terça-feira, 30 de junho de 2020

Química do amendoim 🥜🥜😋😍

O amendoim, muito além de iguaria maravilhosa muito consumida na época junina, principalmente no nordeste brasileiro, em suas diversas formas, gostos, sabores e maravilhas, é uma semente oleaginosa de uma planta da família Fabaceae. Tem um alto teor de gordura e proteína torna-se um ótimo alimento para quem está preocupado com a saúde e a balança. A grande vantagem do amendoim é sua composição de alta qualidade nutricional.
Amendoim - Foto: Cesar de Oliveira. Acervo EMSETUR - Turismo LGBT ...
Imagem de feirenses.com
Benefícios

Essencial para a formação correta do sistema nervoso do feto

Conhecido como gordura do bem, contribui para diminuir a oxidação, aumentar a captação do colesterol ruim (LDL) pelo fígado e elevar as taxas do colesterol bom (HDL).

Fortalece a estrutura óssea e previne osteoporose. Deve ser sempre consumido em conjunto com o magnésio

Contribui para a eliminação de peso. Mantém o nível de açúcar no sangue estável e ativa o metabolismo da queima de gordura. Além disso, converte os estoques de gordura corporal em energia.

Renovador celular previne o envelhecimento precoce.

Nutriente famoso pela ação antioxidante, ou seja, combate ao excesso de radicais livres e prevenção de tumores. Aumenta a resistência dos músculos ao reduzir dores, e preserva o sistema imunológico.

Devido às suas gorduras saudáveis, às vitaminas, minerais e antioxidantes, o amendoim favorece o controle da glicemia, reduz o risco de obesidade e previne a formação de pedras na vesícula biliar.

Composição Química no amendoim –  carboidratos , proteínas ,gorduras insaturadas, ácidos carboxilas, entre outros.

Ingestão de Ácidos Graxos Omega-3 X Omega-6 – Editora Stilo
Estruturas químicas do ômega 3 e 6
Aproximadamente 44-46% do amendoim é composto por gorduras, sobretudo as do tipo mono e poli-insaturadas (formadas por ácido oleico e ácido linoleico). E de cada 100 gramas das sementes descascadas, 25 gramas são de proteínas de alto valor biológico. Sendo, portanto ricos em ácidos graxos ômega 6 e naturalmente pobres em carboidratos, os amendoins são alimentos bons para ganhar massa muscular e reduzir as taxas de gordura corporal.

Ácido graxo é um ácido carboxílico (COOH) de cadeia alifática longa. São considerados componentes orgânicos, ou em outras palavras, eles contêm carbono e hidrogênio em suas moléculas. Estes ácidos são produzidos quando as gorduras são quebradas.Os ácidos graxos insaturados costumam ser divididos em monoinsaturados (que possuem apenas uma instauração em sua cadeia carbônica) e poli-insaturados.

Os ácidos graxos monoinsaturados são encontrados no abacate, nozes, azeite de oliva e nos óleos de canola e de amendoim. Pesquisas relatam que os consumos de gorduras monoinsaturadas são benéficos na redução do colesterol LDL, também conhecidas como “mau” colesterol, como também diminui o risco de se desenvolver doenças cardíacas.

Vitamina E - fontes e importância - Nutrição - InfoEscola

Vitamina E , Nutriente famoso pela ação antioxidante, ou seja, combate ao excesso de radicais livres e prevenção de tumores. Aumenta a resistência dos músculos ao reduzir dores, e preserva o sistema imunológico.

Os lipídios são moléculas orgânicas formadas a partir da associação entre ácidos graxos e álcool, tais como óleos e gorduras. Eles não são solúveis em água, mas se dissolvem em solventes orgânicos, como a benzina e o éter. Importantes ao corpo por ser fonte concentrada de energia, servir de transporte e absorção das vitaminas lipossolúveis (insolúveis em água), além de ser precursora de diversos hormônios e proteger as membranas celulares.

O Ômega 3 : Os ácidos graxos ômega 3, como o ácido alfa-linolênico, ácido eicosapentaenoico e o ácido docosahexanoico, são ácidos carboxílicos poli-insaturados, em que a dupla ligação está no terceiro carbono a partir da extremidade oposta à carboxila. Reduzem, moderadamente, os níveis de triglicérides no sangue e a pressão arterial. Possui ainda importante papel em processos inflamatórios.
Vitaminas do complexo B: Essenciais ao sistema nervoso, são auxiliares na digestão, além de afastarem o mau humor por ajudarem na formação de neurotransmissores, como a serotonina, que é sinônimo de bem-estar.
    > Vitamina B9 (Ácido fólico ou folato): É necessária para a formação de proteínas
estruturais e hemoglobina. É essencial para a formação correta do sistema nervoso do feto.
Niacinstr.png
Estrutura molecular da Niacina

    > Vitamina B3 (Niacina): desempenha importante papel no metabolismo energético
celular e na reparação do DNA. Outras funções da niacina incluem remover substâncias
químicas tóxicas do corpo e auxiliar a produção de hormônios esteroides pelas glândulas
supra-renais, como os hormônios sexuais

Estrutura molecular daoÁcido Fólico
Magnésio: Importante para a circulação, fortalecimento dos músculos, e  para cicatrizações; essencial para o sistema nervoso e para afastar o estresse.
Cálcio: Fortalece a estrutura óssea e previne a osteoporose. Deve ser sempre consumido em conjunto com o magnésio.
Selênio: Eficácia na redução do estresse celular, físico e emocional. Ferro: Importante na dieta de gestantes, pois ajuda na formação do sistema nervoso do bebê, bem como no crescimento do feto, além de reduzir infecções comuns na gravidez. Também é extremamente importante ao longo da vida toda, pois é parte das células vermelhas e sua carência é diagnosticada como anemia.
Fósforo e potássio: Ajudam a afastar a fadiga e dão pique total para quem pratica atividades físicas. O fósforo ajuda na formação dos ossos e é fundamental na constituição do rim. Já o potássio, melhora a contração muscular e é um aliado para quem pratica exercícios físicos.

