sexta-feira, 19 de julho de 2013

Ensino de química e as ferramentas computacionais

Ferramentas Computacionais para o Ensino de Química: Necessidade, Contribuições e Articulação teórica-prática


*Weverton Santos de Jesus1 (PG), João Paulo Mendonça Lima (PG), Thiago Batinga de Oliveira (FM)
1Universidade Federal de Sergipe, Cidade Universitária Prof. “José Aloísio de Campos” – São Cristóvão – SE
*E-mail: wevertondqi@yahoo.com.br
Palavras-Chave: TIC’s, FCEQ, ESEQ I

Introdução

O mundo atual impõe a formação de profissionais capazes de dominar as tecnologias da informação e da comunicação (TIC’s), impostas por uma sociedade cada vez mais informatizada e globalizada. Assim sendo, tem-se havido uma preocupação crescente com a proposição de alternativas que fomentem condições na formação de professores para aquisição de tais competências e habilidades. Com as novas Diretrizes Curriculares Nacionais para Formação de Professores da Educação Básica, muitos cursos de licenciatura sofreram uma reestruturação curricular, possibilitando a inserção de disciplinas que articulassem conteúdos e práticas com as TIC’s.
Assim, a disciplina Ferramentas Computacionais para o Ensino de Química (FCEQ) implantada no currículo de 2006, do Curso de Química Licenciatura da UFS, a qual ministrei nos anos de 2008 e 2009, busca capacitar o futuro professor de química para uso e construção de materiais e metodologias no âmbito das TIC’s. A pesquisa proposta buscou refletir acerca das idéias de um grupo de alunos que se encontram no Estágio Supervisionado em Ensino de Química I (ESEQ I), sobre as contribuições e a necessidade da disciplina FCEQ no currículo e sua articulação teórica-prática com os materiais que são produzidos e desenvolvidos no estágio.

Resultados e Discussão

Foram aplicados questionários com questões abertas a 12 alunos integrantes da disciplina de ESEQ I que cursaram a disciplina FCEQ nos período 2008/1 e 2009/1. Sobre a inserção desta disciplina na grade curricular os alunos em sua unanimidade ressaltaram a necessidade de compreensão de um mundo cada vez mais tecnológico e de formar professores para o domínio de tais tecnologias, enfatizando a necessidade de pesquisa e melhoria da prática pedagógica deste, no intuito de aproximar e motivar os alunos para as aulas de química. Ressaltaram ainda algumas expectativas foram criadas que nas palavras destes (11) relacionava-se a uma “empolgação” sobre a possibilidade de articulação do computador, da informática e do ensino de química para com a “inovação das aulas”. Um aluno demonstrou que as expectativas foram superadas, “pois esperava uma disciplina teórica, distante da realidade do nosso estado”, o que não aconteceu pelo caráter pedagógico que disciplina propõe, distanciando-se do tecnicismo e da baixa aplicabilidade. Nessa perspectiva os alunos, apontaram: os softwares educacionais e o ensino de química (8), estratégias educacionais para as TIC’s (1), as oficinas pedagógicas (2), a Educação e as TIC’s (1), como conteúdos dispostos na ementa da disciplina que se destacaram. No entanto, em uma análise crítica com relação ao trabalho e a prática da disciplina, mencionaram como aspectos negativos: a precariedade e o espaço físico do laboratório de informática (7), e possíveis melhorias: uma maior quantidade oficinas para a aplicabilidade das TIC’s (3), aumento da carga horária da disciplina (2), e melhor articulação com conteúdo programático. Alguns desses itens, provavelmente poderão ser atendidos, visto que o currículo sofreu novas modificações e inserção de outras disciplinas entre elas a Ferramentas Computacionais e Prática Pedagógica Docente (caráter optativa), que visa trazer novas relações de conhecimento com as TIC’s aos futuros professores de química. No ESEQ I os alunos elaboram um material alternativo conhecido como unidade didática que se pauta em um modelo de “Ensino CTS” (3), que na concepção dos alunos articula-se com o que foi discutido na disciplina FCEQ, por isso a implementação nos seus projetos de estágios de práticas com uso de softwares, pesquisas orientadas (2), e vídeo didático (2), que se relacionam com os conteúdos químicos e sociais.

Conclusões

Observa-se uma contribuição significativa da inserção da disciplina FECQ no currículo e na formação desses alunos especificamente, com articulação teórica-prática no ESEQ I, no sentido de apontar para novas formas de ensinar (9) além de oferecer conhecimentos a respeito das TIC’s (3).

Agradecimentos

Aos alunos das disciplinas FCEQ e ESEQ I.
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BRASIL, Resolução CNE/CP Nº 1 – Diretrizes curriculares
nacionais para a formação de professores da Educação Básica
em nível superior, cursos de licenciatura, de graduação plena, de
18 de fevereiro de 2002, Brasília.

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