sexta-feira, 30 de março de 2018

terça-feira, 27 de março de 2018

Técnica é capaz de converter água do mar em combustível de hidrogênio, energia limpa (veja...)

POR
PAULO NOBUO
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CHOMBOSAN/SHUTTERSTOCK

Considerado a fonte de energia do futuro, o combustível de hidrogênio emite vapor de água e, portanto, é amigável ao meio ambiente, ao contrário das emissões geradas pelos tradicionais combustíveis fósseis.
Os elevados custos para a produção de combustível de hidrogênio, no entanto, dificultam sua ampla utilização, mas uma nova técnica que usa a água do mar pode ser a solução que viabilizaria a energia alternativa e limpa.


Combustível de hidrogênio criado com água do mar

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MIHTIANDER/ISTOCK

A nova proposta foi desenvolvida por Yang Yang, um pesquisador da Universidade da Flórida, EUA, que criou um nanomaterial híbrido que usa energia solar para converter a água do mar em combustível de hidrogênio.

O nanomaterial é, basicamente, um tipo de folha fina de dióxido de titânio com nanocavidades revestidas com dissulfureto de molibdénio, material muito mais eficaz do que outros já utilizados porque pode converter comprimentos de onda de luz, algo que os demais não são capazes de fazer.


Se usado em grande escala, o novo nanomaterial poderia gerar significativa quantidade de combustíveis e, possivelmente, substituir os combustíveis fósseis. Isso reduziria o impacto sobre o ambiente e as nocivas consequências relacionadas às mudanças climáticas


A fabricação do catalisador é relativamente fácil e econômica e a equipe de Yang continua a fazer pesquisas, focalizando a melhor maneira de ampliar a produção e melhorar ainda mais seu desempenho para separar o hidrogênio das águas residuais.
FONTE: https://www.vix.com/pt/ciencia/552038/tecnica-e-capaz-de-converter-agua-do-mar-em-combustivel-de-hidrogenio-energia-limpa

domingo, 25 de março de 2018

Utilização do lúdico por meio de dominó para a aprendizagem de alcanos por alunos de curso técnico em química

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Imagem de Ebah

Evandro Falass da Silva, Gleison Leandro Santos Sousa, Wagner Neves Junior, Glaucio Testa, Tatiana Colombo Pimentel

Resumo


Os jogos são tradicionais e presentes na vida humana há tempos, sendo capazes de colaborar com a concentração e motivar quem está jogando. Dessa forma, surge a ideia de ensinar conteúdos escolares por meio de jogos. No campo da Química não tem sido diferente, pois existem enormes dificuldades para ter a atenção e dedicação dos alunos. A nomenclatura de alcanos é um conteúdo fundamental para a compreensão das nomenclaturas das funções orgânicas, tais como: aldeídos, ácidos carboxílicos, cetonas, ésteres etc. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito da utilização de um jogo de dominó na aprendizagem da nomenclatura de alcanos. O jogo foi desenvolvido e aplicado em uma turma do primeiro ano do Curso Técnico em Química de um colégio da cidade de Paranavaí, Paraná. O experimento consistiu em uma retomada do conteúdo de hidrocarbonetos, aplicação de uma avaliação diagnóstica (5 questões com tempo de 20 minutos para responder), utilização do jogo e posterior aplicação de nova avaliação. A contabilização do rendimento dos estudantes foi feita atribuindo nota de 0 a 10 às avaliações e comparando-as. Os resultados indicaram que o jogo Dominó de Alcanos facilitou o aprendizado dos alunos, havendo melhoria na média da avaliação em 29%, com nota inicial de 5,5 e final de 7,1. Conclui-se que o jogo Dominó de Alcanos se constituiu como uma ferramenta importante na melhoria do aprendizado dos alunos, sendo simples de se jogar e motivador. A ideia do jogo pode ser expandida para outros conteúdos.

Palavras-chave


Educação lúdica; Dominó; Química; Educação; Ensino de química



FONTES: https://periodicos.utfpr.edu.br/actio/article/view/6778

quinta-feira, 22 de março de 2018

CONTEXTUALIZAÇÃO DO ENSINO DE QUÍMICA: MOTIVANDO ALUNOS DE ENSINO MÉDIO

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Imagem Ebah

Elba Cristina S. de Almeida (1); Maria de Fátima Caetano da Silva (1); Janaina P. de Lima (2); Milca Limeira da Silva (2); Claudia de F. Braga (3); Maria das Graças Azevedo Brasilino (3) Centro de Ciências Exatas e da Natureza/Departamento de Química/ PROBEX

RESUMO
Este projeto visa contextualizar e inserir a interdisciplinaridade nas aulas de química, como forma de motivar os alunos e formar novos cidadãos mais conscientes. Neste enfoque, procurou-se buscar alternativas que restaure o conhecimento do ensino de química, utilizando recursos simples e de baixo custo, através de aulas práticas realizadas na escola e na UFPB. O projeto foi desenvolvido na Escola Estadual do Ensino Fundamental e Médio Presidente Médici, situada no Bairro do Castelo Branco no município de João Pessoa/PB. Foram aplicadas pesquisas de opiniões a respeito dos interesses da turma em relação ao ensino de química. Mediante a análise dos questionários, pôde-se ter uma idéia dos anseios e das carências de conteúdos de química, e a partir daí planejar as atividades, procurando atender as expectativas da turma. Inicialmente, a participação dos alunos foi bastante efetiva, no entanto a freqüência foi diminuindo o que pode ser atribuída a alguns fatores como: greve de professores da rede estadual, recesso escolar e o PSS. Apesar destas dificuldades um grupo se manteve constante até o final das atividades, sempre motivados e participativos. Desta forma podemos dizer que as experiências vividas, relacionamento com os alunos, percepção de suas dificuldades e anseios, contribuíram significativamente para nossa formação pessoal e profissional. E acreditamos ter despertado em alguns jovens o interesse pela química como ciência e tê-los feito perceber que esta ciência faz parte de suas vidas. 

