por KAROLINE DOS SANTOS TARNOWSKI
Pensamos em iniciar as aulas com questões que despertassem a curiosidade dos alunos, como “Por que os barcos não afundam? Por que uma bola de gude que é muito menor do que um barco afunda e o barco não?”, a fim de relacionar a densidade com o empuxo. Então, é propusemos a leitura de um texto que trata sobre esse fenômeno e que menciona a densidade. A partir da leitura, dá-se um maior enfoque à densidade.
Feito isso, é explicado sobre a densidade, suas proporções de massa e também de volume através da fórmula da densidade, d=m/v. São trazidos exemplos do cotidiano, como isopor, ferro, plástico, água, madeira, dentre outros ;).
Se possível, é interessante levar esses objetos de mesmo volume
(cubos, se tiver disponível) para que seja possível fazer a relação com a densidade. Hoje vejo que a densidade dos materiais é algo muito simples, mas quando estava no primeiro ano do Ensino Médio lembro de ter dificuldades para entender o que ela significava. Pensava que era um número dividido por outro, simplesmente. No Pibid percebo que os alunos apresentam a mesma dificuldade. A relação foi por mim melhor compreendida quando a professora mencionou que se tivéssemos duas caixas iguais com substâncias diferentes, a que tivesse ferro, por exemplo, pesaria mais por ser mais denso e ter maior massa, e que a água presente na outra caixa seria mais leve, por ser menos densa. A partir desse exemplo eu compreendi, mas acredito que se forem trazidos objetos para mostrar aos alunos facilita muito a
aprendizagem :D.
Se não dispor de cubos, como eu havia sugerido, você também pode pegar várias garrafas plásticas de mesmo volume e preencher com diferentes materiais, se achar conveniente. Areia, pedras, água, arroz, feijão, sal. Assim, os estudantes verão que todas as garrafas possuem o mesmo tamanho, mesmo volume, mas que dependendo do material, é mais leve ou pesado. Se dispor de uma balança, pode utilizar em sua aula também ;).
Na segunda aula propusemos a realização de dois experimentos. No primeiro, os alunos analisarão que a parafina (pode utilizar pedacinhos de vela, caso não disponha de parafina em bolinhas), ao ser colocada em dois líquidos transparentes desconhecidos (álcool e água), afunda no primeiro e flutua no outro líquido. Então, durante a aula e a realização das questões, verão que isso ocorre porque a parafina tem uma densidade intermediária entre esses dois líquidos.
A seguir encontra-se uma imagem do procedimento. Você também vai encontrá-la no arquivo no final deste post disponível para download. Acrescentamos essas questões iniciais para que o professor consiga verificar se ficou claro para os alunos o que cada uma dessas propriedades significa. Acredito que seja interessante deixar os estudantes tentarem resolver e não ficar fornecendo respostas prontas. Fazer isso para verificar a aprendizagem dos estudantes mesmo, analisar se eles compreenderam. Após eles responderem e ser discutido com a turma, dá-se início a realização do primeiro experimento.
Depois de os estudantes terem realizado as atividades e se ter discutido com a turma sobre o que eles verificaram, o porquê do fenômeno observado ter acontecido, pode ser realizado a segunda atividade.
O segundo experimento desenvolvido nesta segunda aula poderá ser demonstrativo ou realizado pelos alunos, depende do que você preferir. Independente da forma, o professor discutirá com os alunos sobre a diferença entre a densidade de um refrigerante sem açúcar (zero) e de um refrigerante com açúcar, e verão que o refrigerante que possui açúcar afunda mais do que o isento de açúcar, por ter uma massa maior no mesmo volume da latinha.
Após isso, pode ser verificado quantos gramas de açúcar o refrigerante normal possui e ser discutido os malefícios dessa quantidade.
Se você possuir sachês de açúcar, seria legal levar para a sala e mostrar para os alunos quantos sachês equivalem a apenas uma latinha. Tive uma aula assim, certa vez, e achei bem interessante! Porque é possível observar que cada latinha possui uma quantidade grande de açúcar, um número significativo de sachês.
Na terceira aula, poderá ser desenvolvida uma atividade experimental envolvendo tanto a variação da massa quanto a variação de volume utilizando garrafas plásticas de 500 mL e 2 L. Neste procedimento repetiu-se as equivalências de mL e L devido à dificuldade que os alunos apresentam em reconhecer tais relações.
Assim como nos demais experimentos, depois da realização deste terceiro é importante que os professores discutam o porquê dos fenômenos ocorridos, para que os alunos de fato compreendam.
Como eu havia dito anteriormente, essa sequência didática ainda não foi aplicada com nenhuma turma, foi apenas uma proposta para dar início ao estudo de densidade. Então, não posso afirmar com certeza se é possível desenvolvê-la em três aulas. Talvez quatro aulas sejam necessárias, ou cinco. Depende da turma, também.
Se utilizá-la em suas aulas, não esqueça de nos contar nos comentários. Se fizer algum ajuste também ou acrescentar outras atividades que darão sequência a essas apresentadas, compartilhe conosco. Assim outros professores verão também o que pode ser desenvolvido :D.
Para fazer o download desta sequência didática em PDF, clique aqui.
Você encontrará o plano das aulas e os anexos contendo o texto e os roteiros com as questões.
FONTE: https://quimicaempratica.com/2015/10/25/trabalhando-densidade/
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