quinta-feira, 30 de abril de 2020

Maior buraco já registrado na camada de ozônio do Ártico acaba de se fechar

Maior buraco já registrado na camada de ozônio do Ártico acaba de ...
imagem de https://www.enigmasdouniverso.com/

Em fevereiro, cientistas descobriram um buraco na camada de ozônio sobre o Ártico que foi crescendo até atingir mais de um milhão de quilômetros quadrados. Era o maior já registrado, e agora acaba de se fechar.

O anúncio foi feito pelos pesquisadores do Serviço de Monitoramento Atmosférico Copernicus. Eles explicaram que a recuperação provavelmente não teve relação com a diminuição das emissões de poluentes devido à prática de isolamento social ao redor do mundo.

Esse buraco sequer foi consequência da poluição, e sim de um vórtice polar especialmente poderoso. Trata-se de um sistema de baixa pressão e ar frio que envolve ambos os polos. 

Quando esse fenômeno se dissipou pela presença de terra e montanhas na região, a camada de ozônio conseguiu se recuperar. Além da extensão impressionante, o buraco chegou a esgotar o ozônio encontrado em quase 18 quilômetros de estratosfera. 

A escassez de ozônio no Polo Sul, por outro lado, é causada pela ação humana: poluentes fazem com que substâncias como cloro e bromo cheguem à estratosfera, tornando mais fina a camada que protege a Terra da radiação ultravioleta.

Fonte: https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2020/04/28/maior-buraco-ja-registrado-na-camada-de-ozonio-do-artico-acaba-de-se-fechar.htm

segunda-feira, 27 de abril de 2020

A Química do Sono (em tempos de quarentena/isolamento/distanciamento social...)

Bom sono é um remédio | CPB Educacional
imagem de https://educacional.cpb.com.br

Todos sabemos a importância de uma boa noite de sono. O que nem todos sabem é que alternância entre o dormir e estar acordado resulta da ação combinada de diversas substâncias químicas no nosso cérebro.

E entre as mais importantes estão a adenosina e a melatonina, duas substâncias com um papel muito ativo na regulação do sono.

A adenosina é um produto secundário do consumo de energia pelo corpo. Os cientistas pensam que a ela se vai acumulando no nosso corpo ao longo do dia, gerando a sensação de cansaço e sonolência que marca o início do processo do sono, sendo depois removida enquanto dormimos, para acordarmos frescos como alfaces! É por isso que adormecemos mais facilmente depois de um dia cansativo e porque nos sentimos cansados quando não dormimos o suficiente!
Adenosina – Wikipédia, a enciclopédia livre
Estrutura da Adenosina
Um dos mais fortes indícios deste papel da adenosina, é a sua competição com a cafeína. A cafeína liga-se aos mesmos recetores do cérebro que a adenosina, impedindo-a de atuar, o que explica porque é que a cafeína pode impedir-nos de adormecer. Imagine que colocamos pastilha elástica numa fechadura cuja chave é a adenosina; acabamos por conseguir abrir a porta, mas só depois de umas horas a limpar a fechadura.

A melatonina, por seu lado, é uma hormona  produzida pela glândula pineal, uma estrutura no interior do cérebro. A presença de melatonina no cérebro inibe o estado de alerta e contribui para que o sono se instale.
Melatonina – Wikipédia, a enciclopédia livre
Estrutura da Melatonina
A produção de melatonina é extremamente sensível à luz: é estimulada pelo aproximar da noite, mas é inibida logo que a retina deteta luz. A mais pequena luminosidade já reduz a produção de melatonina, o que explica porque começamos a acordar quando o sol nasce, ou porque há pessoas que só conseguem adormecer em completa escuridão.

Também veja o vídeo abaixo, muito legal!!


quarta-feira, 22 de abril de 2020

E a Nitazoxanida vem "à baila" no Brasil...

A recente publicação:


Segundo o ministro, medicamento (Anitta - Composto ativo Nitazoxanida) será testado em 500 pacientes e pode ser comprovado em algumas semanas. Cientistas brasileiros também trabalham em testes e vacina... e trouxe a baila um dos medicamentos mais vendidos no Brasil

Mas "quem/o que é" a 
Nitazoxanida?

É composto aromático de cadeia mista com diversas funções orgânicas identificadas tipo: éster, amida, amina terciária, tio-cetona, e é a base de um medicamento em comprimidos ou suspensão é indicado para o tratamento de gastroenterites virais, helmintíases, amebíase, giardíase, criptosporidíase, e no tratamento de de parasitoses como blastocistose, balantidíase e isosporíase, em adultos e crianças.

