sábado, 31 de agosto de 2019

Histórias em quadrinhos como elemento de flexibilização do ensino de Química


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Por: Vanessa Klein, Cláudia Smaniotto Barin
Resumo
Em virtude da complexidade do ensino de química, um dos desafios dos professores consiste na busca constante de alternativas para inovar o contexto educacional, despertando o interesse dos estudantes e flexibilizando o processo de ensino e aprendizagem. Neste contexto, as histórias em quadrinhos surgem como aliado ao processo. Nesse sentido, o presente trabalho relata o uso das histórias em quadrinhos, como elemento de flexibilização do ensino e aprendizagem de química. O trabalho está alicerçado nos pressupostos teóricos do Design Based Research, sendo sujeitos da pesquisa 58 estudantes ingressantes do curso superior em Agronomia de uma instituição de ensino superior pública. Um grupo fechado no Facebook foi utilizado no decorrer do processo como espaço de compartilhamento de saberes. Os resultados obtidos evidenciam que a inserção das histórias em quadrinhos desperta o interesse e propicia maior compreensão dos temas estudados, tornando-se uma importante ferramenta para aprimorar o ensino e aprendizagem de química.

Palavras-chave

História em quadrinhos; Ensino de Química; pH e pOH.

FONTE: https://periodicos.utfpr.edu.br/rbect/article/view/8024

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Átomo detectado por cientistas pode ter 18 sextilhões de anos

Imagem de hypescience.com
Um grupo de pesquisadores na Itália está tentando detectar matéria escura. É uma tarefa difícil, já que a matéria escura não é um dos maiores mistérios da física por acaso. Ela não interage com nada além da gravidade, e apenas sabemos da sua existência inferindo que tem alguma coisa lá durante estas interações.

Até agora, eles não conseguiram detectar matéria escura, mas enquanto eles não encontram seu objetivo principal, outras coisas estão aparecendo pelo caminho, e uma das mais incríveis acaba de ser medida. De acordo com um novo estudo publicado nesta semana na revista Nature, a equipe de mais de 100 pesquisadores mediu uma das interações mais raras já vistas: pela primeira vez, a decadência de um átomo de xenônio-124 em um átomo de telúrio foi vista em laboratório, através de um processo extremamente raro chamado captura de elétrons duplos de dois neutrinos.

“Nós realmente vimos esse decaimento acontecer. É o processo mais longo e mais lento que já foi observado diretamente, e nosso detector de matéria escura era sensível o suficiente para medi-lo. É incrível ter testemunhado esse processo e diz que nosso detector pode medir a coisa mais rara já registrada”, anima-se Ethan Brown, professor assistente de física no Instituto Politécnico Rensselaer, nos EUA, e co-autor do estudo, em entrevista ao portal Phys.
Esse tipo de decaimento radioativo ocorre quando o núcleo de um átomo absorve dois elétrons de sua camada externa de elétrons simultaneamente, liberando uma dose dupla de partículas fantasmas chamadas neutrinos. Medindo este decaimento único em um laboratório pela primeira vez, os pesquisadores foram capazes de provar precisamente quão rara é a reação e quanto tempo leva para o xenônio-124 decair. A meia-vida do xenônio-124 – ou seja, o tempo médio necessário para um grupo de átomos de xenônio-124 diminuir pela metade – é de cerca de 18 sextiliões de anos (1,8 x 10 ^ 22 anos), aproximadamente um trilhão de vezes a idade do universo.
A experiência marca a meia-vida mais longa já medida diretamente em um laboratório. Apenas um processo de decaimento nuclear no universo tem uma meia-vida mais longa: o decaimento do telúrio-128, que tem uma meia-vida mais de 100 vezes maior que a do xenônio-124 – esse evento extremamente raro, entretanto, foi calculado apenas no papel, sendo jamais visto em laboratório.
“Dito de outro modo, se você tivesse 100 átomos de xenônio-124 quando os dinossauros foram extintos, 65 milhões de anos atrás, estatisticamente falando, todos os 100 deles ainda estariam aqui hoje”, compara Christian Wittweg, doutorando da Universidade de Münster, na Alemanha, que trabalhou com a chamada colaboração Xenon por meia década, em entrevista ao Live Science.


Coincidências gigantescas

Assim como as formas mais comuns de decaimento radioativo, a captura de dois elétrons com dois neutrinos ocorre quando um átomo perde energia à medida que a proporção de prótons e nêutrons no núcleo atômico muda. No entanto, o processo é muito mais exigente do que os modos de decaimento mais comuns e depende de uma série de “coincidências gigantescas”, segundo Wittweg.

