexões geradas na base conceitual das teorias progressistas em educação, e aliado aos avanços já alcançados pela pesquisa didática na área de ciências, incluindo também o trabalho realizado pelo programa construtivista (...), inegavelmente trouxe contribuições importantes para a área; poderá constituir-se em referencial para o redimensionamento da educação científica, com desdobramentos no campo da pesquisa e principalmente na prática pedagógica dos educadores e na própria sala de aula, com a possibilidade  de superação das práticas conservadoras que perpassam o ensino ministrado nos componentes curriculares pertencentes a esse ramo de ensino (TEIXEIRA 2003, p. 100).
                Na busca de uma síntese para Alfabetização Científica para Chassot seria a oportunidade de capacitar homens e mulheres a lerem a natureza através das Ciências como se fosse uma linguagem que é escrita e falada, compreendida e que se dá a relação entre os comunicantes, como também a possibilidade de poder entendê-la e manuseá-la conhecendo seus limites e responsabilidades (CHASSOT, 2006). Assim precisamos ser formadores, e não só informadores, de cidadãos através da reflexão da Ciência na escola contemporânea.

1.1   O professor formador em vez do professor informador
Como educador, observa as diretrizes dos PCNs e a legislação atual, percebe mais do que nunca não há espaço para o professor informador, no qual é àquele que se gratifica com ser transmissor de conteúdo (CHASSOT 2007, p. 26), mas ao professor(a) formador(a) que ensina menos, mais sabe descobrir novos conhecimentos, e especialmente, como usá-los tem lugar no novo contexto de Ensino de Ciências (CHASSOT 2007, p. 26). No curricular aponta as necessidades, as direções, missões e conteúdos a ser escolhido para a formação do aluno. Nele se realiza o professor.
Assim com esses pontos Chassot alinhavou a pergunta “Como construí-la e saber usá-la na vida?”. A construção é feita dentro do contexto democrático e o uso da Ciência como cidadão critico, que busca uma coletividade e a manutenção da mesma.
SANTOS, S. C.S. Apostila do Projeto Arquimedes. Projeto Arquimedes. Universidade do Estado do Amazonas. 2010.

FONTE:

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Quimicat... kkkkkkkkkkkkk

Olha só a carinha do gatinhoooooo...

Dicas e muito mais: Jogos no Ensino de Química



Aqui você encontra propostas de uso de jogos didáticos no ensino de diferentes conceitos químicos.

sábado, 21 de setembro de 2013

CURIOSIDADE: Por que o chocolate fica cinza algumas vezes? Ele pode ser comido assim?

Não há nada como abrir aquela caixa de chocolate tão esperada não é? E quando encontra apenas doces manchados e meio cinzas? Isso é ruim? Se o chocolate fica cinza assim, uma dessas duas coisas pode ser a causa: sugar bloom ou fat bloom.
sugar bloom normalmente é causado pela umidade na superfície. A umidade faz com que o açúcar no chocolate dissolva. Quando a umidade evapora, os cristais de açúcar permanecem na superfície. Se esse processo se repete, a superfície pode ficar pegajosa e até mais manchada. Embora o sugar bloom seja na maioria das vezes resultado de uma armazenagem muito úmida, ele pode acontecer quando o chocolate foi armazenado a uma temperatura relativamente fria e depois levado muito rápido para ambientes muito quentes. Quando isso acontece, o chocolate transpira, produzindo a umidade na superfície.
fat bloom é parecido com o sugar bloom, mas nesse caso é a gordura ou a manteiga de cacau que se separa do chocolate e se deposita na parte de fora do doce. Assim como acontece com o sugar bloom, as causas mais comuns do fat bloom são mudanças de temperatura bruscas e uma armazenagem muito quente.
Embora ele possa parecer um pouco menos saboroso do que um pedaço de chocolate brilhoso e com aquela cor marrom característica, um chocolate que sofreu esses processos pode ser comido sem problemas. Você pode sentir uma textura granulosa na parte de fora do chocolate que sofreu sugar bloom, mas ele ainda deve ter um gosto bom. Para evitar que isso aconteça com o seu chocolate, é só usar meios de armazenagem adequados.