Palavras-Chave: Ensino de Quimica; Contextualização; Motivação.

Texto completo em:    http://www.prac.ufpb.br/anais/xenex_xienid/x_enex/ANAIS/Area4/4CCENDQPEX01.pdf

terça-feira, 20 de março de 2018

A química dos ruivos (naturais)


multidão de pessoas ruivas
imagem de www.emsintese.com.br
O canal ‘Reactions’ da Sociedade Americana de química explica no vídeo abaixo os motivos da existência dos ruivos.
O principal motivo é que nos ruivos possuem uma variação genética faz com que eles produzam menos eumelanina, que tem uma cor castanha ou preta e mais feomelanina, que é de uma cor avermelhada ou amarelada.
diferentes tipos de melanina
Algo curioso é que normalmente os ruivos tem uma maior sensibilidade à dor e ao frio.

Texto e legenda escritos por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ).

FONTE: https://www.emsintese.com.br/2018/a-quimica-dos-ruivos-naturais/

sábado, 17 de março de 2018

Os segredos de dois professores brasileiros eleitos entre os 50 mais inovadores do mundo

Valter Menezes e Wemerson Nogueira foram escolhidos para concorrer ao prêmio Nobel da Educação
Os segredos de dois professores brasileiros eleitos entre os 50 mais inovadores do mundo
Alunos da Escola Antonio dos Santos Neves, no Espírito Santo, analisando água do Rio Doce  DIVULGAÇÃO
Um é um veterano da educação, com 22 anos de sala de aula. O outro é novato, apenas cinco anos de experiência. Mas os dois brasileiros selecionados dentre os 50 melhores professores do mundo têm algumas coisas em comum. Ambos dão aula de Ciências e compartilham uma paixão: buscar formas de inovar o ensino público. Valter Menezes, do Amazonas, e Wemerson Nogueira, do Espírito Santo, foram escolhidos entre mais de 20 mil nomeações, para concorrer ao Global Teacher Prize, promovido pela Fundação Varkey e considerado o Nobel da educação. O vencedor leva um prêmio de US$ 1 milhão.

Os professores dividiram com o EL PAÍS o segredo para ser inovador, mesmo frente às adversidades da escola pública. Ouvir e valorizar os alunos, ser um aprendiz, compartilhar informações com outros professores, ser criativo, ampliar a educação para fora dos muros da escola e, principalmente, mostrar aos alunos que a educação pode ser transformadora são alguns dos ensinamentos que eles destacam para mudar a qualidade do ensino brasileiro.

"A missão do professor é a mais linda, porque trabalha com gente. As escolas têm que trabalhar suas realidades com projetos inovadores que encontrem uma solução para uma problemática que está em volta da escola. Ao redor da escola temos um laboratório a céu aberto que nossas escolas não estão trabalhando", diz Valter.

Os segredos de dois professores brasileiros eleitos entre os 50 mais inovadores do mundo
Projeto Água Limpa: alunos levaram saneamento para as próprias casas / Professor Valter Menezes, em Parintins (AM)  

"O professor inovador é aquele que se permite ser um aprendiz juntamente com seu aluno, que compartilhe informações e que tenha preocupação em diversificar os métodos de ensino. E os alunos têm muito o que contribuir nesse quesito. Eles têm acesso às tecnologias, pesquisam mais, e por isso, têm como ser os principais protagonistas para transformar a educação. Pergunte aos alunos como eles querem aprender, vocês vão se surpreender", diz Wemerson.


"Se a educação brasileira vai mal, a culpa não é do aluno, é do professor, que não soube usar a criatividade para que seus alunos assimilassem os conteúdos". Essa é a premissa que norteia a carreira de Valter Menezes, professor concursado de Ciências da rede municipal de Parintins, no Amazonas, que há 22 anos dá aula na escola Luiz Gonzaga, na comunidade rural de Santo Antônio do Rio Tracajá. "Se um professor reprova cinco alunos, são seis reprovados, contando ele mesmo", garante.

Após uma experiência de sete anos dando aula em uma escola de ensino médio que usava a tecnologia como parte do método de ensino, ele decidiu mudar a forma de dar aula na escola municipal em que leciona. Para despertar o interesse dos seus alunos, Valter começou a trabalhar com base na realização de projetos. "O projeto nos dá um direcionamento para colocar a teoria em prática e alcançar metas", conta.

Para ele, mexer com a realidade do aluno tem que ser um dos principais focos desse método. Assim surgiu o Projeto Água Limpa, que nasceu a partir de questionamentos dos estudantes sobre a necessidade de aumentar o saneamento básico na comunidade. Com o tratamento de dejeto humano, a iniciativa transformou Santo Antônio do Rio Tracajá na primeira comunidade ecologicamente correta do Amazonas, onde as fossas não agridem os lençóis freáticos.