AMENDOIM E AS AFLATOXINAS (um alerta!!)
A aflatoxina é um dos principais tipos de micotoxinas existentes e responsável pela contaminação dos grãos do milho, do trigo e, principalmente, do amendoim. As micotoxinas são elementos tóxicos, originárias de fungos, que sob certas condições de umidade, oxigênio e temperatura, se desenvolvem em produtos agrícolas e alimentos. Elas são estáveis e termo-resistentes e, portanto, muito difíceis de serem eliminadas através de controles de temperatura e químicos.
Atualmente, sabe-se que a aflatoxina pode provocar, entre outros problemas: cirrose, necrose do fígado, hemorragia nos rins, hepatite do tipo B e lesões sérias na pele. Além disso, os produtos do seu metabolismo no organismo reagem com o DNA, em nível celular, interferindo com o sistema imunológico do indivíduo contaminado, reduzindo, com isso, a resistência à doenças.
Outro efeito atribuído à ingestão da aflatoxina, já comprovado pela Organização Mundial da Saúde, é o câncer de fígado no homem. Evidentemente, não significa que ingerindo aflatoxina, o indivíduo, necessariamente, contrairá câncer, mas sim, que o risco, nesses casos, é maior.
Estrutura Aflatuxina

Por enquanto é só... valeu pessoal!

sábado, 27 de junho de 2020

Química da fogueira junina 🎇🧨💥

A geração de calor para os processos de queima realizada pela combustão de hidrocarbonetos, é em síntese, a oxidação de carbono e hidrogênio com oxigênio, produzindo como resultado a liberação calor e a produção de gases de combustão, vapor de água e material particulado.

Termoquímica. Introdução ao estudo da Termoquímica - Mundo Educação
Imagem de mundoeducação


 Os hidrocarbonetos apresentam composição predominante de compostos à base de hidrogênio e carbono, abundantes na natureza como madeira de eucalipto, pinus, bagaço de cana, bambu, capim elefante e raramente gás natural ou óleo BPF (combustíveis de origem fóssil). 

É importante conhecer as reações de oxidação que ocorrem na combustão e suas conseqüências, observando que cada componente químico do combustível apresenta mecanismos específicos de oxidação.
1. COMPOSIÇÃO DA MADEIRA:
A análise da composição química elementar da madeira, proveniente de diversas espécies, obteve a seguinte composição média na base seca:

CARBONO (C) :       49 a 50 % (combustível)
HIDROGÊNIO (H) :   6 % (combustível)
OXIGÊNIO (O):         44 %
NITROGÊNIO (N) :    0,1 A 1 %
CINZAS:    0,2 % produzidos por substâncias incombustíveis.

Encontram-se outros elementos químicos em pequenas quantidades tais como: cálcio, potássio, sódio e 
magnésio.

Relacionamos abaixo os mecanismos de oxidação dos componentes da madeira:

1.1 CARBONO:
REAÇÃO N. 1: C + O2 = CO2 + 8.050 Kcal /kg de C
A reação completa de oxidação do carbono ocorre quando há disponibilidade de oxigênio suficiente.
Observamos que nesta reação ocorre a maior liberação de calor por Kg de C. Portanto, ao oxidar um átomo de carbono será inevitavelmente produzida uma molécula de gás carbônico ou dióxido de carbono.

No entanto quando não há oxigênio em quantidade suficiente ocorre a combustão incompleta do carbono 
que libera uma quantidade reduzida de calor, como podemos observar na reação abaixo:
REAÇÃO N. 2: 2C + O2 --> 2CO + 2.380 Kcal/kg de C

Comparando a reação n. 2 com a n.1, observamos as seguintes diferenças:
• Disponibilização de apenas 29,6% do calor liberado em relação à reação n. 1, aumentando o consumo de
combustível;
• O monóxido de carbono é inflamável, portanto passível de uma nova combustão;
• O monóxido de carbono CO é um gás insípido, inodoro, incolor. Daí se conclui que é impossível detectar sua presença em um ambiente sem a utilização de analisadores eletrônicos de gases. Além de elevar o consumo para gerar o calor necessário ao processo, o monóxido de carbono é extremamente tóxico. Ao ser inalado tem o poder de impedir a troca de gases pelo sangue, provocando a intoxicação. A exposição de um indivíduo a uma concentração de 2.000 PPM por uma hora provoca desmaio e perda de consciência, se este período for prolongado causará a morte.

1.2 HIDROGÊNIO:
A queima de hidrogênio libera alta carga de calor e resulta em vapor de água.
REAÇÃO N. 3: 2H2 + O2 --> 2H2O + 29.060 Kcal/kg de H2

1.3 UMIDADE:
A umidade é um fator muito importante na combustão de madeira. Após o corte, a madeira contém em média 50 a 60 % de umidade. Estocada em local coberto após seis a oito meses sofre uma redução para 15 a 20 %.
Para observar a importância da umidade no poder calorífico do cavaco picado de madeira tomamos como base a geração de 1.000.000 Kcal, comparando o consumo de madeira nas diversas faixas de umidade.

