sábado, 30 de maio de 2015

Baixe gratuitamente 130 apostilas para estudar para o Enem

Estudantes encontram materiais de diversas disciplinas

O site Canal do Ensino preparou uma lista com 130 apostilas para o Enem que podem ser baixadas gratuitamente. Estudantes encontram materiais de História, Filosofia, Sociologia, Matemática, Química, Geografia, Literatura, Português, Física, Redação e Biologia.
Veja abaixo a lista completa e bom estudo.
iStock
Materias de diversas disciplinas estão disponíveis para download gratuito(iStock)

História
Biologia
Redação
Física
Português
Literatura
Geografia
Química
Matemática
Filosofia e Sociologia
FONTE: https://catracalivre.com.br/geral/web-educacao/indicacao/baixe-gratuitamente-130-apostilas-para-estudar-para-o-enem/

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Teatro de temática científica: conceituação, conflitos, papel pedagógico e contexto brasileiro

Imagem de luciblimabraga.blogspot.com
Leonardo Maciel Moreira1, Martha Marandino2

1Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rua Aloisio Gomes da Silva, 50, Laboratórios de Química, Granja dos Cavaleiros, CEP 27930560, Macaé, RJ, Brasil. E-mail: <leo.qt@hotmail.com>
2Departamento de Metodologia do Ensino e Educação Comparada, Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil.


O teatro de temática científica ainda é um fenômeno recente no Brasil. Ele se configura como um tipo de teatro que se propõe favorecer a divulgação e a educação científica. Apesar de não existirem muitas pesquisas acadêmicas sobre esse tema, o teatro de temática científica tem sido uma prática de professores da Educação Básica e Superior, bem como de instâncias não formais de educação. Este artigo tem como objetivo realizar uma análise sistematizada do teatro de temática científica, visando à educação em ciências. Para isso, será problematizado o termo teatro de temática científica, explicitando sua definição e sua articulação com alcance de uma alfabetização científica. Ao final, são enunciados grupos e projetos no Brasil que realizam esse tipo de atividade, focalizando suas produções e propostas.

Palavras-Chave: Teatro científico; Educação em ciências; Divulgação científica; Popularização da ciência; Alfabetização científica

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Atenção... Alerta... Ritalina, a droga legal que ameaça o futuro!!

Com efeito comparável ao da cocaína, droga é receitada a crianças questionadoras e livres. Professora afirma: “podemos abortar projetos de mundo diferentes”

131125-Calvin
Imagem de http://outraspalavras.net/outrasmidias/destaque-outras-midias/ritalina
Por Roberto Amado, no DCM

É uma situação comum. A criança dá trabalho, questiona muito, viaja nas suas fantasias, se desliga da realidade. Os pais se incomodam e levam ao médico, um psiquiatra talvez.  Ele não hesita: o diagnóstico é déficit de atenção (ou Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH) e indica ritalina para a criança.

O medicamento é uma bomba. Da família das anfetaminas, a ritalina, ou metilfenidato, tem o mesmo mecanismo de qualquer estimulante, inclusive a cocaína, aumentando a concentração de dopamina nas sinapses. A criança “sossega”: pára de viajar, de questionar e tem o comportamento zombie like, como a própria medicina define. Ou seja, vira zumbi — um robozinho sem emoções. É um alívio para os pais, claro, e também para os médicos. Por esse motivo a droga tem sido indicada indiscriminadamente nos consultórios da vida. A ponto de o Brasil ser o segundo país que mais consome ritalina no mundo, só perdendo para os EUA.

A situação é tão grave que inspirou a pediatra Maria Aparecida Affonso Moysés, professora titular do Departamento de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, a fazer uma declaração bombástica: “A gente corre o risco de fazer um genocídio do futuro”, disse ela em entrevista ao  Portal Unicamp. “Quem está sendo medicado são as crianças questionadoras, que não se submetem facilmente às regras, e aquelas que sonham, têm fantasias, utopias e que ‘viajam’. Com isso, o que está se abortando? São os questionamentos e as utopias. Só vivemos hoje num mundo diferente de mil  anos atrás porque muita gente questionou, sonhou e lutou por um mundo diferente e pelas utopias. Estamos dificultando, senão impedindo, a construção de futuros diferentes e mundos diferentes. E isso é terrível”, diz ela.
Methylphenidate-2D-skeletal.svg
Metilfenidato (principio ativo da ritalina)
O fato, no entanto, é que o uso da ritalina reflete muito mais um problema cultural e social do que médico. A vida contemporânea, que envolve pais e mães num turbilhão de exigências profissionais, sociais e financeiras, não deixa espaço para a livre manifestação das crianças. Elas viram um problema até que cresçam. É preciso colocá-las na escola logo no primeiro ano de vida, preencher seus horários com “atividades”, diminuir ao máximo o tempo ocioso, e compensar de alguma forma a lacuna provocada pela ausência de espaços sociais e públicos. Já não há mais a rua para a criança conviver e exercer sua “criancice.