Estrutura química de Nitazoxanida

Nitazoxanida



Para o que vinha sendo usado, é normalmente ministrado em grande dosagens e em curtíssimo espaço de tempo, aparecendo alguns efeitos colaterais que podem incluir cólica abdominal, diarreia, náusea, vômito ou dor de cabeça.

No caso de tratamento de Covid-19, os protocolos devem ser diferentes, e estimam-se efeitos colaterais bem mais amenos.

Nos resta esperar e torcer que os testes in vivo, sejam tão ou mais eficazes que os testes in vitro.

FONTE: https://www.em.com.br/app/noticia/nacional/2020/04/15/interna_nacional,1138785/brasil-descobre-remedio-com-94-de-eficacia-no-combate-a-covid-19.shtml

https://www.bulario.com/annita/

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Supercomputador da IBM descobre drogas que podem frear a covid-19

Imagem de: Supercomputador da IBM descobre drogas que podem frear a covid-19
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supercomputador Summit, da IBM, é mais uma arma utilizada pelos cientistas na tentativa de frear a disseminação do novo coronavírus. E ele já deu a sua primeira grande contribuição: identificou dezenas de substâncias que podem conter o avanço do contágio do agente infeccioso pelo planeta.
Conforme os pesquisadores do Laboratório Nacional Oak Ridge, nos Estados Unidos, o supercomputador mais rápido do mundo realizou milhares de simulações com a finalidade de analisar quais compostos químicos poderiam atuar impedindo o vírus de se conectar às células humanas, infectando-as.
De uma lista com mais de 8 mil substâncias analisadas, a máquina que consegue realizar 200 quadrilhões de cálculos por segundo identificou 77 delas com capacidade para se ligar ao pico de material genético do novo coronavírus. Dessa forma, elas impediriam a infecção das células hospedeiras, contendo a disseminação.
O Summit faz 200 quadrilhões de cálculos por segundo.O Summit faz 200 quadrilhões de cálculos por segundo.Fonte:  Wikimedia Commons 
O trabalho realizado pelo Summit demorou entre 1 e 2 dias, enquanto um computador normal gastaria meses para fazer as mesmas simulações. Isso mostra como o supercomputador construído pela IBM e inaugurado em 2018 pode ser um grande aliado na luta contra a doença.

Os próximos passos

Após a identificação, esses 77 compostos foram classificados com base na sua probabilidade de vinculação ao pico. Agora, a equipe de pesquisa fará novas simulações utilizando o Summit, dessa vez com um modelo mais preciso do pico do coronavírus, publicado há poucos dias.
Na sequência, devem acontecer estudos experimentais realizados em laboratório por especialistas na área, para provar quais desses produtos funcionam melhor na contenção do vírus.
Apesar do sucesso no trabalho, o diretor da Universidade de Tennessee e do Centro de Biofísica Molecular do Laboratório Nacional de Oak Ridge Jeremy Smith faz uma ressalva importante: “Os resultados que obtivemos não significam que encontramos uma cura ou um tratamento para o novo coronavírus”, revela.
O uso do Summit tem como proposta fornecer um norte para os pesquisadores, abrindo os caminhos para a descoberta de novas possibilidades em relação ao coronavírus.

FONTE https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151321-supercomputador-ibm-descobre-drogas-frear-covid-19.htm

sábado, 11 de abril de 2020

Orientação sobre uso de água sanitária no combate ao coronavírus

cloro coronavirus
imagem reprodução
Solução diluída de água sanitária é alternativa na falta de álcool gel ou mesmo de água e sabão!
O Conselho Federal de Química publicou um review que detalha informações que integram o “Technical Brief” da Organização Mundial de Saúde (OMS) lançado, neste mês, para auxiliar no enfrentamento à pandemia de coronavírus.
O documento é um roteiro simples, basicamente a diluição de uma pequena quantidade de água sanitária em água potável, que demonstrou ser capaz de eliminar o novo coronavírus (SARS-CoV-2).
Apenas mudando a concentração, é possível dar diferentes usos ao produto. A única recomendação na hora de comprar a água sanitária é que o princípio de cloro ativo seja de 2% a 2,5%.
Usando como medida um copinho de café, de 50 ml, se utiliza metade dessa quantia, dissolvida em um litro d’água, para obter uma solução diluída capaz de eliminar o coronavírus da superfície de mesas, maçanetas, chaves, embalagens e produtos trazidos do supermercado, por exemplo. Concentrações mais elevadas de água sanitária exigem luvas.
- Leia abaixo a reprodução na íntegra do roteiro.
  