1.4 EXCESSO DE AR PARA COMBUSTÃO:
A combustão é o processo de reações químicas produzidas durante a oxidação completa ou parcial do carbono, hidrogênio e enxofre contidos em um combustível. A análise destas reações é calculada através de balanço de massas e de balanço térmico. No balanço de massas leva-se em consideração a quantidade de ar empregada para a combustão, sendo a referência a quantidade mínima exata para reagir completamente com o combustível, chamada de quantidade estequiométrica. 

1.5 QUALIDADE DA COMBUSTÃO:
Como demonstramos acima, a qualidade da combustão e o controle da umidade são fatores importantes para a redução do consumo específico de madeira por tonelada de argila queimada. A qualidade da combustão somente pode ser mensurada com a utilização de analisadores dos gases, que definem a eficiência da combustão através da análise da composição química dos gases, que varia em função dos equipamentos utilizados para a
queima, e que apresenta rendimento variável entre 60 a 93%.
Os gases de combustão são compostos por:

CO2 - gás carbônico ou dióxido de carbono. A redução na emissão é desejável em virtude do efeito estufa
provocado pelo excesso deste gás na atmosfera.

CO - monóxido de carbono, que apesar de combustível poderia ser requeimado, no entanto como se encontra misturado aos gases a requeima não é possível tecnicamente.

H2O - Água.

Cinzas - As cinzas são produzidas pela presença de elementos na madeira que são incombustíveis,
apresentam características específicas e se apresentam sob a forma de material particulado (MP).

Fuligem - Além das cinzas produzidas pela combustão normal, a combustão incompleta promove condições para a geração de fuligem, em muitas vezes sob a forma de carbono não queimado, apresentando-se sob a forma de material particulado de coloração negra ou acinzentada, com composição granulométrica da ordem de 1 a 30 mícron (1 mícron corresponde a um milésimo de mm).

Compostos de NOx: Os equipamentos para queima do combustível podem produzir óxidos de nitrogênio que liberados na atmosfera se recombinam a outros compostos, produzindo elementos altamente corrosivos, ocorrendo com mais freqüência na queima de combustíveis líquidos. 

Em termos generalistas existem dois tipos de combustão, a completa e a incompleta, veja os produtos de cada uma:
  • Combustão completa: Os produtos formados são dióxido de carbono (CO2(g)) e água (H2O(g)). Esse tipo de reação ocorre quando há um suprimento suficiente de oxigênio. No caso da combustão de hidrocarbonetos, ocorrem a ruptura total da cadeia carbônica e a oxidação total dos átomos de carbono. Isso significa que o Nox (número de oxidação dos átomos de carbono) aumenta, atingindo o valor máximo.
  • Combustão incompleta: Os produtos formados podem ser monóxido de carbono (CO(g)), água (H2O(g)) ou fuligem (C(s)). O suprimento de oxigênio é insuficiente para consumir todo combustível.
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imagem de http://www.mesalva.com/

E a fogueira junina??

História da fogueira
A fogueira, característica das festas de São João, tem seu fundamento na história do nascimento de João Batista. A fogueira era um sinal de Santa Isabel, mãe de São João, para Maria, mãe de Jesus. Abaixo segue uma sinopse da história, adaptada pela pesquisadora Lúcia Rangel:

Dizem que Santa Isabel era muito amiga de Nossa Senhora e, por isso, costumavam visitar-se. Uma tarde, Santa Isabel foi à casa de Nossa Senhora e aproveitou para contar-lhe que dentro de algum tempo nasceria seu filho, que se chamaria João Batista.

Nossa Senhora então perguntou:

— Como poderei saber do nascimento dessa criança?

— Vou acender uma fogueira bem grande; assim você poderá vê-la de longe e saberá que João nasceu. Mandarei também erguer um mastro com uma boneca sobre ele.

Santa Isabel cumpriu a promessa. Certo dia Nossa Senhora viu ao longe uma fumaceira e depois umas chamas bem vermelhas. Foi à casa de Isabel e encontrou o menino João Batista, que mais tarde seria um dos santos mais importantes da religião católica. (“A lenda do surgimento da fogueira de São João”. In: RANGEL, Lúcia H. V. Festas juninas, festas de São João: origens, tradições e história. São Paulo: Publishing Solutions, 2008. p. 35).

No caso específico do Brasil, a prática do acendimento da fogueira na noite de 23 para 24 de junho foi trazida pelos jesuítas. Tal prática foi com o tempo associada a outras tradições populares, como o forrobodó africano (espécie de dança de arrasta-pé), que daria no forró nordestino, e a quadrilha caipira, que herdou elementos de bailes populares da Europa – palavras como “anarriê”, “alavantú” e “balancê”, por exemplo, são adaptações de termos de bailes populares da França.

E além dos tópicos mostrados anteriormente, ainda existem os compostos aromáticos policíclicos (HPAs) liberados no ar na queima da madeira onde um deles destaca-se por ser cancerígeno, o BENZOPIRENO!
Fórmula do Benzopireno
Benzopireno

O benzopireno é um hidrocarboneto aromático, que é um grupo de compostos que possui pelo menos um anel benzênico ou núcleo aromático. Mais exclusivamente, ele faz parte de um grupo denominado de HPAs (hidrocarbonetos policíclicos aromáticos), que possuem dois ou mais anéis aromáticos condensados. No caso do Benzopireno, são cinco anéis condensados, como mostra a estrutura acima.

Assim como a grande maioria dos HPAs, o benzopireno é comprovadamente agente carcinogênico e mutagênico, o que significa que ele é capaz de reagir com nosso DNA e interferir na reprodução celular.

Essa substância é lipofílica, isto é, é solúvel em gorduras, fator que facilita ele ser absorvido pela pele, por ingestão ou por inalação e ser rapidamente distribuído pelo organismo.

