quinta-feira, 30 de junho de 2016

Roleta Química, o jogo dos íons!!

Pois bem, hoje trago para vocês um jogo virtual, e também uma adaptação real, que envolve a formação de substâncias químicas a partir de cátions e ânions, além trabalhar a nomenclatura destes compostos formados. (Keep calm! Não me atire pedras por sugerir um jogo que trabalha nomenclaturas antes de ler o post… 😩)

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imagens de quimicaempratica.com

Encontrei esse jogo online em um site português ao verificar a sugestão de jogos online elaborado pelo Catraca Livre. Alô alô, galera de Portugal que acompanha o Química em Prática, vocês estão aí? ✌️ O Roleta Química é de 2004, fruto da tese de mestrado da Marta Silva Magalhães Albuquerque dos Santos, e você pode conferir este jogo aqui 👈.
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No caso da versão online, o objetivo é acertar os nomes e fórmulas dos compostos iônicos. As regras vocês podem conferir na imagem abaixo.
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Então, a uma bolinha é jogada e define quais íons você obteve.
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No caso, eu tirei os íons cálcio e iodeto e precisei fornecer o nome e a fórmula química desta substância.
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Após, o sistema informa se acertei ou errei e contabiliza a pontuação.
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E assim sucessivamente…Também há a adaptação deste jogo confeccionado por E. R. Santana, M. P. Costa, W. R. Jesus e N. S. Izarias (os nomes completos não foram informados 😔) do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Goiás, apresentado ao 55º Congresso Brasileiro de Química que ocorreu em Goiânia-GO ano passado.
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Para confeccionar a roleta, eles utilizaram materiais de baixo custo como isopor, caixas de papelão, um disco de CD, uma bola de gude, uma miçanga, palitos de fósforo, cola e tinta.
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Segundo os autores, o isopor serviu como suporte para a roleta e circunferências, cujos raios são de aproximadamente 30 cm e 10 cm. Com o papelão, eles fizeram um declive em direção à roleta menor, para que quando a miçanga fosse jogada, caísse.
Como mostra a imagem (gostaram do gif que montei? hahaha 😜), a bola de gude serviu como um peso para o CD, a roleta menor, a fim de que ele girasse quando fosse feito o movimento. Além disso, os autores decidiram dividir os íons selecionados com palitos de fósforo. Posteriormente, a roleta foi pintada com as cores azul e vermelha, com o objetivo para separar cada casa que pudesse ser selecionada. Feito isso, colaram papéis com os cátions no disco superior e os ânions no disco inferior 😉.
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Na tabela abaixo encontram-se todas as possíveis substâncias formadas ao utilizar os mesmos íons que eles utilizaram para esta roleta química 👇.
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E aí, o que vocês acharam dessa proposta para os alunos se familiarizarem um pouco com a nomenclatura dos compostos inorgânicos? 😁 Queria muito saber a opinião de vocês, mesmo que não tenham gostado 😬.
Claro que estou ciente de que as aulas de Química não devem se restringir apenas ao estudo dos nomes das substâncias, porque isso não traz alguma utilidade para suas vidas e para a cidadania, como discuti no post Educação em Química – compromisso com a cidadania 😊. No entanto, caso fosse trabalhado esse conteúdo em algum momento, uma ou duas partidas dessa Roleta Química poderiam ser jogadas, ou poderiam jogar a versão online com a turma (caso disponha de um projetor), ou até mesmo poderia indicar aos alunos para que acessassem em casa. O que acha?❓
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Quanto à pontuação ou número de grupos a jogar, fica ao seu critério. No entanto, a proposta desenvolvida pelos autores com seus alunos foi a sala divida em dois grupos com uma webcam transmitindo o jogo numa projeção na TV para a turma toda. Após um dos grupos rodar a roleta e jogar a bolinha, onde ela parasse deveria ser indicado seus cátion e ânion, bem como sua fórmula química e nomenclatura. Então, valendo um ponto para a equipe, ela teria alguns segundos para descrever no quadro os íons, a combinação destes e sua nomenclatura. Abaixo, uma montagem de alunos jogando em grupos.
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Caso o grupo não conseguisse descrever, a outra equipe teria a oportunidade de responder a questão em um tempo menor do que a equipe principal da rodada e ganhar o ponto para sua equipe. Caso ambos respondessem incorretamente, ninguém marcaria ponto. A equipe vencedora foi aquela que ao fim do jogo teve mais acertos.
Acredito que seria mais proveitoso se desenvolvêssemos este jogo em mais grupos, para que uma maior parte dos alunos pudesse de fato se envolver. Talvez equipes de três alunos… E também se os alunos pudessem consultar uma tabela de cátions e ânions, para que pesquisem e aprendam com o jogo, se familiarizando com proporções e termos químicos 😉.
Tenho uma tabela de cátions e ânions que gosto muito, feita por um antigo professor. Só que não consegui escanear pra vocês, não sei o que houve com minha impressora 😥. Então tirei foto mesmo e fiz essa montagem. Desculpa pela qualidade ruim! Se alguma alma boa quiser transcrever isso, depois me manda que atualizo este post. Ou quando tiver um tempinho transcrevo tudo. Comecei mas vi que iria demorar muito e estou sem tempo de transcrevê-la agora 😕.
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FONTE: https://quimicaempratica.com/2016/03/04/roleta-quimica-o-jogo-dos-ions/