E se nada disso funcionar, a solução é enfiar ritalina goela abaixo. “Isso não quer dizer que a família seja culpada. É preciso orientá-la a lidar com essa criança. Fala-se muito que, se a criança não for tratada, vai se tornar uma dependente química ou delinquente. Nenhum dado permite dizer isso. Então não tem comprovação de que funciona. Ao contrário: não funciona. E o que está acontecendo é que o diagnóstico de TDAH está sendo feito em uma porcentagem muito grande de crianças, de forma indiscriminada”, diz a médica.

Mas os problemas não param por aí. A ritalina foi retirada do mercado recentemente, num movimento de especulação comum, normalmente atribuído ao interesse por aumentar o preço da medicação. E como é uma droga química que provoca dependência, as consequências foram dramáticas. “As famílias ficaram muito preocupadas e entraram em pânico, com medo de que os filhos ficassem sem esse fornecimento”, diz a médica. “Se a criança já desenvolveu dependência química, ela pode enfrentar a crise de abstinência. Também pode apresentar surtos de insônia, sonolência, piora na atenção e na cognição, surtos psicóticos, alucinações e correm o risco de cometer até o suicídio. São dados registrados no Food and Drug Administration (FDA)”.

Enquanto isso, a ritalina também entra no mercado dos jovens e das baladas. A medicação inibe o apetite e, portanto, promove emagrecimento. Além disso, oferece o efeito “estou podendo” — ou seja, dá a sensação de raciocínio rápido, capacidade de fazer várias atividades ao mesmo tempo, muito animação e estímulo sexual — ou, pelo menos, a impressão disso. “Não há ressaca ou qualquer efeito no dia seguinte e nem é preciso beber para ficar loucaça”, diz uma usuária da droga nas suas incursões noturnas às baladas de São Paulo. “Eu tomo logo umas duas e saio causando, beijando todo mundo, dançando o tempo todo, curtindo mesmo”, diz ela.

FONTE:http://outraspalavras.net/outrasmidias/destaque-outras-midias/ritalina-a-droga-legal-que-ameaca-o-futuro/

sábado, 23 de maio de 2015

Ciência Forense no Ensino de Química por Meio da Experimentação

Imagem de profjabiorritmo.blogspot.com
Mauricio Ferreira da Rosa
Priscila Sabino da Silva
Francielli De Bona Galvan

Relatos de Sala de Aula


Este trabalho relata uma experiência didática para estudantes do ensino médio, na qual foi abordado um tema de crescente interesse: a ciência forense. As atividades foram aplicadas a uma turma do 3º ano do período noturno de uma escola da rede pública localizada na cidade de Toledo (PR), na qual participaram aproximadamente 20 estudantes. Por intermédio de aulas expositivas e experimentais, que culminaram com uma simulação de um fato, denominada cena do crime, foi possível observar a motivação e participação dos alunos envolvidos. O uso da experimentação associada à ciência forense mostrou-se uma importante ferramenta didática para ser utilizada como facilitadora no processo de ensino-aprendizagem, bem como para a inserção dos conteúdos na disciplina de química no ensino médio.

Leia tudo aqui...

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Desastre nuclear na usina de Chernobyl completa 29 anos

A explosão do reator nuclear, que vitimou milhares de pessoas por conta da radiação, acelerou a queda da União Soviética e despertou o temor sobre o uso da energia nuclear.

vista da cidade de pripyat com o quarto reator de chernobyl ao fundo - foto tirada em 2000 (Foto: getty)
VISTA DA CIDADE DE PRIPYAT COM O QUARTO REATOR DE CHERNOBYL AO FUNDO - FOTO TIRADA EM 2000 (FOTO: GETTY)
Ainda era madrugada de sábado, quando os técnicos da usina nuclear de Chernobyl, localizada a pouco mais de 150 quilômetros da capital ucraniana Kiev, estavam a postos para conduzir uma bateria de testes de rotina. A avaliação consistia em desligar a rede elétrica da central e ativar o sistema auxiliar de emergência para que a usina continuasse funcionando normalmente caso houvesse algum apagão.

O relógio marcava 1h23min da manhã do dia 26 de abril de 1986 quando o teste se transformou em um dos maiores acidentes da história: ao diminuir a potência das turbinas, o sistema de resfriamento do reator nuclear número quatro parou de funcionar, causando um superaquecimento que culminou em uma grande explosão de vapor. O teto do reator, que pesava mil toneladas, foi destruído, e uma nuvem de radiação tomou a cidade. “A vegetação, o solo e a água foram contaminados, sendo necessária a evacuação dos moradores. A nuvem radioativa, com elementos como o césio-137 e o iodo-131, se estendeu por vários países da Europa”, afirma a professora de química Márcia Guekezian, da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Desde 1949, quando a União Soviética detonou a sua primeira bomba atômica, o país investiu pesado na tecnologia nuclear, inaugurando a primeira central de energia atômica do mundo, em 1954, na região russa de Obninsk. República que fazia parte da nação soviética, a Ucrânia também contava com um parque nuclear de peso, abrigando a maior usina da Europa, na cidade de Zaporizhia. Construída em 1977, a central de Chernobyl contava com quatro reatores responsáveis por fornecer cerca de 10% da energia para o território ucraniano.