Para se ter uma ideia do quanto o benzopireno é um potente agente cancerígeno, o simples contato de uma camada sua com uma região sem pelos na pele de ratos pode provocar o câncer.

Infelizmente, o churrasco é uma grande fonte de contaminação por benzopireno
Imagem de brasilescola.uol.com.br

Para citar outro exemplo, carnes grelhadas (demais) e peixes defumados possuem esses HPAs, que são provenientes tanto da queima do carvão quanto da queima da própria carne, que é basicamente proteínas e gorduras. Frituras (em excesso) também são perigosas nesse sentido, pois a queima do óleo produz tais compostos.


FONTEs: 

quinta-feira, 25 de junho de 2020

As "lágrimas" da cebola 🧅🧅🍽🍴

A cebola é um alimento bem enraizado e bastante utilizado pelos brasileiros. É pouco calórica, possui proteínas, vitaminas e outros nutrientes benéficos para o nosso organismo. São conhecidas várias propriedades benéficas para a saúde, nomeadamente o seu poder anti-inflamatório, analgésico (diminui a dor), estimulante da circulação sanguínea, anti-alérgico, anti-cancerígeno, entre outras.
Imagem de quimicaparatodos

Tem é um pequeno problema. A não ser que nunca tenha posto os pés numa cozinha para cozinhar e nunca tenha cortado uma cebola é que nunca lhe aconteceu. Quem já o fez conhece as consequências. Cortar cebolas e não chorar é quase como alguém sair de casa a chover e não se molhar. Por que choramos ao cortar uma cebola? Por que sentimos aquela sensação desagradável dos olhos a picar antes de irmos às lágrimas? Estes fenômenos têm razão de ser, como tudo na vida. A explicação? Está na Química, claro! Mais uma vez a Química desempenha um papel fundamental na explicação daquilo que já foi considerado em tempos um dos grandes enigmas da cozinha (ou do cozinheiro…). 

Ao cortarmos uma cebola, liberamos toda substância que existe em sua célula, algumas são mais voláteis e chegam à nossa boca e olhos rapidamente. Com o corte as substâncias que estavam separadas e quietas na célula, se misturam uma com as outras, e reagem entre si.
Com a ação de cortar a cebola, sua substância é transformada em outra, contendo o enxofre, o grande responsável pelo aroma forte. 

Imagem de Fonte: http://quimicaparatodosuevora.blogspot.com.br
A figura 1 é uma substância que contém enxofre, que ao sofrer uma decomposição por enzimas, se transforma em outra substância (figura 2), e essa nova substância formada é bastante instável, dando origem a um gás que atribui à cebola o cheiro característico (figura 3).
            Por esse gás ser muito instável o aroma da cebola chega rapidamente aos nossos olhos, e ao fazer contato com o liquido dos olhos ocorre uma reação química, transformando-se em ácido sulfúrico, mostrado na figura 4. Como uma das características do ácido sulfúrico é ser um ácido forte, não resistimos e caímos em lágrimas.

No entanto, podemos utilizar alguns truques para cortar uma cebola, evitando assim, nossas lágrimas. Dentre eles sugere-se cortá-las debaixo de água corrente, deste modo, o gás liberado da cebola entrará em conflito com a água, deixando-o menos volátil. Outra alternativa é realizar seu corte de frente a um ventilador.
       
Como podemos observar, a química está presente em tudo na nossa vida, até mesmo na cozinha.

FONTES:
http://quimicaparatodosuevora.blogspot.com/2011/01/quimica-cebolas-e-lagrimas.html
http://quipibid.blogspot.com/2017/01/cebolas-e-lagrimas.html#more

segunda-feira, 22 de junho de 2020

A Química do Fogo 💥💥

Conhecer a química das coisas é o primeiro passo para entender e poder agir sobre o mundo que nos rodeia. Para o demonstrar, hoje vamos falar do fogo!
Veja o vídeo...

O fogo, ou melhor, a combustão, é na verdade uma reação química de oxidação – redução com grande libertação de energia.

E saber isto é importante porquê? Desde logo, para combater um incêndio!

Como em qualquer outra reação química, o fogo só existe na presença dos respetivos reagentes, que neste caso são o combustível (matérias inflamáveis) e o comburente (que é normalmente o oxigénio do ar).

E, como em muitas outras reações químicas, o fogo só ocorre se os reagentes estiverem a uma temperatura elevada. Deste modo, o fogo deflagra quando um material combustível é aquecido até à sua temperatura de ignição na presença de um comburente.

Após iniciada a reação de  combustão, esta gera o calor necessário para aquecer mais material combustível e o incêndio alastra.

No entanto, basta remover um destes componentes essenciais — combustível, comburente ou fonte de calor — e a reação química de combustão cessa. Ou seja, o fogo apaga-se!

Porque é que a água é tão eficaz a combater o fogo? Porque diminui a temperatura do combustível e, deste modo, para a reação.

Outra forma de combater o fogo é privá-lo de um dos reagentes. Por exemplo: os chamados extintores de pó químico espalham uma camada de pó sobre os materiais, impedindo o oxigênio de alimentar o fogo. Já os comuns extintores de dióxido de carbono produzem um nevoeiro deste gás com o mesmo objetivo: afastar o oxigênio!

Quando é possível, retira-se o outro reagente, ou seja, o combustível. Nos incêndios florestais, isto pode ser feito com um CONTRA-FOGO … ou abrindo um ACEIRO, que é basicamente uma faixa de terreno sem vegetação.

