quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Tabela periódica (na publicação) mostra quais elementos vão desaparecer no futuro

Projeto tem como objetivo mostrar a abundância, escassez e finitude de elementos encontrados na Terra

Tabela periódica foi pensada pela Sociedade Química Europeia e mostra os elementos a partir de sua abundância e escassez (Foto: EuChemS/CC BY-ND)
TABELA PERIÓDICA (FOTO: EUCHEMS/CC BY-ND)

Hélio, oxigênio, magnésio e alumínio: esses são alguns dos elementos que constam na tabela periódica, mas, e se um deles estivesse prestes a desaparecer em um futuro próximo?

A ideia foi apresentada nesta semana pela a Sociedade Química Europeia, um grupo que representa mais de 160 mil estudiosos da União Europeia, e que fez uma tabela periódica bem diferente da convencional.

A grande novidade está no modo como os elementos são expostos na tabela: em vez de seguir a ordem clássica, onde cada um dos elementos tem um quadrado simétrico, essa tabela os categoriza a partir de sua abundância ou escassez.

Outra diferença é que apenas os elementos naturalmente encontrados na Terra são classificados — ao todo, são 90. Na tabela periódica tradicional são 118, já que conta com os elementos sintetizados artificialmente também. 

O objetivo do trabalho, como conta o presidente da Sociedade Química Europeia, Cole-Hamilton, é mostrar como os elementos em nosso planeta são finitos e podem, dentro de alguns anos, desaparecer.

Segundo a tabela, o oxigênio — que garante nossa respiração — não corre, felizmente, risco de extinção. Os elementos que podem estar acabando são aqueles usados na produção de computadores e celulares, por exemplo.

Um deles é o índio, que é usado na produção de telas "touch screens" para celulares e computadores. Uma das recomendações, segundo Hamilton, é diminuir a compra desenfreada de tecnologia.

“Se continuarmos usando o elemento índio da forma como estamos nossas reservas vão se esgotar em 20 anos”, contou o presidente ao programa de rádio Marketplace.

E não são apenas os elementos usados para tecnologia que correm risco: o hélio, utilizado em ressonâncias magnéticas, também não anda tão bem quanto se imaginava. Hamilton conta que o elemento é um dos mais abundantes na Terra, mas, se continuar sendo consumido no ritmo atual, deve durar apenas mais 10 anos.

FONTE: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2019/01/tabela-periodica-mostra-quais-elementos-vao-desaparecer-no-futuro.html?utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=post

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Brasil terá 1ª usina de geração de energia por meio de esgoto e lixo orgânico

Brasil terá 1ª usina de geração de energia por meio de esgoto e lixo orgânico
imagem de sustentabilidade.registradores.org.br
O mérito é todo do Paraná: o Estado será o primeiro do Brasil a colocar em funcionamento uma usina de geração de biogás, que transformará lodo de esgoto e resíduos orgânicos em eletricidade para abastecer as casas da região.

A companhia de geração de energia CS Bioenergia já possui a Licença de Operação do Instituto Ambiental do Paraná para operar. Segundo a empresa, a usina tem capacidade para produzir 2,8 megawatts de eletricidade por meio de lixo, que abastecerá cerca de duas mil residências do Estado.

A matéria-prima para geração de energia virá de estações de tratamento de esgoto e de concessionárias de coleta de resíduos e produzirá biogás e também biofertilizantes para a região. Estima-se que com a iniciativa o Estado do Paraná deixe de descartar, todos os dias, mil m³ de lodo de esgoto e 300 toneladas de lixo orgânico em aterros. É ou não é um excelente negócio?

A inspiração vem da Europa (e sobretudo da Alemanha!), onde já existem mais de 14 mil plantas de geração de eletricidade por meio de resíduos orgânicos. Esta será a primeira usina do tipo no Brasil, mas espera-se que seja só o começo e que inspire muitas outras pelo país!

Por: thegreenestpost.com / imagem da internet

FONTE: http://sustentabilidade.registradores.org.br/noticias/brasil-tera-1a-usina-de-geracao-de-energia-por-meio-de-esgoto-e-lixo-organico.html

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Autorizado no Brasil (desde 2014), remédio de maconha é pouco prescrito por médicos

Ricardo Borges/Folhapress
Canabibol - imagem de noticias.uol.com.br/

por Fernanda Teixeira Ribeiro

Permitido pelo Conselho Federal de Medicina desde 2014 e com importação legalizada em 2015 pela Anvisa, o canabidiol, um componente da maconha, ainda é pouco prescrito pelos médicos no Brasil -- mesmo com evidências científicas de eficácia em alguns tratamentos. 


