Bjux no coração!
quarta-feira, 25 de dezembro de 2019
domingo, 15 de dezembro de 2019
Quimica e a energia solar fotovoltaica
Toda célula solar apresenta um aspecto escuro |
Temos acompanhado nos últimos anos uma grande dificuldade na geração de energia, como a elétrica e os combustíveis, em virtude de fatores relacionados com a infraestrutura e o clima. Um exemplo disso é a redução do volume chuvoso vivido por algumas regiões do Brasil, o que diminui o volume de água necessário para que a usina hidrelétrica consiga produzir energia elétrica.
Nesse contexto, muitos cientistas e empreendedores viram na energia solar uma solução para o problema energético. Assim, algumas formas de aproveitamento da energia solar para a produção de energia foram e estão sendo desenvolvidas.
De uma forma geral, a energia solar pode ser aproveitada para a produção das seguintes formas de energia:
- Elétrica (a energia solar pode ser transformada em energia elétrica);
- Biomassa (a energia solar pode ser utilizada para o desenvolvimento de plantas que são matéria-prima de combustíveis, como é o caso do etanol);
- Térmica (a energia solar pode promover o aquecimento da água em residências, hotéis etc.).
A quantidade de energia solar que chega à Terra é colossal. O grande entrave, no entanto, é a forma de captar essa energia. Como ela chega de forma dispersa, são necessários grandes equipamentos para obtê-la de forma eficiente.
Um exemplo de captação da energia solar, por meio da sua transformação em energia elétrica, são as chamadas células fotovoltaicas ou células solares. Trata-se de dispositivos que apresentam o silício dopado (misturado a fósforo ou boro, por exemplo) como material base e uma camada escura fundamental para evitar a reflexão da luz e promover uma maior absorção de energia.
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Que processo químico acontece nas placas solares para gerar energia?
O principal componente das placas solares são células de silício. A geração de energia acontece quando os fótons da radiação solar entram em contato com os átomos de silício, provocando a emissão de elétrons, que são as partículas que formam uma corrente elétrica.
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A energia produzida dessa forma é chamada de fotovoltaica, que é de onde vem o nome técnico das placas solares: placas fotovoltaicas.
Quando a célula solar recebe luz, ela a absorve, e os elétrons dos seus componentes excitam-se e passam a se movimentar, gerando, assim, uma corrente de elétrons, que nada mais é do que energia elétrica. É importante que a célula solar esteja conectada a baterias que armazenem a energia produzida.
Vantagens da Energia Solar
- Incidência de energia solar o ano todo, de acordo com o local;
- Baixo custo de manutenção das células solares;
- É uma fonte de energia 100% limpa;
- A energia elétrica produzida pode ser armazenada;
- Não é necessário o uso de linhas de transmissão. Assim, não há perda de energia durante o trajeto, por exemplo;
- As células são muito resistentes.
Desvantagens da Energia Solar
- A quantidade de energia produzida pode variar de acordo com as condições climáticas;
- Durante a noite, a produção é zero;
- Países de inverno longo apresentam uma menor incidência de energia solar;
- O armazenamento da energia produzida ainda é ineficiente;
- O custo dos painéis solares ainda é muito elevado;
- O rendimento de um painel solar, no que se refere à produção de energia elétrica, gira em torno de 16% a 28%;
- Alto custo de investimento inicial.
segunda-feira, 9 de dezembro de 2019
A importância da Química para o meio ambiente
Imagem de Meio Ambiente - Cultura Mix |
As pesquisas no campo da Química são
fundamentais para a solução das grandes questões globais, como a demanda
energética ou as mudanças climáticas. Delas estão surgindo materiais que
permitem a exploração de novas formas de energia, com maior eficiência energética,
reações que geram menor volume de efluentes, novos materiais que permitem maior
eficiência em todos os setores industriais, além de outros benefícios.
“Sem o trabalho do químico –
obviamente que também são necessários os conhecimentos dos outros campos da
ciência –, a sociedade não teria as tecnologias ambientais e as energias
renováveis que tem hoje”, destaca o cientista César Zucco, presidente da
Sociedade Brasileira de Química (SBQ) e diretor científico da Fundação de
Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).
Ele cita como exemplo uma pesquisa
inédita realizada nos Estados Unidos, a qual vai possibilitar a geração de
combustíveis líquidos, parecidos com os derivados do petróleo, a partir do gás
carbônico gerado em processos industriais. O estudo está na fase transição da
pesquisa para a de desenvolvimento do produto. Serão necessários mais
alguns anos para que o projeto-piloto se transforme em processo de escala
comercial.
