segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Proposta para Tornar o Ensino de Química mais Atraente

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Prof. Dr. Airton Marques da Silva
Universidade Estadual do Ceará, Universidade Federal do Ceará
e Academia Cearense de Química
airton@baydenet.com.br

O objetivo deste artigo é colaborar com os professores de química a mudar de postura em sala de aula, tornando o ensino de química mais atraente e agradável. 


Com  a  experiência  de  46  anos  de  sala  de aula dedicados ao ensino de química, afirmo que por conta das mudanças, o ensino de química nos dias de hoje vem em declínio por conta de vários fatores, cujos principais são: 

a) deficiência na formação do 
b) baixos  salários  dos  professores;  
c) metodologia  em  sala  de  aula  ultrapassada;  
d) redução na formação de licenciados em química; 
e) poucas  aulas  experimentais;  
f)  desinteresse dos alunos 


Veja aqui...
Link do artigo:
http://www.abq.org.br/rqi/2011/731/RQI-731-pagina7-Proposta-para-Tornar-o-Ensino-de-Quimica-mais-Atraente.pdf

sábado, 27 de agosto de 2016

ENSINO DE QUÍMICA PARA FORMAR CIDADÃOS

Um objetivo da educação e do ensino de Química, em especial, é formar cidadãos, isto é, desenvolver no aluno a capacidade de participar criticamente nas questões da sociedade.
Por Jennifer Fogaça
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Uma das principais finalidades da educação, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB Lei Nº 9.394/96), é o preparo do educando para o exercício da cidadania. A Química não é colocada à parte desse dever; pelo contrário, a comunidade de educadores químicos brasileiros em inúmeras pesquisas e trabalhos acadêmicos publicados defende a formação da cidadania como objetivo básico do ensino dessa ciência. No entanto, surge a questão:
O que realmente significa ensinar Química para formar o cidadão?
Significa, de forma sucinta, ensinar o conteúdo de Química com um intuito primordial de desenvolver no aluno a capacidade de participar criticamente nas questões da sociedade, ou seja, “a capacidade de tomar decisões fundamentadas em informações e ponderadas as diversas consequências decorrentes de tal posicionamento” (SANTOS e SCHETZLER, 1996, p. 29).
A Química é uma ciência que está constantemente presente em nossa sociedade, em produtos consumidos, em medicamentos e tratamentos médicos, na alimentação, nos combustíveis, na geração de energia, nas propagandas, na tecnologia, no meio ambiente, nas consequências para a economia e assim por diante. Portanto, exige-se que o cidadão tenha o mínimo de conhecimento químico para poder participar na sociedade tecnológica atual.
“Trata-se de formar o cidadão-aluno para sobreviver e atuar de forma responsável e comprometida nesta sociedade científico-tecnológica, na qual a Química aparece como relevante instrumento para investigação, produção de bens e desenvolvimento socioeconômico e interfere diretamente no cotidiano das pessoas.” (AGUIAR, MARIA e MARTINS, 2003, p. 18)
O professor precisa, então, abordar em sala de aula as informações químicas fundamentais que forneçam uma base para o aluno participar nas decisões da sociedade, cônscios dos efeitos de suas decisões. Isso significa que o aluno, para se tornar um cidadão, precisa saber participar e julgar.
