quarta-feira, 26 de maio de 2021

Análise de átomos: nova arma da PF contra o tráfico de fauna no Amazonas 〽️♻️🌐🔆⚗️

 
Nova tecnologia irá ajudar a rastrear a origem de tartarugas-da-amazônia, uma das espécies mais traficadas no norte do país.  Imagem: Camila Ferrara

Identificar animais silvestres capturados ilegalmente na natureza dentro de criadouros autorizados sempre foi um desafio para os órgãos de fiscalização do poder público no Brasil. Em muitos casos, somente com análises laboratoriais é possível comprovar a fraude. E as investigações desenvolvidas no combate ao tráfico de fauna no país raramente conseguem acesso a essas tecnologias.

Mas a Superintendência Regional da Polícia Federal no Amazonas investiu em equipamentos e capacitação de profissionais para começar a trabalhar com o que há de mais moderno em perícia no combate ao tráfico de fauna e a alguns crimes ambientais na região.

Desde janeiro, os peritos têm à disposição equipamentos que realizam análises de isótopos estáveis. "Somos pioneiros na implementação dessa metodologia entre as organizações policiais brasileiras. A Polícia Federal está na vanguarda", afirma o ex-superintendente regional da PF no Amazonas, o delegado Alexandre Silva Saraiva, que foi substituído do cargo após enviar notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o presidente do Ibama, Eduardo Bim, e o senador Telmário Mota (Pros-RR), acusando-os de envolvimento com irregularidades no comércio de madeira nativa no Pará.

Para implementar a nova tecnologia, a Polícia Federal do Amazonas investiu R$ 2,6 milhões em equipamentos e na adequação de instalações laboratoriais, sendo R$ 2,5 milhões provenientes de termo de ajuste de conduta (TAC) realizado com infratores e R$ 100 mil de verba própria.

"A análise de isótopos estáveis é uma técnica muito versátil que pode ser adotada em diversas casuísticas. As aplicações forenses são inúmeras, sendo o tráfico de fauna uma delas. Por conta disso, ter os equipamentos disponíveis na superintendência do estado do Amazonas representa um avanço imenso no combate ao crime na região", afirma Saraiva para explicar a opção por investir nessa nova metodologia.

Além de crimes envolvendo animais, a perícia com isótopos estáveis pode ser aplicada em casos de extração e comércio ilegais de madeiras nativas e minérios (como o ouro dos garimpos), além de investigações que envolvam alimentos e entorpecentes.

Nova tecnologia permite identificar a origem geográfica do animal

Cada elemento químico, ou substância, pode ter diferentes quantidades de nêutrons no núcleo do átomo. Isso faz com que um mesmo elemento possa ter variantes que são chamadas de isótopos. A metodologia pericial recém implantada pela Polícia Federal trabalha com os chamados isótopos estáveis, aqueles em que não há alterações na quantidade de nêutrons.

Conforme explica a bióloga e professora do Departamento de Ecologia da Universidade de Brasília, Gabriela Bielefeld Nardotto, "incluem-se no grupo dos isótopos estáveis que mais utilizamos na área ambiental e forense o carbono-12 (leve) e o carbono-13 (pesado); o nitrogênio-14 (leve) e o nitrogênio-15 (pesado); o oxigênio-16 (leve) e o oxigênio-18 (pesado) e o hidrogênio-1 (leve) e o hidrogênio-2 (pesado)".

Pesquisadora sobre o uso de isótopos estáveis em estudos ambientais, Gabriela explica que a proporção entre os isótopos pesados e os leves desses elementos químicos, que resulta em um número chamado razão isotópica, varia conforme a região. Isso faz com que esse número esteja nas características dos alimentos consumidos de uma determinada área pelos animais na natureza. Consequentemente, o mesmo número será encontrado no organismo desse animal.

"Com isso, podemos usar na análise as unhas e os pelos de mamíferos, que são formados por queratina e que, por sua vez, é formada por carbono, nitrogênio, oxigênio e hidrogênio", salienta a professora. A proporção dos isótopos na queratina dos animais será a mesma da dos alimentos consumidos e da água de onde eles vivem. Ou seja, a nova metodologia de análise pericial implantada na Polícia Federal do Amazonas torna possível identificar a origem geográfica de um animal.

