segunda-feira, 29 de outubro de 2018

A química da memória: dopamina em destaque

Neurotransmissor associado à recompensa, dopamina controla a duração das lembranças
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Representações estruturais da Dopamina
Em testes com ratos, um dos mais importantes grupos internacionais de estudiosos da memória desvendou os fenômenos bioquímicos ligados ao armazenamento persistente das lembranças. Mostrou ainda que a fixação da memória ocorre de modo relativamente independente da sua aquisição: é preciso ser exposto a uma situação para recordá-la, mas o fato de ter sido memorizada não significa que será lembrada por muito tempo.

Em ratos – e bem provavelmente em seres humanos -, as memórias que persistem por períodos longos, às vezes toda a vida, envolvem a ativação de uma região profunda do cérebro: a área tegmental ventral, demonstrou a equipe coordenada pelo neurocientista Martín Cammarota, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), em artigo publicado na Science de 21 de agosto. Com 25 mil neurônios nos roedores e 450 mil nos seres humanos, essa área de poucos milímetros de espessura é a principal produtora do neurotransmissor dopamina no sistema nervoso central.

Em parceria com Jorge Medina, da Universidade de Buenos Aires, Cammarota, Janine Rossato, Lia Bevilaqua  e Iván Izquierdo planejaram uma série de testes para verificar como se dá o armazenamento da memória. Nos experimentos eles submeteram grupos diferentes de ratos a dois tipos de treino. Em um deles, os roedores eram colocados sobre uma plataforma no interior de uma gaiola e recebiam uma descarga elétrica sutil quando desciam para explorar o ambiente. Essa experiência, que causa um leve choque, costuma ser lembrada por poucos dias – os animais se esquecem do choque e voltam a descer da plataforma se o teste é repetido dois ou três dias mais tarde, sinal de que a memória não foi fixada. No outro tipo de treino, que leva ao registro persistente da lembrança, os animais levaram uma descarga duas vezes mais intensa ao sair da plataforma. E se lembravam da experiência desagradável duas semanas mais tarde, tempo longo para os roedores, equivalente a alguns anos para os seres humanos.

Fixação
Entre alguns minutos e 12 horas após os treinos, os pesquisadores injetaram no hipocampo dos ratos, área cerebral ligada ao armazenamento da memória, ora um composto que impede a ação da dopamina, ora um fármaco que simula o efeito desse neurotransmissor. A neutralização da dopamina permitiu aos roedores se recordarem do choque dois dias após o treino inicial. Mas os impediu de lembrar a experiência ruim nas semanas seguintes. “Esse resultado mostra que a formação e a persistência da memória são processos distintos”, explica Cammarota.

Já a aplicação do fármaco que simula a ação da dopamina transformou a memória volátil em persistente: até duas semanas depois de receber o choque leve os roedores se lembravam dele. Mas isso só ocorreu quando o composto foi dado 12 horas depois do treino, sugerindo que a persistência da memória é definida meio dia depois de determinada experiência.

Testes com outros compostos mostraram ainda que as lembranças não se tornam duradouras sem a ativação da área tegmental ventral, produtora de dopamina. É que o acionamento dos neurônios dessa área libera dopamina em uma região vizinha, o hipocampo. No hipocampo a dopamina estimula a produção do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), que dispara a síntese de proteínas que fixam a memória. Nada disso ocorre sem a ativação da área tegmental logo após o treino. “A ativação imediata, que acontece quando o cérebro identifica um evento importante, é essencial para a reativação desse circuito 12 horas mais tarde e o armazenamento da memória”, afirma Cammarota.

Ainda há muitas dúvidas sobre esse processo. Não se sabe por que a decisão de preservar ou descartar a memória só ocorre 12 horas após o aprendizado, se é possível modificá-la em outros momentos, nem se esse fenômeno, observado ao despertar lembrança desagradável (choque), vale para a memorização de eventos prazerosos. Mas a descoberta torna possível o desenvolvimento de compostos que atuem sobre a dopamina e auxiliem a fixação das lembranças em pessoas com doenças que afetam a capacidade de memorização. Esse achado abre também caminho para uma nova compreensão do consumo abusivo de drogas. “Drogas como a cocaína aumentam o nível no cérebro de dopamina, responsável pela sensação de prazer e recompensa”, explica Cammarota. “É possível que um desequilíbrio nesse sistema leve o usuário a se lembrar dos efeitos agradáveis e a apagar da memória os ruins”.