Chocolates que não sofreram esses processos e foram armazenados de modo adequado
Não importa se o chocolate for branco, amargo, ao leite ou de qualquer outro tipo, a armazenagem adequada é a chave. Como ele pode facilmente absorver os sabores de comidas e de outros produtos próximos, o chocolate deve ser bem embalado e mantido longe de odores fortes. A temperatura ideal para armazenagem é algo em torno de 18 a 20ºC, com não mais de 50 a 55% de umidade relativa. Se armazenado adequadamente, você pode esperar que o chocolate ao leite e o branco fiquem bons por até seis meses. Outros tipos de chocolate podem durar ainda mais nas prateleiras.

Vídeo/Experimento: Água furiosa




domingo, 15 de setembro de 2013

Banho de espumas: a orgânica explica

Banho de espumas: a orgânica explica 
A espuma do mar: materiais orgânicos presentes.

É só ligar uma banheira e logo aparecem elas: de formato suave, cheiro agradável e que possui a propriedade de relaxar o corpo, além de promover a higienização. 

A espuma pode ser derivada do sabão, detergente, xampu, em geral de materiais orgânicos que passam por uma agitação. Elas são um conjunto de bolhas gasosas envolvidas por uma camada líquida. 

Daí você pode se perguntar: por que as bolhas só ficam em cima da água? As moléculas de espuma são hidrofóbicas, isso explica tudo, elas têm pavor à água e quando entram em contato com ela, tendem a se afastar o mais rápido possível. A espuma flutua em cima da água, por que neste local a tensão superficial cria buracos que permitem a presença de moléculas. A tensão superficial da água é enorme, essa tensão é responsável por unir as moléculas de água, mas em alguns pontos ela se torna mais fraca (parte superior do líquido). 

Mas se engana quem pensa que a espuma aparece só através do sabão, como já foi dito, ela tem origem de materiais orgânicos e é por isso que no mar, por exemplo, as ondas se quebram na praia e é formada uma camada de espuma em razão dos compostos orgânicos presentes na água. A poluição também é responsável pela formação de espumas, os rios poluídos são identificados pela espessa camada de espuma formada pelo despejo de detergentes industriais e outras impurezas. 

O tamanho das bolhas na espuma pode variar, sendo que podemos encontrá-las em tamanhos minúsculos na forma de uma massa, como é o caso do creme de barbear. Quanto menores forem as bolhas, mais densa (cremosa) será a espuma, e podemos encontrá-las na forma sólida também, a espuma de estireno é um exemplo, ela é mais conhecida como isopor. 