A estrutura do 1,1,1,2,3,3,3-heptafluoropropano
1,1,1,2,3,3,3-Heptafluoropropano

Alguns dos exemplos do uso da química no combate aos fogos requerem conhecimentos de química mais aprofundados. É o caso dos extintores de gás “halon” e seus similares mais ecológicos, como o heptafluoropropano. São compostos com um efeito extintor muito eficaz porque interferem diretamente nas reações químicas de combustão, inibindo-as.
Halon 1211 (Cloro-Bromo-Difluormetano)
      
File:Bromotrifluoromethane-chemical.png
Halon 1301 (Bromo-Triflúormetano)

A diversidade dos materiais combustíveis que nos rodeiam tem contribuído para aumentar a complexidade do combate aos incêndios. Mas, sendo o fogo uma reação química, podemos contar com os desenvolvimentos da química para melhor o compreender e controlar!

FONTE: http://www.aquimicadascoisas.org/?episodio=a-qu%c3%admica-do-fogo

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Bem legal: A Química das Cores de Outono




Há cores que associamos naturalmente às 4 estações do ano: o colorido das flores na primavera, o castanho no inverno, o azul do céu no verão. Mas hoje vamos falar da química das cores do outono!

No outono, as folhas das árvores abandonam o verde e brindam-nos com uma bela paleta de amarelos e castanhos, a que se juntam tons laranja, vermelho e roxo.

E a química explica porquê!

A cor verde das folhas deve-se ao pigmento clorofila. As moléculas de clorofila absorvem a luz do sol na região do vermelho e do azul e, portanto, a luz refletida pelas folhas tem falta destes dois tons e as vemos apenas como verde!
As clorofilas

A clorofila não é uma molécula estável e tem de ser continuamente sintetizada pelas plantas, o que exige sol e calor.

Com o outono, chegam os dias de frio e de pouca luz. E qual é a consequência disto?

Nas plantas de folha caduca a produção de clorofila para e o tom verde desvanece, permitindo assim que se vejam outros pigmentos também presentes nas folhas. Um destes pigmentos é o caroteno, que absorve luz na região do azul e azul-verde, refletindo-a depois como amarela. Os pigmentos de caroteno são bastante mais estáveis que a clorofila, e quando esta começa a desaparecer das folhas, são os carotenos que lhes dão a coloração amarela dourada.

No terceiro grupo de pigmentos presentes nas folhas estão as antocianinas, que absorvem a luz desde o azul até ao verde vivo. Assim, a luz refletida pelas folhas que contém antocianinas aparecem avermelhadas!
Anthocyanidins.svg
Estrutura Geral das Antocianinas, o quadro abaixo mostra algumas substituições dos "R"s e onde encontramos na natureza



As antocianinas resultam de uma reação com os açúcares das células vegetais. A acumulação progressiva de açúcar leva à síntese de antocianinas no final do verão, criando assim os tons avermelhados das folhas de outono.

E mais uma curiosidade: este grupo de pigmentos é também responsável pela cor das rosas, das uvas pretas e dos chamados frutos vermelhos!

De fato, a paleta de cores do outono é muito dependente do estado do tempo. As baixas temperaturas e a fraca luz do sol destroem a clorofila ao mesmo tempo que promovem a formação de antocianinas, que por sua vez também depende da concentração de açúcares nas folhas, a qual aumenta com o tempo seco.

Por outras palavras, as cores mais brilhantes de outono são obtidas com dias secos e ensolarados seguidos de noites frias!

E assim mostramos como a beleza do outono é também a beleza da Química!

FONTE: http://www.aquimicadascoisas.org/?episodio=a-qu%c3%admica-das-cores-de-outono

Energia renovavel: Coisas do Brasil: estão transformando Gol, Fusca e Uno em elétricos

Processo pode custar mais caro que o valor do veículo e regularização é complicada, mas há quem tente e até empresas que ofereçam o serviço

Imagem de quatrorodas.abril.com.br
A busca por carros elétricos tem crescido no Brasil. No entanto, o aumento da demanda caminha a passos lentos devido ao alto valor para compra.

Atualmente, em território nacional, o modelo 100% elétrico mais barato disponível é o Renault Zoe, que custa R$ 149.990.


Por conta dos valores pedidos pelas marcas, a saída encontrada pelos brasileiros é a conversão de carros populares a combustão em elétricos.


Esse processo existe há mais de uma década por aqui e um dos precursores da ideia foi o militar e engenheiro de computação, Elifas Gurgel.

Carregando um dos nomes mais marcantes da indústria nacional, Elifas participou de um workshop nos Estados Unidos em 2008 e trouxe a ideia quatro meses depois para realizar a primeira transformação.

Elifas Gurgel ao lado de seu Gol regularizado e com permissão para andar Veiculo elétrico/Reprodução
Quando chegou ao Brasil, comprou um Volkswagen Gol zero-quilômetro para iniciar o projeto de conversão. 

Segundo ele, o modelo foi escolhido por ter manutenção barata, peças de reposição de fácil acesso, peso menor que 1.000 quilos e também por ser um veículo popular.

Ele encomendou um kit da empresa norte-americana EV America, que continha: motor elétrico, controlador do motor e bomba de vácuo.

Além disso, foi adquirido um banco com 40 baterias de íon-lítio de 180 Ampère cada, importado da China.


Com todos os componentes do antigo sistema sendo retirados em oficina especializada e a montagem do conjunto elétrico também feita por especialistas, seu projeto teve um gasto total de R$ 60.000 – fora o custo do veículo, que valia R$ 25.000 na época.


O novo propulsor do Gol tem uma potência de 70 cv e sua bateria de 24 kWh gera uma autonomia de 150 km. Para a carga completa, o veículo tem de ficar conectado à tomada por oito horas.