O projeto envolveu diretamente toda a direção da escola, professores, alunos de todas as series, a comunidade e as ONGs que atuam na região, como a Asas de Socorro e Tearfund, que financiaram as ações. Eles instalaram filtros Bio Ativos de Areia nas residências que não têm água encanada, como nas beiras dos rios.


A diferença na performance dos alunos que participaram do projeto foi grande. O segredo do sucesso: foram eles que questionaram, buscaram e desenvolveram soluções a serem aplicadas em suas próprias residências. "É possível ver a gratidão das famílias e a satisfação dos estudantes. Hoje você anda pelas ruas da comunidade e não sente o odor dos banheiros, que antes eram apenas buracos cavados no chão com dois paus cercado por uma casinha de palha", afirma Valter.

O projeto continua ativo e serve de modelo para outras comunidades que passam pelas mesmas dificuldades. "Eu acredito que a educação verdadeira tem que transformar a realidade do aluno. As teorias ensinadas em sala de aula devem retornar aos alunos de forma de prática, como soluções para mudar a triste realidade em que muitos vivem."

Pelo seu protagonismo, Valter foi condecorado pela Câmara Municipal de sua cidade com a medalha Raimundo Almada, a mais importante distinção que um morador pode receber, e sua escola recebeu o Prêmio "Educador Nota 10" em 2015, da Fundação Victor Civita.

Para 2017, Valter já tem outro projeto em foco: trabalhar com o reflorestamento. Ele quer criar um viveiro de plantas frutíferas para os produtores plantarem em meio à monocultura de mandioca, para que, num futuro próximo, tenham a floresta renovada. "Se não fizermos isso a partir de uma escola localizada no pulmão do mundo, a Amazônia virará um deserto."

Os segredos de dois professores brasileiros eleitos entre os 50 mais inovadores do mundo
Filtrando as Lágrimas do Rio Doce: o sonho de devolver vida ao rio (Professor Wemerson Nogueira, com alunos em Boa Vista (ES)  DIVULGAÇÃO)
Há cinco anos, quando começou a procurar trabalho como professor, a realidade encontrada por Wemerson da Silva Nogueira, não era muito atrativa. Sem concursos para professor efetivo da rede pública, o jeito era se adaptar à vida de "designado temporário", uma contratação comum no Brasil, em que o professor passa por um processo seletivo no começo do ano e é encaminhado para uma escola que tem falta de concursados.

Na prática, ele passou por muitas escolas e pensou em abandonar a carreira. "Lembro quando comecei a dar aula para o ensino médio. Foram dois meses tentando, mas eles conversavam, cantavam, faziam baderna. Estava quase desistindo, quando decidi mudar a estratégia", afirma.

Por sorte, Wemerson não desistiu. Ele resolveu entender os alunos e perguntou como eles queriam aprender o conteúdo das classes de química. "Ouvi que eles queriam aulas práticas, mas como o conteúdo é importante, chegamos ao consenso de que teríamos uma aula teórica e uma prática", conta. Para transformar a aula em algo interessante aos alunos, ele decidiu cantar. "Dancei, sambei, e os alunos tocavam pandeiro, tambor e chocalho."

Mas será que os alunos aprendiam? Wemerson conta que, em 2014, a escolar teve um resultado quatro vezes melhor no Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo (Paebes). "Tenho uma aluna que passou em Medicina e me contou que cantou todo o conteúdo de Química durante a prova, rindo das mais de 40 músicas que fizemos."

Wemerson coleciona vitórias em cada escola que passa. Seus projetos lhe renderam o Prêmio "Educador Nota 10", concedido aos dez melhores professores do Brasil. "O primeiro passo para inovar é dar voz ao aluno no ambiente escolar, entender como eles querem aprender. E usar a ferramenta mais importante que temos na escola, a comunidade", afirma.

Foi pensando na comunidade, que ele criou o projeto Filtrando as Lágrimas do Rio Doce, em 2016, na Escola Antonio dos Santos Neves, em Boa Esperança, no Espírito Santo. O professor desenvolveu uma pesquisa científica com os alunos de 13 e 14 anos em que o objetivo era aprender a tabela periódica na prática. Para isso, ele transformou o Rio Doce em sala de aula. "Os estudantes aprenderam fazendo pesquisa e análise dos metais pesados presentes na água do rio após o desastre de Mariana", conta.

Os estudantes assumiram também um outro desafio: devolver o rio para a comunidade. Por isso, criaram um mecanismo de retenção capaz de filtrar a água do Rio Doce. "Em uma região sem saneamento, o objetivo era que os ribeirinhos pudessem voltar a usar a água para molhar as plantações e fazer as atividades de casa."

Wemerson conta que mais de 500 filtros já foram instalados gratuitamente e agora o projeto é replicado por outras comunidades afetadas no Espírito Santo e em Minas Gerais. "Os alunos entenderam que era mais do que aprender ciências, era usar o conhecimento adquirido para contribuir e transformar vidas de pessoas que estavam sofrendo".

O professor calcula que já impactou mais de 3 mil alunos com suas ideias. Em 2017, vai dar continuidade ao projeto do Rio Doce, "até que o rio esteja limpo novamente". Parece muito ambicioso? Pois ele garante que está só começando. Quer ainda desenvolver outras ideias que ajudem a combater a criminalidade e a violência, todas a partir da sala de aula.

