segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Química e carnaval...

Imagem reprodução https://sinproquim.org.br/quimica
Quem quiser ver, verá. A Química sempre é um dos grandes destaques do carnaval. Nos salões e nas ruas. Sem ela, a folia teria menos cores, o samba menos ritmo, fantasias e alegorias menos efeitos. Exagero? Pense bem. São os plásticos, as colas, tintas e tecidos que auxiliam carnavalescos a transformar em realidade sonhos que encantam o mundo e fazem do carnaval brasileiro uma das maiores festas populares do mundo.

 Veja a ala das resinas termoplásticas. O poli (cloreto de vinila), mas conhecido pelo apelido de PVC, sai junto com o polietileno, poliestireno e polipropileno. Eles participam das baterias, substituindo o couro de animais em instrumentos de percussão como tamborins, pandeiros, cuícas e tambores surdos. Estão nos carros alegóricos, dando forma às fantasias, e nas roupas dos milhares de passistas que enchem a avenida de alegria.

 Como a Química tem um fôlego incrível, ela também pode ser notada nas arquibancadas e nos camarotes. Lá costuma estar, por exemplo, o poli (tereftalato de etileno), que gosta de ser reconhecido como PET. Ele é encontrado nas garrafas de água e de refrigerantes que refrescam gargantas e corpos. Aliás, o PET costuma ter como companhia o dióxido de carbono, também conhecido como gás carbônico, usado nas bebidas para dar-lhes aquela saborosa efervescência.

 A presença de fios e fibras, normalmente acompanhados pelos corantes, é sempre fundamental no carnaval. Foi a cada vez mais comum falta de um pequeno punhado de fios sintéticos em um ponto estratégico do corpo humano que levou as escolas de samba do Rio de Janeiro, há alguns carnavais, a um acordo inédito: evitar a nudez explícita nos desfiles. É verdade que o acordo, ao que parece, não vem sendo cumprido à risca, mas esse não é o caso. O que vale lembrar é que a Química, há muitos anos, não perde um carnaval e é companhia constante de todo folião. São feitos de plástico os artefatos utilizados por crianças para as famosas “guerras de água”. Máscaras que divertem e assustam são feitas de látex. Há ainda tintas especiais para pintar corpos e até sprays de serpentinas. Tudo para animar o carnaval. Da próxima vez que você escutar os primeiros acordes do cavaquinho e as primeiras batidas da bateria, entre na folia certo de que a Química estará lá no meio, bem pertinho de você, ajudando sua escola ou seu bloco a levar o samba no pé.

FONTE: https://sinproquim.org.br/quimica/131

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