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quarta-feira, 25 de dezembro de 2019
domingo, 15 de dezembro de 2019
Quimica e a energia solar fotovoltaica
Toda célula solar apresenta um aspecto escuro |
Temos acompanhado nos últimos anos uma grande dificuldade na geração de energia, como a elétrica e os combustíveis, em virtude de fatores relacionados com a infraestrutura e o clima. Um exemplo disso é a redução do volume chuvoso vivido por algumas regiões do Brasil, o que diminui o volume de água necessário para que a usina hidrelétrica consiga produzir energia elétrica.
Nesse contexto, muitos cientistas e empreendedores viram na energia solar uma solução para o problema energético. Assim, algumas formas de aproveitamento da energia solar para a produção de energia foram e estão sendo desenvolvidas.
De uma forma geral, a energia solar pode ser aproveitada para a produção das seguintes formas de energia:
- Elétrica (a energia solar pode ser transformada em energia elétrica);
- Biomassa (a energia solar pode ser utilizada para o desenvolvimento de plantas que são matéria-prima de combustíveis, como é o caso do etanol);
- Térmica (a energia solar pode promover o aquecimento da água em residências, hotéis etc.).
A quantidade de energia solar que chega à Terra é colossal. O grande entrave, no entanto, é a forma de captar essa energia. Como ela chega de forma dispersa, são necessários grandes equipamentos para obtê-la de forma eficiente.
Um exemplo de captação da energia solar, por meio da sua transformação em energia elétrica, são as chamadas células fotovoltaicas ou células solares. Trata-se de dispositivos que apresentam o silício dopado (misturado a fósforo ou boro, por exemplo) como material base e uma camada escura fundamental para evitar a reflexão da luz e promover uma maior absorção de energia.
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Que processo químico acontece nas placas solares para gerar energia?
O principal componente das placas solares são células de silício. A geração de energia acontece quando os fótons da radiação solar entram em contato com os átomos de silício, provocando a emissão de elétrons, que são as partículas que formam uma corrente elétrica.
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A energia produzida dessa forma é chamada de fotovoltaica, que é de onde vem o nome técnico das placas solares: placas fotovoltaicas.
Quando a célula solar recebe luz, ela a absorve, e os elétrons dos seus componentes excitam-se e passam a se movimentar, gerando, assim, uma corrente de elétrons, que nada mais é do que energia elétrica. É importante que a célula solar esteja conectada a baterias que armazenem a energia produzida.
Vantagens da Energia Solar
- Incidência de energia solar o ano todo, de acordo com o local;
- Baixo custo de manutenção das células solares;
- É uma fonte de energia 100% limpa;
- A energia elétrica produzida pode ser armazenada;
- Não é necessário o uso de linhas de transmissão. Assim, não há perda de energia durante o trajeto, por exemplo;
- As células são muito resistentes.
Desvantagens da Energia Solar
- A quantidade de energia produzida pode variar de acordo com as condições climáticas;
- Durante a noite, a produção é zero;
- Países de inverno longo apresentam uma menor incidência de energia solar;
- O armazenamento da energia produzida ainda é ineficiente;
- O custo dos painéis solares ainda é muito elevado;
- O rendimento de um painel solar, no que se refere à produção de energia elétrica, gira em torno de 16% a 28%;
- Alto custo de investimento inicial.
segunda-feira, 9 de dezembro de 2019
A importância da Química para o meio ambiente
Imagem de Meio Ambiente - Cultura Mix |
As pesquisas no campo da Química são
fundamentais para a solução das grandes questões globais, como a demanda
energética ou as mudanças climáticas. Delas estão surgindo materiais que
permitem a exploração de novas formas de energia, com maior eficiência energética,
reações que geram menor volume de efluentes, novos materiais que permitem maior
eficiência em todos os setores industriais, além de outros benefícios.
“Sem o trabalho do químico –
obviamente que também são necessários os conhecimentos dos outros campos da
ciência –, a sociedade não teria as tecnologias ambientais e as energias
renováveis que tem hoje”, destaca o cientista César Zucco, presidente da
Sociedade Brasileira de Química (SBQ) e diretor científico da Fundação de
Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).