De um lado, o motor elétrico no cofre do antigo a combustão. Do outro, o medidor de amperes do veículo Veiculo elétrico/Reprodução
Segundo ele, o processo de conversão foi complicado devido ao ineditismo do projeto, ou seja, existia um grande problema em encontrar as peças necessárias para construção. Muitas vezes, elas tinham que ser produzidas do zero ou adaptadas.

Mas a dificuldade da produção foi esquecida quando Gurgel teve de enfrentar o complicado e extenso processo de regularização do veículo, que o dono do Gol elétrico considerou a parte mais difícil do projeto.

Motor elétrico do modelo gera 70 cv de potência Como converter um carro elétrico/Elifas Gurgel/Reprodução
“Eu peguei o kit para conversão e apresentei os componentes para a Câmara Temática de Assuntos Veiculares (CTAV), do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). Pedi o apoio dos conselheiros para alterar a legislação de uma forma que fosse possível realizar a conversão legalmente”, afirmou o construtor.

O pedido foi aceito e foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), em 16 de abril de 2010, a Portaria nº 279, do Denatran, que altera o Anexo II da Resolução nº 291, de 29 de agosto de 2008, do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), permitindo a regularização da conversão do veículo a combustão em elétrico.
Certificação de que a empresa de Elifas Gurgel poderia executar a transformação do veículo de forma legal Como converter um carro elétrico/Elifas Gurgel/Reprodução

Já era um grande passo para chegar ao seu objetivo, mas a conversão só poderia ser feita por empresas que fossem homologadas e autorizadas pelo Denatran.


Então, para finalizar o processo, Elifas abriu a empresa 4GVE. Com a parte burocrática acertada, o projeto teve de passar por uma série de testes para comprovar sua segurança – inclusive, houve a adição dos sistemas de airbags e ABS, que não equipavam o modelo.

Documento do veículo com novo nome cadastrado Como converter um carro elétrico/Elifas Gurgel/Reprodução
O Gol foi aprovado na avaliação e recebeu novo registro e documento, passando a se chamar: Volkswagen Gol 4GVE elétrico EGA – tornando-se o primeiro veículo convertido a elétrico autorizado a rodar legalmente no país.


O sucesso do projeto de Elifas Gurgel e também a conquista da possibilidade de regulamentação das conversões permitiram que outros construtores tentassem novos projetos. Até empresas foram criadas para realizar a conversões.

Um desses casos é o do engenheiro mecânico Denis Vaneti, que retirou o motor refrigerado a ar de seu Fusca 1972 para adotar o conjunto elétrico.


Denis Vaneti ao lado de seu Fusca 100% elétrico Denis Vaneti/Reprodução

Vaneti tinha o veículo há cinco anos e mantinha sua originalidade, até que viu um projeto de conversão para o carro em um canal estrangeiro de televisão.

A partir daí, iniciou uma longa pesquisa para entender a fundo o processo de transformação do veículo e todos os componentes necessários para o trabalho.


Ele tinha por objetivo realizar uma mudança barata e acessível, além de ajudar o meio ambiente retirando de circulação um motor antigo e poluente.


Vaneti encontrou uma outra forma de produzir seu veículo utilizando como base o conjunto que equipa empilhadeiras elétricas industriais.

O principal diferencial dos demais projetos é que o conjunto possui assistência técnica para os componentes, porque as peças são fabricadas no Brasil. Além disso, não possuem custo elevado, tornando-se mais acessível para as pessoas.

Com o sistema definido, foi iniciada a remoção do antigo motor a combustão, que deu lugar a um motor elétrico (usado) de 7 cv, este conectado à transmissão original do carro adaptada.

Vaneti é engenheiro e contou as fases de seu projeto em seu canal no Youtube Denis Vaneti/Reprodução
Para o engenheiro, a principal dificuldade do projeto foi fazer as ligações elétricas, por não ter muito domínio do trabalho.


Alguns dos componentes que comprei não eram compatíveis e tive que reconfigurá-los para que todos ficassem em uma mesma linguagem de comunicação. Assim, o sistema começou a funcionar”, afirmou.


O motor é alimentado por seis baterias de chumbo tracionárias de 130 Ampère cada. São mais caras que as estacionárias (usadas em veículos comuns), mas suportam mais carga.

Elas podem ser carregadas em tensão 110 ou 220 Volts, e demoram cerca de seis horas para chegar à carga total. Com 100% da capacidade, as baterias geram uma autonomia de 70 quilômetros.

Baterias ficam alojadas no banco traseiro, mas a meta do engenheiro é passar para o porta-malas Denis Vaneti/Reprodução

De acordo com Vaneti, desde o início a ideia era realizar uma conversão de baixo custo, para que mais pessoas tivessem acesso. Ao que parece, obteve êxito, porque declara ter gasto R$ 13.000 para concretizar o projeto.

Além disso, ele calcula que a economia seria considerável: de R$ 300 ao mês com combustível contra aproximadamente R$ 40 em recargas. Na parte de manutenção, passaria a ter que trocar apenas o carvão do motor elétrico – um custo anual de R$ 160.


O projeto se mostrou viável, mas tem uma pendência importante: ainda não está regularizado, o que significa que Vaneti está proibido por lei de circular com seu Fusca elétrico em vias públicas.

“Infelizmente, não consigo legalizar o meu por ter comprado as peças já usadas ou como sucata, e não tenho nota de tudo. Além disso, eu mesmo fiz a conversão e não uma empresa especializada”, diz Vaneti.