Para tanto, o professor tem que selecionar os conteúdos de modo a relacioná-los, de forma contextualizada, com o cotidiano do aluno. Por exemplo, deve-se levar para a sala de aula discussões de aspectos sociais, a fim de instigar no aluno o senso crítico sobre as tomadas de decisões para solucionar o problema em questão. Portanto, não se deve apenas tratar de maneira isolada determinado aspecto social, sendo necessária uma discussão crítica de suas implicações sociais integradas aos conceitos químicos.
Para formar cidadãos é necessário fazer debates em sala de aula
Visando a construção de um modelo de desenvolvimento comprometido com a cidadania planetária e ajudando o aluno a não pensar somente em si, mas em toda a sociedade na qual está inserido, é preciso que se discuta a necessidade de uma mudança de atitudes e valores das pessoas para o uso mais adequado das tecnologias e para a preservação do ambiente; também mostrar a complexidade dos aspectos sociais, econômicos, políticos e ambientais, que estão envolvidos nos problemas mundiais e regionais.
Na escolha dos temas que serão abordados, o professor tem liberdade de escolha, considerando o momento histórico da sociedade, o ambiente em sala de aula, o dia a dia dos alunos, sua realidade social, cultural, a comunidade na qual vivem, entre outros fatores. Mas é preciso entender que a escolha portemas regionais é de importância primária.
Ensinar Química para formar o cidadão envolve também apresentar aos educandos uma concepção de ciência como um processo em construção. Pois, ao se levar em conta o caráter histórico da Química, mostrando que ela é uma ciência investigativa e compreendendo os aspectos relativos à filosofia das ciências, enfatiza-se o seu papel social. Isso pode ser conseguido por meio deexperimentações simples e de estudos de aspectos históricos do conhecimento químico.
Além disso, o professor deve usar uma linguagem acessível, evitando extravagâncias no uso de termos químicos desconhecidos para os alunos ou que possam dificultar o entendimento. O mesmo se aplica aos cálculos químicos, que são sim um aspecto importante da aprendizagem; mas o professor deve tomar o cuidado de não fazer um tratamento algébrico excessivo, para que não fique sem significado para os alunos.
Recorrer à memorização, como que ensinando apenas para passar no vestibular, também não é ensinar para formar o cidadão.
Considerações gerais sobre o conteúdo programático para formar cidadãos
Enfim, o professor que tem o objetivo de ensinar para a cidadania precisar ter uma nova maneira de encarar a educação, diferente da que é adotada hoje e aplicada em sala de aula. É necessário investir tempo no preparo de uma nova postura frente aos alunos, visando o desenvolvimento de projetos contextualizados e o comprometimento com essa finalidade da educação. Apesar dos desafios e dificuldades para colocar isso em prática, vale a pena, pois:
 “Quando se valorizam a construção de conhecimentos químicos pelo aluno e a ampliação do processo ensino-aprendizagem ao cotidiano, aliadas a práticas de pesquisa experimental e ao exercício da cidadania, como veículo contextualizador e humanizador, na verdade está se praticando a Educação Química.” (AGUIAR, MARIA e MARTINS, 2003, p. 18)
Essa nova postura realmente faz a diferença na formação de cidadãos capazes de contribuir para o desenvolvimento da sociedade.
FONTE: http://educador.brasilescola.uol.com.br/trabalho-docente/ensino-quimica-para-formar-cidadaos.htm