sábado, 14 de setembro de 2013

Diferença entre Gás e Vapor

Diferença entre Gás e Vapor
O vapor de água em uma chaleira pode ser condensado apenas com a diminuição da temperatura. Já os gases que são produzidos em processos industriais se liquefazem se houver também o aumento da pressão.
Visualmente o gás e o vapor parecem ter as mesmas características e, muitas vezes, nos referimos a eles como se fossem a mesma coisa. Por exemplo, muitas vezes falamos que a água está no estado gasoso, quando na realidade queremos nos referir ao vapor de água. O gás e o vapor são coisas bem diferentes.
Uma mesma substância no estado de vapor e no estado gasoso apresenta características distintas. Observe as características do vapor:
Definição conceitual de vapor.
Exemplo: o vapor de água, que está presente no ar, volta ao estado líquido simplesmente ao entrar em contato com um recipiente que está com a temperatura mais baixa. Na figura abaixo, a taça contém água gelada, consequentemente, o copo está gelado também, por isso o vapor de água do ar se liquefaz ao entrar em contato com esse copo.
O vapor de água condensou ao entrar em contato com a taça à temperatura menor.
O mesmo ocorre com a água que ferve em uma panela fechada: ela volta imediatamente para o estado líquido quando seu vapor entra em contato com a tampa da panela, que está a uma temperatura menor.
Definição conceitual de gás.
Exemplo: o gás liquefeito do petróleo (GLP), que é encontrado dentro dos botijões do gás de cozinha, permanece na fase líquida dentro dele e se torna gás fora do recipiente. Isso ocorre porque dentro do botijão a pressão é muito maior que a pressão atmosférica e a temperatura é mais baixa do que a de fora.
Para vermos a diferença no cotidiano, veja o caso das bolhas formadas ao aquecermos a água e as existentes no interior de um copo de refrigerante. Será que representam a mesma coisa?
Não. As formadas no copo de refrigerante e as que se formam inicialmente na água sem a aquecermos são gases liberados que estavam dissolvidos.
O gás utilizado na gaseificação de bebidas é o CO2 (dióxido de carbono ou gás carbono). Consegue-se dissolvê-lo no líquido exatamente por meio de um grande aumento da pressão e da diminuição da temperatura. É por isso que quando abrimos um refrigerante (diminuição da pressão), e o líquido está quente (aumento da temperatura), há uma grande liberação de gases.
Agora, quando aquecemos a água, a formação de bolhas se dá porque a água começa a passar para o estado de vapor. E esta bolha só sobe para a superfície quando a pressão do vapor dentro dela se torna igual à pressão atmosférica.
Assim, a bolha do refrigerante é de gás e a bolha do aquecimento da água é de vapor.
Qual a diferença entre as bolhas formadas com o aquecimento da água e as bolhas do refrigerante?

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Ácido fólico: essencial na gravidez


Ácido fólico: essencial na gravidez 
Proteja seu bebê durante a gravidez.
O ácido fólico, também conhecido como vitamina B9, é muito popular entre grávidas. Mulheres que pensam em engravidar já devem se preocupar com os níveis deste ácido no organismo. Durante o primeiro mês de gestação, o ácido fólico já se revela importante, ele é essencial para evitar má formação do tubo neural do feto (espinha bífida). Por isso, é recomendável àquelas mulheres que pretendem engravidar, que façam uso de doses diárias (400 mcg) de ácido fólico antes da concepção. 

A doença conhecida como “espinha bífida” se caracteriza pela exposição da medula espinhal, podendo esta então ser danificada levando a uma paralisia dos membros inferiores. A ingestão de ácido fólico previne também a anencefalia, que é a falha no desenvolvimento do cérebro do bebê. 
Ácido Fólico
A ingestão de ácido fólico proporciona ainda outros benefícios para as grávidas: diminui os sintomas de enjoos e náuseas durante o primeiro trimestre de gravidez, diminui a incidência de partos prematuros, e ajuda a melhorar o leite materno. E as vantagens de ingerir tal ácido são também para adultos, a presença da vitamina B9 é essencial em processos metabólicos, síntese de ácidos nucleicos, formação do sangue e componentes celulares como: DNA, metionina, aminoácidos. 

Além dos suplementos vendidos em farmácias, você pode ainda apelar para alimentos ricos em ácido fólico natural: fígado, espinafre, amendoim, chicória, melão, nozes, castanha, ervilha, cogumelos, entre outros. 

O ácido fólico sintético é produzido em laboratório através da reação da pteridina, ácido glutâmico e ácido p-aminobenzoico, esses são componentes moleculares do ácido fólico. A síntese dá origem a cristais amarelo-escuros correspondentes ao ácido fólico no estado puro. 

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Novo plástico capaz de cicatrizar como a pele

Material é mais amigável do ambiente

Plástico sangra e regenera-se. <br> (Imagem: Marek Urban)

Plástico sangra e regenera-se.
(Imagem: Marek Urban)
Um engenheiro norte-americano, da Universidade do Sul do Mississippi, em Hattiesburg, desenvolveu um material capaz de imitar a pele humana, ou seja, plásticos capaz de"sangrar e cicatrizar quando cortado ou arranhado”.