Coincidência ou não, uma destas características necessárias faz parte do projeto italiano: um grande tanque de metal cheio de 3,5 toneladas de xenônio líquido puro. Este gás nobre é uma das substâncias mais limpas e à prova de radiação da Terra, tornando-se um alvo ideal para capturar algumas das mais raras interações de partículas do universo.
Ter toneladas de átomos de xenônio para trabalhar fez com que as chances dessas coincidências fossem muito mais prováveis.
Todos os átomos de xenônio-124 são cercados por 54 elétrons, girando em invólucros nebulosos ao redor do núcleo. A captura de dois elétrons com dois neutrinos ocorre quando dois desses elétrons, em camadas próximas ao núcleo, migram simultaneamente para o núcleo, colidindo com um próton cada e convertendo esses prótons em nêutrons. Como subproduto dessa conversão, o núcleo expele dois neutrinos, partículas subatômicas indescritíveis sem carga e praticamente nenhuma massa que quase nunca interagem com nada.

Esses neutrinos voam para o espaço e os cientistas não podem medi-los a menos que usem equipamentos extremamente sensíveis. Para provar que um evento de captura de dois elétrons de dois neutrinos ocorreu, os pesquisadores do projeto Xenon, em vez disso, olharam para os espaços vazios deixados para trás no átomo em decomposição.
“Depois que os elétrons são capturados pelo núcleo, restam duas vagas na camada atômica. Essas vagas estão cheias de conchas mais altas, o que cria uma cascata de elétrons e raios-X”, explica Wittweg.

Esses raios X depositam energia no detector, que os pesquisadores podem ver claramente em seus dados experimentais. Após um ano de observações, a equipe detectou cerca de 100 ocorrências de átomos de xenônio-124 decaindo dessa forma, fornecendo a primeira evidência direta do processo.
Essa nova detecção do segundo processo de decaimento mais raro no universo não coloca a equipe Xenon mais perto de encontrar matéria escura, mas prova a versatilidade do detector. O próximo passo nos experimentos da equipe envolve a construção de um tanque de xenônio ainda maior – capaz de armazenar mais de 8,8 toneladas de líquido – para oferecer ainda mais oportunidades de detectar interações raras. [Live SciencePhys]

FONTE: https://hypescience.com/pesquisadores-acabaram-de-medir-um-atomo-com-uma-meia-vida-de-18-sextilhoes-de-anos/

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Novo alótropo do Carbono é a mais recente (e impressionante) descoberta da Ciência

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Representação 3D do anel de carbono, com base em dados de microscopia de força atômica. Ilustração: pesquisa da IBM.
Quando cada um dos seus átomos está ligado a três outros átomos de carbono, temos uma estrutura relativamente macia, a qual chamamos de grafite. Adicione apenas mais uma ligação e ela se torna um dos minerais mais duros e conhecidos, o diamante.

Outras formas, como 60 átomos de carbono juntos em forma de bola de futebol representa o fulereno-60. Mas um anel de átomos de carbono, onde cada átomo está ligado a apenas dois outros, e nada mais? Bem, ninguém nunca montou um arranjo estável em que cada carbono tenha apenas dois vizinhos – até agora. Isso estava na cabeça dos cientistas há 50 anos como um inolvidável mistério. Suas melhores tentativas resultaram em um anel de carbono gasoso que rapidamente se dissipava.

Uma equipe de pesquisadores, no entanto, sintetizou a primeira molécula em forma de anel de carbono – um círculo de 18 átomos. Este trabalho impressionante pode representar um novo campo de investigação pois esta estrutura é (até o momento) o menor ciclocarbono que se prevê termodinamicamente estável e pode ser o segredo para transistores em tamanho molecular. 
Os químicos começaram com uma molécula triangular de carbono e oxigênio, que manipularam com correntes elétricas para criar o anel de carbono-18.
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Etapas da síntese do ciclocarbono. Imagem: Pesquisa da IBM.
Os estudos iniciais das propriedades desta molécula sugerem que ela atua como um semicondutor, o que poderia tornar cadeias de carbono lineares úteis, úteis como componentes eletrônicos de escala molecular, como mencionado anteriormente. De fato, uso potencial em eletrônica.

E a própria propriedade que tornou os ciclocarbonetos tão difíceis de isolar – sua alta reatividade – significa que eles poderiam ser usados ​​para criar outros alótropos de carbono e materiais ricos em carbono. Para a ciência como um todo isto é brilhante pois, tendo um problema resolvido, agora partimos para o próximo, em um universo inimaginável de possibilidades.

FONTE: Pesquisa publicada na Science no artigo An sp-hybridized molecular carbon allotrope, cyclo[18]carbon.

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

"Álcool" sintético promete te deixar 'alegre', mas sem ressaca

PESQUISADOR DIZ TER DESENVOLVIDO "ÁLCOOL" SINTÉTICO QUE EVITA RESSACA
Pesquisador diz ter desenvolvido álcool sintético que evita ressaca (Foto: Pixabay)
imagem de revistagalileu.globo.com
Notícias promissoras para quem não abre a mão de um drinque: um estudo conduzido pelo cientista David Nutt desenvolveu um álcool sintético,  batizado de "Alcarelle", que teria o potencial de proporcionar os benefícios de se consumir uma bebida alcóolica sem ter de se enfrentar uma ressaca —  ou até mesmo alguns tipos de câncer relacionados com a substância.

