quarta-feira, 27 de agosto de 2025

🎓 Como remover pesticidas de frutas e verduras com ciência e química

 
Imagem de https://www.gazetaexpress.com/

🎓 Como remover pesticidas de frutas e verduras com ciência e química — explicação completa, com imagens das estruturas moleculares!


🧪 Introdução científica básica

Você já pensou em como podemos reduzir os resíduos de pesticidas em frutas como maçãs, uvas e pepinos, de forma fácil e segura em casa? Um estudo de 2017 publicado no Journal of Agricultural and Food Chemistry (PMID 29067814) investigou exatamente isso: o uso de uma solução de bicarbonato de sódio (1 colher de chá por cerca de 240 mL de água) por 12–15 minutos removeu até 96–99 % de resíduos de pesticidas como tiabendazol (fungicida) e fosmet (inseticida) da superfície dessas frutas — muito mais eficaz do que lavar apenas com água ou até com água sanitária/clareador (PubMed).

A ação é simples: a natureza alcalina do bicarbonato ajuda a quebrar a molécula do pesticida, facilitando sua remoção física e química.


🧊 Etapas práticas: limpeza completa em casa

Etapa 1️⃣: Remoção de pesticidas com bicarbonato

  • Preparar a solução: misturar 1 colher de sopa (~10 g ou ~2 colheres de chá) de bicarbonato de sódio em 1 litro de água fria (ou proporcional).

  • Tempo de imersão: deixar frutas e verduras de molho por 15 minutos.

  • Função química: a alcalinidade degrada moléculas de pesticidas na superfície (como o tiabendazol), tornando a remoção mais eficaz (Deanna Minich).

Etapa 2️⃣: Enxágue

  • Retire os produtos da solução e enxágue bem com água corrente para remover resíduos solubilizados.

Etapa 3️⃣: Desinfecção microbiológica (opcional)

  • Se quiser garantir a eliminação de bactérias, vírus ou parasitas, faça uma segunda imersão com 1 colher de sopa (10 mL) de água sanitária alimentar para 1 litro de água, por 15 minutos.

  • Importante: nunca misture bicarbonato e água sanitária ao mesmo tempo, pois o cloro é neutralizado e perde sua eficácia.


🧬 Por que a química funciona?

  • A molécula de tiabendazol (estrutura mostrada nas imagens acima) é um compostos azólico que pode ser degradado por ambiência alcalina, acelerando sua remoção da superfície (Chemical & Engineering News, PubMed).

  • A solubilização alcalina aumenta a quebra de ligações químicas, solto resíduos que ficariam aderidos à cera ou pele da fruta.


📋 Comparativo prático




🧒 Para curiosos de todas as idades!

Podem tentar em casa (kids friendly):

  1. Pegue uma tigela grande ou pia limpa.

  2. Dissolva 2 colheres de chá de bicarbonato em água suficiente para cobrir a fruta.

  3. Mergulhe por 15 minutos (inclua uvas, pepino, maçã etc.).

  4. Retire e enxágue com água corrente.

  5. Se quiser, depois faça imersão com água sanitária diluída (10 mL por litro) por outros 15 minutos.

  6. Enxágue novamente e seque com pano limpo.

✅ Simples, seguro e eficaz — sem químicos complexos!


🧠 Curiosidades científicas

  • Alguns pesticidas sistêmicos como o tiabendazol conseguem penetrar até 20 % dentro da casca, atingindo alturas de 80 µm de profundidade, ficando parcialmente inesgotáveis mesmo com o melhor método de lavagem(PubMed, epicurious.com, ResearchGate, instagram.com, Chemical & Engineering News).

  • O fosmet, mais superficial, é removido quase totalmente (≈ 96 %) em 15 min com bicarbonato.

  • Métodos industriais (como lavagem com hipoclorito por 2 min) são menos eficazes do que o banho com bicarbonato por 12–15 min sob condições controladas atuantes (PubMed).


🧩 Conclusão

✨ Combinando química simples e atenção no preparo, é possível limpar frutas e vegetais de maneira muito eficaz, reduzindo o risco de exposição a pesticidas e micro-organismos.

  • Sempre use uma solução alcalina de bicarbonato antes do enxágue.

  • Se desejar, realize a etapa de desinfecção microbiana com água sanitária diluída, mas separadamente.

  • Prefira não usar sabões ou detergentes, que não são seguros para consumo.