Em 2015, quando a prescrição passou a ser permitida, contabilizaram-se 321 pedidos médicos. Em 2018, o número de receitas cresceu 62% (520 prescrições até novembro), mas um valor ainda muito baixo, para um país de mais de 200 milhões de habitantes.

"Os médicos sentem-se inseguros em prescrever, principalmente pela dificuldade em encontrar informações, a falta de estudos clínicos robustos e de medicamentos em farmácias. Mas muitos ainda não acreditam no benefício terapêutico", diz a médica especialista em medicina funcional Paula Dall Stella, coordenadora científica da Associação Brasileira de Pacientes de Cannabis Medicinal.

Há três anos, a Anvisa transferiu o canabidiol da lista de substâncias proscritas (proibidos) para a de controladas, isto é, pode ser vendida apenas com receita médica especial.

Com efeito comprovado pela ciência no tratamento de epilepsia, em muitos casos o canabidiol é a única substância conhecida capaz de controlar crises graves de convulsão em crianças e adolescentes.

As receitas médicas são necessárias para que as famílias de pacientes consigam entrar na Anvisa com pedido especial de importação de medicamentos que contêm a substância, nenhum deles produzidos no Brasil. A maioria desses medicamentos são óleos purificados, feitos de variedades da planta que contêm alta concentração de canabidiol e muito baixa de THC - outro componente principal da planta, responsável pelos efeitos psíquicos característicos do uso recreativo de maconha.

Divergências no Brasil
Uma explicação para a pouca quantidade de médicos que receita remédios derivados de cannabis no Brasil são as restrições do Conselho Federal de Medicina, que só autoriza neurologistas, psiquiatras e neurocirurgiões a prescreverem o componente para casos específicos de epilepsia.

Pacientes com outras doenças que poderiam se beneficiar de efeitos terapêuticos da cannabis - como dores crônicas, sintomas do câncer, esclerose múltipla - enfrentam dificuldades para obter prescrição.
 
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Canabidiol (clique aqui e saiba mais)
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Isso acontece porque os medicamentos que atendem essas outras condições têm quantidades de THC que ultrapassam as de canabidiol, mesmo que ligeiramente. É o caso do Sativex, indicado para controlar espasmos da esclerose múltipla, único remédio de cannabis registrado pela Anvisa no Brasil, como Mevatyl.

Jim Wilson/The New York Times
Homem leva caixa com "cannabis" à empresa que trabalha com maconha medicinal na Califórnia Imagem: Jim Wilson/The New York Times

Apesar de a Anvisa ter registrado esse medicamento e receber pedidos de importação especial de remédios que contenham mais THC, com laudo médico, o Conselho Federal de Medicina mantém as restrições quanto ao THC.

Segundo o psiquiatra Salomão Rodrigues, conselheiro do CFM, se de um lado existem evidências que comprovam o uso seguro do canabidiol, de outro não há estudos que comprovem segurança do THC, que "mesmo em doses mais baixas pode causar danos graves e irreversíveis". Ele fala do risco de crises psicóticas de natureza esquizofrênica e de problemas de desempenho cognitivo, no caso de uso crônico e precoce (antes dos 15 anos de idade).

Em 2017 o Conselho se manifestou contra a decisão da Anvisa de incluir a Cannabis na relação de plantas medicinais.

"Nenhuma planta medicinal deve ser utilizada in natura. Este uso não traz segurança ao paciente quanto à dose da substância que está sendo administrada e seguramente cada tomada do 'remédio' terá uma dose diferente. Por outro lado, o paciente não estará usando apenas a substância que deseja, mas sim estará ingerindo muitas outras substâncias e corre o risco de ingerir uma ou mais que cause mal", diz Rodrigues.

Segundo Dall Stella, apesar de a maconha ser usada com fins medicinais há milhares de anos, a compreensão do sistema cerebral no qual atua - conhecido como sistema endocanabinoide - ainda é recente.

