PESQUISADOR DIZ TER DESENVOLVIDO "ÁLCOOL" SINTÉTICO QUE EVITA RESSACA
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Nutt é um neuropsicofarmacologista especializado na pesquisa de drogas que afetam o cérebro e condições como vício, ansiedade e sono. Ele acredita que conseguiu fazer com que a molécula de álcool sintético interagisse de modo a evitar os seus efeitos colaterais.
“Nós sabemos qual local do cérebro é responsável pelos ‘efeitos bons’ e ‘ruins’ e quais receptores mediam esses processos: ácido gama-aminobutírico (Gaba), glutamato e outras substâncias como serotonina e dopamina”, contou ao jornal britânico The Guardian.
O cientista quer ainda acrescentar um “efeito em pico” na molécula de álcool sintético para proporcionar um “barato”, mas evitando que o usuário, ao consumir a substância, fique bêbado.
O projeto começou cedo na carreira do inglês — em 1983, quando ele era um estudante de PhD, e descobriu um antídoto ao álcool, uma fórmula que revertia o estado da embriaguez.
Ele chegou à descoberta através de experimentos com ratos, que receberam receptores de ácido gama-aminobutírico, ficando sóbrios. O efeito primário do álcool, segundo o pesquisador, é estimular os receptores desse ácido, que "acalmam" o cérebro quando estimulados.Mas o antídoto desenvolvido por Nutt não pôde ser administrado para uso clínico, pois se alguém o tomasse sóbrio, sofreria sérias convulsões.
O que Nutt sabe agora é que há 15 tipos de receptores diferentes em diversas áreas cerebrais e a partir disso ele diz ter encontrado quais receptores podem ser estimulados para diminuir o efeito do álcool no corpo.
O objetivo do pesquisador é vender o álcool sintético para companhias que possam acrescentá-lo em suas bebidas. A invenção dele, no entanto, não tem gosto agradável e ainda não entrou na fase de testes. "O desafio real será fazer com que a molécula seja consumida. As questões regulatórias são muito piores do que as científicas", afirmou.
FONTE: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Saude/noticia/2019/03/alcool-sintetico-promete-te-deixar-alegre-mas-sem-ressaca.html
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