Nutt é um neuropsicofarmacologista especializado na pesquisa de drogas que afetam o cérebro e condições como vício, ansiedade e sono. Ele acredita que conseguiu fazer com que a molécula de álcool sintético interagisse de modo a evitar os seus efeitos colaterais.

“Nós sabemos qual local do cérebro é responsável pelos ‘efeitos bons’ e ‘ruins’ e quais receptores mediam esses processos: ácido gama-aminobutírico (Gaba), glutamato e outras substâncias como serotonina e dopamina”, contou ao jornal britânico The Guardian.

O cientista quer ainda acrescentar um “efeito em pico” na molécula de álcool sintético para proporcionar um “barato”, mas evitando que o usuário, ao consumir a substância, fique bêbado. 

O projeto começou cedo na carreira do inglês — em 1983, quando ele era um estudante de PhD, e descobriu um antídoto ao álcool, uma fórmula que revertia o estado da embriaguez.

Ele chegou à descoberta através de experimentos com ratos, que receberam receptores de ácido gama-aminobutírico, ficando sóbrios. O efeito primário do álcool, segundo o pesquisador, é estimular os receptores desse ácido, que "acalmam" o cérebro quando estimulados.Mas o antídoto desenvolvido por Nutt não pôde ser administrado para uso clínico, pois se alguém o tomasse sóbrio, sofreria sérias convulsões.

O que Nutt sabe agora é que há 15 tipos de receptores diferentes em diversas áreas cerebrais e a partir disso ele diz ter encontrado quais receptores podem ser estimulados para diminuir o efeito do álcool no corpo.

O objetivo do pesquisador é vender o álcool sintético para companhias que possam acrescentá-lo em suas bebidas. A invenção dele, no entanto, não tem gosto agradável e ainda não entrou na fase de testes. "O desafio real será fazer com que a molécula seja consumida. As questões regulatórias são muito piores do que as científicas", afirmou.

FONTE: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Saude/noticia/2019/03/alcool-sintetico-promete-te-deixar-alegre-mas-sem-ressaca.html

domingo, 18 de agosto de 2019

Substâncias presentes em plásticos têm relação com obesidade infantil

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Imagem de www.uol.com.br
A exposição a substâncias químicas presentes em plásticos e alimentos enlatados pode desempenhar um papel na obesidade infantil, de acordo com um estudo publicado no periódico Journal of the Endocrine Society na quinta-feira (25/07/19). 


Segundo os cientistas, o bisfenol S (BPS) e o bisfenol F (BPF) são produtos químicos usados em certos tipos de plástico, no revestimento de latas de alimentos e bebidas e no papel térmico onde é impresso o cupom fiscal.

Esses produtos químicos têm sido usados como um substituto para o bisfenol A (BPA), uma substância que provoca um desequilíbrio no corpo humano, podendo induzir ou inibir a produção de hormônios no organismo e por isso é relacionado a problemas como obesidade, diabetes e infertilidade. 
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BISFENOL S (BPS)
"Em um estudo anterior, descobrimos que o BPA estava associado a uma maior prevalência de obesidade em crianças americanas, e este estudo encontrou a mesma tendência entre essas versões mais novas do químico", disse Melanie Jacobson, uma das autoras do estudo. "Isso mostra que ter substituído o bisfenol A pelo S e F não diminuiu os danos que a exposição química tem à nossa saúde".

Como o estudo foi feito
  • Os pesquisadores usaram dados das Pesquisas Nacionais de Saúde e Nutrição dos EUA para avaliar associações entre BPA, BPS e BPF e resultados de massa corporal entre crianças e adolescentes com idade entre 6 e 19 anos.
  • Os resultados mostraram que crianças que tinham níveis mais elevados de BPS e BPF na urina eram mais propensas a ter obesidade em comparação com crianças com níveis mais baixos.
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BISFENOL F (BPF)

E no Brasil?

Desde o dia 1º de janeiro de 2012, a venda de mamadeiras ou outros utensílios para bebês que contenham BPA está proibida. A determinação foi da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Quatro anos antes, União Europeia, Canadá e Estado Unidos já haviam feito o mesmo. Por conta disso, a indústria química começou a promover produtos do tipo "BPA Free", ou livres de BPA.