"O entendimento do sistema endocanabinoide é relativamente novo, e os medicamentos existentes não são utilizados na prática clínica. Hoje, existem pouquíssimas empresas farmacêuticas com medicamentos registrados e aprovados por órgãos regulatórios internacionais. Temos, de um lado, pouco conhecimento técnico tanto dos medicamentos como do sistema endocanabinoide; de outro, pouco incentivo da indústria em apoiar protocolos que utilizem a cannabis", diz.

Para Paula Dall Stella, "o Brasil é um país conservador, e ainda existe um tabu muito grande em relação à planta. A ignorância e o preconceito sobre o assunto dificultam muito o avanço".

A médica, que entrou em contato pela primeira vez com o uso medicinal da maconha ao verificar as melhoras dos efeitos colaterais da quimioterapia em um paciente de câncer que fez uso terapêutico da erva, afirma que a questão é mais complexa - os benefícios da planta podem ser resultado da ação conjunta de THC, canabidiol e outras cerca de 120 substâncias ativas da planta.

"Não é porque a Cannabis é um fitoterápico ou um medicamento 'natural' que ela não tenha efeitos colaterais ou interações medicamentosas. Mas ainda assim, é uma substância segura, quando bem utilizada', diz Dall Stella.

"Existe uma demanda por cannabis medicinal por parte dos pacientes, mas encontrar um médico que prescreva o tratamento e enfrentar a burocracia de importação é um desafio", diz Viviane Sedola, criadora da Dr. Cannabis, plataforma que conecta médicos que prescrevem compostos da cannabis, pacientes que buscam tratamento e empresas que fornecem os remédios.

Patrocinada pelas empresas fornecedoras, a plataforma dá informações sobre os trâmites burocráticos da autorização da Anvisa e da importação. "40% dos brasileiros sofrem dores crônicas, uma condição muito beneficiada pela cannabis, por exemplo. O Brasil tem potencial de se tornar um mercado bilionário de cannabis medicinal", diz.

Experiência no Uruguai
A falta de uma "educação médica em cannabis" não é problema exclusivo do Brasil, segundo a médica uruguaia Raquel Peyraube, coordenadora acadêmica do Curso de Cannabis Medicinal e Endocanabinologia no Uruguai, oferecido pelo governo a médicos no país.

No primeiro Congresso Internacional de Medicina Canabinoide, que aconteceu em São Paulo no fim do ano passado, Peyraube relatou os resultados de uma pesquisa que avaliou o uso medicinal da planta no país, que revelou que 58% dos usuários de cannabis medicinal o faziam sem nenhuma supervisão medica e que 23% consideravam os médicos incapacitados para receitarem cannabis de forma adequada.

"Os estudantes de medicina não têm acesso em sua formação a disciplinas sobre o sistema endocanabinoide - saem da faculdade sem saber como funciona esse importante sistema relacionado a tantas funções do organismo", diz Peyraube, destacando que a experiência no Uruguai ensina sobre a necessidade de uma educação da classe medica em cannabis em paralelo às mudanças na legislação, para evitar automedicação. "Médicos precisam de ferramentas de conhecimento para assim se sentirem seguros na prescrição da cannabis. Temos um histórico de mais de 4 mil anos de uso medicinal que não deve ser ignorado", diz Peyraube.
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Maconha é vendida no Uruguai em pacotinhos em variedades definidas como Alfa I e Beta I (imagem Opera Mundi)
FONTE: https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2018/12/30/menos-de-600-medicos-prescrevem-remedios-derivados-de-maconha-no-brasil.htm

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Alzheimer: hormônio (IRISINA) produzido durante exercícios recupera memória


A irisina, produzida pelos músculos durante exercício físico, teve efeito positivo contra a doença em camundongos, segundo pesquisa publicada nesta segunda (7) na 'Nature Medicine'.

George Corones, 99 anos - Foto: Bradley Karanis / Getty Images
George Corones, 99 anos - Foto: Bradley Karanis / Getty Images

Cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) conseguiram estabelecer uma relação entre os níveis de irisina — um hormônio produzido pelo corpo durante exercícios físicos — e um possível tratamento para a perda de memória causada pela doença de Alzheimer. O estudo, feito em parceria com outras universidades e institutos, foi publicado nesta segunda (7) na revista "Nature Medicine".