Falta de álcool gel
Nesse momento em que fica difícil encontrar álcool gel no mercado, e que boa parte da população não tem condições de adquiri-lo, o doutor em Ciência Jorge Macedo faz o alerta que a receita mais diluída (a primeira indicada acima) pode também ser usada nas mãos, na falta de álcool gel ou água e sabão.
“Nesse caso, claro, a frequência de uso tem de ser menor porque, pra algumas pessoas, a solução pode causar ressecamento nas mãos e dermatites. Mas quanto à segurança do procedimento não existem dúvidas”, afirma Macedo.
O especialista afirma ainda que, se usadas da maneira correta, as soluções de água sanitária são capazes de deixar o visitante indesejado do lado de fora das casas.
“Basicamente, temos como utilizá-las no pano umedecido, ou com borrifador, desses usados para molhar pequenos vasos de plantas”, assinala.
Datei:Hypochlorige Säure.svg
Ácido hipocloroso

Título: Solução Caseira para Eliminar o Coronavírus da sua Casa

 Em um supermercado compre a água sanitária de sua preferência, leia o rótulo e veja se a concentração de princípio de cloro ativo é de 2 a 2,5%.
ATENÇÃO: a água sanitária pura, tem pH 11,5-13,5 e não adianta você utilizá-la pura pois o que leva a morte dos organismos é uma substância chamada “ácido hipocloroso (HClO)” que não existe em pH tão alto como o da água sanitária pura.
Falamos: “A água sanitária pura não faz nem cócegas no vírus!! Se morrer, o vírus vai morrer por afogamento ou pelo cheiro!
Logo, vamos te ensinar a preparar uma solução diluída de água sanitária que em poucos segundos (15 a 20s) vai eliminar o coronavírus da superfície dos objetos de sua casa!

Preparo:
1 - Pegue um copinho descartável para café, esse copinho tem a com capacidade de 50 mL.
2 - Coloque 25 mL de água sanitária pura no copinho! Ou seja, você deve colocar água sanitária ate ́ a metade do copinho!!
Você me pergunta: E se passar um pouco?? Não tem problema! Nesse caso não pode faltar!
3 - Pegue uma garrafa de plástico com capacidade de 1 L, coloque um pouco de água e adicione os 25 mL de água sanitária.
4 - Complete o volume da garrafa com água, tampe e agite para misturar a água sanitária com a água.
5 - ATENÇÃO:
5.1 - Não deixe o frasco exposto a luz, guarde em lugar fresco, dentro de um armário e somente retire no momento que for utilizar!
5.2 - Identifique o frasco arrume uma etiqueta e cole com o nome “Água Sanitária Diluída” ou escreva o nome no frasco com uma caneta de tinta permanente, dessas para escrever em cd. Faça isso logo após o preparo!
5.3- Você vai notar que, nem tem odor característico forte da água sanitária e por isso é preciso identificar o conteúdo do frasco! Essa solução é fatal para o coronavírus de 15 a 20 segundos!

Como aplicar em superfícies:
1 - Umedeça um pano limpo nessa solução, passe nas embalagens dos produtos que comprou, nas chaves, nas maçanetas, nas mesas, etc NÃO PASSE NO CELULAR!!!
2 - Se você tiver a pele mais sensível utilize a solução com luvas!
3 - A maioria das pessoas não terá nenhum problema no contato com essa solução diluída, mas o uso constante pode levar ao ressecamento ou uma
4 - Outro processo de aplicação: pegue um frasco com borrifador, coloque a água sanitária diluída, borrife nas superfícies e, após 15-20s retire o excesso com um pano seco e limpo, nesse método não se tem contato direto com a solução.

Observação: Para pisos, áreas abertas, sanitários, solas de sapato, etc. , basta você preparar a solução com um copinho cheio ate ́ o topo com a água sanitária pura siga as mesmas orientações.
- Essa solução é muito mais concentrada, por isso utilize luvas ao usá-la!!
- Prepare a solução, umedeça um pano limpo e coloque após a porta. Ao entrar passe sobre ele as solas do seu sapato!!
- Sempre que for necessário, umedeça o pano novamente com a solução!!