Em linhas gerais, a ideia é aquecer o
dióxido de carbono, o gás carbônico, com energia
solar estocada em um reator (a temperaturas que podem chegar até 1300oC) para formar o monóxido de carbono, o CO, que é
uma molécula muito energética, que pode combinar-se com outras possibilitando
gerar uma variedade de combustíveis. A formação do CO, dessa forma, combinada
com a produção de combustíveis líquidos, é um excelente processo de
armazenamento de energia.
No Brasil, várias linhas de pesquisa
estão sendo conduzidas na busca de soluções para as questões ambientais, como:
Reciclagem: Reações
químicas controladas que permitem que matérias-primas sejam recuperadas para
nova utilização.
Reciclagem energética: Reações
químicas que geram energia a partir da combustão de alguns materiais
(resíduos).
Painéis fotovoltaicos: Tornaram-se
possíveis a partir do desenvolvimento de um polímero que transforma a luz do
sol em energia elétrica.
Nanotecnologia: Novos
materiais com maior eficiência.
A indústria química e o meio ambiente
A indústria química tem contribuído
para a preservação do meio ambiente por meio da diminuição dos impactos
ambientais e do aumento de eficiência em seus produtos e processos. No Brasil,
as empresas associadas à Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim),
adotam o Programa de Atuação Responsável® como código de ética industrial. Pelo
programa, estão previstas avaliações ambientais constantes e a prática da
melhoria contínua. “A indústria química tem investido em busca de eficiência
ambiental em seus processos e produtos“, afirma Fernando Figueiredo,
presidente-executivo da Abiquim. Os indicadores ambientais estão disponíveis
em http://www.abiquim.org.br/atuacaoresponsavel/.
Ganhos ambientais da indústria química
no Brasil, entre 2001 e 2009:
GERAÇÃO DE RESÍDUOS
2001
10,05 kg/tonelada de produto
2009
8,97
ÁGUA CAPTADA
2001
6,45 m3/tonelada de produto
2009
4,40
EFLUENTE LANÇADO
2001
6,29 m3/tonelada de produto
2009
2,52
RECICLO DE EFLUENTES
2001
3,7%
2009
34,1%
CONSUMO DE ENERGIA
2001
420kwh/tonelada de produto
2009
363
CONSUMO DE ÓLEO COMBUSTÍVEL E CARVÃO
2001
52,51 kg/tonelada de produto
2009
21.19
INTENSIDADE DE EMISSÃO DE CO2 EQUIVALENTE
2001
580 kg/CO2e/tonelada de produto
2009
312
Sobre o AIQ: Realizado no Brasil
pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), pela Sociedade
Brasileira de Química (SBQ), pelo sistema Conselho Federal de Química/Conselhos
Regionais de Química (CFQ e CRQs), e pelo Instituto de Química da USP, o Ano
Internacional da Química (AIQ) teve como responsáveis pela coordenação
internacional de suas atividades a Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e a União Internacional de Química
Pura e Aplicada (IUPAC). As instituições e os órgãos públicos que apoiaram a
iniciativa são: Ministério de Ciência e Tecnologia, Ministério da Educação,
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e
Sindicato dos Químicos, Químicos Industriais e Engenheiros Químicos do Estado
de São Paulo (Sinquisp). O AIQ conta com o patrocínio das empresas BASF, Bayer,
Braskem, Clariant, Dow, Elekeiroz, Evonik, Innova, LANXESS, Oxiteno, Rhodia,
Solvay, Unigel e White Martins. Mais informações no site oficial do evento
em http://quimica2011.org.br.
sábado, 7 de dezembro de 2019
Desenvolvedores da bateria de íons de lítio vencem Nobel de Química
Entre os vencedores, John Goodenough, de 97 anos, se tornou a pessoa mais velha a ganhar o Nobel
Imagem de exame.abril.com.br/ciencia |
Os cientistas John Goodenough, Stanley Whittingham e Akira Yoshino ganharam nesta quarta-feira o prêmio Nobel de Química pelo desenvolvimento de baterias de íons de lítio, uma importante tecnologia para reduzir o uso de combustíveis fósseis.
Aos 97 anos, o norte-americano Goodenough se tornou o ganhador mais velho a receber um Nobel.
“Essa bateria recarregável levou à fundação de dispositivos eletrônicos sem fio, como celulares e notebooks”, informou a Academia Real das Ciências da Suécia em um comunicado sobre o prêmio de 906 mil dólares.
“(A bateria) também tornou possível um mundo livre de combustíveis fósseis, já que é utilizada para tudo, de carregar carros elétricos a armazenar energia de fontes renováveis”.
