A vitamina D traz diversos benefícios para a nossa saúde, como manutenção da massa óssea, melhora da imunidade, redução do diabetes e até redução no risco de câncer.
O nutriente também atua na proteção contra problemas cardiovasculares, e sua deficiência no organismo está associada ao AVC (Acidente Vascular Cerebral) isquêmico agudo, segundo nova pesquisa publicada no Metabolic Brain Disease. Realizado por cientistas brasileiros, como Maria Caroline Martins de Araújo, médica da UEL (Universidade Estadual de Londrina), o trabalho faz parte do mestrado de Daniela Frizon Alfieri, também da UEL.
"Para entender o estudo, é importante saber que quando dizemos AVC isquêmico agudo estamos falando dos casos em que há um comprometimento da função cerebral devido à interrupção do fluxo sanguíneo por um coágulo ou fechamento de artéria, e que o caso está nas primeiras horas, momento mais importante para o tratamento inicial", explicou Araújo ao VivaBem durante o XXI Congresso Iberoamericano de Doenças Cerebrovasculares, em Gramado (RS).
Imagem de Scielo.br |
Para analisar a ligação entre o AVC isquêmico agudo e a deficiência de vitamina D, os pesquisadores acompanharam 168 pacientes com o problema e 118 pessoas sem a condição. Naqueles que sofreram o acidente, os cientistas coletaram dois exames de sangue: um dentro das 24 horas após a internação e o outro três meses depois do evento. Com esses dados e testes feitos nos voluntários saudáveis, foi possível classificar os participantes do estudo entre níveis suficientes, insuficientes ou deficientes em vitamina D.
"Ao comparar pacientes nas primeiras horas pós-AVC com pessoas sem a doença, mas com as mesmas características, como idade e sexo, notamos uma grande diferença no nível de vitamina D. Entre os pacientes de AVC, 40% tinham deficiência da vitamina D, e entre os saudáveis, apenas 5%", concluiu Araújo. A média de vitamina D entre os pacientes de AVC isquêmico agudo foi insuficiente --muito perto de deficiente --, enquanto os participantes saudáveis conquistaram uma média suficiente. "No nosso estudo, conseguimos mostrar que pessoas com deficiência de vitamina D têm 18,4 mais risco de sofrer AVC", disse a pesquisadora.
Qual a relação entre vitamina D e AVC?
"A vitamina D ajuda a regular o sistema imune, e isso é de grande valor", disse Araújo. Nosso sistema imunológico tem tanto funções anti-inflamatórias quanto inflamatórias. Esses processos precisam funcionar em em equilíbrio, uma vez que nos protegem de infecções. No entanto, se o aumento da inflamação for exagerado, por si só, pode causar lesões no organismo. Assim, a vitamina D fica com a obrigação de manter essa "equipe" imunológica trabalhando com perfeição, para reduzir as inflamações e aumentar os mecanismos anti-inflamatórios.
"Nossa hipótese é que no AVC a vitamina D reage de duas formas: ela ajuda a proteger o cérebro e também a modular a inflamação após um acidente vascular cerebral, diminuindo o risco da lesão," contou Araújo. Quem sofreu AVC e estava com nível baixo de vitamina D teve pior prognóstico, mais sequelas e ficou mais debilitado do que aqueles com bons níveis da vitamina, de acordo com a médica. Além disso, pesquisas anteriores já relataram que a deficiência de vitamina D está associada ao aumento de problemas como hipertensão, colesterol alto e, consequentemente, no número de doenças cardiovasculares e mortes. A falta de vitamina D também já foi considerada em pesquisas um fator de risco independente para a ocorrência de acidente vascular isquêmico.
Os cientistas explicam que não é possível criar uma ligação de causa e consequência com o novo estudo. Ou seja, nem todo mundo que tem deficiência de vitamina D sofrerá AVC, mas fica claro que existe uma associação que precisa ser analisada pelos médicos. O mais importante é que a pesquisa colocou o controle da vitamina D como um dos indicadores de predisposição ao AVC. Como atualmente já são analisadas condições como diabetes, pressão alta e colesterol alto como fatores preventivos ao acidente vascular cerebral, agora é importante acrescentar o controle da vitamina D nesse pacote preventivo, de acordo com os cientistas. A vitamina D é produzida pela pele quando esta é exposta ao sol, e também está presente em alimentos como ovo, carne, peixes e leite.
imagem de Atitude Tocantins |
"Nossa hipótese é que no AVC a vitamina D reage de duas formas: ela ajuda a proteger o cérebro e também a modular a inflamação após um acidente vascular cerebral, diminuindo o risco da lesão," contou Araújo. Quem sofreu AVC e estava com nível baixo de vitamina D teve pior prognóstico, mais sequelas e ficou mais debilitado do que aqueles com bons níveis da vitamina, de acordo com a médica. Além disso, pesquisas anteriores já relataram que a deficiência de vitamina D está associada ao aumento de problemas como hipertensão, colesterol alto e, consequentemente, no número de doenças cardiovasculares e mortes. A falta de vitamina D também já foi considerada em pesquisas um fator de risco independente para a ocorrência de acidente vascular isquêmico.
Os cientistas explicam que não é possível criar uma ligação de causa e consequência com o novo estudo. Ou seja, nem todo mundo que tem deficiência de vitamina D sofrerá AVC, mas fica claro que existe uma associação que precisa ser analisada pelos médicos. O mais importante é que a pesquisa colocou o controle da vitamina D como um dos indicadores de predisposição ao AVC. Como atualmente já são analisadas condições como diabetes, pressão alta e colesterol alto como fatores preventivos ao acidente vascular cerebral, agora é importante acrescentar o controle da vitamina D nesse pacote preventivo, de acordo com os cientistas. A vitamina D é produzida pela pele quando esta é exposta ao sol, e também está presente em alimentos como ovo, carne, peixes e leite.
FONTE: https://vivabem.uol.com.br/noticias/redacao/2018/08/04/manter-nivel-saudavel-de-vitamina-d-no-organismo-ajuda-a-prevenir-avc.htm