A EXPLICAÇÃO DA SUSTENTAÇÃO CIENTÍFICA DA AÇÃO DE DESINFECÇÃO DAS SOLUÇÕES DILUÍDAS

1 - Introdução
Com base nas informações da OMS Organização Mundial da Saúde (WHO), esse Review é distribuído em duas partes: uma para leigos, para o dia a dia de suas residências e a segunda parte para aqueles que tiverem interesse em conhecer os princípios científicos que norteiam as orientações!
O SARS-Cov-2 é um vírus envelopado, com um fragmento externo - membrana. Geralmente, os vírus envelopados são menos estáveis no ambiente e mais suscetível a oxidantes, como exemplo, os derivados clorados (WHO/UNICEF, 2020).
A solução diluída de um derivado clorado (0,05% = 500 ppm) pode ser usada para desinfetar as mãos quando não há possibilidade de usar nelas o produto à base de álcool ou sabão. No entanto, soluções diluídas de cloro não são recomendadas (por serem agentes oxidantes) quando se tem disponível para as mãos o álcool 70% ou sabão e água (WHO, 2020).
Na utilização da solução diluída de cloro há um risco maior de irritação nas mãos e efeitos nocivos à saúde, por exemplo, ao produzir e diluir soluções de cloro. Outras soluções de cloro, principalmente as mais diluídas, devem ser feitas diariamente, armazenadas em local fresco e seco, com a tampa afastada da luz solar; caso contrário, elas podem perder potência e eficácia na desinfecção (WHO, 2020).

2. Informações sobre as soluções cloradas diluídas preparadas.
É importante ressaltar que não existe “CLORO” na natureza. A terminologia utilizada, o jargão popular “vai colocar cloro na água”, é uma afirmação totalmente equivocada do ponto de vista químico, esse nome foi usado por várias vezes nesse Review, em função dele ser, na imensa maioria, para pessoas leigas.
Existem diversos derivados clorados à disposição, a escolha do hipoclorito de sódio (NaClO) para preparo das soluções é função da facilidade de encontrar a chamada água sanitária, que o tem como princípio ativo.
Em resumo, repetindo, cientificamente, é incorreto citar que adicionamos “cloro na água”. Na verdade, adicionamos um derivado clorado na água que no seu processo de hidrólise libera uma substância química, o HClO (ácido hipocloroso), que consegue reduzir a nível seguro a contaminação de superfícies. A terminologia “cloro” virou uma expressão popular (ANDRADE, MACEDO, 1996; MACEDO, 2009, 2016, 2019).
A cloração está vinculada a liberação de HClO após a hidrólise de derivado clorado no meio aquoso. O uso contínuo do cloro só ocorreu a partir de 1902, na Bélgica, com o chamado refinamento da cloração, isto é, determinação das formas de cloro combinado (CRC – as cloraminas) e residual livre (CRL – ácido hipocloroso), e a cloração baseada em controles bacteriológicos (ANDRADE, MACEDO, 1996; MACEDO, 2009, 2016, 2019).
Os compostos clorados são mais efetivos em valores de pH mais baixos, quando a presença de ácido hipocloroso é dominante, por isso, foi indicado que se faça uma solução diluída de água sanitária, pois com a diluição reduzimos o pH. A OMS indica que para a desinfecção ser efetiva é necessário que o pH esteja na faixa 6,5-8,5.
A escolha do valor 8,5 se justifica também na pesquisa realizada em teste de uso simulado utilizando soluções com derivados clorados com pH máximo de 8,3, que obteve resultados significativos no processo de desinfecção de cupons de provas inseridos em tubulações (MELLO, 1997 apud MACEDO, 2009, 2016, 2019).