Whittingham desenvolveu a primeira bateria de lítio funcional no início da década de 1970. Goodenough duplicou o potencial da bateria na década seguinte e Yoshino eliminou o lítio puro da bateria, elevando a segurança do dispositivo.
Contribuições para a ciência, a paz e a literatura são reconhecidas desde 1901 pelo prêmio Nobel, instituído pelo testamento do cientista e empresário sueco Alfred Nobel, inventor da dinamite.
Os ganhadores do Nobel de Medicina e de Física foram anunciados no início desta semana. Os laureados de literatura, paz e economia serão divulgados nos próximos dias.
terça-feira, 3 de dezembro de 2019
Cientistas confirmam um novo estado da matéria: os cristais do tempo
imagem de noticias.uol.com.br Os diamantes (foto) têm a estrutura normal de cristais, diferente dos cristais do tempo |
Pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, conseguiram fazer um modelo para reproduzir um novo tipo de matéria, os chamados cristais do tempo. A existência desse novo estado foi proposta pelo Nobel de Física de 2012, Frank Wilczek. A ideia do cientista causou muito debate no meio científico e agora foi reafirmada com o modelo no artigo publicado no Physical Review Letters. Com base no modelo, duas equipes independentes, uma da Universidade de Maryland e uma da Universidade de Harvard, criaram seus próprios cristais do tempo. Quando esses estudos forem avaliados e publicados, podemos ter a prova final de que os cristais do tempo existem. "É um novo estado da matéria. Também é muito legal porque é um dos primeiro exemplos de matéria de não-equilíbrio", diz Norman Yao, coordenador da pesquisa da Universidade da Califórnia e participante dos grupos de pesquisa das outras universidades.
Como é?
Teoricamente, quando um material está no estado de gasto zero energia, é impossível haver movimento. Mas Wilczek previu que no caso dos cristais do tempo isso seria diferente. Os cristais normais têm uma estrutura atômica que se repete no espaço –como a estrutura de carbono de um diamante. Um rubi ou um diamante não se movem porque estão em equilíbrio quando estão parados, em seu estado zero. Já os cristais do tempo têm uma estrutura que se repete tanto no espaço quanto no tempo. Eles seriam como uma gelatina. Quando você toca, ela treme. Só que nesse caso, ela não precisaria ser tocada para ficar tremendo. O estado de zero gasto de energia desse cristal é justamente ficar se movendo. Assim, os cristais do tempo são uma nova forma de matéria, a matéria do não-equilíbrio, pois ela não consegue ficar parada. "No último meio século, exploramos a matéria do equilíbrio, como metais e isolantes. Agora começamos a explorar uma paisagem totalmente nova da matéria do não-equilíbrio", conclui Yao. A existência deles pode trazer novos entendimentos sobre o mundo ao nosso redor e também de novas tecnologias como computação quântica.
Veja mais aqui: http://www.astropt.org/2017/02/03/cristais-de-tempo-confirmada-uma-nova-forma-de-materia/
FONTE: https://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2017/01/31/cientistas-confirmam-um-novo-estado-da-materia-os-cristais-do-tempo.htm
quinta-feira, 28 de novembro de 2019
Há mais relações entre a química e o futebol nas Copas/Campeonatos do que você imagina
A ligação que existe entre a química e o futebol é forte, mas invisível. Onde se vê um campo, uma bola e diversos jogadores, há na verdade inúmeras substâncias químicas em ação. Nesta semana do dia do químico e em período de Copa do Mundo, o Time do Tas mostra a relação dessa ciência da natureza com o esporte mais popular do país.
imagem de www.torcedores.com |
Algumas estimativas afirmam que cerca de 7 octilhões de átomos formam o corpo humano. Octilhões, uma palavra até difícil de ser lida, não é verdade? Em numeral, isso seria expressado assim: 7.000.000.000.000.000.000.000.000.000. Ora, se existe tudo isso dentro do corpo humano, imagina só o que podemos encontrar de química em um campo de futebol!
A química, como ciência que estuda a composição da matéria, está presente em praticamente toda uma partida de futebol. Não só lá, é verdade, mas em todo o nosso dia-a-dia. A presença de átomos, moléculas e substâncias químicas é muito certa, mas difícil de ser observada.
De fato, é um trabalho árduo estudar quais substâncias existem numa bola, nas chuteiras de um jogador ou mesmo na tinta que muitos torcedores usam nas arquibancadas dos estádios. Mas existem muitos profissionais que trabalham nessa área. Eles são muito úteis para o futebol, uma vez que podem desenvolver novas tecnologias que melhoram a prática do esporte.