FONTE: https://brasil.elpais.com/brasil/2016/12/21/economia/1482355806_094100.html

quinta-feira, 15 de março de 2018

Alunos criam tabela periódica com Arduino para incluir amigos com deficiência

Professora conta como sua turma do ensino médio fez o protótipo e a programação de recurso tátil e sonoro para auxiliar a aprendizagem de química, física e biologia
por Raquel Gomes da Costa Silva 
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Imagem de Porvir

Partindo do princípio de que nenhum estudante deve ser separado dos outros por apresentar algum tipo de deficiência, a educação inclusiva se destaca por receber crianças e adolescentes com necessidades especiais em classes regulares de ensino. No entanto, a educação inclusiva ainda apresenta grandes desafios.

Há necessidades que interferem de maneira significativa no processo de aprendizagem, como por exemplo, a utilização de recursos e apoio especializados, pois são poucos materiais pedagógicos direcionados ao ensino inclusivo, especialmente na área de ciências da natureza. No caso de alunos com deficiência visual, os recursos pedagógicos devem ser significativos, incluindo uma percepção tátil, materiais com diferentes texturas ou formatos que não provoquem rejeição ao uso, em especial irritações da pele. Além disso, precisam apresentar certa resistência para não estragarem em razão do uso contínuo.

O objetivo desse projeto foi confeccionar uma Tabela Periódica Tecnológica adaptada (TPTa), utilizando impressão 3D e o hardware de código fonte aberto “Arduino”, promovendo a inclusão de alunos com deficiência visual nas diversas redes de ensino. Ele foi desenvolvido por alunos do segundo anos do ensino médio do Centro Educacional CE-403, em Campinas (SP), ao longo de quatro etapas: pesquisa, desenvolvimento, confecção de vídeos explicativos e finalmente, testes.

Para confecção da tabela periódica adaptada foi utilizada a impressão 3D, que permitem a impressão de praticamente qualquer coisa. Elas têm se destacado em diversas áreas, seja na criação de artefatos simples como por exemplo brinquedos, até na criação de protótipos utilizados para substituir membros como os braços de uma pessoa. A impressão da tabela foi feita em laboratório de fabricação digital, FabLab da escola Sesi-SP.

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Imagem de Portal Acesse
Após a impressão da tabela, foi desenvolvida a parte tecnológica utilizando a plataforma Arduino. Nesta etapa, foi inserido um botão na tabela impressa, a fim de que o aluno com necessidades especiais, ao tocar o botão, possa ouvir sons emitidos por uma placa de som. Desse modo, surgiram informações úteis sobre a tabela, como histórico, número atômico e massa atômica de diferentes elementos, orientações a respeito da importância de determinados elemento ao organismo humano, entre outros.

A lógica da programação da tabela tecnológica é a seguinte: enquanto o botão estiver pressionado, é enviada ao Arduino a informação de que ele deve executar a leitura de um cartão SD; após efetuada a leitura, o hardware (Arduino), recebe os dados que são enviados a um alto-falante. A tabela impressa foi apoiada em uma placa de acrílico, para fixação da parte tecnológica.

O protótipo foi testado por diversos alunos com deficiência, que conseguiram identificar e reconhecer os diferentes elementos químicos presentes na tabela periódica. Além disso, alunos foram convidados a participar do Simpósio Científico na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), com o objetivo de integrá-los no mundo da universidade e da pesquisa científica.
Raquel Gomes da Costa Silva
Professora da rede Sesi-SP e professora efetiva da rede estadual de São Paulo. Licenciada em Química pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Doutora e Mestre em Química Analítica pela Universidade Estadual de Campinas. Pedagoga.  

FONTE: http://porvir.org/alunos-criam-tabela-periodica-com-arduino-para-incluir-amigos-com-deficiencia/?utm_campaign=shareaholic&utm_medium=email_this&utm_source=email

segunda-feira, 12 de março de 2018

Descubra a química que existe dentro do seu smartphone

Veja o vídeo

Neodímio, Ítrio, Disprósio… nomes bastante estranhos que, acredite, estão diariamente aí, na palma das suas mãos - mais precisamente, no seu smartphone. Quer saber o que química tem a ver com tecnologia? Tudo! Talvez o Lítio e o Silício sejam os elementos mais conhecidos de nós, leigos em química. Mas a grande surpresa é que, ao olhar para uma tabela periódica como esta, dos 83 elementos não radioativos, pelo menos 70 deles podem ser encontrados em diferentes modelos de smartphones. Isso mesmo, 84% dos elementos estáveis.

De toda química envolvida, a principal reação está nas baterias. Atualmente, os smartphones usam baterias de íons de Lítio (Li) - compostas por Óxido de Cobalto (Co) e Lítio (Li) como pólo positivo e o Carbono (C) em forma de grafite como eletrodo negativo. A parte externa é geralmente de Alumínio (Al). Mas baterias mais modernas usam também outros metais em suas composição.

Um smartphone pode conter até 62 tipos de metais diferentes: Alumínio (Al), Cobre (Cu), Prata (Ag), Ouro (Au), Níquel (Ni), Cobalto (Co), Ítrio (Y) e Titânio (Ti) são os mais comuns. Mas um grupo específico, lá na penúltima linha da Tabela Periódica é o que vem chamando atenção recentemente; são os "metais de terras raras”. Trata-se do grupo dos Lantanídeos, elementos usados em novos materiais que proporcionam alterações das características físicas, químicas ou mecânicas enormes mesmo quando usados em quantidades muito pequenas.