FONTE: http://revistapesquisa.fapesp.br/2009/09/01/a-quimica-da-memoria/

Veja um pouco mais sobre DOPAMINA nos links abaixo:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dopamina
https://www.infoescola.com/bioquimica/dopamina/
https://amenteemaravilhosa.com.br/dopamina-quais-sao-suas-funcoes/


quinta-feira, 25 de outubro de 2018

10 dicas de como estudar Química para o ENEM

Se você é daqueles que passam horas pensando por onde começar a estudar para uma prova, esse artigo é para você! Confira 10 dicas valiosas de como estudar Química para o ENEM!
por  Carla Marins Goulart
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Começar a estudar para uma prova nem sempre é uma tarefa fácil, especialmente se essa prova for o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). São tantos conteúdos e tantas formas de estudar que se torna difícil encontrar um ponto de partida e selecionar um método ideal, que facilite o aprendizado. Para facilitar seus estudos preparamos 10 dicas valiosas para você se organizar e estudar Química para o ENEM.
1 – Monte um cronograma viável de estudos
Seu primeiro passo será montar um plano de estudos que você realmente consiga executar. Coloque os horários que você tem disponibilidade durante a semana e inclua os conteúdos que você estudará em cada dia. Distribua os conteúdos nas datas até dois dias antes da prova. Reserve a véspera para relaxar. Você precisará estar com a mente descansada no dia da prova.
2 – Comece pelo começo
Se você não lembra os conteúdos ou se você tem dificuldades em aprender Química, comece seus estudos pelos conteúdos iniciais dessa disciplina. Um bom tema de partida é Átomos, moléculas e íons, que trata da composição da matéria (tudo aquilo que tem massa e ocupa lugar no espaço), objeto de estudo da Química. Não esqueça de relembrar conteúdos como notação científica, conversão de unidades e regra de três. Ele são fundamentais para o estudo das ciências exatas.
3 – Aprenda a ler gráficos e tabelas
Pegue seus livros e questões da internet! Veja se você consegue analisar gráficos e tabelas de diferentes disciplinas. Isso te dará mais experiência para a hora do exame, poupando um tempo essencial para a resolução das questões.
4 – Busque questões que avaliem diferentes habilidades
Essa dica é super importante! Para saber se realmente você aprendeu um conteúdo é indispensável avaliar se você consegue resolver questões que envolvam diferentes habilidades. Por exemplo: se o tema de estudo for “pilhas” haverá questões sobre cálculo do potencial da pilha, identificação dos componentes (ânodo e cátodo) e dos processos (oxidação e redução) envolvidos, escrita das semi-reações, da reação global e da notação química, montagem de pilhas em série, entre outras. Se você decidir resolver 15 questões sobre o tema, por exemplo, certifique-se de que essas questões são diversificadas, avaliando partes diferentes do conteúdo, para que você possa explorá-lo e compreendê-lo de forma mais ampla. Assim, a chance de você ser pego de surpresa, com um tipo de questão que você nunca viu, diminuirá consideravelmente!
5 – Foque nos conteúdos que você tem mais dificuldade
Inicie seus estudos pelos conteúdos mais simples. Caso perceba de imediato que já tem bom domínio sobre eles, prossiga para os próximos conteúdos. Dê uma atenção especial para os conteúdos que você considera mais complicados. Aumentando seu conhecimento sobre eles você aumenta suas chances de obter um bom resultado na prova. Lembre-se: Você só vence o monstro se enfrentá-lo!
6 – Veja os conteúdos que mais caem no ENEM
Focar nos assuntos que mais caem no ENEM pode otimizar seu tempo. Alguns conteúdos estão presentes em todas as provas. Não deixe de estudá-los! Clique aqui para conferir uma lista completa desses assuntos.
7 – Contextualize
Geralmente as questões de Química envolvem situações do cotidiano e/ou estão relacionadas a assuntos de Biologia ou Física. Nesse caso, a leitura constante de textos sobre meio ambiente, saúde, fontes de energia, entre outros assuntos do dia a dia pode te salvar na hora da prova. Leia os textos de forma crítica, associando-os a conceitos de Química, Biologia e Física. Estude os conceitos e tente associá-los a situações do seu cotidiano. Assim você estará mais preparado para as contextualizações do exame.
8 – Aproveite o que a internet tem a oferecer
Diversos sites e canais no Youtube apresentam conteúdos gratuitos e de qualidade sobre Química para vestibulares. Veja alguns destaques abaixo:
Plataformas de Estudo
Sites
Canais no YouTube
9 – Pratique!
Não fique só na teoria, lendo livros e mais livros, e assistindo várias videoaulas sobre o mesmo assunto. Otimize seu tempo! Faça uma leitura calma e atenciosa de uma parte do conteúdo, e em seguida tente resolver alguns exercícios. São eles que te mostrarão seu nível de aprendizado sobre o conteúdo. Quanto mais exercícios, melhor!
10 – Não se desespere!
Apesar de ser considerada uma das disciplinas mais difíceis do Ensino Médio, a Química não é nenhum bicho de sete cabeças. O segredo é estudar os conteúdos em uma sequência correta e estar aberto ao aprendizado. Adotando uma boa estratégia e se dedicando ao seu objetivo sua jornada até o ENEM será bem mais prazerosa e edificante.