“Química Futebol Clube”
Desde a composição dos materiais esportivos, passando pela saúde de atletas e torcedores, e chegando ao doping. Em tudo isso, a química está presente. Para ilustrar melhor, o Time do Tas apresenta alguns elementos do futebol que contém a química. Essa lista foi feita com a ajuda do professor do Instituto Federal da Bahia (IFBA), Marcos Bahia.
A bola
Nos primórdios do futebol, a bola era feita de couro de boi, um material extremamente pesado. Hoje, a bola é composta por uma série de polímeros, que são macromoléculas formadas pela união de substâncias menores. Um dos polímeros mais usados é o policloreto de vinila, mais conhecido como PVC, um produto muito encontrado nos canos da rede hidráulica das nossas casas.
Reação de polimerização do PVC |
A rede
Aqui há um outro polímero, o nylon, que na verdade é o nome genérico das poliamidas. Esse é um polímero bastante resistente, o que permite que a rede não fure quando os jogadores fazem um gol (a menos quando o chute seja muito forte, é claro).
Reação de Polimerização do Nylon |
As chuteiras
Para manter seguro os pés dos nossos atletas, as chuteiras são feitas de outro polímero, o prolipropileno. Essa substância de nome difícil é encontrado no TNT, nas cadeiras plásticas e nos brinquedos. Há também nas travas das chuteiras a presença do eslatômero, outro polímero popularmente conhecido como borracha sintética. Ela é usada por conseguir suportar grandes deformações e, assim, não romper facilmente.
Estrutura do Polipropileno |
A tinta
As tintas usadas para pintar o rosto dos torcedores possui pigmentos que são compostos químicos. Um exemplo famoso de pigmento é o dióxido de titânio (TiO2), que é muito utilizado como pigmento branco.
A adrenalina
“A química está presente até quando o torcedor está emocionado numa partida de futebol. Ali é produzido a adrenalina, um conhecido hormônio que também é um composto químico”, concluiu o professor Marcos Bahia.
Esse hormônio adrenalina, quando produzido em grande quantidade, pode deixar o nosso coração bem acelerado. Isso acontece, pois “o coração funciona através de estímulos que são gerados pela liberação de hormônios, como a adrenalina”, explica o médico Luis Alfredo Gómez, que possui experiência com medicina esportiva e trabalha no Hospital Português, em Salvador.
Estrutura da Adrenalina |
Ele explica ainda que esse “coração acelerado” pode ser perigoso para alguns torcedores. “Para uma pessoa que tem hábitos saudáveis, isso não faz mal. Mas para alguém que não possui bons hábitos e ainda tem predisposição para doenças cardiovasculares, o estresse causado numa partida de futebol pode ser fatal”, explica o doutor.
Um outro aspecto muito importante no qual podemos encontrar a química é na questão do doping. Muitos atletas se utilizam de substâncias químicas proibidas que podem ajuda-los a melhorar o seu desempenho numa competição. Essas substâncias estão presentes em alguns remédios que utilizamos no nosso dia-a-dia.
Um exemplo clássico de substância química que causa o doping é o isometepteno, que age como estimulante no corpo humano. “O estimulante age para aumentar a concentração do atleta, diminuir o stress e a ansiedade”, explica o doutor Luís.
Estrutura do isometepteno |
No caso do isometepteno, ele pode ser encontrado na neosaldina, um popular remédio para dor de cabeça que, portanto, não pode ser ingerido por atletas. É função do jogador verificar se os remédios que ele usa possui ou não substâncias proibidas. Essa falta de atenção faz com que muitos esportistas sejam pegos no exame antidoping.
FONTE https://www.torcedores.com/noticias/2018/06/relacoes-entre-quimica-e-futebol
domingo, 24 de novembro de 2019
A química no futebol... como assim???
imagem de www.petquimica.ufc.b |
É notável que em qualquer esporte teremos muito da física e da química envolvidas, tanto nos uniformes e acessórios utilizados, quanto no ato do esporte em si. No futebol não é diferente, a química é utilizada de várias formas de modo a promover os melhores aspectos possíveis para o jogo. Por exemplo, as bolas que são feitas por polímeros diferem das bolas mais antigas onde se utilizava o couro de boi, sendo pesada e não adaptável para o futebol moderno, as bolas mais modernas são feitas de poliuretano com camadas de poliestireno. Outro polímero muito utilizado nos acessórios futebolísticos é a poliamida, geralmente chamada por nylon, sendo este muito resistente, perfeitamente adaptada para a confecção das redes permitindo que estas não rasguem com o atrito da bola.