Os testes foram feitos em camundongos com a doença — que produziam o hormônio ao fazer exercícios ou recebiam doses dele. Os autores explicam que três novidades foram descobertas:

Existem baixos níveis de irisina no cérebro de pacientes afetados pelo Alzheimer. Essa mesma deficiência foi vista nos camundongos que foram usados como modelo no estudo.
A reposição dos níveis de irisina no cérebro, inclusive por meio de exercícios físicos, foi capaz de reverter a perda de memória dos camundongos afetados pelo Alzheimer.
A irisina é o que regula os efeitos positivos do exercício físico na memória dos camundongos.
"A grande contribuição do nosso estudo foi mostrar que os níveis desse hormônio estão de fato diminuídos nos cérebros dos pacientes com Alzheimer. Em segundo lugar, foi tentar investigar se repor os níveis desse hormônio no cérebro dos camundongos seria bom para a memória. E nós vimos que, de fato, se você aumentar os níveis de irisina, melhora a memória. E, finalmente, foi demonstrar que a irisina é, justamente, o intermediário entre o efeito benéfico do exercício e a melhora de memória", explica o professor da UFRJ Sergio Ferreira, um dos autores do estudo.

Algumas outras funções da irisina em vários órgãos do corpo já eram conhecidas, como a de regular o metabolismo do tecido adiposo e até de processos que acontecem nos ossos.

Para os autores Mychael Lourenço e Fernanda De Felice, ambos da UFRJ, as descobertas reforçam a importância dos exercícios físicos no combate à doença. Além disso, lembram, o fato de a irisina ser produzida pelo próprio organismo diminui as chances de efeitos colaterais, o que dá esperança para novos tratamentos.
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"É diferente de uma droga desenvolvida em laboratório, por exemplo, porque se sabe menos ainda sobre o que pode causar de efeito colateral. Infelizmente não há um tratamento para Alzheimer que funcione, então a busca é muito importante", diz.

Para De Felice, a novidade foi perceber os efeitos benéficos no cérebro tanto da irisina que foi aplicada nos camundongos como daquela produzida com exercícios físicos.

"Nossas descobertas reforçam a importância da atividade física para prevenir a perda de memória e doenças do cérebro, inclusive a doença de Alzheimer, já que mostramos que a administração de irisina consegue mimetizar, ao menos em modelos animais, os efeitos do exercício físico no cérebro", avalia.

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa causada pela morte progressiva de células do cérebro, prejudicando funções como memória, atenção, orientação e linguagem. A doença não tem cura.

Descoberta
Os cientistas levantaram a hipótese de que a irisina poderia ser importante para a doença de Alzheimer há sete anos, quando o hormônio foi descoberto por um pesquisador de Harvard. Ficou constatado que ele melhorava os sintomas de diabetes tipo 2 em camundongos.

"Nós sabíamos que quem tem diabetes tipo 2 tem mais chances de desenvolver Alzheimer, e isso ficou muito tempo sem muita explicação", esclarece Mychael Lourenço. "Estudos de vários laboratórios mostraram que, ao que parece, os mecanismos que atuam no corpo para gerar a diabetes tipo 2 são muito parecidos com os que atuam no cérebro para causar Alzheimer", explica o pesquisador.

Daí surgiu, então, a possibilidade de que o hormônio pudesse ter algum efeito protetor sobre o cérebro. "Felizmente, conseguimos achar essa relação", diz Lourenço.

Ao todo, o estudo foi feito por 25 cientistas de diversos países, com participação das universidades de Columbia e do Kentucky, nos EUA, da Queen's University e da Universidade do Oeste de Ontário, no Canadá, e ainda da Fiocruz e do Instituto D'Or, ambos no Rio.

A irisina tem efeitos protetores sobre o cérebro. — Foto: Pixabay
A irisina tem efeitos protetores sobre o cérebro. — Foto: Pixabay

Próximas etapas
Apesar de promissores, os resultados ainda precisam de mais estudos antes que um tratamento para pacientes possa ser implementado.

"É claro que é preciso sempre ter em mente que nosso estudo foi feito em camundongos — e nem sempre o que acontece em camundongos acontece da mesma forma em seres humanos", lembra Sergio Ferreira. Para ele, no entanto, a etapa clínica — em que os estudos são feitos com seres humanos — pode ter dificuldades de ser feita no Brasil.

"Não sei se teríamos condições de fazer isso aqui. Se tivéssemos recursos financeiros e de infraestrutura para isso, com certeza seria de todo interesse nosso. Caso contrário, é possível — acho que é muito provável, na verdade — que isso seja feito em outros países", avalia. Mesmo assim, Ferreira, calcuila que o planejamento de testes em humanos não leve menos do que três ou quatro anos.