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

7 hábitos que devem ser evitados na hora de estudar

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Aqui em nosso blog, estamos sempre dando dicas de como estudar, o que fazer, como planejar, o que estudar primeiro e tudo mais. Só que existem alguns hábitos até comuns entre os estudantes que podem, na verdade, muito mais atrapalhar do que ajudar nesse momento de dedicação e concentração.
O que acontece é que às vezes a gente estuda muito para uma determinada matéria, e mesmo assim não conseguimos ir bem. São dias e dias se esforçando ao máximo e o resultado ainda assim é decepcionante na hora das provas.
Mas, será que você está fazendo isso certo? Estudar sem parar funciona?
Veja agora 7 hábitos que devem ser evitados na hora de estudar:
1) Copiar do quadro
O problema não é exatamente copiar o que o professor escreve, e sim copiar sem um objetivo final.  Se você reescreve toda a matéria em seu caderno e nunca mais a lê, você só está desperdiçando papel e tinta de caneta. Ao invés disso, procure prestar atenção à explicação do professor e estudar através de livros e apostilas mais tarde. Copiar somente funciona para aqueles alunos que de fato estudam a matéria dada em sala de aula. De qualquer forma, vale mais a pena filtrar o que o professor escreve, e anotar apenas partes importantes, em tópicos, pois isso também abre a possibilidade de prestar atenção, em  vez  de  apenas  copiar  a  aula inteira.
2) Sublinhar/destacar tudo
Muita gente faz o tempo todo, mas não ajuda em nada, já que não cumpre o papel básico do ato de “destacar”, que é lembrar apenas detalhes importantes.  Quando o estudante sublinha tudo, ele não consegue focar em nada, e acaba se desesperando ao ver a quantidade de coisas que (teoricamente) tem que aprender.
A solução para isso é usar o marca­texto ou sublinhar apenas aquilo de mais importante mesmo que há no texto.  Sublinhe expressões importantes, frases que resumem o assunto e dados indispensáveis. A explicação completa do assunto não precisa de destaque, precisa de leitura e compreensão.
3) Não testar o próprio conhecimento
Não adianta somente ler. Principalmente quando se estuda disciplinas exatas e biológicas, é fundamental resolver questões. Quanto às humanas, é importante responder  questionários, principalmente  os  que  contêm  perguntas  retóricas,  pois  estimulam  o  cérebro  a  buscar  as informações,  fixando­as.  Leia, responda perguntas, pesquise, troque ideias sobre o assunto com os seus colegas. Tudo isso ajuda a melhorar o seu rendimento como estudante.
4) Copiar do livro, reescrever anotações
Escrever é bom e a gente sabe disso. O problema está em escrever demais, porque aí uma hora o foco é perdido. Escrever repetidas vezes o mesmo assunto faz com que o cérebro desligue a memória recente e, desta forma, as informações não são absorvidas. Em vez de copiar tudo na íntegra, o melhor é ler o assunto e escrever um resumo, sem consultar as fontes. Vale resumo em texto corrido ou em tópicos, como o estudante se sentir melhor. Desta maneira você pode comparar o seu resumo com o texto original e ver o que faltou, quais informações ainda precisam ser absorvidas, e o seu estudo será muito mais eficaz.
5) Perder noite de sono para estudar
É cientificamente comprovado que o sono é o responsável pela fixação das informações em nossa memória. Então, de nada adianta deixar de dormir para estudar, pois o cérebro cansado não tem a capacidade de reter novos dados, bem como a falta de sono ou um sono de baixa qualidade o impedem de firmar novas referências.  Ou seja, estudar com sono ou pular uma noite para estudar é um péssimo negócio.
6) Reler o mesmo assunto diversas vezes
Da mesma maneira que escrevendo a mesma coisa muitas vezes o cérebro desliga, quando você lê repetidamente o mesmo texto, ele também passa a ignorar a informação e não a absorve. O ideal é ler textos diferentes, fazer pesquisas na internet e ver imagens sempre que possível, pois isso mantém o cérebro ativo e a memória ligada.
7) Estudar por muito tempo sem pausas
Também é cientificamente comprovado que a concentração humana tem limite de tempo. Cerca de 30 minutos após o começo do estudo, o nosso cérebro se desconcentra. Por isso é importante que o seu tempo de estudo seja planejado, e que conte com pausas previstas. É melhor evitar a perda da concentração, que se resume em perda de tempo.
São dicas e regrinhas básicas que vão fazer do seu estudo muito mais eficaz e produtivo.
FONTE: http://canaldoensino.com.br/blog/7-habitos-que-devem-ser-evitados-na-hora-de-estudar

terça-feira, 23 de agosto de 2016

O tempo dos professores deve ser ocupado no processo de ensino e não em burocracias

Recomendação do Conselho Nacional de Educação (de Portugal) lembra que aos docentes é pedida uma série de tarefas que "não se compagina" com a condição docente.

imagem de https://www.publico.pt
O Conselho Nacional de Educação (CNE) defendeu, nesta quinta-feira, que para garantir o sucesso escolar dos alunos é necessário “recentrar a missão docente no essencial ou seja, no processo de ensino/aprendizagem”, em vez de se sobrecarregar os docentes, cada vez mais, com outras tarefas que nada têm a ver com aquele que deve ser o exercício da sua profissão.

“Torna-se evidente que a condição docente não se compagina com a multiplicidade de tarefas que lhe são presentemente atribuídas, antes exige que beneficie de condições de trabalho e de aperfeiçoamento, permitindo-lhe cumprir melhor a sua missão e adaptar-se de forma contínua às novas situações”, escreve o CNE.

Entre estas tarefas que atualmente desviam os professores da sua “missão essencial”, figuram “a sobrecarga de reuniões e de múltiplas tarefas de natureza burocrática”, como por exemplo o preenchimento de aplicações instaladas em plataformas eletrônicas, que “poderiam ser desenvolvidas por assistentes técnicos”, destaca o CNE num parecer sobre a condição docente.

Segundo o CNE, recentrar a missão docente no processo de ensino/aprendizagem exigirá também que se defina “com clareza, as funções e as atividades que são de natureza lectiva e as que são de outra natureza, substituindo os normativos vigentes sobre esta matéria por um diploma claro, conciso e completo”. "O estatuto dos professores já vai na 15.ª revisão", exemplificou, em declarações à Lusa a conselheira Conceição Ramos, que foi a relatora deste parecer, lembrando que estas mudanças “afetam o que faz o professor”.