2.1.  Os cálculos para definição dos volumes indicados para o preparo das soluções diluídas de água sanitária.
A água sanitária possui de 2 a 2,5% de princípio ativo, logo ela possui de 20.000 a 25.000 mg CRL/L, expressos, em mg Cl2/L.
Para fazer os cálculos foi usada como referência a menor concentração, 2%, pois se ela estiver com mais de 2% nossa solução diluída vai ficar um pouco mais concentrada, até mais efetiva no processo de desinfecção, dando maior segurança de eliminação do coronavírus.
20.000 mg CRL------------- -- 1.000 mL água sanitária
X mg CRL ---------------- 25 mL água sanitária X = (20.000 x 25) / 1000 = 500 mg CRL

Logo, quando indico que se coloque 25 mL da água sanitária em 1L de água, estou produzindo uma solução diluída de no mínimo 500 mg CRL/L o que é exatamente a solução 0,05% indicada pela OMS.
Já na solução indicada para solas de sapatos, como o volume é dobrado terá, no mínimo, 1000 mg CRL/L.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, N. J.; MACÊDO, J. A. B. Higienização na Indústria de Alimentos. São Paulo: Livraria Varela Ltda. 182p. 1996.
MACEDO, J. A. B. Desinfecção & Esterilização Química. Belo Horizonte: CRQ-MG. 737p. 2009. MACEDO, J. A. B. Águas & Águas. 4a. Edição. Belo Horizonte: CRQ-MG. 944p. 2016.
MACEDO, J. A. B. Piscina – Água & Tratamento & Química. 2a. Edição. Belo Horizonte: CRQ-MG. 775p. 2019. 
MELLO, C. A. Avaliação da eficiência de sanificantes químicos em condições de uso simulado sobre psicrotróficos acidificantes. 62p. Viçosa. Dissertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos)- Universidade Federal de Viçosa. 1997.
WHO. Q&A on infection prevention and control for health care workers caring for patients with suspected or confirmed 2019- nCoV. 1 March 2020. Disponível em: <https://www.who.int/news-room/q-a-detail/q-a-on-infection-prevention-and-control-for-health-care-workers-caring-for-patients-with-suspected-or- confirmed-2019-ncov> Acesso em 21 de março 2020.
WHO/UNICEF. Water, sanitation, hygiene and waste management for the COVID-19 virus. Technical brief. Genebra: WHO - World Health Organization/UNICEF - United Nations Children’s Fund. 9p. 3 March 2020.


Sobre o Autor do Roteiro
O roteiro foi adaptado pelo doutor em Ciência Jorge Macedo, especialista em desinfecção química e tratamento de águas e efluentes, ele é autor de 20 livros sobre diversos temas, dentre eles, a desinfecção e esterilização química, o documento foi elaborado com o apoio do Sistema CFQ/CRQs.
Review por Jorge Macedo, D.Sc. (www.jorgemacedo.pro.br)
Apoio: Conselho Federal de Química e Conselho Regional de Química (MG)