FONTE: http://www.quimicanaarea.com/10-dicas-de-como-estudar-quimica-para-o-enem/

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Eugenol e Isoeugenol - codimentos, medicamentos e isomeria

São duas Especiarias bastante clássicas, sendo muito comumente encontradas para nosso Cotidiano, e apresentando um odor suave e agradável para geral.

A posição para uma dupla ligação será decisivo em uma Identificação Química estrutural nestas Substâncias, como podemos observar na Imagem abaixo.

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Convém lembrar que existem mais de 300.000 Substâncias Orgânicas para em confronto nas 70.000 Substâncias Inorgânicas, para a nestas condições. 

Eugenol estará caracterizado para no cravo da india, e , enquanto que para Isoeugenol, na nossa noz moscada.

Caso de Isomeria Plana na Imagem será nossa Isomeria constitucional de posição.

O aroma destas duas substâncias esta ligada por serem pesticidas naturais, moléculas potentes, o cheiro do cravo da índia pode ser sentindo mesmo a distância o composto esta presente por toda a planta. Sendo então usada em 200 a.C. para refrescar o hálito e o óleo extraído do cravo da índia o Eugenol era apreciado como antisséptico e remédios para dor de dente, até hoje esta presente na odontologia como anestésico. 

A noz-moscada é usada para fins medicinais na China tratamentos reumáticos e dores de estômago, na Ásia para cólicas. Na Europa é considerada afrodisíaca e soporífera, fato sobre ela interessante é que era usada um saquinho no pescoço durante a peste negra, pois acreditavam que o composto presente na noz-moscada o Isoeugenol espantava as pulgas que transmitiam a bactéria da peste bulgônica.

O Eugenol  é um forte antisséptico, inibe a proliferação de microrganismo na pele ou mucosa. Usado para desinfetar ferimentos evitando o risco de infecção por bactérias ou germes, contém propriedades bactericidas e antivirais, apresenta efeito sedativo.

O Isoeugenol pode ser sintetizado a partir da isomerização do Eugenol com um base. E após com o ozônio para ter a vanilina ( baunilha ).

Vejamos:
Síntese do Isoeugenol (1) formando a vanilina (2).



O Eugenol e o Isoeugenol são isômeros apresentam formula molecular  C10H12O2 , e massa molecular 164,02g/mol. O Isoeugenol causa irritações na pele, além de ser nocivo ao DNA.