O CNE, que é um órgão consultivo do Parlamento e do Governo, alerta que “nos últimos anos, as condições de trabalho dos docentes nas escolas têm vindo a tornar-se mais difíceis”, o que contribui para que se registem “processos de stress e burnout [exaustão] ”. Para o agravamento das condições de trabalho dos docentes têm pesado a existência de salas de aulas  “que não respeitam a norma que limita a dois por turma os alunos com necessidades educativas especiais e o número elevado de turmas, alunos e níveis atribuídos a muitos docentes, designadamente os quem leccionam disciplinas com cargas horárias mínimas”.

Por outro lado, refere o CNE, “não deve ser esquecida a realidade gerada pelos agrupamentos que, amiúde, deu lugar a deslocações de professores entre escolas que, em alguns casos, distam dezenas de quilômetros entre si”. O conselho destaca também a “degradação da vida familiar e social dos alunos, que hoje está muito associada a situações de desemprego e empobrecimento”, que têm contribuído “para gerar um clima de conflitualidade na escola”.

O Conselho Nacional de Educação lembra neste parecer algumas das características do “perfil demográfico” atual  do universo dos docentes, nomeadamente o seu “envelhecimento crescente e constante” e o “desequilíbrio quanto ao gênero em todos os níveis de ensino, sendo o corpo docente maioritariamente feminino”.

Ouvir os alunos
Num outro parecer sobre a organização da escola e a promoção do sucesso escolar, também aprovado nesta quinta-feira, o CNE recomenda que “se ouçam os alunos, que tão esquecidos são, e se escute cuidadosamente o muito que têm para dizer e sugerir, em liberdade, em ordem à melhoria dos processos de ensino e de aprendizagem”.

Neste parecer considera-se também que  a diminuição do número máximo de alunos por turma (que atualmente pode ir até aos 30), já prometida pelo Governo e que se encontra também em apreciação no Parlamento, “pode constituir um sinal relevante para as escolas, os professores, os alunos e os pais”. O CNE pretende que esta medida “seja progressivamente implementada com prioridade para os ciclos iniciais de educação”.

O conselho considera também que “o ensino profissional deve continuar a ser valorizado positivamente” e alerta, a este respeito, “para a necessidade de se escapar à tentação de criar percursos pobres para alunos com baixo rendimento escolar e com repetências sucessivas”.

“Aquilo que esta franja de alunos mais reclama não é só uma atenção especial e redobrada dos órgãos pedagógicos da escola, como um enriquecimento curricular das propostas educativas que lhes sejam proporcionadas e ainda a uma afetação dos recursos mais qualificados”, frisa-se neste documento. Por estas razões, o CNE recomenda ao Ministério da Educação que incentive “apenas os projetos escolares que fazem dos cursos profissionais uma alternativa positiva e com reconhecimento na comunidade”.

FONTE: https://www.publico.pt/sociedade/noticia/o-tempo-dos-professores-deve-ser-ocupado-no-processo-de-ensino-e-nao-em-burocracias-1734631

domingo, 21 de agosto de 2016

A POLUIÇÃO PREJUDICA O DESEMPENHO DE ATLETAS?

imagem de petruslima.blogspot.co
Por Líria Alves

Esta questão foi levantada justamente por que os Jogos Olímpicos de 2008 terão como sede uma das capitais mais poluídas do mundo. Para se ter uma idéia, a cidade de São Paulo é a 3ª cidade mais poluída da América Latina, mas os atletas conseguem praticar seus esportes tranquilamente. O grande problema é que em Pequim a poluição é três vezes maior do que na capital Paulista. Os chineses estão investindo muito para contornar a situação, já foram gastos mais de 17 bilhões de dólares, e mesmo assim o Comitê Olímpico Internacional já admitiu que não se pode esperar novos recordes ao ar livre, devido à contaminação atmosférica.

A poluição com certeza vai afetar o desempenho dos atletas, é só fazer a seguinte análise: um atleta respira cerca de 20 vezes mais ar que uma pessoa comum, e na cidade de Pequim significa inspirar 4 vezes mais CO (monóxido de carbono), CO2 (dióxido de carbono e ozônio do que o corpo tolera.

