domingo, 6 de outubro de 2024
Vídeo em nanoescala mostra átomos de hidrogênio e oxigênio formando água
sábado, 21 de setembro de 2024
Estrutura da molécula de água é diferente do que aprendemos, diz estudo ☂🌊🌅
quinta-feira, 22 de agosto de 2024
"Comer bem, dormir e fazer exercício é mais eficaz que qualquer remédio anti-idade", diz Nobel de Química
Envelhecer e morrer, isso acontece com todos nós e também causa medo a (quase) todo mundo.
Mas por que envelhecemos e morremos? É possível retardar a velhice ou mesmo alcançar a imortalidade?
Estas questões ocuparam grande parte da carreira do biólogo molecular indiano Venki Ramakrishnan, de 71 anos.
Em 2009, juntamente com Thomas A. Steitz e Ada E. Yonath, ele recebeu o Prêmio Nobel de Química pela sua investigação sobre ribossomos, a estrutura celular responsável pela produção de proteínas, que são as moléculas que tornam possível a vida de todos os organismos.
A BBC News Mundo, o serviço de notícias em espanhol da BBC, conversou com o cientista sobre essas questões, desde as reações químicas que causam a deterioração das células até as enormes implicações que vidas mais longas têm para a humanidade.
Ramakrishnan foi um dos convidados do Hay Festival Cartagena, que terminou neste 28 janeiro na Colômbia.
Veja um pouco da entrevista abaixo
BBC - O que é o envelhecimento? Em que consiste esse processo no ser humano?
Venki Ramakrishnan - Uma das principais causas do envelhecimento é o acúmulo de danos aos genes do nosso DNA.
A informação mais valiosa que os genes carregam é como produzir proteínas.
Em nível celular, as proteínas realizam milhares de reações químicas que tornam a vida possível. Eles dão forma e força ao nosso corpo, mas também permitem a comunicação entre as células.
Graças a elas temos nossos sentidos. E nosso sistema nervoso depende deles para transmitir sinais e armazenar nossa memória.
Nossos anticorpos são proteínas, e são elas que permitem à célula produzir as moléculas que necessita, incluindo gorduras, carboidratos, vitaminas, hormônios e os próprios genes.
Portanto, o envelhecimento tem muito a ver com a perda da capacidade do nosso corpo de regular a produção e destruição de proteínas nas células.
Podemos ver isso como um acúmulo de danos químicos nas nossas moléculas, células, tecidos e, finalmente, em todo o nosso corpo.
É um processo gradual, desde o momento em que nascemos. Antes mesmo já estamos envelhecendo, mas desde cedo não sentimos isso porque estamos crescendo, estamos nos desenvolvendo.
Depois, com o passar dos anos, os sintomas tornam-se mais evidentes e quando os sistemas críticos começam a falhar, o corpo não consegue funcionar como um todo unificado… E é isso que leva à morte.
O interessante da morte é que, quando morremos, a maior parte das nossas células ainda está viva — razão pela qual os nossos órgãos podem ser doados — mas já não são capazes de funcionar como um todo. Isso é a morte.
BBC - No seu livro o senhor menciona que na biologia tudo é explicado à luz da evolução. Do ponto de vista evolutivo, por que envelhecemos e morremos?
Ramakrishnan - Porque a evolução não se preocupa conosco como indivíduos.
A evolução trata basicamente da capacidade de transmitir genes. E esses genes não residem no vácuo, residem num indivíduo.
Portanto, desde que você seja capaz de crescer, procriar e garantir que sua prole atinja a idade reprodutiva, a evolução não se importa com o que acontecerá a você, porque você já transmitiu seus genes.
É verdade que os nossos organismos poderiam investir mais esforços na prevenção do envelhecimento, ou em ter melhores mecanismos para se repararem, mas do ponto de vista evolutivo é mais eficiente garantir que cresçamos mais rapidamente e possamos reproduzir-nos para transmitir os nossos genes.
É um equilíbrio que varia em cada espécie.
Por exemplo, numa espécie que vive sob alto risco de ser comida por um predador, não faz sentido que o seu organismo evolua para viver muitos anos, porque é muito provável que seja comido a qualquer momento.
Nos mamíferos, as espécies maiores tendem a ter um ciclo de vida mais longo do que as menores.
Nisto, porém, há uma curiosa exceção: ratos e morcegos pesam quase o mesmo, mas os morcegos têm um ciclo de vida muito mais longo que os ratos.
Por quê? Porque eles podem voar; portanto, eles são menos vulneráveis aos predadores.
BBC - Outro grande debate é se a velhice é uma doença…
Ramakrishnan - O câncer, a demência, a inflamação, a artrose, as doenças cardíacas estão todos relacionados à idade, razão pela qual há quem afirme que a idade é a causa subjacente destas doenças e, portanto, o envelhecimento é uma doença.
