Projeto tem como objetivo mostrar a abundância, escassez e finitude de elementos encontrados na Terra
TABELA PERIÓDICA (FOTO: EUCHEMS/CC BY-ND) |
Hélio, oxigênio, magnésio e alumínio: esses são alguns dos elementos que constam na tabela periódica, mas, e se um deles estivesse prestes a desaparecer em um futuro próximo?
A ideia foi apresentada nesta semana pela a Sociedade Química Europeia, um grupo que representa mais de 160 mil estudiosos da União Europeia, e que fez uma tabela periódica bem diferente da convencional.
A grande novidade está no modo como os elementos são expostos na tabela: em vez de seguir a ordem clássica, onde cada um dos elementos tem um quadrado simétrico, essa tabela os categoriza a partir de sua abundância ou escassez.
Outra diferença é que apenas os elementos naturalmente encontrados na Terra são classificados — ao todo, são 90. Na tabela periódica tradicional são 118, já que conta com os elementos sintetizados artificialmente também.
O objetivo do trabalho, como conta o presidente da Sociedade Química Europeia, Cole-Hamilton, é mostrar como os elementos em nosso planeta são finitos e podem, dentro de alguns anos, desaparecer.
Segundo a tabela, o oxigênio — que garante nossa respiração — não corre, felizmente, risco de extinção. Os elementos que podem estar acabando são aqueles usados na produção de computadores e celulares, por exemplo.
Um deles é o índio, que é usado na produção de telas "touch screens" para celulares e computadores. Uma das recomendações, segundo Hamilton, é diminuir a compra desenfreada de tecnologia.
“Se continuarmos usando o elemento índio da forma como estamos nossas reservas vão se esgotar em 20 anos”, contou o presidente ao programa de rádio Marketplace.
E não são apenas os elementos usados para tecnologia que correm risco: o hélio, utilizado em ressonâncias magnéticas, também não anda tão bem quanto se imaginava. Hamilton conta que o elemento é um dos mais abundantes na Terra, mas, se continuar sendo consumido no ritmo atual, deve durar apenas mais 10 anos.