O ar poluído pode gerar de cãibras a infarto, veja abaixo as conseqüências da poluição no organismo humano:

- O dióxido de carbono quando chega à alta concentração aos pulmões, atrapalha o trabalho das hemácias. As hemácias são as células responsáveis por levar oxigênio ao organismo.

- O monóxido de carbono rouba o lugar do oxigênio nas hemácias, os músculos podem então sofrer cãibras por falta de força. A ausência de oxigênio no cérebro causa tonturas e pode levar até mesmo ao coma.

- O ozônio prejudica a corrente sanguínea, ele possui a propriedade de converter colesterol em placas de gordura, estas grudam nos vasos sanguíneos e diminuem a flexibilidade dos mesmos. O coração passa a trabalhar sob alta pressão para continuar bombeando sangue, e isto pode causar hemorragias e infarto.

FONTE: http://brasilescola.uol.com.br/quimica/a-poluicao-prejudica-desempenho-atletas.htm

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Professor, a peça-chave do aprendizado

Para diretora do programa de formação de professores de Harvard, Katherine Merseth, o processo de ensino-aprendizagem ganha mais quando o foco está no docente e não no aluno
(por THAIS PAIVA)
Katherine Merseth
imagem de http://www.cartaeducacao.com.br/
"Se quisermos responsabilizar os professores, é preciso antes oferecer a formação adequada", aponta a especialista
Toda vez que uma família entrega uma criança para a escola, um voto de confiança está sendo feito. Cabe, pois, aos educadores honrar esse pacto. Com essa observação, a americana Katherine Merseth, diretora do Programa de Formação de Professores de Harvard, dá a dimensão do papel do professor na vida de seus alunos e familiares.

Em visita a São Paulo, onde participou do debate “Como transformar a carreira de professor no Brasil”, promovido pelo Instituto Península na quinta-feira 17, a estudiosa ganhadora de diversos prêmios de ensino e pesquisa e com mais de 30 anos de experiência como docente, frisou a importância da figura do professor comprometido e capacitado para uma educação de qualidade.

“Todo mundo sabe que a educação tem uma missão transformadora. E o que muitas pesquisas mostram é quando falamos sobre o quanto um aluno consegue aprender, o maior determinante nesse aspecto é o professor. O sucesso do estudante tem como seu maior fator influenciador a figura do docente”, diz.

Eis a importância de formar bem o professor. Escolas de alta qualidade são aquelas que têm a expectativa em mesma medida que responsabilidade para com seus alunos e educadores. “Nos Estados Unidos, nós responsabilizamos o professor, mas não o formamos adequadamente. Se quisermos responsabilizá-los é preciso antes oferecer formação”.

Professora em SC
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A especialista ressalta que o professor precisa ter um conhecimento muito sólido sobre a disciplina que está lecionando, ou seja, do conteúdo curricular, mas também precisa ter conhecimento dos métodos de ensino. “A gente aprende a ser professor na sala de aula, mas precisamos de um coach. É preciso saber o que funciona e o que não funciona”.

Segundo Katherine, nos Estados Unidos, já é sabido que algumas estratégias não são eficazes como reduzir o tamanho da classe de 30 para 15 alunos por professor ou desmembrar escolas maiores em núcleos menores. “A Gates Foundation [maior fundação de caridade do mundo mantida pela família de Bill Gates] gastou 2 bilhões de dólares ao longo de 10 anos transformando grandes escolas de Ensino Médio em escolas pequenas de 400 alunos cada. E isso não melhorou o desempenho dos alunos”.

Outro mito é que professores não necessariamente se tornam mais eficientes quanto maior for o tempo que estão ensinando. “Se não houve um trabalho de planejamento e acompanhamento, isso não se torna verdade”. Além disso, gastar mais dinheiro em educação nem sempre se traduz em melhores resultados. “Os Estados Unidos gastaram 73% mais na escolarização em 2005 em relação a 2004 e mesmo assim o aprendizado dos alunos não teve melhora significativa”.

Então quais são as estratégias que trazem, de fato, melhorias para a educação? Gravar boas aulas para depois assisti-las, exemplifica Katherine. “É importante que o professor se observe e observe outros mais experientes que ele. Assim ele vai conseguir visualizar situações do tipo ‘aquela hora que fiz isso, o aluno reagiu daquela maneira’ e aprender. É como um esporte, é preciso treinar para ficar cada vez melhor. Na Harvard, a formação inicial de professores passa por 500 horas de supervisão”.