O Eugenol juntamente com o óxido de Zinco forma o Eugenolato de Zinco podendo ser aplicado diretamente na cavidade dentária que quando em contato com a saliva e o fio dental ocorre uma hidrolise que libera hidróxido de zinco e Eugenol que se difundem para a polpa onde produzem efeitos anti-inflamatórios e anestésicos. Também encontrados em antissépticos bucais e cremes dentais.

Fontes: 
https://www.facebook.com/paragostardaquimica/
https://descomplica.com.br/blog/quimica/resumo-isomeria/
http://anatrombeta8.blogspot.com.br/2016/10/eugenol-e-isoeugenol.html

AZAMBUJA, W. Óleos Essenciais. Disponível em: <http://www.oleosessenciais.org/>. Acesso em 17 de outubro de 2016. 
Le Couteur,Penny M. / Burreson,Jay- Os botões de Napoleão,344 págs. Editora: Zahar.
Escobar, R G. Eugenol: Propriedades farmacológicas e toxicológicas, vantagens e desvantagens de seu uso. Cubana Estomatol, v. 32, 2002.
MARKOWITZ, K; MOYNIHAN, M; LIU, S. Biologic properties of Eugenol and zinc oxide-Eugenol. A clinically oriented review. Oral Surg. Oral Med. Oral Pathol, v. 73(6), p. 729-37, 1992. 

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Uso de celular em sala de aula dobra efeito negativo nas notas, aponta estudo

Pesquisa da FGV mediu impacto da utilização em excesso dos aparelhos
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imagem de Dm

O uso excessivo de telefones celulares tem prejudicado o desempenho acadêmico de estudantes universitários brasileiros sem que eles percebam, já que a maioria tende a subestimar o tempo que dedica, diariamente, a seus aparelhos. 

Essas conclusões são de uma pesquisa feita com alunos da FGV (Fundação Getulio Vargas) de São Paulo e publicada recentemente pela "Computers & Education", revista especializada britânica. 

A piora na aprendizagem associada à utilização intensa de smartphones leva a uma queda significativa dos alunos em um ranking que a FGV elabora para classificá-los —considerando suas notas, mas também fatores como o grau de dificuldade das provas.

Cada cem minutos diários dedicados ao celular fazem com que um estudante recue 6,3 pontos na escala, que vai de 0 a 100. Segundo os pesquisadores Daniel Darghan Felisoni e Alexandra Strommer Godoi, isso pode ser suficiente para tirá-los da lista dos 5% melhores da turma, impedir que alcancem pontuação para cursar determinadas eletivas ou prejudicá-los em avaliação dos critérios para obtenção e manutenção de bolsa de estudos. 

O uso de smartphones no horário das aulas é ainda mais nocivo: faz com que a queda de desempenho quase dobre. Ou seja, se os cem minutos forem concentrados no período em que os alunos deveriam prestar atenção nas aulas ou em rotinas da universidade, o recuo no ranking vai para cerca de 12 pontos. 

O problema é agravado pelo fato de que o tempo dedicado aos aparelhos é alto e bem maior do que a maioria estima. Em média, os participantes do estudo passaram quase quatro horas por dia (230 minutos) mexendo em seus celulares, 48,5% a mais do que eles disseram imaginar. Entre os 43 alunos acompanhados, o que ficou mais tempo no celular gastou 6,5 horas diárias no aparelho, e a menor marca foi de 38 minutos. 

O resultado surpreendeu Daniel, que estudava o tema para seu trabalho de conclusão da graduação na FGV, e Alexandra, professora que o orientava. "Eu mesma testei o tempo que passava no celular na época e foi o dobro do que imaginava", diz Alexandra. Para Daniel, a surpresa maior veio com a mensuração do impacto do celular sobre a aprendizagem dos alunos. A hipótese dele era que, acostumados desde cedo com a tecnologia, os jovens tinham capacidade de realizar tarefas concomitantes sem prejudicar sua capacidade cognitiva. 