terça-feira, 28 de junho de 2016

O poder do cérebro em evitar distrações

Diante de um estímulo relevante, nossa mente recorre a um “truque”: a reação a distrações tende a diminuir, de modo que, comparativamente, o alvo de interesse ganha destaque em relação aos demais.
ISTOCKPHOTO

Você está dirigindo por uma rodovia por onde não costuma transitar e sabe que a saída está em algum lugar desse trecho da estrada, mas nunca a utilizou antes e não quer perdê-la. Enquanto olha atentamente para um lado em busca do sinal de saída, numerosas distrações se intrometem em seu campo visual: cartazes, um conversível charmoso, o toque do celular. Como o seu cérebro se concentra na tarefa que está realizando? Para responder a essa pergunta, neurocientistas em geral estudam o modo como o cérebro reforça sua resposta para o que você está procurando, condicionando-se com um impulso elétrico especialmente forte quando vê o que procura. Outro “truque” neurológico pode ser igualmente importante: segundo um estudo divulgado pelo periódico científica Journal of Neuroscience, o cérebro enfraquece sua reação deliberadamente perante tudo o mais, de modo que, comparativamente, o alvo de interesse ganhe destaque. E o mais curioso: fazemos isso sem sequer perceber.

Os neurocientistas cognitivos John Gaspar e John McDonald, ambos pesquisadores da Universidade Simon Fraser, na Colúmbia Britânica, Canadá, chegaram a essa conclusão depois de pedirem a 48 universitários que fizessem testes de atenção em um computador. Os voluntários deveriam identificar rapidamente um círculo amarelo isolado em meio a um conjunto de círculos verdes sem serem distraídos por um círculo vermelho ainda mais chamativo. Durante todo esse tempo os pesquisadores monitoraram a atividade elétrica no cérebro dos estudantes por meio de uma rede de eletrodos conectados a seu couro cabeludo. Como primeira evidência direta desse processo neural em particular em ação, os padrões registrados revelaram que o cérebro dos participantes do experimento consistentemente suprimira reações a todos os círculos, exceto quando se referia a aquelas formas geométricas que estavam procurando.
Resultado de imagem para neurotransmissores moléculas
Alguns neuro trnasmissores (imagem de qnint.sbq.org.br)
“Neurocientistas estão cientes da supressão há algum tempo, mas ela não tem sido tão estudada quanto mecanismos que aumentam a atenção”, salienta McDonald. “A novidade é que, com esse trabalho, determinamos como é possível evitar distração por meio da supressão.”