Mas essa é uma informação que, no caso de crimes contra a fauna, não é sempre necessária. "Nem precisamos descobrir o local de origem do espécime. Esse exame permite comparar os isótopos da amostra do animal apreendido com os da alimentação ou da água fornecidas pelo criador. Se as proporções isotópicas não baterem, há irregularidade. Para a investigação policial, já é suficiente", explica Saraiva. Segundo ele, o novo método ajuda a desmascarar o "esquentamento" de fauna - fazer um animal capturado na natureza se passar por um nascido em criadouro legalizado.

"Via de regra, os animais de cativeiro se alimentam de ração industrializada e isso confere a eles uma proporção isotópica diferente daqueles não originários de cativeiro", acrescentou o delegado. Mesmo nos casos em que o animal retirado da natureza ficar durante muito tempo em cativeiro, recebendo a mesma alimentação e em ambiente similar aos espécimes nascidos no criadouro, Gabriela afirma ser possível desmascarar o golpe. Nos mamíferos, por exemplo, tecidos como os de dentes têm sua proporção isotópica registrada logo após o nascimento ou nos primeiros anos de vida, quando são formados.

Para as aves, a situação é mais complicada, já que o valor isotópico das penas, por exemplo, está ligado às características da região em que estava o animal quando foram formadas. "Por isso devem ser consideradas as taxas de renovação dos tecidos amostrados na investigação. Uma vez conhecidas as taxas de renovação, pode-se inferir temporalmente a idade do tecido e espacialmente também é possível inferir de qual região geográfica este animal pode ser oriundo", explicou.

Espectrômetro de Massas de Razão Isotópica

E o aparelho responsável por essa análise é o Espectrômetro de Massas de Razão Isotópica, recém adquirido pela PF do Amazonas. De acordo com Saraiva, a metodologia irá ajudar em investigações de tráfico de tartarugas-da-amazônia (Podocnemis expansa), tracajás (Podocnemis unifilis), pirarucus (Arapaima gigas) e jacarés. No estado, criadouros comerciais legalizados de animais dessas espécies estariam, segundo o policial, inserindo animais retirados da natureza em seus plantéis para vendê-los como se ali tivessem nascido. "Será possível identificar o que foi "esquentado" pelo criadouro, separando o joio do trigo", diz Saraiva.

Esquema básico do funcionamento do Espectrômetro de Massas de Razão Isotópica

Ferramenta é importante para solturas precisas

O especialista em tráfico de animais da ONG WCS (Wildlife Conservation Society) Brasil, Rafael Leite, considera interessante o investimento em perícia feito pela Polícia Federal no Amazonas. Para o ambientalista, que está baseado em Manaus, seria ideal que os diferentes órgãos de fiscalização que atuam no estado tivessem infraestrutura para realizar esse tipo de perícia ou que pudessem ter acesso a ela. "O que não pode é investir dinheiro público e deixar o que foi construído se transformar em um elefante branco, com pouca utilização", diz Leite.

O delegado Saraiva afirma que a Polícia Federal tem insumos suficientes para realizar exames em larga escala. Nos casos envolvendo fauna, os resultados das análises ficam prontos em 48 horas. "A PF está aberta, inclusive, para trabalhar com outros órgãos governamentais e otimizar ao máximo a utilização do laboratório e dos equipamentos", destacou.
Tartarugas-da-amazônia apreendidas em abril no Amazonas.
Imagem: Secretaria de Segurança Pública do Amazonas.

A veterinária e especialista em quelônios da WCS Brasil, Camila Ferrara, acha importante que as análises com base em isótopos estáveis feitas nos laboratórios da PF tentem identificar também o local de origem dos animais apreendidos. "Essa informação permite que se façam solturas mais precisas, com o retorno deles aos locais onde foram capturados", explicou.

Para determinar a origem dos espécimes, são necessárias amostras do ambiente de onde foram retirados para que a proporção isotópica dos elementos na água, por exemplo, seja comparada com a do animal. Para isso, torna-se imprescindível a construção de um banco de dados com essas informações sobre os locais de captura. Para a bióloga Juliana Machado Ferreira, diretora executiva da ONG especializada no combate ao tráfico de fauna Freeland Brasil, análises com isótopos estáveis e testes a partir de DNA são os meios mais eficazes para investigar fraudes em criadouros e garantir o retorno dos animais às suas regiões de origem.