O problema é que, segundo Bruno Alves Rocha, pesquisador do departamento de análises clínicas e toxicológicas da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP (Universidade de São Paulo), estudos recentes demonstraram que a maioria dos substitutos utilizados pela indústria (Bisfenol AF, Bisfenol F, Bisfenol S, Bisfenol B, Dimetilbisfenol A, Tetrabromobisfenol A) tem efeito comparável ao do Bisfenol A, ou até pior no quesito toxicidade. E muitos dos produtos 'free' também possuem a substância em sua composição"

No entanto, para as demais aplicações além da mamadeira, o BPA ainda é permitido no Brasil, "mas a legislação estabelece limite máximo de migração específica desta substância para o alimento, que foi definido com base nos resultados de estudos toxicológicos", segundo o site da Anvisa.

FONTE: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2019/07/28/substancias-presentes-em-plasticos-tem-relacao-com-obesidade-infantil.htm

sábado, 10 de agosto de 2019

Florianópolis será a primeira Cidade Lixo Zero do Brasil!

Florianópolis
imagem de www.greenme.com.br
Chegou a vez de o Brasil ter a sua primeira capital lixo zero!

Florianópolis é uma das cidades com o melhor desempenho na recuperação de resíduos do Brasil, tanto que há cerca de 30 anos ela já faz coleta seletiva. Mas, agora, a atual gestão municipal pretende colocar a cidade em uma patamar audacioso, para o qual terá que trabalhar muito.

A energia posta no projeto é grande, tanto que foi publicado um decreto (Decreto n° 18.646/18) no Diário Oficial do Município instituindo o Programa Florianópolis Capital Lixo Zero, a fim de incentivar a sociedade civil, a iniciativa privada e o poder público a reduzirem a produção de lixo e a valorizem os resíduos sólidos urbanos reintroduzindo-os na cadeia produtiva, informa o site da Prefeitura de Florianópolis.

O presidente da Autarquia de Melhoramentos da Capital Comcap, Márcio Luiz Alves, explica que o destino do resíduo é estabelecido dentro da casa de cada habitante, quando o separa em orgânico (restos de alimentos e de podas), reciclável seco (papel, plástico, metal e vidro) e rejeito (lixo sanitários e outros materiais para os quais não há ainda mercado de reciclagem), de acordo com publicação do Floripa Manha.

Floripa Lixo Zero 2030
Com a ajuda da população, a capital de Santa Catarina pretende ser Floripa Lixo Zero 2030. Isso significa que mais de 100 mil toneladas deixarão de ir para o aterro sanitário anualmente, com a ajuda de cada cidadão.

Uma das metas para que, até 2030, a cidade atinja a meta do lixo zero, é que os resíduos orgânicos tenham como destino a compostagem em quintais e pátios comunitários, de forma que não sejam encaminhadas as 100 mil toneladas por ano ao aterro sanitário até 2030.

“Serão quase R$ 40 milhões em ganhos ao ano, sem contar as vantagens ambientais, a redução na emissão de carbono tanto no aterro quanto na coleta. É só imaginar que Florianópolis deixará de mandar para o aterro, lá em Biguaçu, a 46 quilômetros do Itacorubi, algo como 27 caminhões de lixo por dia”, explica Alves.

Os órgãos públicos serão os primeiros a darem o exemplo para a sociedade, fazendo a separação dos resíduos em orgânicos, recicláveis secos e rejeito. Além disso, haverá um plano de reeducação para a comunidade e a melhoria da estrutura da Comcap para realizar a coleta.

COMPOSTAGEM DE LIXO ORGÂNICO EM FLORIANÓPOLIS AGORA É LEI
Além de promover a separação e a valorização dos resíduos sólidos urbanos no município para viabilizar a economia circular, a preservação ambiental e a redução do volume dos resíduos, o projeto visa ao desenvolvimento econômico do município através da criação de novos negócios e da geração de empregos no circuito das economias circular, criativa, colaborativa e solidária pelo viés da inovação.

Que esse projeto seja exitoso e sirva de exemplo para outros municípios brasileiros!

FONTE: https://www.greenme.com.br/informar-se/cidades/8027-florianopolis-cidade-lixo-zero-do-brasil

quinta-feira, 8 de agosto de 2019

"Reconhecimento é a melhor forma de estimular alguém”

Para o filósofo Mário Sérgio Cortella, a ausência de reconhecimento é a grande causa da atual desmotivação nos ambientes (familiar, escolar, profissional,...)

 Palestra do professor Mario Sergio Cortella realizada em São José dos Campos em junho/2016 (Foto:  Lucas LACAZ RUIZ / A13 / Ag. O Globo)
PALESTRA DO PROFESSOR MARIO SERGIO CORTELLA REALIZADA EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS EM (FOTO: LUCAS LACAZ RUIZ / A13 / AG. O GLOBO)

O salário não é a principal fonte de insatisfação dos brasileiros dentro das empresas. Mais do que uma remuneração condizente com o que seria justo pelo seu trabalho, as pessoas querem ser reconhecidas e valorizadas dentro das organizações. Ser mais uma peça da engrenagem é um fardo nos tempos atuais, defende o filósofo Mário Sérgio Cortella. Docente, educador, palestrante e consultor de empresas, Cortella afirma que a principal causa da atual desmotivação é a ausência de reconhecimento. E ela manifesta-se de várias formas: do chefe injusto à falta de valorização em cada projeto e tarefa. Não é uma questão puramente de promover o elogio desmesurado, mas uma forma de “dar a energia vital ao funcionário para continuar fazendo e seguindo em frente". É principalmente evitar a mensagem de que "não ser mandado embora já é um elogio" ou que "o silêncio é a melhor maneira de dizer que está tudo em ordem".