O neurocientista acredita que pesquisas desse tipo algum dia poderão ajudar os cientistas a entender o que ocorre no cérebro de pessoas com problemas de atenção, como o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDA/H). E, em um mundo cada vez mais permeado de distrações, o que é um importante fator para acidentes de trânsito, qualquer insight sobre como o cérebro concentra atenção deve despertar também a nossa. (Por Ferris Jabr, jornalista científico)

Esta matéria foi publicada originalmente na edição de abril/2016 de Mente e Cérebro, disponível na Loja Segmento: http://bit.ly/1WusOOZ


segunda-feira, 20 de junho de 2016

Olha que legal esse estudo: "Ver fotos de bichinhos fofos aumenta concentração"


Observar esse tipo de imagem desperta instinto protetor e deixa as pessoas mais cuidadosas
Imagem de Liliya Kulianionak/Shutterstock

A maioria dos usuários de internet já recebeu em sua caixa de e-mail fotografias de filhotes de cão ou gato flagrados com alguma expressão divertida, fantasiados com roupas de humanos ou em posições engraçadinhas. Pesquisadores japoneses decidiram estudar o efeito dessas imagens sobre a cognição e descobriram que observar fotos de animais kawaii – “fofo”, em japonês – pode ajudar a melhorar a concentração.  


Em um estudo publicado na PloS One, cientistas da Universidade de Hiroshima pediram que cerca de 50 estudantes participassem de tarefas que exigiam atenção, como um popular jogo infantil japonês que consiste em movimentar pequenos objetos com uma pinça sem deixá-los cair.  Antes das atividades, porém, metade dos voluntários viu fotos de bichinhos mostradas pelos pesquisadores, que observaram que esse grupo demonstrou muito mais foco e minúcia. Segundo os autores, mais que provocar emoções positivas, essas imagens despertam uma espécie de instinto protetor, o que deixa as pessoas mais atenciosas e cuidadosas. “É possível que o aumento da sensibilidade estimule movimentos mais suaves e precisos”, diz o coordenador da pesquisa, Hiroshi Nittono.

Então aí vai nossa contribuição para sua concentração:
Imagem de www.verfotos.net
iamgem de espelhoestilista.blogspot.com
imagem de focusfoto.com.br
imagem de www.ideafixa.com
FONTE: http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/ver_fotos_de_bichinhos_fofos_aumenta_concentracao.html

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Como estudar: Ensine seu cérebro a se concentrar

imagem de creationsciencenews.wordpress.com
Deixar o celular longe, reunir o material de estudo de forma organizada, desligar a TV, sair da Internet, deixar água e algum lanche por perto, ficar sozinho e seguir um bom planejamento ajudam a melhorar o rendimento quando você precisa estudar, mas… cadê a concentração?
Se mesmo com toda a preparação do mundo seus pensamentos continuam bem longe da matéria que você precisa estudar e está difícil focar no mesmo texto ou exercício, dê uma olhada nestas três técnicas. Você pode usá-las separadamente, ou fazer um combinado para ajudar seu cérebro a se concentrar. Sim, é possível treinar o cérebro para focar numa única tarefa por mais tempo, do mesmo jeito que se pode treinar o corpo para fazer musculação, aprender capoeira, dançar ou correr uma maratona.
Técnica do Intervalo
Se está difícil de se concentrar, forçar a barra para passar horas e horas diante dos livros não ajuda em nada. Se a ideia é começar a treinar seu cérebro para tirar o melhor proveito das suas horas de estudo, vale começar aos poucos.
A Técnica Pomodoro, inventada em 1980 por Francesco Cirillo, é um método de gerenciamento do tempo. A ideia é simples: usar um timer para marcar pequenos períodos de produtividade. Você pode usar um daqueles timers de cozinha, qualquer relógio ou mesmo o seu celular. O método recomenda 25 minutos de concentração, mas você pode chegar lá aos poucos.
Antes de iniciar sua tarefa, lista de exercícios ou leitura, programe o alarme para um tempo curto, digamos, 10 minutos. Ao fim desse intervalo, faça uma pausa de dois minutos. Repita até completar quatro ciclos e faça uma pausa maior. Vá aumentando o tempo de concentração aos poucos, de cinco em cinco minutos, até alcançar o período ideal para você.
Só mais cinco…
Não, não são aqueles “só mais cinco minutinhos” quando o despertador toca de manhã cedo. É uma técnica para resistir à vontade de largar tudo que bate diante de uma tarefa extensa ou aborrecida demais. É uma boa maneira de lidar com o desânimo que dá, por exemplo, quando aqueles 20 exercícios de Química parecem uma barreira intransponível, ou quando o livro não está nem na metade e você já pensa em desistir.
O objetivo aqui, em vez de largar tudo e sair correndo, é dizer a si mesmo que você vai fazer só mais cinco coisas antes de desistir. Podem ser mais cinco exercícios, cinco questões daquela prova do vestibular anterior, cinco páginas do texto, cinco parágrafos do livro obrigatório, ou mesmo cinco linhas! Quando acabar, do mesmo jeito que você aperta o botão do despertador pra dormir mais cinco minutinhos, fale pra si mesmo: “só mais cinco”.
Ao quebrar a tarefa “de cinco em cinco”, você vai aguentá-la por mais tempo e, quem sabe, até cumprir o objetivo sem muito sofrimento.
Meditação Instantânea
Às vezes, o que atrapalha é a ansiedade (“Tem muita matéria pra estudar, não vou dar conta!”), ou um problema qualquer que não tem nada a ver com o estudo. Nesses momentos, é importante deixar a mente livre de preocupações para que o tempo de estudo que você separou seja o mais produtivo possível.
Esta técnica de meditação pode ser aplicada em qualquer hora, em qualquer lugar. Vale para quando você precisa se concentrar nos estudos, mas também ajuda a baixar a ansiedade hora da prova.
O passo a passo é muito simples, está explicado num vídeo de mais ou menos cinco minutos e está em inglês, mas tem legendas em português.
ou veja aqui