"Percebia que o uso do celular nos deixava momentaneamente ausentes, mas que o conteúdo perdido poderia ser recuperado em seguida com a volta da atenção", diz Daniel.
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imagem de André de Mattos
Não foi o que ele e Alexandra descobriram ao analisar os resultados do experimento, que monitorou 43 alunos de administração de empresas por 14 dias consecutivos, em abril de 2016. O grupo aceitou instalar nos seus celulares aplicativos que medem o tempo gasto trocando mensagens, navegando em redes sociais, fazendo pesquisas e ligações. 

Um desafio em pesquisas assim é garantir que o efeito que se busca mensurar seja consequência da hipótese levantada e não de outros fatores. Nesse caso, era preciso eliminar o risco de que as diferenças de desempenho fossem causadas por habilidades e conhecimentos acumulados pelos alunos anteriormente. 

O impacto dessas aptidões foi, então, descontado com base nos resultados do vestibular e em um questionário utilizado internacionalmente sobre seu autocontrole (capacidade de se organizar, concentrar, realizar tarefas etc). A partir daí, eles estimaram o desempenho esperado dos alunos e os compararam com os resultados que eles, de fato, alcançaram.

Concluíram que o uso do celular é capaz de alterar a rota esperada. Sua utilização por cem minutos diários é suficiente para fazer com que um aluno ou aluna que tenha se classificado em 5º lugar no vestibular atinja na faculdade o desempenho esperado daquele que ficou em 100º. 

"Essa queda na pontuação pode ter consequências graves para o estudante, afetando até sua vida profissional, já que as vagas para cursar determinadas disciplinas preparatórias para o mercado de trabalho são preenchidas conforme a posição no ranking da faculdade", diz Daniel. "O ideal seria repetir o experimento, expandindo-o para um grupo mais diverso, mas, estaticamente, nossos resultados se mostraram significativos", afirma Alexandra.

PROIBIÇÃO EM ESCOLAS FRANCESAS DEU NOVO IMPULSO AO DEBATE

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imagem de Tribuna do Norte

O debate sobre celulares na educação tem ganhado fôlego. Em julho, o governo da França proibiu a utilização dos telefones em escolas. No Reino Unido, algumas escolas tomaram a mesma decisão. No Brasil, não há uma regra única. Em 2017, o Governo do Estado de São Paulo liberou o uso dentro de sala de aula sob supervisão (leia abaixo). "Acho importante que o tema seja discutido porque o que notamos é que o efeito da distração é inconsciente e significativo", diz Alexandra. 

Um trabalho recente feito por quatro pesquisadores de universidades norte-americanas e publicado por um periódico da Universidade de Chicago com 800 usuários de smartphones concluiu que a proximidade física do celular reduz tanto a memória quanto a fluidez de ideias, provocando uma espécie de drenagem de recursos do cérebro ("brain drain", em inglês). Segundo os pesquisadores, mesmo quando os participantes conseguiam evitar mexer ou pensar nos seus celulares, a simples presença dos aparelhos diminuía sua atenção. Táticas como deixar o aparelho com a tela para baixo ou silenciar as notificações não foram suficientes. A única estratégia eficaz foi a separação física do celular. "Não tenho dúvida de que o celular atrapalha os estudos. Tenho notado piora na minha concentração, perda de memória e me sinto mais cansado". O relato é de Renan Baleeiro Costa, 20, estudante de direito da USP. "Existe o lado positivo. Em um instante, tenho acesso a textos acadêmicos, leis. Mas, quando uso o celular em excesso, me sinto menos produtivo", completa.

Outro estudo de acadêmicos turcos, recém-publicado na revista "Computers in Human Behavior", apontou efeitos negativos sobre o desempenho escolar. No artigo, os autores concluem que a tecnologia pode ser positiva para a aprendizagem, mas ressaltam que os alunos não parecem estar usando os recursos disponíveis de forma benéfica à aprendizagem e que devem ser melhor orientados.