Em seu livro, Mário Sérgio Cortella fala sobre reconhecimento e de outras questões que considera inerentes à insatisfação de muitas pessoas hoje em relação ao próprio emprego. Em Por Que Fazemos O Que Fazemos, publicado pela Editora Planeta, o professor reflete sobre próposito e por que as pessoas almejam empregos que conciliam uma satisfação pessoal e a certeza de não realizar um esforço “inútil” dentro da sociedade. Este tipo de aflição ganha maior evidência com a geração millennial que passou a almejar um “projeto de vida que não soe como conformado”, ou seja, do trabalho pelo trabalho. É sonhar com o trabalho grandioso, com uma rotina que não seja monótona, com um 'projeto que faça a diferença'. Por outro lado, é uma geração também que chega - em parte -  com pouca disciplina, que tem ambição e pressa, que vê seus desejos como direitos - e ignora os deveres. 

Todas essas aflições corporativas têm moldado a forma de atuar das empresas e das pessoas na hora de se associarem a um emprego. Em momentos de crise econômica, elas ganham um nível de contestação ainda maior. Em entrevista à Época NEGÓCIOS, Cortella comenta esses dilemas e mudanças, os “senões” de se fazer o que se ama e por que há uma “obsessão enorme por uma ideia de felicidade que não existe”: 


As pessoas não querem mais somente um salário mais alto, querem acreditar que fazem algo importante, autoral. Por que a necessidade de ter propósito ganhou maior relevância? É uma questão geracional?

Ela é mais densa e angustiante na nova geração que enxerga muitas vezes na geração anterior, que a criou, certa estafa em relação ao propósito. É muito comum que jovens e crianças enxerguem hoje nos pais algum cansaço e até tristeza naquilo que fazem. O pai e mãe dizem “eu trabalho para sustentar, esse é meu trabalho”. Há uma grande conformidade. E essa conformidade de certa forma acabou marcando uma nova geração, a millennial, que traz aí a necessidade de ter algum projeto de vida. Eles não querem repetir um modelo que, embora esforçado, dedicado e valoroso soa, de certa maneira, como conformado. Hoje há uma aflição muito grande na nova geração de maneira que se traduz numa expressão comum: “eu quero fazer alguma coisa que me torne importante e que eu goste”. A geração anterior tinha um pouco essa preocupação, mas deixou um tanto de lado por conta da necessidade.

Quando o sr. se refere à geração Y, aos millennials, está considerando um recorte ou o todo?
Claro que temos recortes. Não estou falando de quem está atrelado ao reino da necessidade, que precisa trabalhar sem discussão porque precisa sobreviver. Esta é uma questão de outra natureza. O termo millennial que eu adoto, como muitos, é aquele que cunharam para quem nasceu a partir dos anos 1990. E essa geração tem recortes mais diretos em relação à camada social. Evidentemente se você considerar aqueles que são escolarizados, têm boa condição de vida e que estão acima da classificação oficial da classe D, essa geração tem mais possibilidade de escolha à medida que a sobrevivência imediata não é uma questão. Ela pode viver até mais tempo com os pais e ser por eles sustentada. Isso vem acontecendo. Já integrantes das classes D e E têm mais dificuldade - uma parcela às vezes encontra sobrevivência na transgressão, no crime de outra natureza e outros encontram aquilo que é o trabalho suplicial que o dia a dia coloca sem escolhas. 

Como o senhor diz no seu livro até para ser mochileiro, você precisa ser livre de uma série de restrições…
Sim, você precisa dominar outro idioma, saber se virar. Há uma diferença entre um filho meu, de camada média, com uma mochila nas costas andando pela rua em relação ao modo que ele se conduz, à maneira como ele se dirige às pessoas do que ele ser, por exemplo, um andarilho. Uma pessoa pode até ser mochileira, mas ela já tem condições prévias que a tornam uma mochileira com menos transtornos do que como seria de outro modo.