Placa que indica a zona de exclusão (Foto: getty)
PLACA QUE INDICA A ZONA DE EXCLUSÃO (FOTO: GETTY)
Apesar de na década de 1980 a União Soviética viver um período de estagnação econômica e desvantagem tecnológica em relação aos países ocidentais, a tecnologia atômica do país era considerada sólida. “Os conceitos de ecologia começaram a ser discutidos com mais intensidade a partir da década de 1970 e o desastre em Chernobyl despertou a fragilidade do planeta em relação às usinas nucleares”, diz o professor de história Alexandre Hecker, do Mackenzie.

Até então, o principal incidente envolvendo energia atômica ocorrera em 1979, quando a usina americana de Three Mile Island, na Pensilvânia, superaqueceu e só não explodiu graças à liberação de gases radioativos no meio ambiente. Um episódio com consequências pequenas se comparado ao que aconteceu em Chernobyl: 31 pessoas morreram por conta da explosão e no combate ao fogo, mas milhares foram diretamente afetadas por conta da nuvem de radiação, que obrigou a evacuação dos 350 mil moradores da cidade de Pripyat, construída pelo governo soviético para abrigar os trabalhadores da usina nuclear.

“A liberação de alta radiação ionizante é capaz de matar as células do organismo, além de causar mutações. Dependendo do tempo de exposição, podem ocorrer danos irreversíveis no sistema nervoso central”, afirma Márcia. O número de vítimas causadas pela radiação não é um consenso, mas as Nações Unidas estimam que mais de 9 mil pessoas morreram em decorrência à exposição de césio-137 e iodo-131, além do aumento significativo dos casos de câncer de tireoide na Ucrânia, na Bielorrússia e em parte da Rússia.


Barcos e balsas abandonadas em Pripyat, desde o acidente (Foto: getty)
BARCOS E BALSAS ABANDONADAS EM PRIPYAT, DESDE O ACIDENTE (FOTO: GETTY)
Mikhail Gorbatchev, secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética, iniciava suas reformas econômicas e políticas quando a notícia do desastre nuclear chegou ao Kremlin. “Vocês sabem que houve um inacreditável erro, o acidente na usina nuclear de Chernobyl. Ele afetou duramente o povo soviético, e chocou a comunidade internacional. Pela primeira vez, nós confrontamos a força real da energia nuclear, fora de controle”, disse o líder em um discurso transmitido pela rede de televisão soviética.

Para combater os efeitos da radiação, o governo determinou uma zona de exclusão com raio de 30 quilômetros do epicentro da explosão, mobilizando mais de 500 mil pessoas. “Do ponto de vista simbólico e político, o acidente contribuiu para a aceleração do fim da União Soviética ao questionar a eficácia da administração socialista”, diz Hecker.

Após evacuar a população da região às pressas e combater o fogo que consumia parte da usina, as autoridades soviéticas iniciaram a construção de uma espécie de sarcófago de 200 toneladas para aplacar o vazamento da radiação. Mesmo assim, a zona de exclusão continua a existir e Pripyat se tornou uma cidade fantasma. “Para ter ideia, o césio-137 demora cerca de 30 anos para que sua radiação caia pela metade e cada elemento tem um tempo de meia-vida diferente”, afirma Márcia. “Por conta disso, a radiação ainda persiste em existir naquele local.”

Parque de diversões abandonado (Foto: getty)
PARQUE DE DIVERSÕES ABANDONADO (FOTO: GETTY)
Com o final da União Soviética, em 1991, os cuidados em relação à administração da usina ficaram a cargo das autoridades ucranianas, que vivem um momento de tensão com a Rússia por conta dos movimentos separatistas concentrados no leste da Ucrânia. “A história de Chernobyl está viva e volta a nos assustar, como o que ocorreu recentemente na usina japonesa de Fukushima após o tsunami”, diz Hecker. Logo após o acidente, a versão oficial da investigação responsabilizou os operadores da usina pelo erro que culminou com o superaquecimento do reator. Uma segunda tese, no entanto, coloca a tecnologia deficiente da usina como motivadora da instabilidade capaz de provocar a explosão de vapor.

Placa com o símbolo da união soviética em Pripyat - acidente contribuiu para a dissolução (Foto: getty)
PLACA COM O SÍMBOLO DA UNIÃO SOVIÉTICA EM PRIPYAT - ACIDENTE CONTRIBUIU PARA A DISSOLUÇÃO (FOTO: GETTY)
FONTE: http://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2015/04/desastre-nuclear-na-usina-de-chernobyl-completa-29-anos.html