A química também possui relação direta com as chuteiras, que são feitas com polipropileno um dos polímeros mais presentes no nosso cotidiano, seja em brinquedos, seja em cadeiras plásticas. Além disso, nas travas da chuteira temos também elastômero, conhecido como borracha sintética, podendo suportar a grandes deformações, há também resinas de poliuretano presentes em chuteiras.
Fertilizantes também são utilizados para manter o gramado nas condições ideais para o jogo, dentre os quais, os fertilizantes com composição de Cloreto de Potássio e Sulfato de Amônio garantem que a bola percorra o campo de forma uniforme e possa quicar de forma igual.
As tintas utilizadas pelos torcedores nas arquibancadas também possuem muito da química envolvida, já que sua composição pode ser de várias substâncias químicas, como o Dióxido de Titânio (TiO2), constituindo tintas não solúveis em água, outros acessórios de uso dos torcedores são as cornetas que são feitas de polietileno e tambores feitos de poliéster.
Vídeo de https://www.torcedores.com/ e Youtube
O Time do Tas foi buscar informações sobre a presença da química no futebol. Para isso, conversamos com um professor e com um médico. Os dois deixam claro que elementos estão presentes de forma natural, das arquibancadas até dentro de campo. Eles mostram que a relação entre química e futebol é muito mais marcante do que você imagina.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Química no Futebol Disponível em: <https://13moleculasapular.wordpress.com/2014/03/24/quimica-no-futebol/>. Acesso em 14 de junho de 2019.
Relações Entre Química e Futebol Disponível em: <https://www.torcedores.com/noticias/2018/06/relacoes-entre-quimica-e-futebol>. Acesso em 14 de junho de 2019.
FONTEs
http://www.petquimica.ufc.br/a-quimica-no-futebol/ e https://www.torcedores.com/noticias/2018/06/quimica-no-futebol-conheca-os-elementos-envolvidos-numa-partida-de-futebol
quinta-feira, 21 de novembro de 2019
Experimentos legais: Determinação do teor de etanol na gasolina
Hoje temos um experimento bem legal de determinação de quantidade de etanol na gasolina... vamos lá!!
Bolsista PIBID IFG Uruaçu : Marielle Toledo SilvaFigura 1: Provetas com amostras de gasolina e álcool. |
MATERIAIS:
· Proveta de 100 ml com tampa de vidro.
· 80 ml de gasolina.
· Solução aquosa de cloreto de sódio.
PROCEDIMENTO:
1. Coloque 50 ml de gasolina (C8H18) em uma proveta de 100ml (ou copo milimétrico).
2. Acrescente solução aquosa de cloreto de sódio NaCl (aq) até que o volume de liquido na proveta totalize 100ml.
3. Verifique a fase em que se encontra a água e a gasolina, anote o volume de cada uma delas.
4.Tampe a proveta e agite seu conteúdo várias vezes.
5. Leia na proveta o volume da fase aquosa e anote o valor.
Explicando o procedimento
Ao misturar a gasolina (apolar) com a solução aquosa (polar), você perceberá que elas não se misturam, devido à água ser possuir características químicas diferentes: uma é polar e outra é apolar!
A porcentagem de etanol (C2H6O) permitida na gasolina é 27%, mas alguns postos burlam essa quantidade para tornar o combustível mais barato, o que pode gerar prejuízos para o consumidor.
Após agitar para saber se a porcentagem está correta é necessário tomar como base a quantidade de água final e fazer uma regrinha de três.
Por exemplo, se a água atingiu 62,5 ml vamos subtrair de 50 ml (o valor inicial):
50 --- 12,5
100 --- X
X = 25%
Se 50% equivale a 12,5%, então 100% desta amostra equivale a X, obtemos o resultado 25% que nos indica que o posto que forneceu a amostra esta dento da norma da agência nacional de petróleo (ANP).
O etanol e a água se misturam porque em sua molécula há uma parte hidrofílica (têm afinidade por água), que se liga a ela através de pontes de hidrogênio, interações que a definem como polar. Já com a gasolina, o etanol se mistura por haver uma parte hidrofóbica (não tem afinidade por água), que é apolar possibilitando que os dois líquidos se misturem. Você pode conferir na Figura 2 onde estão expostas as estruturas moleculares de ambas.
Figura 2. Estruturas do etanol, da água e da gasolina. |
Não inalar a gasolina, pois esta é formada por substâncias tóxicas.
REFERÊNCIAS
ANTUNES, Murilo Tissoni. Química 1. 2 ed. São Paulo: Edições SM, 2013.
LISBOA, Julio Cezar Foschini (org.). Química. São Paulo: Edições SM, 2010.