No interior do telefone, o Cobre (Cu), o Ouro (Au) e a Prata (Ag) são os três metais principais de toda microeletrônica embarcada. No microfone e também em algumas ligações elétricas, a gente encontra boa quantidade de Níquel (Ni). Já elementos como o Praseodímio (Pr), Neodímio (Nd) e o Gadolínio (Gd) são usados nos pequenos imãs dos alto-falantes. E, nossos aparelhos não seriam capaz de vibrar sem a adição do Disprósio (Dy) e do próprio Neodímio (Nd); outros dois metais terras raras…

O Silício (Si), que revolucionou a indústria eletrônica e microeletrônica a partir dos anos 70, ainda é o principal componente da maioria dos semicondutores e material básico para a produção de transistores para chips. Ele está lá, no processador do seu smartphone em abundância.

A tela do seu smartphone também só é sensível ao toque graças à química! Uma mistura de Óxido de Índio (In) e Óxido de Estanho (Sn) é utilizada em uma película transparente que conduz eletricidade; é assim que funciona. Muitas das milhares de cores vermelhas, azuis e verdes que a gente enxerga tão vívidas na tela dos smartphones são produzidas graças às pequenas quantidades de metais terras raras usados na tela dos dispositivos. Entre eles, podemos destacar o Lantânio (La), o Térbio (Tb), o Praseodímio (Pr), o Európio (Eu), o Disprósio (Dy) e o Gadolínio (Gd).

Cá entre nós, os nomes é que podiam ser melhorzinhos, não? rssss

Por último, a química mais próximas das nossas mãos está na carcaça dos aparelhos; na parte externa do smartphone. O grande desafio da indústria é descobrir materiais cada vez mais resistentes e ao mesmo tempo com menor espessura. Muitos smartphones têm acabamento em plástico; nesses casos, o Bromo (Br) e o Níquel (Ni) podem ser adicionados para reduzir interferências eletromagnéticas. Os de metal, normalmente apostam no Alumínio (Al).

FONTE: https://olhardigital.com.br/video/descubra-a-quimica-que-existe-dentro-do-seu-smartphone/59463

quarta-feira, 7 de março de 2018

17 sites de pesquisa acadêmica que poderão fazer você esquecer do Google (tradicional)

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imagem de https://bibliotecaucs.wordpress.com
por ALICE LAZZARI
O Google é o líder de pesquisas em todo o mundo, mas os seus resultados apresentam um problema: nem sempre a informação é confiável. O Google indexa uma infinidade de sites sem levar em conta a veracidade dos conteúdos e os resultados das buscas sofrem interferência da publicidade. É essencial estar atento e separar as informações relevantes na hora utilizar o mecanismo de busca para trabalhos acadêmicos.

Entretanto, há outros buscadores que apresentam conteúdos confiáveis e úteis para a sua pesquisa. Muitas bibliotecas disponibilizam a informação que você precisa sem qualquer tipo de interesse econômico. Há também uma infinidade de sites de busca acadêmica, bancos de dados científicos, portais científicos e publicações eletrônicas disponíveis livremente. Conheça algumas:

Scielo – Scientific Electronic Library Online. É uma biblioteca eletrônica que abrange uma coleção selecionada de periódicos científicos.

Dialnet – é uma das maiores bases de dados com conteúdos científicos nas línguas ibero-americanas e conta com vários recursos: artigos de revistas, revisões bibliográficas, livros, anais de congressos, teses de doutorado. O objetivo é integrar o maior número possível de conteúdos, fornecendo, na medida do possível, acesso a textos completos.

WorldWideScience – é um porta para a ciência global, composto por bases de dados nacionais e internacionais e portais científicos. É multilíngue e fornece em tempo real os resultados da pesquisa e a tradução do conteúdo.

Google Acadêmico – fornece de uma maneira simples acesso à conteúdos acadêmicos. É uma ferramenta de pesquisa do Google que permite pesquisar em trabalhos acadêmicos, literatura escolar, jornais de universidades e artigos variados.

Scholarpedia – é uma enciclopédia de acesso gratuito a textos revisados ​​e mantidos por especialistas acadêmicos de todo o mundo. Scholarpedia se inspira na Wikipédia e tem como objetivo fornecer um tratamento aprofundado aos conteúdos acadêmicos.

Academia.edu – é uma plataforma para que os acadêmicos possam compartilhar seus trabalhos de pesquisa. São mais de 33 milhões de acadêmicos inscritos, 10 milhões de artigos e aproximadamente 2 milhões de pesquisas adicionadas.

Springer Link – proporciona aos pesquisadores acesso a milhões de documentos científicos de revistas, livros, séries, protocolos e trabalhos de referência.

RefSeek – é um mecanismo de busca na web para estudantes e pesquisadores que visa tornar a informação acadêmica acessível a todos. RefSeek busca em milhões de documentos, incluindo páginas da web, livros, enciclopédias, revistas e jornais. Oferece aos estudantes uma ampla cobertura de assuntos sem sobrecarregar o mecanismo de busca, aumentando assim a visibilidade de informações acadêmicas, muitas vezes perdidas em links patrocinados e resultados comerciais.

CERN Document Server – acesso a artigos, relatórios e conteúdos multimídia sobre física de partículas.

Microsoft Academic – é um mecanismo de busca gratuito para publicações e conteúdos acadêmicos. A pesquisa é semântica, fornecendo resultados relevantes e atualizados.

JURN – é uma ferramenta de busca única para encontrar artigos acadêmicos e livros gratuitos. Oferece um ampla cobertura de revistas eletrônicas nas áreas de artes e humanidades e do mundo natural e ecologia. JURN aproveita ao máximo o Google, mas concentra sua pesquisa através de um índice desenvolvido e aperfeiçoado por seis anos pela equipe do site.