FONTE: https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2018/09/uso-de-celular-em-sala-de-aula-dobra-efeito-negativo-nas-notas-aponta-estudo.shtml

sábado, 13 de outubro de 2018

Droga usada em festas e em golpes, GHB muda o cérebro dos usuários

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Crédito: Fotolia
Uma droga que vem sendo usada em festas e clubes noturnos, o GHB (gama-hidroxibutírico), também chamado de “G”, ou “ecstasy líquido”, pode causar modificações importantes no cérebro, como prejuízos a longo prazo na memória, na atenção, no coeficiente de inteligência (QI), e ainda causar altos níveis de estresse e ansiedade.

As conclusões, obtidas por cientistas de Amsterdam, foram apresentadas em uma conferência do Colégio Europeu de Psiconeurofarmacologia, em Barcelona. O trabalho foi financiado pelo Ministério da Saúde da Holanda.

O GHB é um depressor do sistema nervoso. No início, causa euforia, mas depois provoca sonolência e pode levar os usuários rapidamente ao coma. Em 2015, um jovem de 25 anos morreu depois de consumir a droga numa festa em Florianópolis. Muitas vezes, o líquido é diluído em garrafas de água ou de outras bebidas, e usado em golpes do tipo “boa noite Cinderela”.

Na Europa, casos de coma e overdose por GHB já despontam como terceira principal causa de emergência médica por droga nos hospitais, perdendo apenas para heroína e cocaína. A tendência lá é de aumento, o que pode se refletir no Brasil também.

Os cientistas examinaram 27 usuários que já haviam entrado em coma por causa do GHB, outros 27 que não chegaram a entrar em coma, e outros 27 voluntários que já usaram diferentes tipos de drogas, mas nunca o GHB. Todos responderam a questionários e testes de QI, além de serem submetidos a exames de escaneamento cerebral.
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 Ácido gama-hidroxibutirato (GHB)
Todos os usuários de GHB apresentaram alterações no cérebro que interferem na identificação de emoções negativas. Isso significa que eles tendem a ter reações mais exageradas diante de adversidades. Consumidores da droga que entraram em coma são os mais afetados – eles apresentaram 63% mais estresse e 23% mais ansiedade que usuários de outras substâncias.

Os episódios de coma também foram associados a coeficientes de inteligência bem mais baixos (mesmo quando os usuários tinham o mesmo nível de educação), e alterações graves na memória de longo prazo e de trabalho, aquela que usamos no dia a dia. Os exames de imagem indicam alterações na redes neuronais relacionadas à memória, o que justificaria esse efeito. Os resultados ainda serão publicados.

Os autores da pesquisa avisam que esses efeitos provavelmente se devem à privação de oxigênio (hipóxia) que é provocada por altas concentrações de GHB no cérebro. O uso da substância em doses baixas, aprovado no tratamento de certas doenças, não apresenta esse risco.

FONTE: https://doutorjairo.blogosfera.uol.com.br/2018/10/08/droga-usada-em-festas-e-em-golpes-ghb-muda-o-cerebro-dos-usuarios/

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Concepção de professores de química sobre a importância do ensino de química para a formação do cidadão

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Imagem de Educador Brasil Escola
Resumo
O presente trabalho é um recorte de análise de uma investigação de mestrado, que tem por objetivo promover uma discussão sobre a relevância da apropriação de atividades em espaços não escolares como forma de enriquecer a educação química. Nesse sentido, na apresentação deste texto, buscamos relatar parte da análise que estamos realizando sobre a importância do ensino de química, que contou com a aplicação de um questionário exploratório e a realização de entrevistas reflexivas com dez professores de química da educação básica, da cidade de Juiz de Fora/MG. A análise das argumentações nos proporcionou a organização de categorias que nos remeteram a uma visão de ensino de química voltada para a formação cidadã.

