Imagem de https://www.fatosdesconhecidos.com.br/cidade-secreta-russa-considerada-o-lugar-mais-radioativo-do-mundo/
☢️ Além de receber o nome de Chelyabinsk-40, a cidade secreta também era conhecida como Chelyabinsk-65: Chelyabinsk era uma referência ao centro administrativo mais próximo e os números representavam o código postal da localidade, uma maneira comum de dar nome a cidades fechadas na antiga União Soviética. Na década de 1940, a cidade foi escolhida como sede da “Mayak”, um centro de produção de material nuclear que foi mantido em segredo até 1990.
⠀
🎯 O objetivo da Mayak era converter o urânio-238 encontrado nas montanhas da região em plutônio para então enviá-lo para a construção de armas atômicas. Porém, como era comum ao governo comunista, questões de segurança, como o planejamento do descarte dos resíduos, foram deixadas em segundo plano. Assim, tanto o rio Techa, que abastecia cerca de 40 cidades e vilas da região, quanto o lago Karachay foram usados como destino dos resíduos nucleares. Entretanto, o material depositado nesses lugares logo se espalhou para outras localidades.
⠀
🛑 Não bastasse a contaminação ambiental, a Mayak sofreu acidentes nucleares de grandes proporções e que contribuíram para aumentar os riscos de radioatividade na região. Em 1957, a explosão de um tanque (conhecido como Desastre de Kyshtym e tema de um próximo post) resultou na dispersão de 50 a 100 toneladas de material altamente radioativo, o que contaminou ainda mais o já castigado meio ambiente da região.
⠀
⚠️ Com a queda do regime comunista, vieram à tona registros do aumento de até 40% da incidência de câncer, como leucemia, nos moradores da região de Chelyabinsk. Contudo, os médicos tinham que atestar que seus pacientes sofriam de uma “doença especial”, pois eram proibidos de mencionar os efeitos da radioatividade em seus diagnósticos. Atualmente, estima-se que até 70% da população tenha sido afetada, de alguma forma, pela radiação.
Veja também o vídeo abaixo sobre o assunto:
Fonte:
📓 Chelyabinsk: The Evolution Of Disaster, Post-Soviet Geography, 1992, vol. 33, p. 533.
Nenhum comentário:
Postar um comentário