FONTE: https://pfarma.com.br/coronavirus/5355-agua-sanitaria.html

terça-feira, 7 de abril de 2020

Saiba como ajudar cientistas na busca por compostos químicos contra o COVID-19


Por Stephanie Kohn
Saiba como ajudar cientistas na busca por compostos químicos ...
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A Scripps Research, centro de pesquisa médica norte-americano sem fins lucrativos que se concentra na pesquisa e educação nas ciências biomédicas, desenvolveu um projeto, chamado "OpenPandemics - COVID-19", para ajudar cientistas na busca por compostos químicos que podem ser eficazes contra a COVID-19. Qualquer pessoa no mundo com um PC, laptop ou Mac, com conexão à internet pode ajudar.
Os computadores dos voluntários realizarão pequenos experimentos virtuais para identificar compostos químicos, incluindo os existentes nos medicamentos, que poderiam ser potencialmente usados como possíveis tratamentos ao novo Coronavírus. Os compostos que se mostrarem promissores para o tratamento serão submetidos a mais testes e análises.
O projeto será hospedado no World Community Grid da IBM, um recurso computacional de crowdsourcing e fornecido gratuitamente para os cientistas. Os voluntários não precisam ter nenhum conhecimento técnico especial para participar; o processo é automático.
Basta fazer o download de um aplicativo que funciona quando os dispositivos estão ociosos ou com pouco uso. Operando em segundo plano discretamente e sem diminuir a velocidade dos sistemas dos usuários, o aplicativo distribui atribuições computacionais e retorna cálculos concluídos aos pesquisadores, tudo via nuvem da IBM.
As informações pessoais nunca são compartilhadas e o software não pode acessar arquivos pessoais ou comerciais. Com o poder de crowdsourcing do World Community Grid da IBM de milhares de computadores, o projeto poderá facilmente executar centenas de milhões de cálculos necessários para simulações.
Isso poderia potencialmente ajudar os cientistas a acelerar o processo de descoberta ou reposição de medicamentos, tradicionalmente realizado mais lentamente em um laboratório "úmido" tradicional. Como em todos os projetos do World Community Grid, os dados gerados por esse esforço serão disponibilizados ao público.
"Durante um período de distanciamento e isolamento social, esse senso de propósito e interconexão é ainda mais importante", comenta Guillermo Miranda, vice-presidente de responsabilidade social corporativa da IBM. Embora o projeto se concentre inicialmente na COVID-19, a Scripps Research também planeja desenvolver ferramentas e métodos para ajudar a acelerar futuros projetos de descoberta de medicamentos, como durante outras pandemias.
"Aproveitar o poder de processamento não utilizado de milhares de computadores ociosos nos fornece uma quantidade incrível de poder computacional para examinar virtualmente milhões de compostos químicos. Nosso esforço conjunto com voluntários em todo o mundo visa acelerar nossa busca por novos e potenciais candidatos a medicamentos que ajudem em ameaças biológicas emergentes presentes e futuras, seja o COVID-19 ou um patógeno totalmente diferente", diz Stefano Forli, PhD, professor assistente do Departamento de Biologia Estrutural e Computacional Integrativa da Scripps Research e diretor do projeto.
O projeto OpenPandemics - COVID-19 no World Community Grid complementa os outros recursos que a IBM disponibilizou recentemente para pesquisadores que lutam contra a COVID-19. Por exemplo, o supercomputador Summit da IBM está sendo usado pelo Departamento de Energia dos EUA para ajudar a identificar compostos químicos que podem potencialmente combater o vírus.
Até o momento, mais de 770 mil pessoas e 450 organizações contribuíram com quase dois milhões de anos de poder computacional para apoiar 30 projetos de pesquisa, incluindo estudos sobre câncer, Ebola, Zika e malária e AIDS, além de projetos para o desenvolvimento de melhores sistemas de filtragem de água e coleta de energia solar.
Os dados dos projetos do World Community Grid são sempre compartilhados com o mundo e, até o momento, mais de 50 artigos científicos foram publicados. O poder computacional é fornecido gratuitamente como crowdsourcing, permitindo que os pesquisadores ampliem, busquem novas abordagens e acelerem os processos de pesquisas.

Para participar, entre no site <----

quinta-feira, 2 de abril de 2020

Coronavírus: devo tomar vitamina D durante a quarentena/Isolamento/distanciamento social?

Estudo italiano afirma que pacientes graves da covid-19 apresentavam baixo nível de vitamina D no organismo - IStock
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A notícia de que um estudo de cientistas da Universidade de Turim, na Itália, constatou que muitos pacientes internados por conta do novo coronavírus apresentavam baixos níveis de vitamina D no organismo reacendeu o debate a respeito da importância dessa vitamina  para o corpo — e, especialmente, sua influência na nossa imunidade. De acordo com os pesquisadores, a vitamina D não seria capaz de impedir a infecção pelo vírus, mas, como atua modulando a reação do sistema imunológico, poderia fazer com que a doença não se agravasse.

Considerada por alguns especialistas como um hormônio (já que o nosso corpo é capaz de sintetizá-la), a vitamina D é um nutriente (já que pode ser encontrada em alimentos) lipossolúvel mais conhecido por ser essencial no processo de retenção de cálcio e fósforo, itens essenciais para a saúde dos nossos ossos. Nos últimos anos, no entanto, os cientistas descobriram que outros órgãos do corpo possuem receptores para ela, indicando que seu papel na nossa saúde vai além do esqueleto. Estudos já mostraram, por exemplo, que a vitamina D pode reduzir o crescimento de células do câncer, pode ajudar a controlar infecções e reduzir a inflamação do corpo. 

Vídeo: PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE O PERÍODO DE CONFINAMENTO


Vitamina D e imunidade
Embora a abordagem do estudo italiano seja nova, a busca pela relação entre vitamina D e sistema imunológico não é nova: há pelo menos 10 anos essa relação já vem sendo estudada. Há duas possibilidades sendo analisadas: a modulação das células de defesa, que receberiam um impulso com o nutriente; e como a vitamina teria relação com doenças autoimunes, como esclerose múltipla e diabetes tipo 1.