Para que essa prática seja bem-sucedida, a cultura da escola também precisa ser de colaboração. “Os professores precisam se visitar, ter salas de aula abertas, dizer para os outros ‘venha ver como dou aula’”, defende a especialista.

Katherine, no entanto, é receosa quando se trata de falar sobre políticas de bonificação. “Pagar o professor pelo desempenho dos alunos é algo polêmico e não é uma estratégia de incentivo efetiva, durável”, pondera. “Tem resultados a curto prazo apenas. Não posso recomendar, mas é o que estão fazendo nos Estados Unidos.”

FONTE: http://www.cartaeducacao.com.br/reportagens/professor-a-peca-chave-do-aprendizado/

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Como parar de enrolar e estudar? Especialistas dão sete dicas

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Por Hugo Araújo, Colaboração para o UOL, em São Paulo

Chega a hora de estudar e você, vestibulando, arruma outra tarefa mais interessante para fazer. Os conteúdos vão acumulando e parece que você não vai dar conta de tudo. Os meses passam e, com a proximidade das provas, o nervosismo aumenta.
Identificou-se com essa situação? Fique calmo, você não é o único. "Este aluno é aquele que procrastina, que deixa para depois. Ele tem sempre uma coisa mais importante para fazer do que estudar", explica a professora de português Saray Azenha, que também é coordenadora do cursinho Oficina do Estudante.
Para driblar a procrastinação, especialistas ouvidos pelo UOL recomendam que você crie uma rotina de estudos, aliando organização e disciplina. "Ainda dá tempo. A pessoa que se organiza e se dedica vence. Ninguém vai para o vestibular sabendo toda a matéria", afirma a professora Vera Lúcia Antunes, coordenadora pedagógica do curso Objetivo.
Para ajudá-lo a parar de enrolar, eis a lista de sete dicas. Confira abaixo:

1. Defina metas

Segundo a professora Saray Azenha, a primeira atitude que você deve tomar para parar de procrastinar é definir suas metas. Já sabe em quais disciplinas tem maior dificuldade e precisa se dedicar mais? Ou aquelas que possuem mais conteúdo atrasado? Qual é a nota de corte do curso ao qual você vai se candidatar? Todas as respostas podem ajudá-lo a construir um quadro de objetivos. "Esta é a organização inicial, porque, se o aluno não a tem claramente, ele não sabe por onde começar", explica Saray.

2. Organize um cronograma de estudos

Com as metas em mente, você agora deve esboçar um cronograma de estudos para atingi-las. A dica da professora Saray Azenha é que você anote qual será sua rotina. "Por exemplo, você pode colocar: 'estudarei química orgânica duas vezes nesta semana'. Você vai desenvolver uma rotina", explica.

3. Seja realista

Mas atenção: nada de colocar no seu cronograma metas inatingíveis. Não adianta tentar estudar uma grande quantidade de conteúdo em um curto espaço de tempo. "Seja realista. Não adianta escrever que vai acabar com a matéria de química em dois meses. Isso é surreal", afirma Saray. Se você colocar um objetivo muito difícil de ser cumprido, isso pode gerar um sentimento de frustração, levando-o novamente a procrastinar. "Se você estabelece metas impossíveis, você volta a procrastinar e desiste, porque não vai atingi-las", conclui a professora.

4. Qualidade, não quantidade

"Não importa a quantidade -- por exemplo, fazer 50 exercícios de uma vez. Você tem de fazer e aprender. Pode fazer menos, mas com qualidade", explica a professora Vera Lúcia Antunes. Outra dica que ela dá é que você marque os exercícios nos quais tem dúvidas e consulte seu professor. Isso também deve fazer parte de sua rotina.

5. Livre-se das distrações

A psicopedagoga Jane Rapoport, que também é orientadora pedagógica da Escola Dínamis, recomenda que você organize seu ambiente de estudos, de modo a ficar mais concentrado e evitar distrações que possam levá-lo a procrastinar. "Organize o ambiente: escolha um lugar sossegado, arejado e com boa iluminação. Afaste da mesa todos os objetos que possam distraí-lo, como revistas, jogos e celular", explica. Se as redes sociais costumam fazer você enrolar, a professora Saray Azenha o aconselha a instalar aplicativos que controlam seu acesso a elas. Identifique aquilo que o distrai e se organize.