FONTE: http://canaldoensino.com.br/blog/como-estudar-ensine-seu-cerebro-a-se-concentrar

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Novos elementos da tabela periódica recebem propostas de nomes

Os quatro elementos que faltavam para completar a sétima linha horizontal da tabela periódica e que foram anunciados no início deste ano agora receberam nomes.
Imagem reprodução folha.com
São eles nihonium (número atômico 113), moscouvium (115), tennessine (117) e oganesson (118).
Os grupos responsáveis pela descoberta foram convidados a submeter nomes que seguem as regras para batizar os elementos. Esses nomes então foram revisados pela divisão de química inorgânica da Iupac (União Internacional de Química Pura e Aplicada, na sigla em inglês), que recomendou sua aceitação. Depois de um período de consulta pública, os nomes serão aprovados e o resultado será publicado.

O elemento 113 foi batizado de nihonium em homenagem a um dos nomes para o Japão, Nihon (a terra do sol nascente). A descoberta foi feita no país. Já o elemento 115, moscovium, recebeu este nome por causa de Moscou, local do centro de pesquisa nuclear.O elemento 117, tennessine, foi batizado em homenagem ao Tennessee. O nome reconhece a contribuição do Oak Ridge National Laboratory e da Universidade Vanderbilt, que ficam no Estado americano. Já o elemento 118, organesson, homenageia o professor de física nuclear Yuri Oganessian. Ele liderou as pesquisas que levaram à sua descoberta.



FONTE: 
http://m.folha.uol.com.br/ciencia/2016/06/1779580-novos-elementos-da-tabela-periodica-recebem-propostas-de-nomes.shtml

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Micróbios “devoradores” de metais pesados