O projecto de Marek Urban, financiado pelo Departamento de Defesa norte-americano, foi apresentado numa reunião da Associação Americana de Química (American Chemical Society – ACS). O material é semelhante ao plástico – um polímero baseado em longas cadeias de átomos de carbono –; no entanto, a essas cadeias, Urban acrescentou pequenos elos moleculares, que se quebram e mudam de forma quando o plástico sofre danos.
Essa alteração promove a mudança de cor, uma mancha vermelha (que imita sangue) se forma em redor da zona afectada e indicado onde existe um problema. A auto-reparação pode ocorrer diversas vezes.


O material é mais amigável do ambiente do que os outros plásticos, uma vez que o processo de produção tem como base a água, em vez de ingredientes tóxicos. No entanto, a grande questão é: Para que serve? Este composto pode servir para substituir materiais que precisam de ser duráveis, mas se desgastam com o tempo, tal como automóveis, aviões, móveis, computadores, entre outros.


terça-feira, 10 de setembro de 2013

Uma lâmpada de 100 watts precisa de quanto carvão para funcionar?

Começaremos descobrindo quanta energia em quilowatts-hora a lâmpada utiliza por ano. Multiplicamos quanta energia ela utiliza em watts pelo número de horas em um ano. Isso resulta em 0,1 kW x 8.760 horas ou 876 kWh.
A energia térmica contida no carvão é de 6.150 kWh/ton. Embora os geradores de energia a carvão sejam muito eficientes, eles ainda são limitados pelas leis da termodinâmica. Somente cerca de 40% da energia térmica do carvão são convertidos em eletricidade. Então, a eletricidade gerada por tonelada de carvão é de 0,4 x 6.150 kWh ou 2.460 kWh/ton.
Para descobrir quantas toneladas de carvão foram queimadas por nossa lâmpada, dividimos 876 kWh por 2.460 kWh/ton. Isso é igual a 357 t. Multiplicando por 2.000 libras/t, obtemos 714 libras (325 kg) de carvão. Essa é uma pilha e tanto de carvão, mas vamos observar o que mais foi produzido para acender a lâmpada.
Uma usina elétrica a carvão de 500 megawatts típica produz 3,5 bilhões de kWh por ano. Isso é energia suficiente para 4 milhões de lâmpadas funcionarem durante um ano inteiro. Para produzir essa quantidade de energia elétrica, a usina queima 1,43 milhões de toneladas de carvão. Ela também produz:
Poluentes
Total da usina
O valor de uma lâmpada no ano
Dióxido de enxofre - principal causa da chuva ácida10 mil Toneladas5 libras
Óxidos de nitrogênio - causa poluição e chuva ácida10.200 Toneladas5,1 libras
Dióxido de carbono - gás do efeito estufa suspeito de causar o aquecimento global3.700.00 Toneladas1852 libras
Ela também produz pequenas quantidades de quase todos os elementos da tabela periódica, incluindo os radioativos. Na verdade, uma usina elétrica a carvão emite mais radiação que uma usina nuclear (que esteja funcionando apropriadamente).

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

A farinha pode explodir?

A farinha de trigo é composta principalmente por amido. Conforme o artigo Como funciona a alimentação, sabe que o amido é um carboidrato, ou seja, é composto de moléculas de açúcar em cadeia. Qualquer pessoa que já tenha derretido um marshmallow no fogo sabe que o açúcar queima rapidamente. O mesmo acontece com a farinha.
A farinha e muitos outros carboidratos tornam-se explosivos quando ficam suspensos no ar como . Basta cerca de 50 gramas de pó por metro cúbico de ar para que a mistura torne-se inflamável. Os grãos de farinha são tão pequenos que podem pegar fogo instantaneamente. Quando um grão pega fogo, ele queima outros grãos ao seu redor e a chama pode se alastrar por uma nuvem de poeira com uma força explosiva. Praticamente todos os pós de carboidrato, incluindo açúcar, mistura para pudim, serragem fina etc, explodem ao serem queimados.
Quando ouvir uma notícia sobre uma explosão em um elevador de grãos, saiba que foi isso o que aconteceu. Uma faísca ou uma fonte de calor inflamou a poeira no ar e ela explodiu.