6. Guarde um horário para relaxar

É importante reservar um horário do seu dia para descansar e se divertir. "Defina um horário para passear, porque, se você não colocar, vai fazer do mesmo modo, só que irá contra a rotina. Então já guarde este momento", explica a professora Saray Azenha. "Cansou? Tem que parar, relaxar, dar uma volta, para voltar e continuar", completa a professora Vera Lúcia Antunes.

7. Comece!

"A gente brinca que o grande problema de fazer exercício físico é começar a frequentar a academia. Isso se chama alteração de hábito. Com os estudos, é a mesma coisa. Quando o aluno começa a estudar, ele altera o hábito, passa a achar aquilo natural e vira rotina", afirma a professora Saray Azenha. Então, com o seu cronograma de estudos pronto e livre das distrações, você deve dar o primeiro passo e começar a estudar. "Organização e disciplina levam a um resultado muito bom. Se você teve a matéria pela manhã, deve chegar em casa, estudar, fazer exercícios e ver se ficou dúvidas", conclui a professora Vera Lúcia Antunes.
FONTE: http://educacao.uol.com.br/noticias/2016/08/09/como-parar-de-enrolar-e-estudar-especialistas-dao-sete-dicas.htm?cmpid=fb-uolnot

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

A PIRÂMIDE DE APRENDIZAGEM DE WILLIAM GLASSER

piramide-de-aprendizado


Você sabia que quando ensinamos, é quando mais aprendemos? Conheça a pirâmide de aprendizagem de William Glasser.

O psiquiatra americano William Glasser (1925-2013) aplicou sua teoria da escolha para a educação. De acordo com esta teoria, o professor é um guia para o aluno e não um chefe.
Glasser explica que não se deve trabalhar apenas com memorização, porque a maioria dos alunos simplesmente esquecem os conceitos após a aula. Em vez disso, o psiquiatra sugere que os alunos aprendem efetivamente com você,  fazendo .
Além disso, Glasser também explica o grau de aprendizagem de acordo com a técnica utilizada.
Segundo a teoria nós aprendemos:
  • 10% quando lemos;
  • 20% quando ouvimos;
  • 30% quando observamos;
  • 50% quando vemos e ouvimos;
  • 70% quando discutimos com outros;
  • 80% quando fazemos;
  • 95% quando ensinamos aos outros.
A teoria de William Glasser vem amplamente sendo divulgada e aplicada pro professores e pedagogos mundo afora, é uma das muitas teorias de educação existentes, e uma das mais interessantes, pois ela demonstra que ensinar, é aprender!
“A boa educação é aquela em que o professor pede para que seus alunos pensem e se dediquem a promover um diálogo para promover a compreensão e o crescimento dos estudantes (William Glasser)
FONTES:
http://www.antroposofy.com.br/forum/a-piramide-de-aprendizagem-de-william-glasser/
http://professoracoruja.com.br/piramide-de-aprendizagem-de-william-glasser/

terça-feira, 9 de agosto de 2016

JORNAL DA QUÍMICA: UMA PROPOSTA LÚDICA DE AVALIAÇÃO EM ENSINO DE QUÍMICA

Imagem de quimicaelibras.blogspot.com
1Zanéla, E.; 2Soares, M.H.F.B.
Resumo
O momento de avaliação muitas vezes se constitui como um momento tenso e formal. Em alguns casos, não atendem o objetivo de diagnosticar as dificuldades dos estudantes e em cima disso, construir conhecimento. Para melhor compreender e relacionar os objetivos com os resultados obtidos, faremos uma abordagem sobre as três temáticas dessa pesquisa: a avaliação, o lúdico e o jornal. O lúdico configura-se como uma alternativa viável para versatilizar o processo de avaliação, para despertar o interesse dos avaliados, como oportunidade de aproximar professor e estudantes. Com todas esses diferenciais do lúdico, o processo avaliativo que constituiu-se na construção do jornal, analisando as cinco categorias de análise (conhecimento prévio, construído, interesse, intervenção e personificação).

Veja completo aqui: 

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

7 valores essenciais da educação

Muitos valores são transmitidos através da educação, por esse motivo as escolas tem procurado investir na formação de caráter dos estudantes estimulando o desenvolvimento de suas habilidades e da sua criatividade. Para entender melhor, confira estes 7 valores essenciais da educação.

imagem de www.alemdasformulas.com
Antigamente as escolas trabalhavam o seu plano de ensino de um modo mais afastado da realidade, porém hoje em dia, a distância entre os conteúdos teóricos transmitidos pelo professor e a vida real dos alunos tem diminuído bastante.