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Imagem da fonte citada abaixo
Encontrar micróbios eficazes para a obtenção de metais, nomeadamente Tungsténio, Telúrio e Gálio, que possam vir a ser utilizados em resíduos mineiros, transformando os resíduos num recurso valioso, é o objectivo do projecto internacional BioCriticalMetals, que junta 28 investigadores e indústria mineira de vários países.
O projecto, que envolve a recolha de micróbios em várias minas de Portugal e Argentina, é lançado na próxima segunda-feira, dia 6 de Junho, em Coimbra, numa reunião a decorrer no Auditório do Edifício Central da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), com a presença de todos os parceiros do consórcio.
Paula Morais, coordenadora do projecto, explica que o BioCriticalMetals foca-se em “encontrar alternativas aos processos químicos de obtenção de metais, desenvolvendo processos “verdes” baseados na actividade biológica, ou seja, utilizar microrganismos eficazes para a captação de metais pesados”.
A investigadora da FCTUC adianta que a equipa de cientistas já identificou um conjunto de micróbios com “potencial, mas queremos recolher e explorar mais espécies, com o objectivo de desenvolver biossensores para detectar e biofiltros para obter/recuperar metais críticos, tema que se enquadra dentro de um dos pilares europeus de desenvolvimento de estratégias alternativas para as matérias-primas”.
Esta abordagem biotecnológica, proposta pela equipa que integra a EDM – Empresa de Desenvolvimento Mineiro, a Beralt Tin e a Geoplano, é “relativamente barata e de simples aplicação” afirma Paula Morais, que descreve ainda como vai decorrer a investigação, com a duração de três anos: “a partir de organismos microbianos recolhidos em resíduos de minas, vamos isolar os que se apresentem com mais interesse, estudar os seus mecanismos genéticos e, se necessário, modifica-los para o desenvolvimento de bioferramentas (micro-mineiros) que serão depois testadas em ambientes diversificados”.
O programa da reunião de lançamento do projecto BioCriticalMetals, também disponível em: http://www.uc.pt/en/org/biocriticalmetals/activities/wokshop
FONTE: http://aurinegra.pt/microbios-devoradores-de-metais-pesados/

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Professor está sobrecarregado com tarefas que são dos pais, diz educador

A relação entre família, sociedade e escola é o tema da edição deste ano da Feira Educar Educador, que começa nesta quarta-feira (16/06/2016), no Centro de Exposições Imigrantes, na Zona Sul de São Paulo. O mestre em educação Marcos Meier vai dar a palestra que sintetiza o evento: "Família, sociedade e escola: onde pretendemos chegar?". Para ele, o professor tem sido obrigado a assumir uma tarefa que é relativa aos pais na educação de crianças e adolescentes.
Ao viajar o Brasil dando palestras para professores, o mestre em educação Marcos Meier, que já foi ele mesmo professor de matemática no Paraná, se deparou com uma tendência preocupante a partir dos depoimentos dos docentes. "O professor, que antigamente tinha tempo para ensinar o currículo, hoje tem que gastar 20 minutos corrigindo a indisciplina do aluno, fazendo-o sentar, pegar o caderno... Um monte de coisas da área da educação básica das famílias não está pronta, e o professor precisa dar conta disso", afirmou.
Segundo o especialista, o acesso à informação e tecnologia nos últimos anos tem feito com que as relações se modifiquem e os adolescentes de hoje, vivendo em famílias cada vez mais ocupadas e passando horas excessivas do dia com o telefone, o computador e o videogame, não desenvolva os mecanismos de socialização necessários para o convívio pessoal.
As famílias, para Meier, não devem ser divididas em "estruturadas" e "desestruturadas" por causa de sua formação, já que o aumento no número de divórcios tem criado novas relações. Ele defende o enfoque na funcionalidade da família. "Existem famílias com papai, mamãe e filhos que sãp desfuncionais, porque os pais não dão atenção às crianças, e famílias sem o pai, mas em que a mãe faz um trabalho maravilhoso, ou os avós e tios também ajudam", explicou.
A falta de tempo dos pais, também cada vez mais conectados às tecnologias, faz com que os poucos momentos com os filhos sejam de interação, com brincadeiras, jogos e diversão, e provoca a escassez momentos de intimidade necessários para construir uma relação de qualidade entre eles. O resultado é que as crianças hoje em dia chegam às escolas cada vez mais indisciplinadas, aumentando assim a exigência dos professores para manter a autoridade.
A 19ª Feira Educar/Educador mistura um amplo congresso com educadores com feira de negócios - são mais de 150 empresas expositoras e cerca de 230 palestrantes nacionais e internacionais. A feira vai até sábado (19). Leia a íntegra da entrevista de Meier ao G1.
Feira Educar 2011 (Foto: Divulgação)Feira Educar 2011 (Foto: Divulgação)
Do que se trata o tema geral da Educar 2012?
Eu farei a palestra-tema do evento, "Família, sociedade e escola: onde pretendemos chegar?". A nossa sociedade hoje está sofrendo transformações muito grandes em termos de acesso à informação e tecnologia, que faz com que as relações se modifiquem. Os adolescentes antigamente se reuniam e ficavam horas dançando ou batendo papo, fazendo festas de garagem. Então eles eram obrigados a aprender a lidar com o cara chato, com o sarna, aquele que incomoda. O adolescente tem a característica de corrigir um ao outro, pegar no pé, isso é muito saudável para desenvolver mecanismos de socialização, a pedir com licença, por favor, desculpa.