Ele cita como exemplo uma pesquisa
inédita realizada nos Estados Unidos, a qual vai possibilitar a geração de
combustíveis líquidos, parecidos com os derivados do petróleo, a partir do gás
carbônico gerado em processos industriais. O estudo está na fase transição da
pesquisa para a de desenvolvimento do produto. Serão necessários mais
alguns anos para que o projeto-piloto se transforme em processo de escala
comercial.
Em linhas gerais, a ideia é aquecer o
dióxido de carbono, o gás carbônico, com energia
solar estocada em um reator (a temperaturas que podem chegar até 1300oC) para formar o monóxido de carbono, o CO, que é
uma molécula muito energética, que pode combinar-se com outras possibilitando
gerar uma variedade de combustíveis. A formação do CO, dessa forma, combinada
com a produção de combustíveis líquidos, é um excelente processo de
armazenamento de energia.
No Brasil, várias linhas de pesquisa
estão sendo conduzidas na busca de soluções para as questões ambientais, como:
Reciclagem: Reações
químicas controladas que permitem que matérias-primas sejam recuperadas para
nova utilização.
Reciclagem energética: Reações
químicas que geram energia a partir da combustão de alguns materiais
(resíduos).
Painéis fotovoltaicos: Tornaram-se
possíveis a partir do desenvolvimento de um polímero que transforma a luz do
sol em energia elétrica.
Nanotecnologia: Novos
materiais com maior eficiência.
A indústria química e o meio ambiente
A indústria química tem contribuído
para a preservação do meio ambiente por meio da diminuição dos impactos
ambientais e do aumento de eficiência em seus produtos e processos. No Brasil,
as empresas associadas à Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim),
adotam o Programa de Atuação Responsável® como código de ética industrial. Pelo
programa, estão previstas avaliações ambientais constantes e a prática da
melhoria contínua. “A indústria química tem investido em busca de eficiência
ambiental em seus processos e produtos“, afirma Fernando Figueiredo,
presidente-executivo da Abiquim. Os indicadores ambientais estão disponíveis
em http://www.abiquim.org.br/atuacaoresponsavel/.
Ganhos ambientais da indústria química
no Brasil, entre 2001 e 2009:
GERAÇÃO DE RESÍDUOS
2001
10,05 kg/tonelada de produto
2009
8,97
ÁGUA CAPTADA
2001
6,45 m3/tonelada de produto
2009
4,40
EFLUENTE LANÇADO
2001
6,29 m3/tonelada de produto
2009
2,52
RECICLO DE EFLUENTES
2001
3,7%
2009
34,1%
CONSUMO DE ENERGIA
2001
420kwh/tonelada de produto
2009
363
CONSUMO DE ÓLEO COMBUSTÍVEL E CARVÃO
2001
52,51 kg/tonelada de produto
2009
21.19
INTENSIDADE DE EMISSÃO DE CO2 EQUIVALENTE
2001
580 kg/CO2e/tonelada de produto
2009
312
Sobre o AIQ: Realizado no Brasil
pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), pela Sociedade
Brasileira de Química (SBQ), pelo sistema Conselho Federal de Química/Conselhos
Regionais de Química (CFQ e CRQs), e pelo Instituto de Química da USP, o Ano
Internacional da Química (AIQ) teve como responsáveis pela coordenação
internacional de suas atividades a Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e a União Internacional de Química
Pura e Aplicada (IUPAC). As instituições e os órgãos públicos que apoiaram a
iniciativa são: Ministério de Ciência e Tecnologia, Ministério da Educação,
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e
Sindicato dos Químicos, Químicos Industriais e Engenheiros Químicos do Estado
de São Paulo (Sinquisp). O AIQ conta com o patrocínio das empresas BASF, Bayer,
Braskem, Clariant, Dow, Elekeiroz, Evonik, Innova, LANXESS, Oxiteno, Rhodia,
Solvay, Unigel e White Martins. Mais informações no site oficial do evento
em http://quimica2011.org.br.
sábado, 7 de dezembro de 2019
Desenvolvedores da bateria de íons de lítio vencem Nobel de Química
Entre os vencedores, John Goodenough, de 97 anos, se tornou a pessoa mais velha a ganhar o Nobel
Imagem de exame.abril.com.br/ciencia |
Os cientistas John Goodenough, Stanley Whittingham e Akira Yoshino ganharam nesta quarta-feira o prêmio Nobel de Química pelo desenvolvimento de baterias de íons de lítio, uma importante tecnologia para reduzir o uso de combustíveis fósseis.