Palavras chave: educação em química, concepção de professores, educação para a cidadania, educação em espaços não formais

FONTE: 
http://www.nutes.ufrj.br/abrapec/ixenpec/atas/resumos/R0355-1.pdf

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

O AFETO QUE EDUCA: afetividade na aprendizagem

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Imagem de EIDEA

RESUMO
Este artigo é fruto de uma pesquisa bibliográfica que busca através das concepções do pensador Henry Wallon (1879-1962),que dedicou grande parte de sua vida no estudo da afetividade, destacar a importância do afeto nas relações interpessoais em salas de aula. O afeto, um assunto pouco valorizado na educação escolar, se mostra fundamental na construção da pessoa e do conhecimento. Visitando pesquisas de alguns estudiosos sobre o tema, podemos perceber que a afetividade está presente na relação professor-aluno e depende do contexto sócio-cultural. Nesse sentido, a temática se mostra relevante de ser abordada na formação inicial e continuada de professores. Palavras chave: Afeto, Relação Professor-Aluno,Afetividade, Ambiente Escolar.

Clique aqui e veja mais...
FONTE: http://www.ufjf.br/pedagogia/files/2017/12/O-AFETO-QUE-EDUCA.pdf

terça-feira, 2 de outubro de 2018

A didática do afeto: o amor como forma de ensinar

imagem de www.resilienciamag.com
Esse tema é diferenciado e pode ser introduzido no currículo escolar das nossas escolas públicas e privadas. E para refletir sobre isso – utilizo as ideias – de quatro teóricos da educação, que nos fornecem o conhecimento para aprender a didática do afeto, ou seja, o amor como jeito de ensinar.

O psiquiatra chileno, Cláudio Naranjo, destaca que quando há amor na forma de ensinar, o aluno aprende mais facilmente qualquer conteúdo. Segundo Naranjo investir numa didática afetiva é a saída para estimular o autoconhecimento dos alunos, sobretudo, de crianças e adolescentes, formando seres autônomos e saudáveis.

Nessa perspectiva, o papel do educador é levar o aluno a descobrir, refletir, debater e constatar. Para isso, é essencial estimular o conhecimento de si mesmo, respeitando as características de cada um. Tudo é mais efetivo quando a criança entende o que faz mais sentido para ela.

No ponto de vista didático, os nossos educadores devem ser mais amorosos, afetivos e acolhedores, como um modo mais eficaz de ajudar – todos os alunos – não só os melhores a realmente aprender e assim mudar o mundo.

Nesse contexto, lembra Naranjo, precisamos de uma mudança da consciência e o melhor caminho é a transformação da educação, por meio de uma nova formação de educadores orientada não só para a transmissão de informações, mas para o desenvolvimento de competências existenciais.
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O psicanalista, americano, Erich Fromm, afirma que a resposta madura para o problema da existência é o amor. Sendo assim, o amor pode ser ensinado nas escolas, de maneira maturada e consciente, pois o amor é acima de tudo a preocupação ativa pela vida. É o cuidado de promover o crescimento daqueles que amamos.

Na visão de Fromm, a escola pode ser transformada em um local adequado para ensinar o amor, na mesma medida que se estuda música, pintura, carpintaria, escrita ou arquitetura. Aprender amar requer prática, maestria e uma ação contínua, pelo qual o esforço e o bom trabalho não deixam nada ao acaso ou à sua sorte.

O neurocientista, português, António Damásio, alerta que é necessário educar massivamente as pessoas para que aceitem os outros, porque se não houver educação massiva, os seres humanos vão matar-se uns aos outros. Damásio avalia que a vida emocional e sentimental são provocadora da nossa cultura, de conflito ou de cooperação, que é a base fundamental e estrutural de vida.

Na mesma linha de pensamento o filósofo, francês, Edgar Morin, constata que a verdadeira crise é uma crise de relações humanas, uma incapacidade de constituir verdadeiras relações afetivas, um mal antigo, que se tornou uma crise insustentável.

Portanto, com base nesse conhecimento, podemos concluir que a escola é o melhor ambiente para desconstruir a cultura do “desamor”, onde a didática do afeto pode ensinar amar, como método de conhecermos a nós mesmos e para conhecermos os outros.

FONTE: https://www.resilienciamag.com/a-didatica-do-afeto-o-amor-como-forma-de-ensinar/