Outros apontam que o envelhecimento é algo que acontece com todos nós. Então, como pode algo inevitável e universal ser chamado de doença?
A OMS declarou recentemente sua posição de que o envelhecimento não é uma doença.
O que existe é muita pressão para que o envelhecimento seja considerado uma doença porque há muito dinheiro investido em pesquisas relacionadas a isso.
Para fazer estudos clínicos e obter aprovação das autoridades é necessária a existência de uma doença.
BBC - Em que áreas você acha que veremos maiores progressos nos tratamentos antienvelhecimento nos próximos anos?
Ramakrishnan - Como diz a piada atribuída ao jogador de beisebol Yogi Berra: “É difícil fazer previsões, especialmente sobre o futuro”.
Não tenho certeza de quão avançados eles são, mas existem várias abordagens que tentam retardar o envelhecimento.
Por exemplo, os pesquisadores descobriram que restringir calorias muitas vezes ajuda a retardar o envelhecimento, com a ressalva de que, entre os mais jovens, isso pode causar problemas.
Então, a busca é por criar um medicamento que tenha efeito semelhante à restrição calórica.
Eu digo brincando que é como se você pudesse comer um bolo com sorvete sem se preocupar com as calorias, porque você toma um comprimido e pronto. É o que muitas pessoas gostariam.
Há muito interesse em um medicamento chamado rapamicina, que segue essa abordagem, mas em altas doses pode ser imunossupressor e causar sérios danos.
Outro campo interessante é a parabiose, na qual se transfunde sangue de um animal jovem para um mais velho.
O que acontece aí é que o animal que recebe o sangue fica rejuvenescido em vários aspectos, o que significa que existem fatores no sangue que são responsáveis pelo envelhecimento, e há estudos para identificá-los.
Existe também uma abordagem relacionada à senescência, que é o estado em que as células param de funcionar normalmente e param de se dividir.
Com a idade, acumulamos mais células senescentes, e a inflamação que produzem como sinal de que algo não está bem é uma causa adicional do envelhecimento.
Então há pesquisadores se perguntando: é possível destruir seletivamente células senescentes? Há evidências de que, se isto for alcançado, alguns dos efeitos do envelhecimento podem ser revertidos.
E há uma área muito interessante da reprogramação celular, que consiste em levar uma célula ao seu estado inicial, revertendo as alterações que nela ocorreram.
É claro que esse processo é arriscado porque muitas vezes pode causar tumores cancerígenos.
Estamos longe de poder aplicá-lo em humanos, mas foram realizados experimentos em animais que mostram resultados promissores.
BBC - Além desses avanços, você também chamou a atenção para outras abordagens que parecem mais ficção científica e que ganham muita atenção midiática…
Ramakrishnan - Sim, há coisas que são completamente ficção científica neste momento.
Há pessoas que acreditam na criogenia, o que significa que quando alguém morre congela o corpo em nitrogênio líquido na esperança de que, não sabemos como, no futuro exista tecnologia para reanimá-lo.
Acho que por enquanto é apenas exagero. É uma forma de capitalizar o medo que as pessoas têm de morrer.
Além disso, acho que é um problema de primeiro mundo. Quem aposta na criogenia são pessoas com muito dinheiro, que podem comprar tudo, menos juventude.
Cresci na Índia e conheço muita gente da África. E ninguém nesses lugares pensa em criogenia.
BBC - O medo do envelhecimento é generalizado. Por isso usamos Botox, tingimos os cabelos grisalhos, esse tipo de coisa... Você acha que os esforços para retardar o envelhecimento contribuem para que esse medo da velhice continue a crescer?
Ramakrishnan - Há muita pressão para não envelhecer, e essa pressão recai principalmente sobre as mulheres. É horrível.
Mas não creio que a pesquisa para retardar o envelhecimento alimente o medo da velhice. Pelo contrário, acredito que sejam resultado desse medo.
É um medo que tivemos durante grande parte da nossa história porque não temos conhecimentos suficientes da medicina.
BBC - Há muito esforço e muito dinheiro em ciência e tecnologia que visa retardar o envelhecimento, mas no seu livro você deixa claro que existem outras formas de se manter saudável que estão muito mais ao nosso alcance...
Ramakrishnan - Comer bem, dormir bem e fazer exercício são atualmente mais eficazes do que qualquer medicamento antienvelhecimento existente no mercado.
E não têm efeitos colaterais, além de terem uma base biológica sólida contra o envelhecimento.
O ser humano não evoluiu para comer em abundância, sobremesas e coisas assim.