Ciencia.Science.gov – busca em mais de 60 bases de dados e em mais de 2.200 sites de 15 agências federais, oferecendo 200 milhões de páginas de informação científica dos Estados Unidos, incluindo resultados de pesquisa e desenvolvimento.

BASE – Bielefeld Academic Search Engine. É um dos buscadores com mais quantidade de informação do mundo, especialmente para recursos acadêmicos de acesso aberto, desenvolvido pela Biblioteca da Universidade de Bielefeld na Alemanha. BASE oferece mais de 80 milhões de documentos de mais de 4.000 fontes, com acesso a textos completos de aproximadamente 60-70% dos conteúdos indexados.

ERIC – disponibiliza recursos relacionados à educação atual para a pesquisa e a prática.

ScienceResearch.com – coloca à disposição do público a sua tecnologia capaz de pesquisar na “deep web” e fornecer resultados de qualidade, apresentando conteúdos de outros sites de pesquisa. Os resultados são obtidos nas 300 coleções de ciência e tecnologia, eliminando os conteúdos duplicados e mostrando por relevância as informações, conforme a pesquisa.

iSEEK Education – é um buscador específico que reúne diversos recursos de universidades, do governo e dos provedores não comerciais estabelecidos. Proporciona uma pesquisa inteligente e uma biblioteca pessoal baseada na web para ajudar a localizar rapidamente os resultados mais relevantes.

Directory of Open Access Journals (DOAJ) – é um é um diretório on-line com curadoria da comunidade que indexa e fornece acesso a revistas de alta qualidade, acesso aberto, revisadas por pares. O DOAJ é independente. Todo o financiamento é através de doações, 50% dos quais provêm de patrocinadores e 50% de membros e membros de editor. Todos os serviços do DOAJ são gratuitos, inclusive sendo indexados no DOAJ. Todos os dados estão disponíveis gratuitamente.
Obs.: adicionei mais um (DOAJ) ao texto original.
FONTE: https://bibliotecaucs.wordpress.com/2018/02/23/16-sites-de-pesquisa-academica-que-farao-voce-esquecer-do-google/

segunda-feira, 5 de março de 2018

IUPAC oficializa nomes e símbolos de novos elementos

Agora é oficial: tabela periódica tem novos elementos. Os nomes e símbolos dos elementos químicos propostos cinco meses atrás são aprovadas pela União Internacional de Química Pura e Aplicada
A tabela periódica está de cara nova com a confirmação dos nomes dos seus mais novos membros. Os quatro novos elementos descobertos no final do ano passado agora têm oficializados seus lugares e nomes na tabela periódica. A União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC, na sigla em inglês), entidade mundial em padronizações, terminologias e nomenclaturas em química, anunciou nesta sexta-feira que os nomes foram aprovados.
“Após um período de cinco meses de revisão pública, os nomes anteriormente propostos pelos descobridores foram aprovados pela Mesa da IUPAC”, anunciou a organização, já que os nomes dos elementos 113, 115, 117 e 118 foram propostos pelos seus descobridores e submetidos a revisão pela entidade e aprovados agora.
Os novos elementos adicionados à sétima fileira são: Nihonium, símbolo Nh, para o elemento de número atômico 113; Moscovium, símbolo Mc, para o elemento de número atômico 115; Tennessine, símbolo Ts, para o elemento de número atômico 117; e Oganesson, símbolo Og, para o elemento de número atômico 118.
Mantendo a tradição, os novos elementos químicos recentemente adicionados à tabela periódica receberam os seus nomes em função ou do lugar ou região onde foram descobertos ou em homenagem a algum cientista. Já conhecíamos esses elementos desde janeiro deste ano, mas só agora a IUPAC confirmou os nomes desses novos elementos.
Os nomes oficiais desses elementos, além da tradição de os nomear em razão do local ou do cientista, leva uma designação que mantém uma consistência histórica e química: a terminação -ium para os elementos 113 e 115 é a mesma para todos os novos elementos do grupo 1 a 16 (os de número atômico de 86 a 116). Já para o elemento 117, pertencente ao grupo 17, o sufixo do nome é o mesmo do grupo: -ine, e para o elemento de número atômico 118 o sufixo é -on, o mesmo que os demais do grupo 18 (exceção ao hélio, que na tabela periódica oficial tem o nome “helium”).
Histórico
Os elementos 113, 115, 117 e 118 tiveram suas descobertas anunciadas em 30 de dezembro do ano passado, em um comunicado da IUPAC. Eles receberam nomes provisórios na época de sua descoberta, os quais eram: elemento 113, Ununtrium, símbolo Uut; 115 Ununpentium, Uup; 117, Ununseptium, Uus; e 118 Ununoctiun, Uuo. A IUPAC, neste anúncio de dezembro passado, informou que equipes de pesquisadores dos EUA, do Japão e da Rússia cumpriram os critérios para provar a existência dos três elementos restantes, 115, 117 e 118, e será convidado a propor nomes e símbolos permanentes.
Esses quatro novos elementos não são encontrados na natureza: eles são elementos sintéticos que só podem ser produzidos em laboratório. Eles possuem existência curtíssima, em razão de suas decadências em questão de segundos, o que tornou a tarefa de se confirmar os novos elementos extremamente difícil, contudo isso já havia sido feito antes do anúncio oficial dos novos elementos químicos em dezembro de 2015.
“Por mais de sete anos, continuamos a procurar dados que identificassem conclusivamente o elemento 113, mas nunca vimos outro evento”, disse Kosuke Morita, da RIKEN, no Japão, na ocasião do anuncio da sua descoberta, sobre um dos quatro elementos recém confirmados. “Eu não estava preparado para desistir, no entanto, como eu acreditava que um dia, se perseverássemos, a sorte cairia sobre nós novamente.” À equipe de pesquisadores de Morita foi creditada com a descoberta confirmada do elemento 113, o que significa a ela foi dado o direito de nomeá-lo e escolher seu símbolo químico.
Kosuke Morita, who has led RIKEN group at the Riken institute, shows the 113 atomic element number at a news conference at the institute in Wako, Saitama Prefecture, on Dec. 31, 2015. Morita’s group has become the first element on the periodic table found in Asia. The Riken institute has been recognized by an international organization as the discoverer of the atomic element 113 and has been handed its naming right. ( The Yomiuri Shimbun via AP Images )
Kosuke Morita, líder do grupo RIKEN no Instituto Riken, mostra o elemento químico de número atômico 113 em uma coletiva de imprensa no instituto em Wako, prefeitura de Saitama, em 31 de dezembro de 2015. O grupo de Morita se tornou o primeiro a ter um elemento na tabela periódica encontrado na Ásia. O instituto de Riken foi reconhecido pela organização internacional como o descobridor do elemento atômico 113 e foi entregue seu direito de nomeação.

