quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Um raro elemento da tabela periódica está quebrando a mecânica quântica

imagem de https://hypescience.com
Ainda há muito que não sabemos sobre os actinídeos. Na tabela periódica, essa série de elementos pesados e radioativos fica na parte de baixo, e inclui várias substâncias que não ocorrem naturalmente na Terra.

Entre eles, o berquélio parece ser mais estranho que do tínhamos percebido inicialmente. Novos experimentos com esse elemento sintético incrivelmente raro mostraram que seus elétrons não se comportam da forma que deveriam, desafiando a mecânica quântica.

“É quase como estar em um universo alternativo porque você está vendo uma química que simplesmente não vê em elementos comuns”, afirma o químico Thomas Albrecht-Schmitt, da Universidade Estadual da Flórida (EUA).
Por anos, Albrecht-Schmitt tem estudado o mundo radioativo dos actinídeos, incluindo o plutônio, califórnio e berquélio.

O berquélio tem este nome porque foi produzido por dois cientistas da cidade de Berkeley, no estado da Califórnia. A descoberta aconteceu em 1949, mas pouca coisa se sabe sobre o elemento porque ele é difícil e extremamente caro de ser produzido em laboratório.
Estima-se que menos de 1 grama do elemento tenha sido sintetizado nos últimos 50 anos. Para a pesquisa de Albrecht-Schmitt, foram produzidas 13 mg do metal radioativo pelo Departamento de Energia dos EUA.

Isso pode parecer muito pouco, mas é mil vezes mais do que outros cientistas já receberam em pesquisas anteriores, e permitiu que os pesquisadores observassem alguns detalhes que passaram despercebidos por outros cientistas.

Em uma série de experimentos que aconteceram em três anos, a equipe da universidade da Flórida criou vários componentes a partir do berquélio e foi possível observar que seus elétrons se comportavam de forma estranha.

Os elementos do topo da tabela periódica são leves, e seus elementos se alinham em configurações explicadas pela teoria quântica, que determina como elétrons giram ao redor do núcleo dos átomos.

O berquélio, porém, assim como outros elementos pesados, se comporta de outra maneira. Os princípios da mecânica quântica não explicam o que os elétrons estão fazendo.

Nesses elementos, os elétrons parecem estar sendo governados pela teoria da relatividade de Einstein, que prevê que objetos com massa ficam mais pesados conforme se movimentam mais rapidamente.

Em termos dos elétrons no berquélio, essa lógica acontece da seguinte forma: conforme os elétrons começam a se mover mais rapidamente ao redor do núcleo, eles vão ficando mais pesados. Esse comportamento desafia a explicação quântica.

“Quando você vê esse fenômeno interessante, você começa a se questionar como fazê-lo ficar mais forte ou desligá-lo”, diz Albrecht-Schmitt. “Há alguns anos, ninguém nem pensava que você poderia fazer um componente de berquélio.”

Esse trabalho se apoia em pesquisas da mesma equipe publicadas em 2016, envolvendo componentes de berquélio. Nelas os pesquisadores afirmaram que o berquélio era “eletronicamente diferente do que as pessoas esperam”.

Conforme esse trabalho evolui, há mais evidências de que o berquélio, como a própria tabela periódica, é algo que é quase impossível de compreender completamente. Resta esperar para ver como esses actinídeos misteriosos vão quebrar nossas melhores teorias.

“O que nos dá uma compreensão de como a química está mudando no final da tabela”, explica o pesquisador. “O objetivo é entender a base química do elemento. Mesmo tendo o berquélio por quase 70 anos, muitas propriedades químicas básicas ainda estão desconhecidas”.
Este último trabalho dos pesquisadores foi publicado na revista Journal of the American Society. [Science Alert]




sábado, 5 de outubro de 2019

Beber um pouco de Bicarbonato de Sódio por dia pode fazer Milagres!

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Bicarbonato de Sódio
bicarbonato de sódio não é apenas um produto fantástico para ser usado, de maneira ecológica e com eficácia, na limpeza da casa ou como item de beleza, mas é também útil na luta contra a artrite reumatóide e as doenças autoimunes, quando consumido de maneira regular (1 colher de chá a cada 4 horas). Tudo isso, graças aos efeitos que o bicarbonato teria sobre o baço.

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Em um novo estudo, especialistas do Medical College of Georgiateriam descoberto que, depois de beber uma solução de bicarbonato de sódio, o baço, assim como o sangue nos rins, seria capaz de conter menos células inflamatórias e mais anti-inflamatórias. Como resultado, a água combinada com um pouco de bicarbonato de sódio poderia reduzir as chances de ter artrite reumatóide e lúpus.
bicarbonato de sódio é uma substância alcalina, ou seja, tem um pH superior a 7. Por isso, em uma fase inicial, aumenta o pH gástrico que, para recuperar o equilíbrio, aumenta a quantidade de ácido. Se um excesso de alcalinidade poderia facilmente resultar em acidez e vice-versa, no momento em que se bebe um pouco de água e bicarbonato leva-se o estômago a produzir mais ácido para digerir. Isso impede que o baço produza uma resposta imune anormal: seria essa resposta imunológica que geralmente leva à inflamação no corpo.
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Por essa razão, os cientistas pensam que beber bicarbonato de sódio faz com que o baço atue, o que faz parte do sistema imunológico, como um grande filtro sanguíneo. E é aqui que alguns glóbulos brancos, como os macrófagos, são armazenados para facilitar a resposta imunológica.
"Certamente beber bicarbonato influencia o baço e achamos que isso acontece através das células mesoteliais", explica o Dr. Paul O'Connor, fisiologista renal do Medical College.
Os cientistas conseguiram demonstrar que um remédio econômico como o bicarbonato é capaz de neutralizar uma inflamação que pode levar à condições dolorosas desencadeadas pela artrite e prevenir doenças renais.
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"A transição do perfil inflamatório para o anti-inflamatório ocorre em todos os lugares. Vimos nos rins, vimos no baço, agora o vemos no sangue periférico - disse O'ConnorQuando o bicarbonato de sódio é ingerido, o corpo é estimulado a produzir mais células T reguladoras, que impedem o sistema imunológico - entre outras coisas - de atacar seus próprios tecidos".

Mas quanto bicarbonato tomar?

Segundo os pesquisadores, a duração do efeito anti-inflamatório decorrente do consumo de bicarbonato de sódio seria de cerca de 4 horas, e a dose seria 1 colher de chá de bicarbonato misturado em meio litro de água.
O bicarbonato mostra-se mais uma vez ser um valioso aliado para a nossa saúde. Obviamente que um médico deve ser consultado e que cada caso em particular deve ser estudado e analisado em conjunto com o médico, porque há casos em que o bicarbonato pode ser inclusive contraindicado.
auto-medicação nunca deve ser feita, pode ser perigoso para a sua saúde. Consulte um médico, mostre este estudo a ele. Clique aqui para acessá-lo no Journal of Immunology.
Fonte primária: Green Me
Fonte: https://www.saudecuriosa.com.br/beber-um-pouco-de-bicarbonato-de-sodio-por-dia-pode-fazer-milagres/