O senhor diz frequentemente que, para fazer o que se gosta, é preciso fazer uma série de coisas das quais não se gosta. Esse entendimento provém de uma educação na empresa, da família ou escola?
É uma questão de formação familiar. Hoje há uma nova geração que, especialmente nas classes A, B e C, cresceu com facilitações da vida. Hoje a gente até fala em “adolescência estendida” que vai até aos 30 anos e não necessariamente até os 18 anos. São as pessoas que continuam vivendo com os pais, sob sustentação. Isso acabou levando também a uma condição, que uma parcela dos jovens entende que “desejos são direitos”, que vão obter aquilo porque é desejo deles e um outro vai providenciar. Cria-se assim a perspectiva equivocada de que as coisas podem ser obtidas sem esforço. Mas sabe, eu lembro sempre, trabalhar dá trabalho. Como costumo dizer: “só mundo de poeta que não tem pernilongo”. É óbvio que isso não anula a riqueza que essa nova geração tem de criatividade, expansividade, de receptividade em relação a vários modos de ser. Uma geração mentalmente rica, mas que precisa de um disciplinamento - que não é torturante, mas pedagógico - e que começa na família e vai encontrando abrigo na empresa. Essas estruturas são importantes para que essa energia vital não se dissipe. É preciso organizar essa energia de modo que não se perca com inconstâncias, para ser algo que possa de fato gerar benefício para o indivíduo e para a comunidade dele. 

As empresas ainda não sabem lidar, de forma geral, com a energia desses jovens?
Não, elas ainda estão começando a aprender. Há algumas que já possuem uma certa inteligência estratégica e estão se preparando e preparando seus gestores para que acolham essa nova geração como um patrimônio e não como um encargo. Porque quando você acolhe a nova geração como um encargo, em vez dela ser “sangue novo”, ela se torna algo que é perturbador. E é claro que não é só o jovem que tem de se preparar para essa condição. É necessário que a pessoa que a receba seja acolhedora, mas que também se coloque em uma postura de humildade pedagógica. Que ela saiba que vai aprender muito com alguém que chega com novas habilidades que a geração anterior não tem. Lidar nos dois polos de maneira que equipes multigeracionais ganhem potência em vez de entrarem em situação de digladio ou confronto. 

Nesses dois polos, os profissionais mais seniores ficam inseguros com receio de que seu papel não seja mais relevante nas organizações. Como eles podem lidar com esse novo cenário?
Eu só conseguirei ter essa percepção de que estou ficando para trás se eu deixar de lançar mão daqueles que chegam com coisas que eu ainda não conheço. E aí eu não vou ter só a percepção, eu vou ficar mesmo para trás. A gente aprende muito com quem chega, mas a gente também tem o que ensinar. Tem dois princípios que precisamos implantar: 1) quem sabe, reparte 2) quem não sabe, procura. Se eu formar seniores e juniores nesses dois princípios, de um lado vai ter generosidade mental e de outro a humildade intelectual. Essas duas trilhas virtuosas serão decisivas para que a gente construa maior potência no que precisa ser feito.

Com todos esses dilemas e mudanças, a ambição é necessária? Uma pessoa ambiciosa é boa ou perigosa para a empresa?
A pessoa ambiciosa é aquela que quer ser mais e melhor. É diferente de uma pessoa gananciosa, que quer tudo só para si a qualquer custo. Uma parte do apodrecimento que nosso país vive no campo da ética hoje se deve mais à ganância do que à ambição. Eu quero um jovem ambicioso. Eu, Cortella, sou ambicioso. Quero mais e melhor. Mais e melhor conhecimento, mais e melhor saúde. Mas não quero só para mim e a qualquer custo. A ganância é a desordem da ambição. É quando você entra no distúrbio que é eticamente fraturado. Por isso, é necessário que uma parte dos jovens seja ambiciosa. Um ou outro tem sim essa marca da ganância caso ele seja criado em uma família, estrutura, comunidade, na qual a regra seja a pior de todas: “fazemos qualquer negócio”. E essa regra é deletéria, é malévola aos negócios que, embora possam ser feitos, não devem ser feitos. A ambição é necessária, mas a ganância tem que ser colocada fora do circuito.

E quando você junta ambição e pressa? 
Não é algo que traz bons resultados. Uma das coisas boas da vida não é ter pressa, é ser veloz. Se você faz um trabalho apressadamente, você vai ter que fazer de novo. Quando eu vou consultar médico, eu quero velocidade para chegar à consulta, mas eu não quero pressa na consulta. Velocidade resulta de perícia, habilidade, de ser alguém que tem competência no que faz. A pressa resulta da imperícia. Por isso, o desenvolvimento da perícia, habilidade, competência permite que se faça algo velozmente. E se sou veloz, aquilo que resulta da minha ambição pode se transformar no meu êxito. Se sou apenas um apressado, vou ter que lançar mão de trilhas escusas para chegar ao mesmo objetivo - e o nome disso é Lava Jato.