E qual a diferença hoje?
Com a tecnologia, ele não tem mais a oportunidade do olho no olho, se não gostou de um cara, ele bloqueia no MSN [mensageiro instantâneo], na sala de bate-papo. O adolescente não está mais acostumado a aceitar crítica, ele fica frágil, não suporta as críticas. Isso faz também com que, na escola, o professor que exija um pouco mais é mal visto. O adolescente reclama, acha ruim, não está acostumado a receber esse tipo de cobrança do professor que pega no pé.

Como a família influencia esse comportamento?
A indisciplina tem aumentado bastante justamente por causa do tempo. As crianças estão cada vez menos sob orientação de um adulto. O pai dificilmente tem tempo para ficar com os filhos, a mãe trabalhando fora ainda tem todas as atividades da casa. Então ela tem momentos de interação, mas não tem momentos de intimidade. Tem aquela hora de fazer bagunça, e eles deixam regras de lado, ninguém quer pegar no pé do filho porque são tão poucos minutos para ficarem juntos. Então não tem qualidade essa relação. E esse estilo cada vez mais descomprometido tem efeitos na escola também.

Que efeitos?
As crianças, que deveriam estar aprendendo a ter educação com os pais, acabam chegando na escola totalmente indisciplinadas, batendo e xingando em vez de conversarem. O professor, que antigamente tinha tempo para ensinar o currículo, hoje tem que gastar 20 minutos corrigindo a indisciplina do aluno, fazendo-o sentar, pegar o caderno... Um monte de coisas da área da educação básica das famílias não está pronta, e o professor precisa dar conta disso. De uma aula de 40 ou 50 minutos que poderia estar sendo muito bem aproveitada com conteúdo, 20 minutos com certeza estão sendo jogados no lixo. Isso vai irritando tanto o professor, que depois não tem paciência na hora de explicar o assunto. Ele está sendo exigido além da conta, o professor foi preparado para ensinar currículos escolares, não para dar a educação que a família antigamente ensinava.

A falta de interesse dos alunos na escola também não têm a ver com o abismo de gerações, já que os professores são muito menos adeptos das novas tecnologias?
É bom que professores aprendam a usar as novas tecnologias, mas temos um mito que é o seguinte: a gente acha que o aluno que usa computador e internet está aprendendo mais, mas quando passa um trabalho ou pesquisa para ele, o aluno não sabe filtrar informação na internet, o que aparecer no google eles colocam no trabalho deles. Não viram se era pegadinha, se o site tem autoridade. Eles acham que fizeram a pesquisa por colocar informações numa página, às vezes nem leram com atenção.

Esse é um problema generalizado?
Tem o outro lado, temos sim escolas com nível de educação de primeiro mundo, temos pesquisas na área da educação, da relação professor-aluno, suficientes para poder dar palestra a professores da Europa sobre como dar aula. O problema é que esse conhecimento que as boas escolas têm não chega a todas as escolas. Enquanto algumas escolas do Sul estão discutindo se usam lousa digital de uma ou outra marca, outras estão emendando quadro negro com cartolina porque ele está rachado.

Absorver a tecnologia é inevitável para a escola?
Tem escola hoje que proíbe que professores tenham Facebook porque alunos falam mal do professor e da escola lá. Por outro lado, tem escola incentivando que o professor tenha Facebook, que coloque os alunos como amigos para trocar informações e tirar dúvidas. Você pode usar a tecnologia a favor da aprendizagem ou vê-la como uma ameaça à escola. Mas esse tipo de visão retrógrada vai ter que desaparecer.