Segundo a organização, a recomendação era que os novos elementos pudessem ser nomeados de acordo com um conceito mitológico, um mineral, um lugar ou país, uma propriedade ou um cientista, e serão apresentados para revisão pública por cinco meses antes de uma decisão final sobre o novo nome oficial e símbolo escolhidos. Foi o que aconteceu.
Assim, as equipes de pesquisadores Russos, Americanos e Japoneses responsáveis pelas descobertas dos novos elementos ficaram com a tarefa de nomear suas respectivas descobertas. Em junho deste ano, a IUPAC anunciou os nomes propostos pelas equipes de pesquisadores e, a partir disso, suas sugestões foram oficialmente submetidas à revisão pela IUPAC. Agora que esses nomes estão de acordo com as estipulações da IUPAC eles foram aprovados, e a etapa final foi concluída para a transição para uma Tabela Periódica atualizada.
Pensando em conhecer melhor nossos novos companheiros, vamos entender seus nomes. O nome nihonium, do elemento 113, é derivado de “Nihon”, uma palavra japonesa para Japão, nome escolhido pelo time de pesquisadores de Morita. Um artigo científico com a descoberta japonesa foi publicado no Journal of the Physical Society of Japan.
No paper, os pesquisadores da organização japonesa de pesquisa RIKEN descrevem como, em 2003, começaram a bombardear uma fina camada de bismuto com íons de zinco viajando a cerca de 10% da velocidade da luz e a reação produz um átomo de um elemento de número atômico 113. Em 2004 e 2005, a equipe viu sinais de dubnium-262 (elemento 105), que se acredita ser o produto de decaimento do elemento 113, mas isso não foi evidência suficiente para provar a sua existência.
Foi então que o grupo de pesquisadores realizou uma nova experiência, na qual “um feixe de sódio colidiu com um alvo de cúrio (elemento químico de símbolo Cm e número atômico 96), criando boro-266 e seu núcleo filho, dubnium-262 “, explicaram em um comunicado à imprensa. “Com esta demonstração, os fundamentos para uma reivindicação mais forte foram estabelecidos. Eles só precisavam esperar para ver um átomo decaindo através da cadeia alfa em vez de uma fissão espontânea”.
Foi preciso esperar até 2012 para que a equipe conseguisse isso, e levou quase quatro anos para que a IUPAC percorresse a literatura científica e confirmasse que as provas reunidas pelos pesquisadores atendiam os seus critérios para a descoberta de novos elementos.
“Agora que temos conclusivamente demonstrado a existência do elemento 113”, disse Morita no comunicado do Instituto RIKEN anunciando a descoberta em 2015, “nós estamos planejando olhar para o território inexplorado do elemento 119 e, além disso, objetivamos examinar as propriedades químicas dos elementos das sétima e oitava fileiras da tabela periódica, e algum dia descobrir a Ilha da Estabilidade”.
E o novo morador da casa 115 é o moscovium, com o símbolo Mc, que teve seu nome proposto pelos seus descobridores no Instituto Conjunto de Pesquisa Nuclear, Dubna (Rússia). “Moscovium é em reconhecimento à região de Moscou e honra a antiga terra russa que é o lar do Instituto Conjunto de Pesquisa Nuclear, onde os experimentos de descoberta foram conduzidos usando o Dubna Gas-Filled Recoil Separator em combinação com as aptidões do acelerador de íon pesado do Flerov Laboratório de Reações Nucleares”, explicou a IUPAC.
Já o tennessine, com o símbolo Ts para o elemento 117, foi descoberto e nomeado por pesquisadores estadunidenses. “Tennessine é um reconhecimento da contribuição da região do Tennessee, nos Estados Unidos, incluindo a do Laboratório Nacional Oak Ridge, Universidade de Vanderbilt, e da Universidade do Tennessee em Knoxville”, disse o comunicado da prestigiada organização mundial em química. “Os nomes estão de acordo com a tradição de honrar um lugar ou uma região geográfica”.
O estado do Tennessee é reconhecido por sua pesquisa pioneira em química, e marca o segundo estado dos EUA a ser honrado na tabela periódica. O primeiro foi a Califórnia, referenciada pelo Califórnio (elemento 98), descoberto em 1950 por uma equipe de pesquisadores estadunidense na Universidade da Califórnia, Berkeley, bombardeando o elemento cúrio com partículas alfa.
Por último, também como recém-chegado à tabela periódica, temos oganesson, cujo o símbolo é Og, para o elemento 118. Seguindo a tradição de homenagear um cientista, o nome foi proposto pelas equipes colaboradoras de descobridores no Instituto Conjunto de Pesquisa Nuclear, Dubna, na Rússia e no Laboratório Nacional Lawrence Livermore, nos EUA.  O nome homenageia e reconhece o trabalho do professor Yuri Oganessian (nascido em 1933) por suas contribuições pioneiras à pesquisa dos elementos transactinóides. “Por suas muitas realizações que incluem a descoberta de elementos superpesados e avanços significativos na física nuclear de núcleos superpesados, incluindo evidências experimentais para a ‘ilha da estabilidade’”, informou a nota da IUPAC.
Referências:
[1] P.J. Karol, R.C. Barber, B.M. Sherrill, E. Vardaci, T. Yamazaki, Pure Appl. Chem. 88 (2016) 139; http://dx.doi.org/10.1515/pac-2015-0502
[2] P.J. Karol, R. C. Barber, B. M. Sherrill, E. Vardaci, T. Yamazaki, Pure Appl. Chem. 88 (2016) 155; http://dx.doi.org/10.1515/pac-2015-0501
[3] W.H. Koppenol, J. Corish, J. Garcia-Martinez, J. Meija, J. Reedijk, Pure Appl. Chem. 88 (2016) 401; http://dx.doi.org/10.1515/pac-2015-0802
[4] The IUPAC Periodic Table of the Elements and Isotopes: https://iupac.org/what-we-do/periodic-table-of-elements/