domingo, 8 de setembro de 2013

Pressão... pressão... rssss

Super curti o momento retardado da noite  de Alialdo... ou o retardado momento de Alialdo da noite ou o retardado Alialdo da noite no momento... ahhh sei lá... só sei que a imagem é legal...

sábado, 7 de setembro de 2013

Químicos fabricam chocolate mais saudável

Nova tecnologia está a ser apresentada no 

Congresso da Sociedade Americana de Química


Stefan A. F. Bon, da Universidade de Warwick (créditos: Universidade de Warwick)

Uma tecnologia que está a ser apresentada no Congresso da Sociedade Americana de Química, que teve ontem início em New Orleans, permite fabricar “chocolate mais saudável”. Segundo os investigadores da Universidade de Warwick (Reino Unido), o chocolate é feito com sumo de fruta. Mantendo o sabor, é muito menos calórico.

Os químicos explicam que o sumo, em forma de micro-bolhas, ajuda a preservar a sensação aveludada na boca que normalmente produz chocolate. A textura é firme, mas derrete na boca. O processo também impede que se forme a película branca que cobre a superfície do chocolate quando este está guardado há algum tempo.


A química é um ponto de partida para se fabricar um chocolate saudável”, afirma o investigador Stefan A. F. Bon. Esta abordagem “mantém as coisas que fazem com que o chocolate saiba a chocolate, mas com sumo de fruta em vez de gordura”.

Os investigadores estão agora à espera que a indústria alimentar dê os passos seguintes e utilize a tecnologia para fazer tabletes de chocolates e outro doces com pouca gordura.
O alto conteúdo em gordura e açúcar do chocolate é uma desvantagem em comparação com os seus altos níveis de antioxidantes flavonoides. Uma porção de dois gramas de chocolate negro pode conter 13 gramas de gordura, 20 por cento da gordura total diária recomendada. Grande parte dessa gordura é saturada, ou seja, muito pouco saudável.

A tecnologia funciona com chocolate negro, de leite e branco, e os cientistas utilizaram sumo de maçã, laranja e arando numa emulsão Pickering.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Como funcionam os produtos fosforescentes?