Os médicos aprofundaram os estudos para entender, especificamente, se a carência de vitamina D poderia facilitar ou piorar a resposta do corpo diante de infecções respiratórias. Um estudo feito pela Harvard Medical School em 2009, publicado no periódico JAMA Internal Medicine, mostrou que adultos com deficiência no nutriente disseram sofrer mais de gripe, resfriado ou infecção no trato respiratório superior. 
UNESP 2019: A vitamina D3 é lipossolúvel e opticamente ativa ...
Vitamina D (Calciferol)
Em outro estudo, dessa vez uma metanálise publicada em 2017 no periódico BMJ, os pesquisadores concluíram que a suplementação de vitamina D em indivíduos com deficiência ajudaria a reduzir os riscos de infecções no trato respiratório. O efeito foi observado com mais força especialmente nos pacientes com níveis muito baixos do nutriente.

Mesmo assim, ainda é cedo para dizer que a vitamina D seria importante no combate à infecção respiratória provocada pelo novo coronavírus. "Os dados são, sem dúvida, importantes, mas ainda precisamos de mais evidências dessa relação", afirma a médica nutróloga Marcella Garcez Duarte, professora e diretora da ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia).

A própria Harvard School of Public Health afirma que mais pesquisas precisam ser feitas com a vitamina D para dizer definitivamente se ela protege contra resfriados, gripes e outras infecções respiratórias agudas, em especial a covid-19.

Quem precisa suplementar? 
Apenas 10 a 20% da quantidade de vitamina D que necessitamos é obtida por meio de alimentos. Os demais 80 a 90% necessários originam-se da exposição à luz dos raios ultravioletas (UV) do sol, que vão estimular a produção pelo corpo..

Em tempos de quarentena, quando estamos mais dentro de casa, essa exposição acaba ficando mais difícil. Mas isso não significa que é preciso correr para a farmácia atrás de suplementação. "A menos que a pessoa já esteja em tratamento por conta de uma deficiência já diagnosticada, não há motivo para preocupação", afirma a especialista.

Isso porque os resultados da deficiência de vitamina D, que incluem alterações ósseas e osteoporose, só aparecem depois de um longo período de deficiência. Ou seja: algumas semanas longe do sol não serão suficientes para provocar uma deficiência grave no corpo. Além disso, o excesso de suplementação por algum tempo também tem efeitos negativos: ele pode levar a um aumento de cálcio no corpo, provocando calcificação de artérias e lesão nos rins.

Por isso, a recomendação oficial é que a suplementação seja feita apenas depois de um exame de dosagem para garantir que o nutriente está mesmo baixo e também para avaliar qual a dosagem necessária.

Na dúvida, Duarte recomenda conversar com um médico de confiança remotamente para tirar as dúvidas e, no máximo, tomar um polivitamínico. "E, definitivamente, com os serviços de saúde sobrecarregados pelo novo coronavírus, este não é o momento de pedir esse tipo de exame ou sair de casa para isso", avalia.

Como garantir um bom aporte de vitamina D no isolamento?
De acordo com a nutricionista Clarissa Fujiwara, coordenadora de nutrição da Liga de Obesidade Infantil do HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), a vitamina D pode ser encontrada em peixes gordurosos, como salmão, atum e sardinha, bem como em fígados de outros animais.

Consumi-los, então, seria uma forma de garantir algum aporte do nutriente. "Há ainda alimentos que são fortificados com o nutriente, como leites e cereais", afirma.

Mesmo assim, é importante tentar manter uma rotina para expor alguma parte do corpo ao sol todos os dias. "Até os presos têm esse direito", lembra Marcella Garcez Duarte. A recomendação é expor pernas e braços ao sol, diariamente, por até 15 minutos, no período das 10h às 15h —o horário considerado melhor para obter os benefícios dos raios UV.

A nutróloga ainda lembra que, na quarentena, a exposição ao sol tem outro benefício: a manutenção da saúde mental, já que a luz solar também ajuda a aumentar os níveis de serotonina no corpo.

Você já sabe, mas não custa nada lembrar... se não sabe veja agora a imagem abaixo:
imagem reprodução

FONTE geral: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/03/31/coronavirus-devo-tomar-vitamina-d-durante-a-quarentena.htm

Outras fontes e referências por ordem de citação no texto:
https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2020/03/28/pacientes-internados-com-coronavirus-tem-carencia-de-vitamina-d-diz-estudo.htm

https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2019/01/30/preciso-mesmo-suplementar-vitamina-d-entenda-tudo-sobre-ela.htm

https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/article-abstract/414815

https://www.bmj.com/content/356/bmj.i6583

https://www.hsph.harvard.edu/nutritionsource/vitamin-d/