📚 Fontes para consultar

  • Yang et al., J. Agric. Food Chem., 2017, eficácia do NaHCO₃ em maçãs (PMID 29067814) (PubMed)

  • Artigos da Time, Food & Wine e Consumer Reports explicando os resultados e recomendações populares — incluindo dados de redução entre 80 % e 96 % (TIME, Food & Wine, consumerreports.org)

  • Revisões sobre eficácia do bicarbonato em vegetais variados e comparação com outros métodos (pmc.ncbi.nlm.nih.gov, Deanna Minich)


🌱 Curtiu? Se quiser saber mais sobre estruturas moleculares dos pesticidas, processos de degradação ou educação científica para projetos escolares, é só chamar!

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

🧪✨ Corte Químico: Explorando os Elementos em Cubos!✨🔬

Neste experimento visual gerado por IA, cada cubo cortado ao meio representa um elemento da Tabela Periódica — e o resultado é pura ciência em ação!

🔹 Cr (Cromo): dá brilho e resistência ao aço inox.

🔸 Au (Ouro): símbolo de riqueza e tecnologia de ponta.

🔹 Hg (Mercúrio): único metal líquido, hoje usado com restrição.

🔸 Mg (Magnésio): leve, essencial ao corpo e aos fogos de artifício.

🔹 U (Urânio): combustível radioativo para reatores nucleares.

🔸 S (Enxofre): presente em vulcões e na produção de fertilizantes.

🔹 Cu (Cobre): rei da condução elétrica.

🔸 Ga (Gálio): derrete na mão e faz parte de chips e LEDs.

🔹 Br (Bromo): líquido tóxico usado na indústria e fotografia.

🔸 P (Fósforo): brilha nos palitos de fósforo e é vital ao DNA.


🔪 Veja o mercúrio se liquefazer, o magnésio reagir violentamente e o ouro brilhar com densidade impressionante.

💡 Cada corte revela propriedades atômicas, reatividade, densidade e estrutura interna — tudo de forma visual e impactante!


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Via: https://www.instagram.com/reel/DL5symotcNE/?igsh=cDZ3dnN5cnNvYmFi


sábado, 9 de agosto de 2025

O que o rádio (elemento químico) tem a ver com o rádio (aparelho de escutar músicas)? 📻

 

Você já parou para pensar por que a palavra “rádio” é usada tanto para aquele aparelho que toca música quanto para um elemento químico perigoso? Será que tem alguma relação? A resposta é sim — e ela vem do latim, da ciência e de um pouco de história!   

Tudo começa com uma palavra: radius

Lá na Roma Antiga, a palavra radius significava algo como “haste fina” ou “bastão”. Os romanos usavam esse termo para várias coisas: raios de rodas, espinhos, bastões... e até o osso do nosso antebraço, que ainda hoje se chama rádio.

Mas não parou por aí! Radius também era usado para se referir a feixes de luz, como os raios de Sol ou relâmpagos. Os poetas da época falavam dos “raios” que saíam da cabeça de deuses e figuras sagradas. Assim nasceu a ideia de radiação — algo que “se espalha” como a luz.

Rádio: o aparelho que espalha sons

Com o tempo, quando os cientistas descobriram formas de transmitir informações pelo ar, usando ondas eletromagnéticas, surgiu o rádio — esse aparelho que até hoje usamos para ouvir músicas, notícias e podcasts.

Essas ondas de rádio são uma forma de radiação inofensiva. Elas viajam pelo ar, invisíveis, até o aparelho na sua casa ou no seu celular.

As ondas de rádio se espalham como raios, por isso o nome!

Rádio: o elemento químico que brilha (e pode fazer mal)

Em 1898, o casal de cientistas Marie e Pierre Curie descobriu um novo elemento químico super radioativo. Ele brilhava no escuro e emitia muita energia. Por isso, eles o batizaram de Rádio, em homenagem à radiação que ele liberava.

O Rádio (Ra) é um metal altamente radioativo. Por muito tempo foi usado em mostradores de relógio que brilhavam no escuro — até descobrirem que ele podia causar doenças graves por ser perigoso para as células humanas.

📻
O Rádio (Ra) fica no grupo dos metais alcalino-terrosos, bem no cantinho da Tabela Periódica.


Então, o que essas duas coisas têm em comum?

  • Ambas vêm da palavra latina radius (“raio”).

  • Ambas estão ligadas à radiação:

    • O rádio (aparelho) usa radiação eletromagnética para transmitir sons.

    • O Rádio (elemento químico) emite radiação ionizante, muito mais forte.

A coincidência de nomes não é por acaso — tudo está conectado à ideia de algo que se espalha como um raio.


Curtiu essa curiosidade? Então compartilha!

A ciência está cheia de conexões incríveis entre palavras, descobertas e objetos do nosso dia a dia. Agora, da próxima vez que ligar o rádio, você vai lembrar da química também! 🎧⚗️


Referências acessíveis: