A água dura é encontrada em boa parte do território brasileiro. Ela ganhou esse nome por ter em sua composição minerais como o cálcio, o magnésio e o ferro II. Essa mistura é feita de forma natural pela dissolução das rochas calcárias nos leitos subterrâneos.
A concentração desses minerais vai determinar a classificação da água. Teores entre 0 e 40 mg por litro condizem com a água chamada de branda. Água moderada tem de 41 a 100 mg/l. Água dura, propriamente dita, carrega de 101 a 300 mg/l dos minerais. Água muito dura leva de 301 a 500 mg/l dessas substâncias. Acima disso, é água considerada extremamente dura.
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Minerais bloqueiam a ação dos sabões
Um dos principais problemas apresentados pela água dura é sua ação como obstáculo à atuação dos sabões. Como estes são sais de ácidos graxos com uma cadeia apolar formada por átomos de carbono e hidrogênio, para que funcionem bem, eles precisam atrair a gordura formando pequenos blocos que depois são arrastados na água corrente limpando o local desejado.
Porém, quando a água é dura, o cálcio, o magnésio e o Ferro II anulam a ação do sabão e aderem ao tecido que está sendo lavado fazendo com que ele fique grudado no local. É uma potencial causa de entupimentos nos encanamentos. Por isso, muitas indústrias tiveram que desenvolver detergentes industriais com outros componentes visando "driblar" os minerais da água dura.
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Água é perigosa nas indústrias e deixa vegetais mais duros
Mas essa não é a única contra indicação da água dura. Quando usada para cozinhar, também devido à ação de seus componentes minerais, ela produz efeito contrário no que se deseja em relação aos vegetais. Em vez de torná-los mais moles, eles ficam mais duros depois de cozidos. Embora isso estrague o prato a ser preparado, não há problema em relação à saúde.
A água dura também é potencialmente danosa nos processos industriais. Ela não pode ser usada, por exemplo, em geradores de vapor. Caldeiras industriais só podem usar água "mole" uma vez que cálcio e magnésio, se ficarem grudados nas tubulações, podem se cristalizar em temperaturas mais altas causando problemas como diminuição de eficiência na evaporação, aumento da temperatura, possibilidade do rompimento do tubo e, eventualmente, até mesmo levar à explosão.
Lei brasileira aceita consumo de água dura
A legislação brasileira admite o uso de água dura pela população. Os níveis foram estabelecidos através da portaria 2.914 publicada pelo Ministério da Saúde em 14 de dezembro de 2011. O documento estabelece o limite máximo de 500 mg de CaC03/l para que a água seja considerada liberada para consumo humano.
Há um teste simples para descobrir se a água que flui na torneira de nossas casas é dura ou mole. Basta utilizar sabão. Coloque um pouco de sabão na água corrente. Se fizer muita espuma, é mole. Se não fizer espuma ou fizer pouca, é água dura.
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Dureza da água pode ser abrandada
Também é possível eliminar ou abrandar a dureza da água. O processo, no entanto, vai depender de um conhecimento mais profundo de sua composição. Se o cálcio, o magnésio e o ferro II forem acompanhados por bicarbonato em sua formação, a dureza da água é temporária e pode ser eliminada com o processo de destilação.
Porém, se sulfato, nitrato ou cloreto estiverem presentes em sua composição, a dureza é permanente. Nesse caso, há necessidade da utilização de processo químico para seu abrandamento. Uma dessas maneiras é a adição de cal ou soda, que vão reagir com o cálcio, o magnésio e o ferro II formando sais insolúveis.
FONTE: http://casa.hsw.uol.com.br/o-que-%C3%A9-%C3%A1gua-dura
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