segunda-feira, 15 de junho de 2015

Química para matar a fome

Descubra a química por trás das comidas instantâneas

Quando uma pessoa curiosa pega um pacote de sopa em pó, as dúvidas logo pipocam na cabeça: como é possível que esse pó vire uma sopa? O que ele contém? Como foi produzido? E por que não estraga rapidamente?

Para produzir a sopa em pó, é preciso desidratar os ingredientes. (foto: kattebelletje / Flickr / (a href=http://creativecommons.org/licenses/by-nc/2.0/br/)CC BY-NC 2.0(/a))
Para produzir a sopa em pó, é preciso desidratar os ingredientes. (foto: kattebelletje / Flickr / CC BY-NC 2.0 )

Para não matar você de curiosidade, vou adiantar algumas respostas! Saiba que há um processo – chamado desidratação – que permite a produção de alimentos instantâneos. A desidratação é a retirada da água presente nos alimentos. Graças a esse método, os alimentos conservam-se por longos períodos e podem ser preparados com facilidade.
Todos os alimentos contêm água. É fácil perceber que existe água em um alimento líquido, como o leite. Mas o que você talvez não saiba é que alguns alimentos sólidos apresentam grande quantidade de água também. O tomate e a alface, por exemplo, têm cerca de 90% de água em sua composição! Espantoso, não?
Em geral, quanto mais água o alimento tiver, mais facilmente ele pode estragar-se. A razão é simples: a água é indispensável para o crescimento de microrganismos, seres vivos tão pequenos que somente é possível vê-los usando um microscópio. E a presença de microrganismos no alimento pode fazê-lo estragar-se. Portanto, a desidratação tem o objetivo de conservá-lo.
Água, fora!
A desidratação pode ser feita de duas maneiras. É possível usar calor para secar o alimento ou extrair a água por meio de um processo chamado liofilização. Para secar usando calor, veja só: o alimento pode ser colocado dentro das estufas onde há ar quente circulando. É dessa forma que são obtidos, por exemplo, o tomate seco, a uva-passa, os vegetais desidratados, a banana-passa.

(ilustrações: Mariana Massarani)
(ilustrações: Mariana Massarani)
No entanto, existem processos de secagem mais aprimorados. Imagine que o alimento líquido pode ser colocado em uma câmara onde há uma corrente de ar quente no topo. As gotas de líquido são lançadas, como spray, em direção a essa corrente. Ao entrar em contato com o ar quente, a água das gotas evapora instantaneamente. Então, o alimento seco cai no chão da câmara, como pó, e é recolhido. Leite e suco em pó, por exemplo, podem ser produzidos por meio desse processo.
Também é possível usar cilindros aquecidos giratórios para secar um alimento líquido. Esse equipamento recebe sem parar uma fina camada de alimento. Ao entrar em contato com a superfície quente dos cilindros, a água evapora rapidamente em formade flocos. Essa é outra maneira usada para produzir leite em pó. Também é assim que são feitos, por exemplo, os flocos de mingau instantâneo.
Já na liofilização, a história é diferente. Não há lugar para o calor neste processo. Na liofilização, o alimento é congelado. E, por um método especial, a água que ele contém passa do estado sólido direto para o de vapor.
Como o alimento não é aquecido, conserva melhor seus nutrientes, como as vitaminas. Sua aparência também é mais parecida com a do alimento fresco. Como esse processo é mais caro, é usado apenas em produtos especiais.
Agora que você conhece os mistérios da comida instantânea, solte a imaginação. Pense quais alimentos poderiam ser desidratados e virar alimentos instantâneos!

FONTE: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/quimica-para-matar-a-fome/

Nenhum comentário:

Postar um comentário