THENORIO, Iberê. Manual do mundo. Disponível em: <http://www.manualdomundo.com.br/2013/11/como-fazer-o-teste-da-gasolina/> acessado em 20/01/2016.
FONTE http://quipibid.blogspot.com/2017/01/determinacao-do-teor-de-etanol-na.html
domingo, 17 de novembro de 2019
Demanda global leva a corrida pelo lítio, o petróleo do futuro
Brasil deve virar um dos maiores produtores de mineral usado em baterias
Teste para exploração de minérios de espodumênio, de onde se extrai o lítio - Folhapress |
O cenário internacional favorável e as recentes descobertas de lítio no país provocaram uma corrida por reservas do mineral, matéria-prima para a fabricação de baterias elétricas.
Dois projetos já em curso elevarão o Brasil ao status de um dos maiores produtores mundiais na próxima década.
Até o início deste mês, de acordo com dados da ANM (Agência Nacional de Mineração), o número de requerimentos de pesquisa do minério chegava a 117, mais que o triplo do ano anterior e quase dez vezes o registrado em 2016.
O processo vem gerando grande expectativa no Vale do Jequitinhonha, norte de Minas, uma das regiões mais pobres do país, mas com grande potencial para descobertas.
Na microrregião de Araçuaí, a 600 quilômetros de Belo Horizonte, foram 46 novos requerimentos de pesquisa nos últimos dois anos, na esteira de descobertas realizadas pela mineradora Sigma e de um trabalho de exploração da estatal CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais).
Depósito de litio en el Valle de Jequitinhonha - Folhapress |
No trabalho, a CPRM descreveu 45 corpos rochosos com minerais de lítio, 20 deles inéditos. “A região tem potencial para se tornar uma grande produtora”, diz Vinícius Paes, um dos autores do projeto de pesquisa na região. A partir do início de 2018, houve crescimento também pela procura de áreas no Nordeste, principalmente no Rio Grande do Norte, na Paraíba, em Pernambuco e na Bahia. Chamado de “petróleo do futuro”, pelo potencial de substituição do motor a combustão, o lítio experimenta grande valorização no mercado internacional.
O preço disparou nos últimos anos, diante de planos para reduzir as emissões de poluentes no transporte em países desenvolvidos, o que gerou uma corrida por reservas no mundo. Montadoras como a Volkswagen já anunciaram metas para o fim da produção de veículos a gasolina.
O Brasil tem hoje uma pequena produção, em projeto da CBL (Companhia Brasileira de Lítio) em Araçuaí, voltada para consumo básico no mercado interno, como lubrificantes e cerâmica. Mas os investimentos recentes já começam a alterar o cenário. “O Brasil era muito tímido nesse segmento.
De repente, surge a demanda elétrica, e o setor está passando por um despertar”, afirma Ivan Jorge Garcia, especialista em recursos minerais da agência. NOVA FÁBRICA Em maio, a AMG Mineração inaugurou uma fábrica em Nazareno, 240 quilômetros ao sul de Belo Horizonte, fruto de investimento de R$ 450 milhões, para extrair de pilhas de rejeito de sua produção de tântalo o lítio que há até pouco tempo não tinha valor de mercado.
A unidade opera com 60% de sua capacidade, de 90 mil toneladas por ano de espodumênio, um dos minérios nos quais se encontra o lítio. Considerando um teor de 6%, o volume equivale a 4.500 toneladas de lítio contido (medida usada internacionalmente para classificar a produção). É o equivalente a quase nove vezes a produção brasileira ao fim de 2017, quando o país representava menos de 0,1% do mercado global, que movimentou 43 mil toneladas de lítio contido. Austrália e Chile dominavam 76% da produção. A Argentina tinha 13%.
Com investimento de R$ 350 milhões, incluindo os gastos já feitos em exploração de reservas, a Sigma prepara o maior projeto de produção do país, com capacidade para 240 mil toneladas por ano de espodumênio, o equivalente a 14,4 mil toneladas de lítio contido. AMG e Sigma já falam em estudos para dobrar capacidade.
E vislumbram a possibilidade de avançar na cadeia produtiva —hoje, a transformação do mineral em compostos químicos e depois em baterias é dominada pelos chineses. “Temos disponibilidade de matéria-prima e mercado, que é um dos maiores do mundo. Temos o princípio e o fim. Precisamos apenas desenvolver o meio”, diz Itamar Resende, presidente da Sigma Mineração. A “cereja do bolo”, diz, seria conseguir atrair uma fábrica de baterias para o país.
