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Neodímio, Ítrio, Disprósio… nomes bastante estranhos que, acredite, estão diariamente aí, na palma das suas mãos - mais precisamente, no seu smartphone. Quer saber o que química tem a ver com tecnologia? Tudo! Talvez o Lítio e o Silício sejam os elementos mais conhecidos de nós, leigos em química. Mas a grande surpresa é que, ao olhar para uma tabela periódica como esta, dos 83 elementos não radioativos, pelo menos 70 deles podem ser encontrados em diferentes modelos de smartphones. Isso mesmo, 84% dos elementos estáveis.
De toda química envolvida, a principal reação está nas baterias. Atualmente, os smartphones usam baterias de íons de Lítio (Li) - compostas por Óxido de Cobalto (Co) e Lítio (Li) como pólo positivo e o Carbono (C) em forma de grafite como eletrodo negativo. A parte externa é geralmente de Alumínio (Al). Mas baterias mais modernas usam também outros metais em suas composição.
Um smartphone pode conter até 62 tipos de metais diferentes: Alumínio (Al), Cobre (Cu), Prata (Ag), Ouro (Au), Níquel (Ni), Cobalto (Co), Ítrio (Y) e Titânio (Ti) são os mais comuns. Mas um grupo específico, lá na penúltima linha da Tabela Periódica é o que vem chamando atenção recentemente; são os "metais de terras raras”. Trata-se do grupo dos Lantanídeos, elementos usados em novos materiais que proporcionam alterações das características físicas, químicas ou mecânicas enormes mesmo quando usados em quantidades muito pequenas.
No interior do telefone, o Cobre (Cu), o Ouro (Au) e a Prata (Ag) são os três metais principais de toda microeletrônica embarcada. No microfone e também em algumas ligações elétricas, a gente encontra boa quantidade de Níquel (Ni). Já elementos como o Praseodímio (Pr), Neodímio (Nd) e o Gadolínio (Gd) são usados nos pequenos imãs dos alto-falantes. E, nossos aparelhos não seriam capaz de vibrar sem a adição do Disprósio (Dy) e do próprio Neodímio (Nd); outros dois metais terras raras…
O Silício (Si), que revolucionou a indústria eletrônica e microeletrônica a partir dos anos 70, ainda é o principal componente da maioria dos semicondutores e material básico para a produção de transistores para chips. Ele está lá, no processador do seu smartphone em abundância.
A tela do seu smartphone também só é sensível ao toque graças à química! Uma mistura de Óxido de Índio (In) e Óxido de Estanho (Sn) é utilizada em uma película transparente que conduz eletricidade; é assim que funciona. Muitas das milhares de cores vermelhas, azuis e verdes que a gente enxerga tão vívidas na tela dos smartphones são produzidas graças às pequenas quantidades de metais terras raras usados na tela dos dispositivos. Entre eles, podemos destacar o Lantânio (La), o Térbio (Tb), o Praseodímio (Pr), o Európio (Eu), o Disprósio (Dy) e o Gadolínio (Gd).
Cá entre nós, os nomes é que podiam ser melhorzinhos, não? rssss
Por último, a química mais próximas das nossas mãos está na carcaça dos aparelhos; na parte externa do smartphone. O grande desafio da indústria é descobrir materiais cada vez mais resistentes e ao mesmo tempo com menor espessura. Muitos smartphones têm acabamento em plástico; nesses casos, o Bromo (Br) e o Níquel (Ni) podem ser adicionados para reduzir interferências eletromagnéticas. Os de metal, normalmente apostam no Alumínio (Al).
FONTE: https://olhardigital.com.br/video/descubra-a-quimica-que-existe-dentro-do-seu-smartphone/59463
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