"A utilização de testes de paternidade por análise de DNA, a inferência de origem também por DNA e a inferência de origem e diferenciação de animais criados em cativeiro dos coletados na natureza através das análises de isótopos estáveis são as técnicas mais sensíveis para detectarmos ilegalidades e realizarmos solturas tecnicamente responsáveis, assim como para identificarmos pontos de superexploração pelo tráfico, o que pode ajudar a direcionar recursos para o combate a esse crime", afirma ela.

Com doutorado em Genética, Juliana considera a existência do comércio legalizado de fauna uma porta de entrada para animais ilegais, assim como impõe ao poder público a necessidade de fiscalizar e diferenciar o legal do ilegal. "Atualmente, as formas de rastreabilidade de origem são muito falhas e as fraudes comuns e numerosas", salientou Juliana.
(por Dimas Marques/Fauna News)

FONTE: https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/noticias-da-floresta/2021/05/06/analise-de-atomos-nova-arma-da-pf-contra-o-trafico-de-fauna-no-amazonas.htm

quinta-feira, 13 de maio de 2021

VERDADE OU DESAFIO? UM JOGO DIDÁTICO COMO ALTERNATIVA NO ENSINO DE TERMOQUÍMICA

Imagem de https://www.solucaoaulas.com/

 por Matheus Leão Mota e Ronilson Freitas de Souza

Palavras-chave: Jogo Educativo; Físico-Química; Ensino de Química

Resumo

A utilização de estratégias pedagógicas que facilitam e contextualizam o ensino de Química se faz necessária para que a apropriação dos conteúdos desta ciência faça sentido aos alunos. Os jogos didáticos são uma alternativa viável para auxiliar na compreensão de conceitos, bem como contribuir para a motivação, interesse e participação ativa dos alunos nas aulas de Química de forma lúdica. Esta pesquisa tem como objetivo avaliar a aplicação de um jogo didático para o ensino de Termoquímica, construído com materiais acessíveis e de baixo custo. Participaram da atividade 23 alunos do segundo ano do Ensino Médio de uma escola privada, localizada no Distrito de Icoaraci – Belém/PA. Para diagnosticar o uso do recurso, os alunos responderam a um questionário antes e após a atividade, tendo como diferença média de acertos um aumento de 78% entre a primeira e a segunda aplicação, sendo significativa com base na análise de variância e com um grau de 95% de confiança, utilizando o método LSD de Fisher. Os resultados apontaram que o jogo se destacou como um recurso facilitador da aprendizagem do conteúdo, gerando maior compreensão dos conceitos após a aplicação do jogo. Os alunos apresentaram desde o início da atividade uma predisposição para aprender, o que tornou a participação deles mais ativa durante o desenvolvimento das aulas e aplicação do jogo.


FONTE: https://fisica.ufmt.br/eenciojs/index.php/eenci/article/view/770

domingo, 9 de maio de 2021

Xilitol: 40% menos calórico, adoçante natural tem sabor similar ao açúcar

   

Imagem de https://www.conquistesuavida.com.br/

Ele tem um sabor doce semelhante ao do açúcar comum, possui baixo valor calórico e não deixa sabor residual nas preparações. Quer saber mais vantagens? E quais as desvantagens? Para quem ele é indicado? Tire dúvidas sobre o adoçante natural xilitol.

O que é xilitol?
O xilitol é um poliol, também chamado de poliálcool ou álcool de açúcar. É um carboidrato que tem sido utilizado como substituto da sacarose (açúcar de mesa) tanto por pessoas como pela indústria em alguns produtos. Existem duas categorias de adoçantes: os artificiais (ou seja, substâncias desenvolvidas e sintetizadas em laboratório, e não existem na natureza) e os naturais (também são produzidos em laboratório, mas existem naturalmente nas plantas e alimentos). O xilitol é um tipo de adoçante natural.


Estrutura do XILITOL (<--- clique e saiba mais)


Do que o xilitol é feito?
O xilitol é naturalmente encontrado em mínimas quantidades em algumas frutas e vegetais, como ameixa, morango, couve-flor, abóbora. O xilitol em pó, que encontramos para comprar, é produzido pela indústria por meio de modificações químicas, sendo extraído principalmente do milho.

