sábado, 7 de fevereiro de 2015

O LAGO QUE BRILHA: QUAL A QUÍMICA POR TRÁS DISSO?

No verão de 2008/2009 um estranho fenômeno ocorreu nos lagos Gippsland, em Victoria, na Austrália.
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Imagem de http://cienciacentral.weebly.com/
   Os lagos Gippsland são formados por inúmeros lagos, pântanos e lagoas, que cobrem uma área de 354 km², contando com cerca de 400 espécies nativas da flora e 300 espécies da fauna, sendo considerada uma área de preservação.
     Durante o ano de 2006 houveram cerca de 70 incêndios  que acabaram afetando a área da bacia para os lagos Gippsland. Após os incêndios vieram as chuvas em 2007, que chegaram com tanta intensidade que provocaram inundações, condições estas que ao misturar água salgada do mar com a água doce do lago, causaram um surto de algas verde-azuladas, o que deu aos lagos uma cor diferenciada. Vale lembrar que muitas destas condições ainda continuaram atingindo diversas regiões nos anos posteriores.
     Estas algas tinham um efeito fluorescente e, cada vez que as águas se agitavam por qualquer motivo, desde uma quebra de onda ou mesmo por alguma pessoa que atrapalhasse a tranquilidade das águas, a luminosidade aumentava. O fenômeno da bioluminescência nunca foi tão forte como naquele verão, porém ainda é possível ocorrer, em condições adequadas.
    Mas e agora, como explicar isso quimicamente? Bom, temos que entender que esse efeito deriva dos efeitos da luz, ou seja, das radiações eletromagnéticas. Esse é um estudo responsável pelaFotoquímica, área da Química que estuda esses efeitos químicos provenientes da luz , além de também estudar as reações químicas produzidas pela emissão de radiação eletromagnética, a chamada luminescência.
   (Antes de continuar, se quiser saber mais sobre "radiação eletromagnética", clique aqui).
    Dentre os fenômenos de luminescência está a bioluminescência, uma radiação eletromagnética emitida por seres vivos devido a reações químicas que ocorrem no seu organismo, com o decaimento de elétrons de níveis energéticos excitados para níveis mais baixos. 


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    Nesse caso, a radiação emitida tem comprimento de onda na região do visível, diferente do fenômeno de fluorescência apresentado por alguns organismos.
    Por exemplo, a luz do vaga-lume é produzida por uma reação química que ocorre dentro do organismo do inseto e tem como objetivo atrair parceiros. São substâncias químicas naturalmente presentes no vaga-lume que reagem com o oxigênio, emitindo luz. A frequência com que a luz pisca está relacionada ao seu fluxo de oxigênio, controlado por meio da respiração. Existem outras espécies de organismos que também apresentam luminescência, como alguns peixes que vivem em regiões profundas, onde a luz do sol não chega, como o peixe-víbora, mostrado no filme de animação “Procurando Nemo” . Nesse caso, a função da luminescência é atrair as presas.
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Fonte:  http://cienciacentral.weebly.com/novas/o-lago-que-brilha-qual-a-quimica-por-tras-disso

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