O que falta para isso acontecer?
Hoje temos uma problema que é a falta de softwares de qualidade para a escola. Tem software que o aluno dá um clique, vira uma página, dá outro clique, vira outra página. Aquilo nada mais é do que um livro em formato digital, mas o grau de interatividade é zero. Tem que tomar muito cuidado ao levar o aluno para o laboratório de informática. Às vezes é perder tempo com o computador, é melhor pegar um professor apaixonado por aquilo que ensina do que usar um software com baixo grau de interatividade. Isso em psicologia a gente chama de postura passivo-aceitante, é como a criança na frente da televisão, só recebe informação. Tem muito professor que coloca o aluno nessa postura, e também tem muito software que segue o mesmo caminho. A chave é a interação do aluno com o conhecimento. Pode ser no computador, sozinho ou com o professor em sala de aula. Desde que haja espaço para interagir com o conhecimento, é isso que precisa acontecer para o aluno aprender.

FONTE: http://g1.globo.com/educacao/noticia/2012/05/professor-esta-sobrecarregado-com-tarefas-que-sao-dos-pais-diz-educador.html

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Jogo Didático Investigativo: Uma Ferramenta para o Ensino de Química Inorgânica

Imagem reprodução

Bruna da Silva
Márcia Regina Cordeiro
Keila Bossolani Kiill

Muitos trabalhos na área educacional destacam a contribuição do uso de jogos para o processo de ensino-aprendizagem. No ensino de química, esses recursos podem constituir ferramentas auxiliares para o professor, uma vez que buscam despertar o interesse dos alunos, promover a interação em sala de aula e facilitar a compreensão de conteúdos tratados nessa disciplina. O presente estudo aborda o desenvolvimento, a avaliação e a aplicação de um jogo didático com caráter investigativo para o ensino de química inorgânica em nível médio, em que os conteúdos da tabela periódica e das funções inorgânicas (ácidos, bases e sais) são trabalhados por meio de casos que requerem dos alunos uma solução. Os dados obtidos acerca da aplicação desse recurso didático em uma turma do 2º ano do ensino médio de uma escola pública da cidade de Alfenas foram analisados, considerando as concepções de Vigotski sobre a aprendizagem e a interação. Os resultados mostraram que o material didático pode auxiliar o processo de ensino-aprendizagem dos alunos e proporcionar o diálogo em sala de aula.

Leia artigo completo aqui: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc37_1/06-RSA-12-13.pdf

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Curso gratuito online de Química Orgânica

química orgânica, nada mais é do que o estudo dos compostos do carbono, elemento essencial para a vida.
Até as primeiras décadas do século XIX, muitos cientistas acreditavam que oscompostos orgânicos eram obtidos a partir de organismos, como vegetais e animais. Eles acreditavam nisso porque desde a Antiguidade, as civilizações retiravam corantes de plantas para tingir vestimentas ou para preparar bebidas a partir da fermentação de uvas.
Antes de sabermos em que consiste a parte orgânica da química, primeiro vamos saber qual a diferença básica entre a Química Orgânica e a Química Inorgânica. Substâncias presentes nos organismos vivos são chamadas de compostos orgânicos e as presentes no reino mineral são compostos inorgânicos.
Acreditava-se que só era possível sintetizar substancias químicas por meio de organismos vivos, mas logo descobriu-se que era absolutamente viável realizar estas operações em laboratório. Vale lembrar que apesar de todo composto orgânicoterem em sua composição o elemento carbono, nem todos são considerados compostos orgânicos ou de carbono.
No geral, a química orgânica é o ramo da ciência que estuda o comportamento dos compostos do elemento carbono, como o petróleo, bioquímica, medicamentos, plásticos dentre diversos outros.

Videoaulas de Química Orgânica:



FONTE:http://canaldoensino.com.br/blog/curso-gratuito-online-de-quimica-organica#comments