Nossa espécie começou como caçadores e coletores. Comíamos esporadicamente, jejuávamos naturalmente e tínhamos a restrição calórica que mencionei antes.
Mas agora comemos mesmo quando não temos fome, e no Ocidente vemos um enorme aumento da obesidade.
Vamos falar sobre exercício. Hoje vivemos uma vida sedentária em relação aos nossos antepassados, que eram agricultores, caçadores, trabalhadores manuais.
E sobre o sono, muitas vezes subestimamos a sua importância, mas ele é extremamente valioso para os mecanismos de reparação do nosso corpo.
Colocar em prática essas dicas antigas nos ajuda a manter a massa muscular, regular a função mitocondrial, a pressão arterial, o estresse e a reduzir o risco de demência.
O problema é que nem sempre é fácil segui-los. Às vezes, as pessoas preferem apenas tomar uma pílula e viver suas vidas da maneira que desejam. Essa é a parte que temos que superar.
BBC - Você gosta daquela frase popular que diz que não importa quantos anos você vive, mas sim a vida que você teve nesses anos?
Ramakrishnan - É uma frase muito bonita e concordo com ela. É disso que se trata, ter um propósito, tirar o máximo proveito da sua vida.
Há muitas evidências de que ter um propósito na vida reduz o risco de ataques cardíacos e declínio cognitivo.
Mas também é verdade que todos nós queremos instintivamente viver o máximo que pudermos, e isso cria um paradoxo, porque o que queremos como indivíduos não é necessariamente bom para a sociedade ou para o planeta.
E vemos isso no uso de energia, no aquecimento global, na perda de biodiversidade... Estamos tomando decisões individuais que são prejudiciais à sociedade como um todo e reverter isso requer um verdadeiro esforço consciente.
FONTE https://www.bbc.com/portuguese/articles/c3g0q0pd7n1o
segunda-feira, 8 de julho de 2024
O cientista que inventou uma técnica para aprender qualquer coisa 📑📒📜📚⏰⏳
A técnica virou assunto nas redes sociais, mas a vida de Feynman vai muito além dela! Conheça a história desse Nobel da Física
O Nobel de Física também foi um dos participantes do Projeto Manhattan - aquele mesmo do Oppenheimer, que trabalhou na criação da primeira bomba atômica. Conheça um pouco sobre a vida do cientista e sua influência no campo da Física neste texto. De quebra, é claro, conheça a técnica de Feynman para aprender qualquer coisa.
A Técnica Feynman
A Técnica Feynman é como uma receita de bolo que promete te fazer aprender o que quer que seja em pouco tempo. Mesmo tendo sido inventada há décadas, ela voltou a virar assunto nas redes sociais, e você pode tentar utilizá-la durante seu ano de estudos.
Olha só como funciona:
1. Divida o material que deseja lembrar e aprender em seções
Vamos imaginar que seu objetivo é aprender a escrever uma redação nota 1000 para o Enem. Não estude a redação como um todo, divida em pequenas seções como introdução, desenvolvimento, conclusão, o que é uma redação discursiva-argumentativa, como usar repertórios culturais, etc.
2. Ensine a si mesmo
Depois de dividir o tópico do estudo em partes, explique cada parte separadamente para si mesmo, sem olhar no material de apoio. Feynman acreditava que a melhor maneira de aprender era sendo um professor. Você pode ensinar para você mesmo através da fala, ou escrevendo. Dica: escrever pode te ajudar no próximo passo.
3. Reveja ao material original
Depois de explicar para si mesmo cada um dos subtópicos, é hora de rever seu material original e checar se você cometeu algum erro na sua explicação. Se você escreveu sua explicação, pode fazer marcações corrigindo o que errou.
4. Simplifique suas anotações e use analogias
Agora que você revisou, é hora de simplificar o que aprendeu usando uma linguagem simples e analogias que façam sentido para você. Imagine que você queira se ensinar a escrever a conclusão de uma redação do Enem.
Um direcionamento geral seria:
"A conclusão de uma redação retoma a tese e apresenta uma proposta de intervenção".
Simplificando a linguagem dessa anotação, você poderia dizer:
"A conclusão precisa retomar o seu ponto de vista sobre o tema da redação e apresentar uma proposta para resolver o problema principal. É como se você fosse um prefeito ou governador que precisa solucionar um problema que atinge a população, quais ideias você proporia? E qual seria o caminho para colocá-las em prática?"
As analogias fazem com que o conteúdo seja mais facilmente absorvido pelo seu cérebro, principalmente quando associadas a elementos do seu dia a dia.
Bônus: Repita todo o processo
A melhor maneira de ficar bom em algo é praticando. Isso vale para tirar uma nota boa na redação, ou para usar o método de Feynman.
Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/educacao/o-cientista-que-inventou-uma-tecnica-para-aprender-qualquer-coisa,6a15bac33788b67f3b3554a5d6468edelgkkkyug.html
sábado, 1 de junho de 2024
Os verdadeiros problemas da energia de fusão nuclear
imagem de http://gizmodo.uol.com.br/ |
Técnicos inspecionando o centro da instalação do NSTX-U. Imagem: Elle Starkman/PPPL Office of Communications |
Imagens internas do NSTX-U funcionando. Imagem: PPPL. |
Projeto de design do ARC, um reator nuclear compacto. Imagem: MIT ARC |
quinta-feira, 16 de maio de 2024
quarta-feira, 10 de abril de 2024
sábado, 30 de março de 2024
Projeto quer transformar dióxido de carbono da atmosfera em fibras para construção 🏠🏪🏡🏰
- A conversão de CO₂ em fibras já aconteceu anteriormente, mas usou temperaturas que superaram os 1.000 °C. O estudo contornou a necessidade dessa quantidade de calor dividindo o processo em alguns estágios.
- A primeira etapa envolveu um eletrocatalisador de paládio baseado em carbono. Ele misturou o CO₂ com água (H₂O) e a submeteu a uma corrente elétrica, resultado em monóxido de carbono (CO) e hidrogênio (H₂).
- Na segunda etapa, eles transformaram o CO em nanofibras por meio de um termocatalisador com uma liga de ferro-cobalto, usando uma temperatura de 400 °C. Apesar de alto, essa é uma temperatura muito mais aceitável que os 1.000 °C usados anteriores.
- À medida que as nanofibras de carbono se formam, elas empurram o catalisador para longe da superfície, permitindo que o gás fosse recapturado e reutilizado para melhorar a eficiência.
- Segundo os pesquisadores, o hidrogênio formado também pode ser capturado e reaproveitado como combustível.
sábado, 24 de fevereiro de 2024
Cientistas criam primeiro semicondutor feito de grafeno 💻💺💠
O semicondutor de grafeno tem uma mobilidade 10 vezes maior do que o feito com silício, possibilitando maior velocidade
Uma descoberta que pode revolucionar o setor de chips como conhecemos hoje. Pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos Estados Unidos, desenvolveram o primeiro semicondutor funcional feito de grafeno.
Uso do grafeno
Os semicondutores são materiais que conduzem a eletricidade em determinadas condições.
Eles são componentes fundamentais dos dispositivos eletrônicos, a matéria-prima dos chips usados em smartphones, inteligência artificial, veículos elétricos e em tantos outros produtos.
O objetivo dos pesquisadores era produzir um semicondutor de grafeno “compatível com os métodos tradicionais de processamento microeletrônico”.
Com a descoberta, os cientistas poderão agora substituir o silício, material mais usado no processo, mas que está chegando ao seu limite em função do avanço da velocidade da computação.
As informações são do The Wall Street Journal.
Nova tecnologia é 10 vezes mais rápida
A criação do primeiro semicondutor feito de grafeno acontece após décadas de pesquisas e aperfeiçoamento do material. O principal obstáculo era conseguir ligar e desligar o semicondutor ao expor ele à correntes elétricas.
As medições mostraram que o semicondutor de grafeno tem uma mobilidade 10 vezes maior do que o feito com silício, possibilitando uma maior velocidade em relação à tecnologia anterior.
"Agora temos um semicondutor de grafeno extremamente robusto com 10 vezes a mobilidade do silício e que também possui propriedades únicas não disponíveis no silício. É como conduzir numa estrada de gravilha ou numa autoestrada (…) É mais eficiente, não aquece tanto e permite velocidades mais altas."
Walter de Heer, professor de física do Instituto de Tecnologia da Geórgia
A equipe de pesquisadores produziu o único semicondutor bidimensional que possui todas as propriedades necessárias para ser usado na nanoeletrônica e cujas propriedades elétricas são muito superiores às de quaisquer outros semicondutores 2D atualmente em desenvolvimento.
Segundo os investigadores, o “grafeno epitaxial” pode causar uma mudança de paradigma no campo da eletrônica e permitir a criação de tecnologias completamente novas que aproveitem as suas propriedades únicas.
segunda-feira, 15 de janeiro de 2024
USP DISPONIBILIZA ONLINE MAIS DE 800 VIDEOAULAS GRATUITAS DE SEUS CURSOS
imagem de http://br.blastingnews.com/educacao |
Imagem reprodução do portal |
FONTES:
http://br.blastingnews.com/educacao/2016/03/usp-disponibiliza-online-mais-de-800-videoaulas-gratuitas-de-seus-cursos-00825115.html
http://eaulas.usp.br/portal/home