Imagem: educacao.estadao.com.br |
Segundo a diretora de Educação da Fundação Itaú Social, Patrícia Mota Guedes, formações em campo dentro da sala de aula são as que renderam mais frutos. “Isso provocou discussões porque as estratégias mais tradicionais tiravam o professor da sala de aula, para palestras e conferências”, afirma.
Depois do nível socioeconômico e a escolaridade da mãe, a qualidade do professor é o fator que mais afeta o desempenho da classe, diz Patrícia. “Conseguimos ver essa diferença em escolas da mesma área, com o mesmo perfil de alunos, mas que têm resultados diferentes. Se olhar de perto, aquela escola onde os professores usam melhores práticas tem um desempenho melhor.”
Outro desafio para turbinar a formação continuada é diminuir a resistência dos profissionais da educação, que temem perda de autonomia. “É preciso mudar a cultura. O professor ainda resiste a expor o que acontece em sala de aula”, explica Cláudio Oliveira, diretor do Instituto Singularidades, voltado para a formação docente. “O paradigma mudou. O bom professor hoje deve trabalhar na lógica de colaboração para tornar a classe mais atrativa”, defende.
Partilha de experiências.
A colaboração entre docentes faz parte da receita de sucesso da rede de ensino de Sobral, no interior cearense, outro exemplo citado no estudo. “No início havia resistência, mas depois os próprios professores viram que as formações eram positivas e eles ainda poderiam compartilhar as melhores práticas”, conta Júlio César da Costa, secretário municipal de Educação.
Iniciada há 14 anos, a reforma educacional no município alavancou a aprendizagem dos alunos no ensino fundamental e inspirou programas federais na área. Para a capacitação, Sobral montou uma escola própria de formação do magistério, que oferece cursos que aperfeiçoam a didática e a bagagem sociocultural dos professores. “Também faz a diferença o acompanhamento na escola, de perto”, afirma o secretário. “Damos gratificação aos professores que superam as metas, mas vemos que não é isso que mais os motiva”, diz.
Até a escolha dos materiais didáticos, feita de acordo com a realidade de cada escola ou classe, também influencia os treinamentos. “O material didático deve se adequar às ações propostas e é a base dessa formação. Com isso, o professor tem condições de preparar seu plano de aula”, descreve.
Veja também em:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=20573:estudo-revela-que-desempenho-de-alunos-melhora-em-ate-70-com-professor-capacitado&catid=211&Itemid=86
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FONTE: http://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,boa-formacao-de-docente-pode-fazer-aluno-aprender-70-a-mais,1524662
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