Tal dificuldade deverá ser superada em breve, já que Vaneti pretende seguir com as conversões e busca, nos próximos modelos, trabalhar de modo a conseguir a regularização. O Fusca, assim, ficará como protótipo.

Especialistas
O processo de transformação dos veículos abriu oportunidades não só para construtores individuais, mas também para a abertura de empresas especializadas, como o caso da Electro, localizada em Uberaba, Minas Gerais.

A empresa criada pelo engenheiro civil e analista de sistemas Maurício dos Santos, realiza o trabalho há 10 anos e garante a regularização de quatro modelos: VW Fusca, Renault Kwid, Ford Ka e Fiat Fiorino.

Maurício dos Santos, da Electro, ao lado de um de seus projetos: Fiorino elétrico Electro/Reprodução

Para ele, é importante que os interessados se atentem ao peso do veículo e considera os mais leves melhores para adaptação. Por isso, busca sempre aplicar em veículos próximos de uma tonelada ou menos.

O empresário afirma que outros veículos também podem ser transformados e legalizados, porém, há um valor adicional de cerca de R$ 9.000 a ser pago pelo dono do automóvel, porque a empresa possui código de homologação apenas para os veículos citados acima.

As conversões partem de R$ 55.000 e demoram em média 30 dias para ficarem prontas.
Assim como o projeto de Gurgel, o motor da Fiorino gera 70 cv de potência Electro/Reprodução
Os principais componentes do kit para o projeto são: motor elétrico, controlador do motor, bateria de íon-lítio, BMS – dispositivo que distribui igualmente o carregamento das baterias –, contator – responsável por ativar o motor – e marcador de nível de carga.

O conjunto dá ao veículo 70 cv de potência, alinhado a uma bateria de 14 kWh que pode gerar 100 quilômetros de autonomia. O construtor afirma que já existem baterias com 200 quilômetros de autonomia que podem ser usadas.
Interior ganhou um novo dispositivo para realizar as medições e dar as informações sobre o motor instalado Electro/Reprodução
Questionado sobre a viabilidade do projeto, Santos afirma que as conversões são interessantes para quem utiliza bastante o veículo durante o dia.

“A conversão é viável para quem anda em média 150 quilômetros, 200 quilômetros [por dia]. Ou, então, não queira trabalho com revisão e seja apaixonado por um carro elétrico”, diz.

Segundo ele, o principal problema enfrentado é o alto custo com as baterias de íon-lítio, que para gerar uma autonomia de 100 quilômetros têm um custo estimado de R$ 40.000.
Banco de baterias foi alojado na traseira do modelo Electro/Reprodução

O empresário ainda afirma que, embora tenha uma economia entre 70% e 80%, por se tratar de um investimento alto, o retorno acontece em longo prazo e isso prejudica a busca por conversões.

“Talvez se as baterias tivessem uma produção nacional, o número de conversões aumentaria significativamente.

O pensamento vai ao encontro do que acredita Elifas Gurgel, que afirma que as transformações de carros a combustão em elétricos têm crescido lentamente.

De acordo com Gurgel, fazer um projeto igual ao dele, com peças importadas dos Estados Unidos e China, é inviável nos dias de hoje devido à valorização do dólar frente ao real, que deixa os componentes ainda mais caros.

A Abravei (Associação Brasileira de Proprietários de Veículos Elétricos Inovadores) também acredita que os valores pedidos pelos componentes dificultam a expansão dos projetos.

“As baterias utilizadas pelos veículos elétricos ainda são caras. Então, um projeto de conversão não sairá barato”, disse a associação em resposta ao contato.

A busca em baratear o processo de conversão pode ter o final infeliz da não regularização do modelo, assim como aconteceu com Denis Vaneti, citado acima na matéria.

Para quem ainda busca a transformação de um veículo, a possibilidade de legalização é um grande incentivo para o projeto se tornar real. No entanto, vale lembrar que uma série de requisitos deve ser alcançada.
Certificado de aprovação do Gol elétrico de Elifas Gurgel nos testes de segurança Como converter um carro elétrico/Elifas Gurgel/Reprodução
De acordo com o Inmetro, “a modificação de veículos rodoviários automotores com propulsão à combustão interna, objetivando se tornarem elétricos, está prevista no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e nas legislações de trânsito vigentes (Resoluções do Contran e Portarias do Denatran).”

No entanto, o veículo tem de passar por avaliação com base nos requisitos técnicos do Regulamento Técnico de Qualidade (RTQ) 24 e da Portaria Inmetro nº 30/2004, para que seja aprovado e possa trafegar de forma “segura”.

Os testes devem ser feitos por organismos de inspeção acreditados (OIA) pelo Inmetro. Só assim será possível obter o Certificado de Segurança Veicular (CSV), que autoriza circular com a documentação regularizada.

Embora seja um processo difícil para realizar conversão e também a regularização, o padrão usado pelos construtores é trabalhar com carros leves e com baixa autonomia, porque assim não será necessário muito investimento em desempenho, o que reduz os gastos com o projeto.

Além disso, utilizar veículos populares pode ser uma solução de grande valia, tendo em vista a maior facilidade em encontrar peças para reposição.

Por fim, é válido ressaltar que a montagem deve ser feita por empresa especializada que emita notas e comprove que a conversão é realmente segura para o usuário.

Lembre-se: não é permitido rodar com veículo transformado sem que haja laudo técnico que torne a mudança legalizada.

FONTE: https://quatrorodas.abril.com.br/noticias/coisas-do-brasil-estao-transformando-gol-fusca-e-uno-em-eletricos/

domingo, 14 de junho de 2020

É incrível o que a mostarda pode fazer pelo/por nosso corpo

MOSTARDA (Brassica campestri)

Descrição: Planta anual, ereta, atingindo cerca de 1 a 2 metros de altura; caule ramificado; folhas de formas variadas, flores amarelas, dispostas em cachos terminais, sementes castanho escuras, originária da Europa, da família das cruciferae.