Para que serve o xilitol?
Tem a função de conferir sabor doce aos produtos alimentícios. Ele é usado como substituto da sacarose, mas com menor quantidade de calorias e menor impacto na glicemia do que o açúcar de mesa convencional.

Para quem o xilitol é indicado?
O xilitol pode ser usado com segurança por diabéticos, uma vez que ele não eleva a glicemia da mesma forma que o açúcar. No entanto, vale ressaltar que alguns trabalhos têm mostrado que os adoçantes elevam a glicose no sangue, mas em menor intensidade. O xilitol apresenta 40% menos calorias que o açúcar tradicional, por esse motivo também é indicado para quem deseja emagrecer e busca uma redução de calorias e carboidratos na dieta. Entretanto, é importante salientar que o uso não é recomendado em dietas saudáveis, o indicado é aproveitar o sabor natural dos alimentos ou adoçar e mascarar o mínimo possível.

Qual o sabor do xilitol?
Ele tem um sabor doce, levemente mentolado, sem sabor residual.

Em quais alimentos e bebidas o xilitol pode ser usado?
Pode ser usado em qualquer alimento ou bebida que a pessoa sinta a necessidade de acentuar o sabor doce, como café, chá, sucos, vitaminas, smoothies e receitas culinárias, como bolos, pudins e tortas —o xilitol também pode ser aquecido. Além disso, ele é utilizado em produtos, como chocolates, gomas de mascar, enxaguante bucal e cremes dentais.

Quais as vantagens do xilitol?
O xilitol é um adoçante natural por derivar da matriz de vegetais, apresenta bom potencial adoçante, pode ser usado em diversas preparações culinárias, não tem sódio na composição e resiste a altas temperaturas.

Qual o limite seguro de consumo do xilitol?
Para os polióis, ainda não há um limite especificado de IDA (ingestão diária aceitável) como já existe para outros adoçantes artificiais. A OMS (Organização Mundial da Saúde) considera o xilitol seguro para consumo humano e não estabelece um limite para a ingestão diária aceitável em quantidades estabelecidas em mg/kg de peso. Segundo o FDA (Food and Drug Administration), ou melhor, a agência regulatória de medicamentos e alimentos dos EUA, o consumo é permitido na quantidade necessária para atingir o sabor desejado, sendo 60 gramas ao dia o valor máximo recomendado.

Xilitol ajuda a prevenir cáries?
O xilitol tem ação anticariogênica pois ele não é fermentado por bactérias que são responsáveis pela formação de cáries nos dentes. Com isso, melhora o pH bucal, controlando a acidez e dificultando a ação de bactérias cariogênicas.

Xilitol aumenta os níveis de açúcar no sangue?
O xilitol não eleva a glicemia da mesma forma que o açúcar. Toda glicose proveniente do metabolismo do xilitol é primeiramente estocada como glicogênio no fígado e depois liberada gradualmente. Sua absorção no organismo ocorre por difusão passiva e nenhuma das duas principais vias de absorção (fígado e microbiota intestinal) é mediada pela insulina. Desse modo, sua concentração no sangue não sofre as mudanças bruscas causadas pela sacarose e pela glicose. É um adoçante considerado seguro para pessoas com diabetes tipo 1 e tipo 2.
No entanto, não deve ser usado indiscriminadamente ou de forma exagerada. O ideal é que a pessoa procure um nutricionista para orientar sobre o uso dentro da rotina alimentar. O xilitol tem mais vantagens que o açúcar de mesa, mas é importante estimular a adaptação do paladar ao sabor natural dos alimentos, preferindo sempre alimentos in natura e minimamente processados como base de uma alimentação saudável, o que já favorece o controle da glicemia e da saúde em geral.

Xilitol ajuda a emagrecer?
O valor calórico do xilitol é 2,4 kcal/g. Ele tem em torno de 40% menos calorias que o açúcar de mesa, uma substituição vantajosa para reduzir as calorias totais durante o dia. Entretanto, o que promove o emagrecimento saudável e sustentado é uma reestruturação dos hábitos alimentares pautada na mudança de comportamento alimentar, com escolhas mais saudáveis, o que é um processo gradativo.