Há um certo profissional que prefere hoje estabilidade e quer seguir uma carreira linear, sem grandes saltos. Mas é visto como um profissional medíocre. Ele está errado?
É um direito que ele tem. Uma pessoa tem direito de fazer essa escolha, mas ela também não pode se lamentar em relação ao resultado que isso traz. Afinal de contas, essa é uma vida morna, sem vibração. Não é uma que eu gostaria de seguir. Mas pode ser feita. Ninguém é obrigado a atuar de um outro modo. Eu acho que escolher essa vida irá beirar, em algum momento, à monotonia e isso gerará tristeza e frustrações.

Essa pessoa não projeta provavelmente as expectativas dela dentro da empresa?
Não, ela apenas vê aquilo ali como emprego. Emprego é fonte de renda e trabalho é fonte de vida. Trabalho dá vitalidade, emprego pode te dar dinheiro. Qual a diferença entre trabalho e emprego? O trabalho você faria até de graça. Há pessoas que encontram no emprego o trabalho que gostariam de ter. Há pessoas que não encontram e são infelizes e outras ficam apenas na rotina do emprego. Não seremos nós a dizer a alguém que ele não pode fazer isso, mas a mediocridade como escolha não deixa de ser mediocridade só porque foi escolhida.

Do mesmo modo, há quem projete todas as expectativas dentro da empresa...
Sim e isso tem piorado muito. Como o ambiente econômico piorou e a vida ficou mais complexa em relação à condição de sobrevivência, muita gente se encontra desmotivada. Ela até faz, mas não queria estar fazendo daquele modo e às vezes nem tem clareza do porquê está fazendo.  A empresa precisa entender que necessita criar movimentos de estímulo em relação a essa atividade, promover formação continuada, reconhecimento, tudo aquilo que faz com que a pessoa ganhe energia e receba combustível. Ninguém motiva alguém, o que se pode é estimular. A motivação é movimento interno - mas uma pessoa se encontrará mais motivada se ela for estimulada a fazê-lo. Empresa inteligente faz isso, promove momentos de reconhecimento para que as pessoas se sintam autorais naquilo que fazem, nos quais as pessoas entendam que as empresas se interessam por elas e não somente as usam. Entendam que são um bem, não apenas uma propriedade no sentido maquinário do termo. E quem é cuidado por uma organização também vai querer cuidar dela.

Em uma empresa com hierarquia muito rígida, é muito difícil fazer isso caso a caso, correto?
Se a empresa não tiver isso vai ter que inventar. Se ela é capaz de inventar participações do mercado, novas tecnologias e inovação, ela terá também de buscar inovação na formação de pessoas. Isso dá trabalho, mas é garantia de futuro. Quando a empresa fala que o maior ativo é gente, isso precisa ser demonstrado. Lealdade é reciprocidade. Se eu não percebo lealdade por parte de quem me contrata quanto à minha dedicação... eu preciso ver que a empresa se dedica a mim também. E isso não é com relação ao meu salário, porque eu vou sempre querer que ele seja superior, mas que seja evidente que a empresa consegue cuidar de mim, ajudar a aumentar minha capacidade, competência, não me colocar apenas como um peão de xadrez dentro do tabuleiro. Porque aí uma hora a reciprocidade virá. 

No livro, o senhor defende que as empresas devem realizar atividades que façam seus funcionários refletirem sobre o propósito do trabalho que realizam. Por que essa é uma atividade tão rara nas empresas?
Algumas empresas temem que, ao promover essa revisão, a pessoa abandone a companhia. Só que é necessário promover situações, criar ocasiões que levem a refletir sobre a razão de estar ali para que quando a pessoa resolva continuar na empresa, ela fique de modo mais legal, mais persistente e sólido. De nada adianta eu ter um grupo que nem pensa sobre a razão e no primeiro tropeço desiste, enfraquece, perde energia. É uma medida cautelar, é criar ocasiões que façam vir à tona as razões e os senões pelas quais alguém está ali. Assim é possível corrigir e dar maior densidade à razão para que ela continue de uma forma muito mais substantiva. É questão de estratégica, um caminho de perenidade que seja maior do que aquele que traz apenas uma ilusão ou  uma simulação de lealdade.

Se você olhar para as organizações que não têm um produto muito mais admirado, como elas podem fazer para atrair e reter talentos em um mundo onde o propósito é mais valorizado?
Há algumas pessoas que não querem mais trabalhar em uma organização que comercializa algo que seja malévolo, menos sedutor, encantador. Isso tem levado as próprias empresas a reorientarem seu modo de atuação. Um dos produtos que hoje está no alvo é o refrigerante, sendo visto como fonte de malefício. Mas as grandes empresas do varejo vêm reordenando a sua atuação nesse campo de maneira a tornar aquele produto como algo que não seja entendido como maléfico. É difícil trabalhar hoje na indústria do tabaco, na indústria armamentista. Mas veja bem, o que é trabalhar na indústria armamentista? É trabalhar naquela que faz míssil ou naquela que faz computador que também é colocado no míssil? Essa inter-relação leva a uma revisão dessas percepções. A empresa não pode ser sedutora apenas na aparência, precisa explicitar os compromissos que tem. É muito mais difícil enganar alguém hoje do que há algumas décadas. A fonte de informação é imediata. Não sou tão iludível quanto era quando era menino. Um jovem de 20 anos tem informações sobre uma organização que não se conseguia tão facilmente antes.