Você encontra coisas fosforescentes em todo lugar, mas o comum mesmo é vê-las em brinquedos. Existem ioiôs fosforescentes, bolas fosforescentes, móbiles fosforescentes e até (dá para acreditar?) pijamas fosforescentes.
Se você já viu qualquer desses produtos, sabe que todos eles precisam ser "carregados". Você os coloca debaixo ou contra uma luz e depois os leva para um local escuro. Lá eles brilharão por 10 minutos. Alguns dos novos produtos fosforescentes conseguem brilhar por várias horas seguidas. Em geral, trata-se de uma tênue luz verde, não muito brilhante. Para conseguir percebê-la você precisa estar quase na mais completa escuridão.
Todos os produtos fosforescentes contêm fosforosos. Um fosforoso é uma substância que irradia luz visível depois de ter sido energizada. Os dois locais onde é mais comum encontrarmos fosforosos são as telas de TV ou monitores de computador e as lâmpadas fluorescentes. Na tela de uma TV, um feixe de elétrons atinge o fósforo e o energiza (veja Como funciona a televisão para saber mais detalhes). Na luz fluorescente, uma luz ultravioleta é que energiza o fósforo. Em ambos os casos o que nós enxergamos é luz visível. 
A tela colorida de uma TV contém milhares de pequenos elementos de imagem com fósforo que emitem três cores diferentes (vermelho, verde e azul). No caso da luz fluorescente, o que normalmente existe é uma mistura de compostos contendo fósforo que juntos criam uma luz que parece branca aos nossos olhos.
Os químicos criaram milhares de substâncias que comportam-se como um fosforoso. Os fosforosos apresentam três características:
  • o tipo de energia necessária para energizá-los
  • a cor da luz visível que produzem
  • a duração do brilho depois de terem sido energizados (conhecida como a persistência do fosforoso)
Para fazer um brinquedo fosforescente é preciso um fosforoso que se deixe energizar com luz normal e que tenha uma persistência bem longa. Há dois fosforosos que apresentam essas propriedades, são eles o sulfeto de zinco e o aluminato de estrôncio. Mais recente, o aluminato de estrôncio é aquilo que você vê nos brinquedos "super" fosforescentes. Sua persistência é muito mais duradoura do que a do sulfeto de zinco. A maioria dos produtos fosforescentes são feitos de plástico moldado ao qual foi acrescentado algum composto contendo fósforo.
Às vezes é comum encontrar algum produto que brilha mas que não precisa de nenhuma carga. Isso acontece com freqüência nos ponteiros de relógios de luxo. Nesses produtos o composto de fósforo é misturado a um elemento radioativo, cujas emissões radioativas energizam incessantemente o fósforo. Antigamente o elemento radioativo era o rádio, o qual possui uma meia vida de 1.600 anos. Hoje a maioria dos relógios luminescentes utiliza um isótopo radioativo do hidrogênio chamado trítio (cuja meia vida é de 12 anos) ou promécio, um elemento radioativo criado pelo homem com uma meia vida em torno de três anos.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Setor de Biotecnologia traz grandes oportunidades

Segundo avaliação do professor de Engenharia de Produção da Coordenação de Programas de Pós-Graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Marcos Cavalcanti, o Brasil precisa investir no conhecimento. Para o professor é preciso foco no capital humano e na inovação. O Brasil necessita, em primeiro lugar, identificar as áreas em que pode ser mais competitivo. A biotecnologia, por exemplo, apresenta esse potencial inovador, explica Cavalcanti.
Em entrevista à Agência Brasil, Cavalcanti destacou a necessidade de o país ter uma estratégia de inovação que contemple o setor da biotecnologia de maneira eficaz. "Hoje, a gente pulveriza os poucos recursos que tem em inovação", justifica o professor.
Para ele a biotecnologia é a principal área em que o Brasil tem de investir em inovação. A justificativa dada por Marcos é que o país tem a floresta com a maior biodiversidade do planeta, porém não há uma estratégia que seja voltada para o desenvolvimento sustentável e a exploração dos recursos genéticos existentes na região.

Biotecnologia
É a aplicação de conhecimentos químicos e biológicos e de novas tecnologias nas áreas da saúde, de alimentos, química e ambiental. O profissional de Biotecnologia é multidisciplinar, pois entende tanto de biologia quanto de química, física, estatística e informática. Em laboratório, ele estuda o melhoramento genético, a criação e o gerenciamento de novos produtos, que podem ser medicamentos, ingredientes para alimentos industriais ou até mesmo uma planta. Na área da microbiologia, estuda fungos, bactérias, vírus e protozoários e as moléstias que eles causam em plantas e no organismo do homem e de animais, além de pesquisar métodos de utilização desses microrganismos na produção de alimentos e bebidas, como laticínios, cerveja e vinho.
O especialista em imunologia emprega os microrganismos na produção de vacinas e medicamentos. Em indústrias alimentícias e farmacêuticas, cuida do controle do crescimento microbiano e da segurança e higiene no ambiente de trabalho, assim como controla a qualidade do produto final. Também atua em órgãos de controle ambiental, na avaliação e prevenção da contaminação da água e do solo. Com formação específica, trabalha como engenheiro, projetando, construindo e operando equipamentos que reproduzem, em escala industrial, processos que envolvam células vivas, empregados na fabricação de medicamentos, cosméticos, alimentos ou química em geral.

Mercado
Estimativas da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) apontam que  a população mundial chegará a 9 bilhões até 2050. É preciso, segundo a entidade, aumentar a produção de alimentos em 70% para dar conta de tanta gente. E, para isso, aposta que somente com técnicas de biotecnologia será possível chegar a esse patamar de produção. Além do setor de alimentos, os mais aquecidos são os de biocombustíveis (bioetanol e biodiesel), medicamentos (vacinas e hemoderivados), melhoramento genético animal (bovino, caprino e ovino), meio ambiente e conservação de espécies (biorremediação, controle de poluentes e bioindicadores).

Atuação
Meio ambiente - Estudar processos biotecnológicos para a recuperação de solos e o aprimoramento da agricultura. Pesquisar a poluição e a contaminação do ar, da água e do solo por microrganismos.
Alimentos e bebidas - Acompanhar a produção de alimentos e bebidas que levem microrganismos em sua composição, como queijos e cervejas.
Saúde - Pesquisar o uso de microrganismos na produção de medicamentos e vacinas. Identificar micróbios causadores de doenças em laboratórios de análises clínicas e institutos de pesquisa. Atuar na prevenção, no controle e no combate a infecções hospitalares.
Agronegócios - Aprimorar técnicas de combate a pragas e doenças nas lavouras e nos rebanhos.
FONTE: 

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

1º Encontro Nacional de Jogos e Atividades Lúdicas em Ensino de Química


Está no ar a página de informações do I Encontro Nacional de Jogos e Atividades Lúdicas em Ensino de Química. Esse evento será realizado nos dias 29, 30 e 31 de Janeiro de 2014, no Instituto de Química da Universidade Federal de Goiás.
O I JALEQUIM é um encontro promovido pelo Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas do IQ – UFG e tem o objetivo de congregar e socializar as várias experiências relacionadas a utilização de jogos e atividades lúdicas no ensino de química.

AGUARDEM A ABERTURA DAS INSCRIÇÕES!!!!!!

Informações importantes: 
Os trabalhos completos ou resumos podem ser submetidos de acordo com os temas a seguir:
JOGOS, ATIVIDADES LÚDICAS E APRENDIZAGEM (JAP)
Trabalhos de pesquisa que utilizam jogos e atividades lúdicas e que considerem a devida relação destes com as várias teorias de ensino e aprendizagem aplicadas aos conceitos químicos diversos.
JOGO E AVALIAÇÃO (JAA)
Trabalhos de pesquisa que utilizam jogos e atividades lúdicas e suas relações com os pressupostos teóricos da avaliação do ensino e da aprendizagem no ensino de química.
EPISTEMOLOGIA E FILOSOFIA DO JOGO (EFJ)
Trabalhos de pesquisa que explorem a relação do jogo com a filosofia, pedagogia ou que discutam a própria epistemologia do jogo.
RELATO DE SALA DE AULA - JOGOS DIGITAIS (RJD)
Trabalhos de pesquisa ou relatos de experiência que descrevam a aplicação de Jogos Digitais no ensino de química. Em se tratando de relatos de experiência, os resultados devem ser claros, demonstrando a eficácia ou não, do jogo aplicado em sala de aula ou em ambiente escolar.
RELATO DE SALA DE AULA - JOGOS ANALÓGICOS (RJA)
O mesmo do item anterior. No entanto, aqui se consideram jogos analógicos, ou seja, não digitais, por exemplo, jogos de tabuleiros, de cartas, etc.
RELATO DE SALA DE AULA - EXPERIÊNCIAS DO PIBID (REP)
O mesmo dos dois itens anteriores. Espaço reservado para relatos de experiência dos vários programas PIBID espalhados pelo Brasil que utilizem jogos e atividades lúdicas.
LUDICIDADE E EXPERIMENTAÇÃO (LEE)
Trabalhos de pesquisa que consideram a devida relação entre a ludicidade e experimentos laboratoriais
Não há, necessariamente, uma restrição à submissão de atividades lúdicas ou jogos.