Quais as desvantagens do xilitol?
Quando usado em grandes quantidades e/ou alta frequência, o xilitol pode causar sintomas gastrointestinais, como flatulência, cólicas e diarreia, devido à propriedade de fermentação pela microbiota intestinal. A gravidade dos sintomas depende das características individuais, estado de jejum, dose consumida, modo de ingestão, características moleculares, composição e estrutura dos outros alimentos consumidos simultaneamente. Pessoas hipersensíveis aos polióis ou que tenham doenças como síndrome do intestino irritável podem apresentar sintomas adversos (como flatulência, distensão e desconforto abdominal e alteração da motilidade intestinal) mesmo com seu uso em pequenas quantidades.

Em quais casos o xilitol é contraindicado?
Em pessoas hipersensíveis aos polióis e com doenças inflamatórias intestinais, como doença de Chron e a síndrome do intestino irritável.

Xilitol faz mal à saúde?
O xilitol é aprovado pela FDA desde 1963, quando foi incluído no grupo de substitutos do açúcar, sendo considerado um aditivo do tipo GRAS (Generally Recognized as Safe), ou "geralmente reconhecido como seguro", em tradução livre. Sua incorporação em alimentos é legalmente aceita, permitida e considerada segura. Não há estudos que indiquem aparecimento de doença ou malefício à saúde relacionado a seu uso, no entanto, ele deve ser usado com bom senso e moderação.

Fontes primárias: Daniela Gomes, doutora em nutrição, professora e pesquisadora de nutrição da UFPA (Universidade Federal do Pará) e do Hospital Universitário João de Barros Barreto, orientadora no Mestrado Profissional em Diabetes (PPG-Diabetes) e membro da Sociedade Brasileira de Diabetes; Marlice Marques, nutricionista efetiva na Secretaria Estadual de Saúde de Goiás, mestre em Ciências da Saúde e membro da Diretoria da Regional Goiás da Sociedade Brasileira de Diabetes e do Departamento de Nutrição da Sociedade Brasileira de Diabetes; Rachel Freire, nutricionista especialista em obesidade, pesquisadora, professora do IPEMED (Instituto de Pesquisa e Ensino Médico), colaboradora da ONG Obesidade Brasil e pós-doutora por Harvard Medical School).

FONTE: https://www.uol.com.br/vivabem/faq/conheca-o-xilitol-sabor-e-parecido-com-acucar-mas-valor-calorico-e-baixo.htm

sábado, 1 de maio de 2021

A gamificação e o modelo rotação por estações em uma atividade em sala de aula no ensino de Radioatividade

ENSINO HÍBRIDO GAMIFICADO NA QUÍMICA: O MODELO DE ROTAÇÃO POR ESTAÇÕES NO ENSINO DE RADIOATIVIDADE

Gamified Blended Learning in chemistry: stations rotation model in the teaching of radioactivity

José Eudes da Silva de Oliveira e Bruno Silva Leite

Palavras-chave: Ensino Híbrido, Rotação por Estação; Gamificação, Radioatividade, Ensino de Química.

Imagem de https://jorgeaudy.com/

Resumo

As metodologias ativas aplicadas ao ensino de Química são estratégias direcionadas para levar os estudantes dessa área do conhecimento a uma postura ativa frente ao processo de aprendizagem. Nesse sentido, com o objetivo de investigar a aplicação do modelo rotação por estações baseado na aprendizagem tecnológica ativa no ensino de radioatividade, essa pesquisa aplicou em uma turma de 25 estudantes voluntários da cidade de Campo Alegre/AL o manual didático de ensino híbrido gamificado. A abordagem dada a esta pesquisa foi de cunho qualitativo e realizada em quatro etapas: (1) aplicação de um questionário de perfil; (2) aplicação do “manual didático de ensino híbrido gamificado”; (3) aplicação do questionário avaliativo sobre o manual; (4) análise das respostas dos questionários. Além das respostas dos questionários foram coletados dados através de entrevistas, depoimentos e dos relatos do observador participante. Os resultados obtidos foram avaliados qualitativamente, com maior ênfase nas contribuições durante a aplicação do manual. Ademais, os resultados indicam uma mudança de postura dos estudantes (de passiva para ativa) durante a atividade, em que características das metodologias ativas foram observadas contribuindo para a aprendizagem da Radioatividade. Por fim, acredita-se que o uso do manual didático pode contribuir para o processo de ensino e aprendizagem de conteúdos envolvendo a química, em especial a radioatividade no ensino médio.

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