7 valores importantes da educação

Confira quais são os 7 valores da educação moderna serão cada vez mais transmitidos nas salas de aula:
1- Capacidade de adaptação
Os professores devem trabalhar com os alunos em sala de aula a ideia de flexibilidade. Dessa maneira os alunos são incentivados a perderem o medo das mudanças para se adaptarem mais facilmente a novos lugares e situações.
2- Expansão do conhecimento
A curiosidade dos alunos deve ser estimulada a fim de que eles não percam o interesse de pesquisar sobre novos assuntos, aumentando seu repertório de conhecimento.
3- Independência
Os alunos devem ser estimulados para que tenham autonomia em suas realizações. Também devem ser incentivados a trabalharem suas ideias e opiniões próprias para que possam construir sua maneira de pensar.
4- Empreendedorismo
Atualmente o profissional empreendedor é cada vez mais valorizado. Por esse motivo, durante as aulas, os professores devem estimular em seus alunos esse tipo de pensamento, incentivando que os estudantes criem projetos e sejam responsáveis por eles.
5- Criatividade
O professor deve trabalhar a capacidade do aluno em elaborar soluções criativas para os problemas buscando meios alternativos e trabalhando com novas ideias.
6- Espírito de equipe
espírito de equipe é bastante valorizado no meio empresarial, e tem ganhado destaque nas instituições de ensino. O aluno deve ser estimulado e ensinado a trabalhar em grupo cooperando com seus colegas e sabendo tolerar falhas, comportamentos e opiniões divergentes, sempre com respeito.
7- Honestidade
O estudante deve aprender a ser honesto com seus professores e colegas de sala. Esse aspecto é fundamental para o trabalho em equipe.
Colocando essas dicas de valores da educação em prática durante as aulas, o professor prepara seus alunos para terem sucesso no futuro.

FONTE: http://canaldoensino.com.br/blog/7-valores-essenciais-da-educacao

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Novo estado das moléculas da água não se comporta como sólido, líquido ou gás

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imagem de http://gizmodo.uol.com.br
Sabe-se que a água tem três estados fundamentais: líquido, sólido ou gasoso. No entanto, um novo estudo mostra que a água se comporta de forma curiosa quando é colocada em um ambiente de escala ultrapequena.

Pesquisadores do Oak Ridge National Laboratory, do Departamento de Energia americano, estudaram o que acontece com a água em escala bem pequena, quando ela ocupa espaços minúsculos dentro de minerais, para tentar entender o que acontece com a água que fica em pedras e paredes celulares.

No mais recente experimento, descrito na Physical Review Letters, eles estudaram o que acontece com a água quando ela ocupa um canal ultrapequeno em formato hexagonal dentro de um pedaço de berilo — o mesmo material do qual são feitas as esmeraldas. Estes canais têm largura de apenas 5 angstroms (ou 0,0000005 milímetro).

Segundo os pesquisadores, os canais induzem as moléculas de água a terem um comportamento bem esquisito, conhecido como “tunelamento quântico“.

Basicamente, o efeito túnel permite que partículas “violem” um princípio da física clássica – a conservação de energia – e atravessem barreiras. (Normalmente, quando você coloca uma barreira com energia maior que a da partícula, ela não poderia atravessar esta barreira.)


Alexander Kolesnikov, um dos pesquisadores, explica em comunicado o estado de tunelamento da água:

"Em baixas temperaturas, esta água em tunelamento se move em escala quântica através das paredes de separação, o que é proibido na física clássica. Isso significa que átomos de oxigênio e hidrogênio da molécula da água estão simultaneamente presentes em todas as seis posições simetricamente equivalentes no canal hexagonal ao mesmo tempo. É um desses fenômenos que só ocorre na mecânica quântica e que não têm nenhum paralelo com nossa experiência cotidiana."

É a primeira vez que este comportamento foi observado na água. A equipe diz que isso muda nosso entendimento de como a água se comporta em ambientes de escala ultrapequena, o que pode ajudar pesquisadores a criarem novas formas de copiarem fenômenos naturais, como a difusão da água através de membranas celulares.

FONTE: http://gizmodo.uol.com.br/novo-estado-moleculas-agua/