A AMG já deu um passo e fechou acordo com a sul-coreana Ecopro para estudar a viabilidade de uma unidade química de produção de sulfato de lítio, uma etapa além na cadeia de produção de baterias. “É um produto de valor agregado muito superior”, afirma o presidente da companhia, Fabiano Costa. Se o projeto for aprovado, a expectativa é que inicie as operações em 2021.
EXPECTATIVA
Durante 8 de seus 35 anos, Washington Chaves dos Santos deixava uma vez por ano a aridez de Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, rumo ao interior de São Paulo para garantir o sustento da família no corte de cana. Partia com outras centenas de moradores para temporadas de até oito meses longe da mulher e do filho. Kessiane Lima Silva, 36, teve mais sorte.
Formou-se em geologia e desenvolveu sua carreira trabalhando para mineradoras na região Norte do país. Mas há algum tempo sonhava em voltar a Araçuaí para poder dar assistência aos pais, já em idade avançada. Os dois hoje são colegas de trabalho na mineração de lítio da Sigma, que tem o maior projeto de produção do mineral em curso no país, investimento que gera grande expectativa em uma área que exportava mão de obra por falta de oportunidades. “Graças a Deus veio essa empresa para cá”, diz Santos.
Com economia basicamente agrícola, de pequena mineração e garimpos de pedras semipreciosas, a região espera que o lítio traga empregos e oportunidades de negócios. Nas obras da fábrica, que devem começar em 2019, serão 500 empregos, diz o presidente da Sigma, Itamar Resende.
A expectativa é que o número seja mantido durante a operação, incluindo a mão de obra para a exploração de reservas adicionais. Única produtora do país até o fim de 2017, a CBL (Companhia Brasileira de Lítio) estuda ampliar sua capacidade. A empresa atua desde 1993, mas tem produção basicamente voltada ao mercado interno. Em uma fábrica em Divisa Alegre, na divisa com a Bahia, produz matéria-prima para lubrificantes.
Em março, iniciará operações de uma unidade de purificação para começar a prospectar o mercado de baterias, diz o diretor-superintendente da companhia, Paulo Sergio Castro Renestro. A empresa, porém, enfrenta críticas de moradores, que reclamam de poluição causada por uma pilha de rejeitos. “Se o vento sopra para cá, vem uma nuvem”, diz o agricultor Valdeir Gonçalves dos Santos, 54, apontando para a pilha atrás de sua casa. “Os meninos já tiveram problema de respiração, bronquite, asma.”
A CBL nega que cause danos à comunidade. A Prefeitura de Araçuaí não se pronunciou.
Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/12/demanda-global-leva-a-corrida-pelo-litio-o-petroleo-do-futuro.shtml
quarta-feira, 13 de novembro de 2019
Medicamento utilizado para controlar hipertensão é feito de veneno de cobra
Imagem de www.jornalciencia.com |
O medicamento Captopril, ou Capoten, que combate e controla a hipertensão é feito com uma substância encontrada no veneno da jararaca brasileira, e desde de da década de 1970, é o medicamento mais vendido no mundo para o controle da pressão alta.
Ácido (2S)-1-[(2S)-2-metil-3-sulfanilpropanoil] pirrolidino-2-carboxílico (Pricípio ativo do Captopril/Capoten) |
Outros dois medicamentos, Eptifibatide e Tirofiban são produzidos utilizando os venenos da cascavel-anã e da víbora Echis carinatus. Esses medicamentos são utilizando desde da década de 1990 para tratar a doença de angina e outras doenças cardíacas.
Imagem de www.jornalciencia.com |
O médico e farmacologista Sérgio Henrique Ferreira, na década de 1960 isolou o veneno da jararaca-da-mata e seu princípio ativo intensificou a resposta à bradicinina, um hormônio do grupo das Cininas com atividade fisiológica natural no ser humano. Essa substância foi capaz de inibir os agentes que elevam a pressão arterial, chamados de angiotensina, e ao mesmo prolongaram o efeito da bradicinina, que mantém a pressão baixa.
segunda-feira, 11 de novembro de 2019
Tabela Periódica: o que é a Ilha da Estabilidade e por que os cientistas estão ansiosos para chegar a ela
Imagem de www.bbc.com |
Assim foi declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em homenagem aos 150 anos desde que o químico russo Dmitri Mendeleev criou sua primeira versão, em 1869.
Mendeleev encontrou uma solução para algo que havia questionado aos cientistas havia muito tempo: como classificar os elementos químicos?
Sua famosa tabela, que foi a primeira amplamente reconhecida, dispõe os elementos de acordo com seus números atômicos, ou seja: pela quantidade de prótons que eles têm em seu núcleo (em estado neutro, essa quantidade tem que ser igual ao número de elétrons do elemento).