Propriedades: Anticarígena, revulsiva e vesicatória, externamente é rubefaciente. Para inflamações localizadas em geral.

Princípios Ativo: Indol e isotiocinato de alila ou servol.
Indole chemical structure.png
Indol
  
Allyl-isothiocyanate-2D-skeletal.pngAllyl-isothiocyanate-3D-vdW.png
Isotiocinato de alila ou Servol

E agora vejamos...
Quando a maioria das pessoas pensa em mostarda, um sanduíche ou um cachorro quente é o que provavelmente vem à mente. Mas na verdade, ela pode ser usada para muito mais! Além de ser um tempero delicioso, ela é excelente para a saúde e para a sua casa. Leias as instruções a seguir e se prepare para se surpreender! Você nunca mais vai ver a mostarda da mesma maneira.
Relaxar os seus músculos
Você tem sofrido com cãibras? Tem sentido dores nas pernas regularmente? A mostarda pode manter a dor sob controle. Seu músculos grandes foram afetados, como os das costas ou pernas, tente tomar um banho quente de mostarda. Misture duas colheres de sopa do condimento com duas colheres de sopa de sal de banho Epsom e jogue na banheira. A mostarda aumenta a eficácia do sal, e trabalha para aliviar a tensão muscular. Para aliviar áreas menores, você também pode criar uma pomada calmante. Simplesmente misture 1 porção de sementes de mostarda para 2 porções de farinha. Agora, adicione um pouco de água até a mistura ficar cremosa. Esfregue a unção na área afetada, enrole com uma faixa e deixe agir por 20-30 minutos. Agora é só sentar e relaxar até a dor ceder.
imagem de http://www.cuide-se.net
Reavivar a pele
A mostarda dá uma ótima máscara facial! Ela contém vitamina E, atioxidantes e outras propriedades antiinflamatórias que revigoram a pele. Espalhe uma camada fina de mostarda no rosto, evitando a área dos olhos, e deixe por 15 minutos. Lave completamente com água morna. Fazendo isso regularmente, a sua pele ficará brilhando!
Contra cãibra
De agora em diante, a mostarda deve sempre está à mão em viagens longas e trilhas e escaladas. Se suas pernas começarem a ter cãibra, esfregue uma colher de sopa de mostarda na área afetada, a sensação dele passar logo, e ela também age como medida preventiva.
Como condicionador
Óleo de mostarda faz maravilhas para o cabelo! Após usar o condicionador normal, massageie um punhado de óleo de mostarda no cabelo. Deixe o óleo agir pelo maior tempo possível, preferencialmente por umas oito horas. Se você aplicar o óleo durante a noite, coloque uma touca no cabelo para proteger a roupa de cama.  O resultado é um cabelo brilhante e aveludado que é tão macio quanto parece.
imagem de http://www.cuide-se.net
Para pequenas queimaduras
Se você se queimar enquanto estiver cozinhando ou acendendo uma vela, primeiro deixe cair água gelada na área afetada. Depois, esfregue um pouco de mostarda na pele. Isso não só previne as bolhas de se formarem, como também alivia a dor. A mostarda contém isotiocianato de alila, que estimula a cura e reduz o dano na pele.
Para a dor de garganta
Para aliviar a dor na garganta, você deve testar esta receita: misture uma colher de sopa de semente de mostarda com o suco de meio limão siciliano, uma colher de sopa de sal e uma colher de sopa de mel. Ferva os ingredientes na água e deixe esfriar. Se você gargarejar esta mistura 2 ou 3 vezes diariamente, sua garganta irá relaxar e a inflamação ira diminuir significativamente. Se os sintomas persistirem por mais de 3 dias, é melhor você ir ao médico para descartar qualquer outra possibilidade de infeção.
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Se livrar de odores desagradáveis
Quem não está familiarizado com o cheiro horrível que sai de uma garrafa ou jarro? Aqui está um simples dica preventiva: coloque uma pitada de pó de mostarda junto com um pouco de água quente e balance bem. Lave totalmente com água até a garrafa ficar livre do cheiro. Isso também funciona muito bem com vasilhas de plástico e panelas.
Aliviar o resfriado
imagem de http://www.cuide-se.net
Você está com sintomas de resfriado? A mostarda pode ajudar! Esfregue uma camada de mostarda no peito. Agora coloque uma toalha pequena por cima e deixe os óleos benéficos da mostarda serem liberados. O calor da toalha também proporciona alívio.
Com propriedades tão fascinantes, a mostarda está no topo da lista dos nossos temperos favoritos. Agora só falta ela entrar também no armário de remédios!
Banho para os pés
Coloque um pouco de mostarda em um balde com água quente e aproveite um banho escalda-pés relaxante. A dor causada por muito tempo caminhando ou sapatos desconfortáveis vai desaparecer. Ou talvez você esteja sentindo dor no corpo todo? Adicione 2/3 de uma xícara de mostarda em uma banheira e relaxe. Aproveite o banho relaxante por pelo menos 15 minutos e você vai sentir a sua dor sumindo.
Então, na próxima vez que você for ao mercado, pode ser uma boa ideia pegar uns tubos extras de mostarda. Como você pode ver, ela não serve só para cachorro-quente. Para quê gastar um monte de dinheiro em remédio quando a cura perfeita pode estar na sua geladeira?
FONTE: http://www.cuide-se.net/mostarda-utilidade/