O senhor aponta no livro que o maior descontentamento atual dos funcionários nas empresas não é salarial, mas a falta de reconhecimento. Por que a questão ganhou força nos últimos anos?
Hoje há um anonimato muito forte na produção. Como a gente tem uma estrutura de trabalho em equipe muito grande, o trabalho em equipe quase leva à anulação do reconhecimento do indivíduo. E isso significa que um trabalho em equipe não prescinde da atuação de cada pessoa. É necessário que não se gere anonimato. Eu insisto: reconhecimento não é só pecuniário, financeiro, é autoral. É necessário que a empresa exalte, mostre quem colaborou com aquilo. À medida que você tem reconhecimento, comemoração, celebração, isso dá energia vital para continuar fazendo. Não se entende aquilo como sendo apenas uma tarefa. O reconhecimento ultrapassa a ideia de tarefa. Não sei se seu pai fazia isso, mas chegava em casa com o boletim da escola, altas notas, e ele dizia: “não fez mais que a obrigação” - isto é altamente desestimulador. É preciso reconhecer, dizer que é bacana, comemorar. Aquilo que estimula a continuar naquela rota. Reconhecimento é a principal forma de estímulo que alguém pode ter. 

No livro, o senhor também cita a obsessão por “uma tal ideia de felicidade” que acaba levando as pessoas a viverem muito mais a expectativa do que a realização. Por que isto ocorre?
A felicidade não é o lugar onde você chega. A felicidade é uma circunstância que você vivencia no seu dia a dia. Não tem “a felicidade”. Você tem circunstâncias de felicidade, ocasiões, que quando vêm à tona não devem ser deixadas de lado. Ninguém é feliz o tempo todo - isso seria uma forma de idiotia - à medida que a vida tem suas turbulências. Mas quando ela vier, admita a felicidade. Colocar a felicidade só num ponto futuro, inatingível, isso é muito mais resultante de uma dificuldade de lidar com a questão do que concretamente uma busca efetiva. Por isso, sim, a felicidade é uma desejo porque o mundo tecnológico nos colocou em contato com tantas coisas, mas nos deu uma certa marca de solitariedade, de ficar solitário com relação àquilo que se tem, a uma ausência de contato muito forte. Tudo é muito virtual e isso acaba gerando desconforto interno, angústia nas pessoas. E a felicidade é um nome que as pessoas dão para superar essa angústia.

O que é felicidade para o sr?
É a que eu tenho na minha vivência. Quando percebo uma obra feita, uma aula bem dada, um abraço sincero, afeto verdadeiro, conquista merecedora. São meus momentos de felicidade. Não são um lugar onde desejo chegar. 

domingo, 4 de agosto de 2019

Trem do futuro é movido à hidrogênio (da água), atinge 140 km/h e irá operar na Alemanha

imagem de engenhariae.com.br
A cada dia que passa, a preocupação mundial com o meio ambiente tem feito com que cientistas trabalhem cada vez mais para o desenvolvimento de projetos sustentáveis, especialmente no que diz respeito à energia limpa, ou seja, que não emite gás carbônico que agride a camada de ozônio e piora o aquecimento global.
O Coradia iLint, construído pela Alstom em Salzgitter, na Alemanha, está equipado com células de combustível que convertem hidrogênio e oxigênio em eletricidade, eliminando as emissões poluentes relacionadas à propulsão. 

Por enquanto, os usuários da rede Elbe-Weser, da EVB, podem esperar pela primeira viagem mundial a bordo dos trens de baixo ruído e emissão zero que alcançam até 140 km/h. Pela LNVG, os trens Coradia iLint serão operados em quase 100 quilômetros de linha entre Cuxhaven, Bremerhaven, Bremervörde e Buxtehude, substituindo a frota de diesel existente da EVB.

Os novos trens serão abastecidos em uma estação móvel de abastecimento de hidrogênio, que será bombeado em estado gasoso para dentro dos trens a partir de um contêiner de aço de 12 metros de altura próximo aos trilhos da estação de Bremervörde. Com um tanque, eles podem percorrer toda a rede durante todo o dia, graças a uma autonomia total de 1000 km. Um posto de gasolina estacionário nas instalações da EVB está programado para entrar em operação em 2021, quando a Alstom entregará mais 14 trens Coradia iLint para a LNVG.

Os veículos apenas emitem vapores de água durante a operação, tornando-os uma alternativa ecológica ao diesel, uma vez que não produz emissões nocivas e que promovem impactos negativos para o meio ambiente.

  
imagem de engenhariae.com.br