Quando foram identificados os 92 elementos naturais, os químicos começaram a produzir novos |
Sua famosa tabela tinha sete linhas e oito colunas, que listavam, do menor para o maior, os 63 elementos conhecidos até então.
Mas Mendeleev era tão visionário que até deixou espaços vazios para elementos que ainda não haviam sido descobertos.
Sua previsão estava correta: ao longo dos anos, esses elementos começaram a ser encontrados e, em 1925, a tabela periódica incluía todos os 92 elementos que existem na natureza.
Mas os químicos não pararam por aí. Eles começaram a inventar novos elementos, criados em laboratórios.
Foi assim que a tabela periódica chegou aos 118 elementos que contém hoje.
Os últimos são recentes. O nihônio (elemento 113), moscóvio (115), tenesso (117) e oganesson (118) foram incorporados em 2016.
E tudo indica que mais serão encontradas no futuro, o que torna difícil imaginar que a tabela periódica possa ser concluída.
No entanto, esse não parece ser o objetivo da ciência hoje.
Os químicos dedicados à criação de novos elementos têm outro objetivo em mente. Essa meta chama-se Ilha da Estabilidade.
O que é e como chegar lá?
Para entender isso, é preciso primeiro conhecer um pouco da história de como um novo elemento químico é descoberto.
Isso remonta ao século 17, quando o alquimista amador alemão Hennig Brand tentou descobrir a "pedra filosofal", uma substância lendária que supostamente poderia transformar qualquer elemento em ouro.
Brand pensou em experimentar com sua própria urina. Ele a deixou repousar, cozinhou até que se tornasse um resíduo sólido, aqueceu esse resíduo misturado com areia e pegou o material branco que ficou após a evaporação.
O alquimista alemão Hennig Brand estava buscando uma maneira de criar o ouro. Em vez disso, encontrou o fósforo |
Brand não encontrou a pedra filosofal, mas sim o fósforo, e assim ele se tornou - em 1669 - a primeira pessoa a descobrir um novo elemento através da química.
Dezenas de outros elementos foram descobertos nos anos seguintes. Mas o grande salto ocorreu no século 19, quando o químico britânico Humphry Davy desenvolveu um novo método de identificação.
Davys usou a eletrólise, um processo que separa os elementos de um composto por meio da eletricidade. Assim, ele conseguiu, por exemplo, determinar que o sal de mesa era composto de sódio e cloro.
Ele também conseguiu separar magnésio, bário, estrôncio, cálcio, potássio, boro e lítio.
Eventualmente, 92 elementos são produzidos de forma natural: do hidrogênio - elemento 1, porque possui apenas um próton e elétron em seu núcleo - ao urânio, com 92.
Logo, com a ajuda do laboratório, chegaram os elementos sintéticos, também conhecidos como "elementos transurânicos", que são mais pesados e ocupam as últimas posições da tabela.
Efêmeros
Mas esses novos elementos têm um problema: eles são muito radioativos e, por isso, não são estáveis como os naturais.
"A razão pelo qual eles não existem na natureza é porque eles têm uma meia-vida muito curta, se desintegram rapidamente", disse à BBC o especialista nuclear atômico Jim Al-Khalili.
Os elementos transurânicos são radioativos, muito instáveis e se desintegram em menos de um milissegundo |
Ele também observou que quanto mais pesado o elemento - em termos de número nuclear -, mais difícil é criá-lo. Existe até um ponto em que sua composição química se torna "confuso" e difícil de catalogar.
Há todo um campo da ciência dedicado a esses novos elementos, chamados de "super pesados".
Esses especialistas usam tecnologias de ponta para criar novos pesos pesados. Foi assim que descobriram os quatro elementos que foram incorporados à tabela periódica em 2016.
Mas o que eles não conseguiram fazer até agora é criar um peso pesado que dure mais de um milissegundo.
Esse objetivo é o que esses especialistas chamam de Ilha da Estabilidade.
"Existem boas razões para pensar que, eventualmente, seremos capazes de criar um grupo de elementos que durarão por muito mais tempo, que é conhecido como Ilha da Estabilidade", explicou Al-Khalili.
"Se conseguirmos criar elementos super pesados que durem, podemos começar a usá-los em processos químicos", acrescentou.
Assim, teoricamente, poderíamos produzir novos materiais com propriedades inimagináveis.
Por isso, 150 anos após a criação da tabela periódica, o objetivo não é mais definido na quantidade, mas na estabilidade dos novos elementos descobertos.
Este artigo é baseado em um capítulo do programa de rádio "Os casos curiosos de Rutherford e Fry" da BBC Radio 4.
FONTE: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-49914127
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