Fonte: http://socientifica.com.br/2016/12/iupac-oficializa-nomes-e-simbolos-de-novos-elementos/

sábado, 3 de março de 2018

Substância (e aqui mais Grafeno) feita de óleo usado transforma esgoto em água potável

Óleo de soja é utilizado para produzir grafeno, material mais fino, leve e resistente que existe
Novo material promete transformar esgoto em água potável. (Foto: Creative Commons / Rafael_Neddermeyer)
NOVO MATERIAL PROMETE TRANSFORMAR ESGOTO EM ÁGUA POTÁVEL. (FOTO: CREATIVE COMMONS / RAFAEL_NEDDERMEYER)

O grafeno é o material mais forte, leve e fino que existe. Assim como o grafite e o diamante, é composto de átomos de carbono, com a diferença que sua estrutura molecular em formato hexagonal extremamente adensadas forma uma folha com a grossura de apenas um átomo, o que lhe garante características tão especiais. Para ter uma ideia, 3 milhões de camadas de grafeno empilhadas atingem uma altura de apenas 1 milímetro.

Por ser relativamente novo - definido na literatura química somente em 1994 - , seu uso ainda não foi popularizado comercialmente. Por também apresentar uma excelente condutividade elétrica, muito melhor que a do silício, é mais utilizado em painéis solares, supercomputadores, baterias e sensores eletrônicos.



Mas, com tamanha resistência, diversos estudos visam a aplicação do material nos mais diversos objetos, que vão de camisinhas a raquetes de tênis. Mas há um problema: fabricar o grafeno costuma ser extremamente caro. Sua produção envolve ambientes altamente controlados, com gases explosivos comprimidos, o que requer longas horas de operação em altas temperaturas e extensivo processamento a vácuo.

Pesquisadores da CSIRO, o órgão nacional para pesquisa científica da Austrália, descobriram uma forma mais fácil e barata de produzir o material. Batizado de “graphair”, a técnica utiliza a óleo de soja que, aquecido, tem suas moléculas quebradas em uma gama de estruturas de carbono essenciais para a síntese de grafeno.

Além de utilizar matéria prima natural renovável, a técnica desenvolvida não depende de um ambiente tão controlado, podendo ser produzido exposto ao ar, ao contrário do vácuo da outra técnica. De acordo com o pesquisador Dong Han Seo, até o óleo de cozinha usado, aquele mesmo que fritou seu almoço, pode ser transformado em folhas de grafeno. “Nós podemos agora reciclar restos de óleo que seriam descartados e transformar em algo útil”, conta.

Com o inovador produto pronto, resolveram testar suas aplicações. Em parceria com pesquisadores da Universidade de Sydney e de Victoria, revestiram filtros tradicionais de água com uma camada do grafeno, e decidiram testar com a poluída Baía de Sydney.

Em filtros tradicionais, produtos químicos e óleos que contaminam a água criam uma espécie de camada, que impede a filtragem. Assim, precisam ser removidos antes de seguir para a retirada dos demais poluentes. Com propriedade hidrorepelente, porém, a ação filtrante funcionou normalmente mesmo com esses elementos na água.

Isso porque a fina camada do graphair contém microscópicos nano-canais, que permitem que a água passe, mas os poluentes, com moléculas maiores, não. Assim, o filtro chega a remover 99% dos contaminantes da água. “Essa tecnologia pode criar água limpa, independente de quão suja esteja, em apenas um passo”, disse Seo.

FONTE: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2018/02/substancia-feita-de-oleo-usado-transforma-esgoto-em-agua-potavel.html