Hoje, cerca de um milhão de pessoas no Brasil sofrem com a doença, segundo o Ministério da Saúde. No mundo, são 35 milhões afetadas.

Ferreira acredita que a pesquisa representa o resultado do esforço da equipe — que, mesmo com problemas de financiamento, diz, consegue produzir ciência de qualidade.

"A gente não fica a dever nada aos melhores pesquisadores no mundo. O problema que nós temos aqui é a falta de apoio à atividade de pesquisa. Os recursos que são oferecidos para financiar as pesquisas nas nossas universidades são muito, muito, muito abaixo — ordens de grandeza abaixo — do que os nossos colegas em países desenvolvidos recebem. Além disso, demora meses para conseguir comprar um material que frequentemente sai muitas vezes acima do valor que a gente pagaria lá fora", afirma.

Os testes
Para testar a memória dos camundongos, os cientistas realizaram três testes.

O primeiro era o de reconhecimento de objetos. Os camundongos eram colocados em uma caixa onde eram expostos a dois objetos diferentes, que podiam explorar livremente. Em seguida, os cientistas retiravam os camundongos e trocavam um dos objetos. Depois, colocavam os camundongos de volta na caixa.

O esperado, explica Mychael Lourenço, era que eles explorassem o objeto novo. Isso, de fato, acontecia com os camundongos normais. Aqueles que tinham sido geneticamente modificados para ter Alzheimer, no entanto, passavam o mesmo tempo explorando o objeto antigo e o novo, pois não conseguiam se lembrar que já o conheciam.

Os cientistas, então, mediram a perda de memória dos camundongos de acordo com o tempo que eles passavam explorando o objeto antigo. Quando os animais receberam a irisina, eles recuperavam a capacidade de lembrar como os camundongos normais.

No segundo teste, os animais eram colocados em um labirinto aquático. Lá, tinham que achar uma plataforma onde conseguiriam ficar em pé e não precisariam nadar, economizando energia. Essa plataforma ficava escondida e o caminho até ela era feito com pistas visuais. Os camundongos normais, sem Alzheimer, conseguiam lembrar do caminho. Já os que tinham a doença demoravam mais tempo a achar a plataforma — ou nem sequer a achavam. Quando tinham a irisina aplicada (ou a produziam com exercícios), conseguiam achá-la normalmente.

O terceiro teste foi de condicionamento ao medo. Os camundongos foram colocados dentro de uma caixa onde levavam pequenos choques por um tempo, para depois serem retirados. Depois de 24 horas, eram novamente colocados na caixa. Os que lembravam dos choques tendiam a ficar “congelados”, com medo. Já os que tinham Alzheimer, não. Depois da irisina, esses também conseguiram reter a memória.

De acordo com Lourenço, o efeito do hormônio não foi testado a longo prazo, mas a eficácia se manteve enquanto os experimentos duraram. Ele acredita que um futuro tratamento com a substância não será de uma dose única, mas que, com uma reposição contínua, seria possível manter os níveis do hormônio.

FONTEs:
https://francis.naukas.com/2015/04/21/adios-a-la-irisina-la-supuesta-hormona-del-adelgazamiento-tras-el-ejercicio-fisico/
https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2019/01/07/pesquisa-liderada-por-brasileiros-aponta-que-hormonio-pode-reverter-perda-de-memoria-causada-pelo-alzheimer.ghtml
http://www.sonoticiaboa.com.br/2019/01/07/alzheimer-hormonio-produzido-durante-exercicios-recupera-memoria/

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Químicos descobrem acidentalmente um lindo e novo tom de azul 🤣🤣🤣🤣