Isto é, jogos podem ser aqueles de cooperação, de competição, jogos teatrais, RPG e todas as variações em relação ao tema.

Para maiores detalhes acessem: 

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Atividades lúdicas são aliadas no processo ensino-aprendizagem







Professora de química há 12 anos, Eliana Moraes de Santana logo percebeu que as atividades lúdicas poderiam ser uma alternativa importante no processo de ensino-aprendizagem da disciplina. Ela passou a se identificar com a temática lúdica quando ainda era aluna de licenciatura em química. Logo começou a ler, pesquisar e adotar métodos próprios em suas aulas. Até hoje, mantém pesquisa sobre o uso de jogos e atividades divertidas no ensino de ciências, química e educação ambiental.
“No modelo tradicional, o aluno é sujeito passivo, reprodutor e repetidor do processo de aprendizagem”, diz. “Com as atividades lúdicas, ele se torna sujeito ativo, construtor de seu conhecimento.”
Professora de ensino fundamental e médio, Eliana trabalha no Colégio Estadual General Osório e na Escola Pio XII, em Itabuna, sul da Bahia, e no câmpus de Ilhéus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA). Neste, ela leciona a alunos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).
Uma atividade criada pela professora — O Uso do Jogo Autódromo Alquímico como Mediador da Aprendizagem no Ensino de Química —, aplicada em turmas do nono ano do ensino fundamental da Escola Pio XII, serviu de tema para a dissertação de mestrado em ensino de ciências, modalidade química, na Universidade de São Paulo. No trabalho, segundo ela, a importância dos jogos e atividades lúdicas no processo de ensino e aprendizagem em química é apresentada e discutida em sua extensão para afirmar a relação íntima entre essas metodologias e as emoções existentes em cada aluno. Na visão de Eliana, a aprendizagem é facilitada quando os estudantes estão envolvidos emocionalmente no processo.
Em 2012, com o projeto Os Defensores do Meio Ambiente, a professora baiana conquistou o primeiro lugar em concurso promovido pela Sociedade Brasileira de Química (SBQ), na modalidade de atividades desenvolvidas com estudantes matriculados em turmas do terceiro ao nono ano do ensino fundamental. Hoje, com alunos do primeiro ao quinto ano da Escola Pio XII, ela executa o projeto Clube da Ciência: Levando Divertimento aos Experimentos. A proposta do trabalho é facilitar a alfabetização científica dos estudantes com o uso de experimentos, jogos, brincadeiras, dramatizações, filmes e outros tipos de atividades.
Superação — A vocação para a área de ensino de química surgiu como uma superação pessoal, quando Eliana ainda era aluna do ensino fundamental. “Não gostava da disciplina, achava que só servia para decorar fórmulas e fazer contas e não conseguia visualizar como a tabela periódica poderia fazer parte da minha vida prática”, afirma. Ela atribui o desinteresse de então à maneira de o professor ministrar as aulas. “Foi inevitável criar uma antipatia pela química e, consequentemente, fiz recuperação da matéria, considerada maçante naquele momento.”
A necessidade de estudar para passar de ano fez a então estudante passar a gostar do assunto. “Para superar as dificuldades, comecei a pesquisar e a perceber como era interessante e lógica aquela ciência”, revela. “Acabei me apaixonando pela química.”
Com a participação em eventos acadêmicos sobre o ensino de química, Eliane começou a observar as inovações e metodologias que tornavam mais agradável o ensino da matéria. “Não queria reproduzir em sala de aula o que me traumatizou no passado”, destaca. Interessada em contribuir para a atualização dos colegas, ela criou, no ano passado, o blogue Química Lúdica, que contabiliza mais de 22 mil acessos. “Sempre tento postar coisas novas, que contextualizem o ensino e tornem a química mais divertida para todos nós.”
Fonte: Portal MEC
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