Aos 97 anos, o norte-americano Goodenough se tornou o ganhador mais velho a receber um Nobel.
“Essa bateria recarregável levou à fundação de dispositivos eletrônicos sem fio, como celulares e notebooks”, informou a Academia Real das Ciências da Suécia em um comunicado sobre o prêmio de 906 mil dólares.
“(A bateria) também tornou possível um mundo livre de combustíveis fósseis, já que é utilizada para tudo, de carregar carros elétricos a armazenar energia de fontes renováveis”.
Whittingham desenvolveu a primeira bateria de lítio funcional no início da década de 1970. Goodenough duplicou o potencial da bateria na década seguinte e Yoshino eliminou o lítio puro da bateria, elevando a segurança do dispositivo.
Contribuições para a ciência, a paz e a literatura são reconhecidas desde 1901 pelo prêmio Nobel, instituído pelo testamento do cientista e empresário sueco Alfred Nobel, inventor da dinamite.
Os ganhadores do Nobel de Medicina e de Física foram anunciados no início desta semana. Os laureados de literatura, paz e economia serão divulgados nos próximos dias.
terça-feira, 3 de dezembro de 2019
Cientistas confirmam um novo estado da matéria: os cristais do tempo
imagem de noticias.uol.com.br Os diamantes (foto) têm a estrutura normal de cristais, diferente dos cristais do tempo |
Pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, conseguiram fazer um modelo para reproduzir um novo tipo de matéria, os chamados cristais do tempo. A existência desse novo estado foi proposta pelo Nobel de Física de 2012, Frank Wilczek. A ideia do cientista causou muito debate no meio científico e agora foi reafirmada com o modelo no artigo publicado no Physical Review Letters. Com base no modelo, duas equipes independentes, uma da Universidade de Maryland e uma da Universidade de Harvard, criaram seus próprios cristais do tempo. Quando esses estudos forem avaliados e publicados, podemos ter a prova final de que os cristais do tempo existem. "É um novo estado da matéria. Também é muito legal porque é um dos primeiro exemplos de matéria de não-equilíbrio", diz Norman Yao, coordenador da pesquisa da Universidade da Califórnia e participante dos grupos de pesquisa das outras universidades.
Como é?
Teoricamente, quando um material está no estado de gasto zero energia, é impossível haver movimento. Mas Wilczek previu que no caso dos cristais do tempo isso seria diferente. Os cristais normais têm uma estrutura atômica que se repete no espaço –como a estrutura de carbono de um diamante. Um rubi ou um diamante não se movem porque estão em equilíbrio quando estão parados, em seu estado zero. Já os cristais do tempo têm uma estrutura que se repete tanto no espaço quanto no tempo. Eles seriam como uma gelatina. Quando você toca, ela treme. Só que nesse caso, ela não precisaria ser tocada para ficar tremendo. O estado de zero gasto de energia desse cristal é justamente ficar se movendo. Assim, os cristais do tempo são uma nova forma de matéria, a matéria do não-equilíbrio, pois ela não consegue ficar parada. "No último meio século, exploramos a matéria do equilíbrio, como metais e isolantes. Agora começamos a explorar uma paisagem totalmente nova da matéria do não-equilíbrio", conclui Yao. A existência deles pode trazer novos entendimentos sobre o mundo ao nosso redor e também de novas tecnologias como computação quântica.
Veja mais aqui: http://www.astropt.org/2017/02/03/cristais-de-tempo-confirmada-uma-nova-forma-de-materia/
FONTE: https://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2017/01/31/cientistas-confirmam-um-novo-estado-da-materia-os-cristais-do-tempo.htm
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