Já que não se fala em outra coisa...
Eis que surge um novo tom de azul!!! 🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣
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imagem de www.iflscience.com
Um laboratório de químicos descobriu ao acaso um novo pigmento. Depois de ser anunciado como sendo “a criação de um pigmento azul quase perfeito”, neste momento ele já está sendo fabricado. Esta explosão de azul, surgiu quando os cientistas da Universidade do Estado de Oregon (OSU) aqueciam óxido de manganês, juntamente com outros produtos químicos a mais de 1.200° C.
Embora os cientistas estivessem realmente olhando para óxido de manganês e para algumas das suas propriedades eletrônicas, uma de suas reações, inadvertidamente, fez nascer um novo pigmento: o Catchily chamado agora de “YInMn azul.”
“Basicamente, esta foi uma descoberta acidental”, disse o professor Milton Harris de ciências dos materiais no Departamento de Química OSU, em um comunicado. O nosso trabalho não tinha nada a ver com a procura de um pigmento. E ele acrescentou: “Um dia, eu e um estudante de graduação, que também estava trabalhando no projeto fomos recolher as amostras para joga-las em um incinerador. E enquanto estavamos caminhando, o estudante viu um tom de azul muito bonito. Então, percebemos imediatamente que algo surpreendente veio a acontecer.”
O que há de tão especial sobre esse azul?
Este pigmento é muito mais estável quando exposto ao calor. Além disso, ao contrário de pigmentos azuis ou cobalto prussianos, ele não libera cianeto e não é cancerígeno. Além disso as suas propriedades são altamente reflexivas, significa então, que poderia ser usado em tintas que podem ajudar a manter os edifícios mais bonitos quando refletidos a luz.

FONTE: https://www.iflscience.com/chemistry/this-new-shade-of-blue-was-accidentally-discovered-by-chemists/

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

A música e seus benefícios na educação e na formação do caráter da criança

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imagem SóEscola
Uma das mais belas expressões humanas é sem dúvida a música, a música é capaz de transformar, é capaz de curar, é capaz de transcender o físico e se comunicar com o Espiritual.

Mesmo antes de nascermos, mesmo quando estamos ainda protegidos pelo carinho e conforto dentro da barriguinha da mamãe, nós pequenos seres ainda em formação, já possuímos em nosso organismo o DNA da música e podemos senti-la de várias formas, através das vibrações, através da batida dos corações, podemos a partir do 4º mês de formação já nos comunicarmos através de sentimentos como o sorriso, os chutes na barriguinha da mamãe, e até palmas.

Quando a criança nasce uma das primeiras expressões corporais é o ritmo, a criança quer batucar tudo, sentir e experimentar os variados tipos de sons, um mundo musical a descobrir e é aí que nosso papel como pais é de vital importância.

Se permitirmos esta continuidade de aprendizado musical a criança logo logo já estará destacando os benefícios conquistados pela musicalização, estes benefícios são inúmeros que vão desde a contribuição na fala, nas expressões corporais, nos gestos, no aprendizado do alfabeto, no aprendizado numérico, no andar, no comportamento social, na saúde física e mental e por ai vai.

São vários artigos científicos em que a musicalização infantil é comprovadamente um dos métodos mais eficazes para o auxílio da formação do caráter da criança. Uma das frases que gosto muito é a do grande Professor e filósofo PLATÃO “A música é ferramenta educacional mais potente do que qualquer outra”, isto mostra o quanto a música era importante e estudada nos ensinamentos de grandes mestres, povos e culturas da antiguidade.

No Brasil também tivemos grandes nomes da musicalização infantil, talvez o mais conhecido seja o grande maestro Villa-Lobos que promoveu em seu tempo uma grande transformação na educação brasileira utilizando a musicalização e beneficiando gerações inteiras.

Desde 2010 a musicalização infantil através da LEI Nº 11.769, DE 18 DE AGOSTO DE 2008, retornou e se tornou obrigatória novamente como matéria escolar na educação básica de todo o Brasil, dando às crianças novamente a chance de conhecer o mundo da música. Entre todos os benefícios citados acima a música auxilia diretamente em todas as matérias escolares, ajudando em muito a criança em sua formação escolar.

A música ajuda os alunos a desenvolverem suas habilidades que vão desde a leitura e a escrita até mesmo a matemática e o raciocínio lógico.

A iniciação musical na Educação Infantil e nas séries iniciais do Fundamental é importantíssima porque estimula áreas do cérebro da criança que vão beneficiar o desenvolvimento de outras linguagens e estes benefícios é claro o acompanharam pelo resto da vida.

Por isso a arte de educar com música vai além do cantar e tocar, é a junção de todas as linguagens em uma só expressão, uma só linguagem universal.

Sempre pensando em facilitar para vocês, resolvemos disponibilizar o artigo “A música e seus benefícios na educação e na formação do caráter da criança” mostrado acima em PDF. Para ter acesso é muito simples, confira o link a seguir e baixe: Baixe em PDF.
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FONTE: https://www.soescola.com/2017/12/a-musica-e-seus-beneficios-na-educacao.html