segunda-feira, 15 de julho de 2013

Fogo: A reação química que foi adorada como um deus


O primeiro interesse que o homem teve pela Química não foi a obtenção do elixir da longa vida, nem a obtenção da pedra filosofal, muito metais preciosos. Seu interesse mais desejado e urgente foi por uma reação química: o fogo. Este reunia todas as condições para ser considerado um deus, um mistério insondável e uma fonte inesgotável para a mitologia. Ele aparecia explosivamente das estranhas da Terra com grandes rugidos, ou caía do céu com grande barulho e conseqüências espetaculares.

Podia ser devorador, esquentar os corpos tremidos de frio, dar luz, afugentar os predadores, transformar alimentos… ou extinguir-se, privando o homem de todos os seus benefícios. A veneração pelo fogo é uma das primeiras manifestações de caráter religioso. Prometeu roubou a primeira chama do Monte Olimpo. Algumas tribos semitas sacrificam, nesse caso lançando ao fogo, seus filhos primogênitos ao deus Moloc. Vulcano foi o deus romano do fogo, e Hefesto, o deus grego do fogo e da metalurgia.

O fogo foi fonte de incontáveis guerras para que se conseguisse sua posse e está na origem do nomadismo e no nascimento da agricultura ao permitir queimar a vegetação selvagem. Nunca uma reação química foi tão útil e popular. No princípio, o fogo era guardado e cuidado. Para isso havia templos, sacerdotistas. Logo se aprendeu a fabricá-lo friccionando madeiras ou golpeando pedras entre si para acender material vegetal seco, até que em 1827, Walker inventou o fósforo de ficção.

Descobriu que uma mistura de sulfeto de antimônio cloreto de potássio produzia uma chama quando era esfregada contra uma superfície áspera. Começou a vender as luzes de fricção, lascas de madeira com a mistura com a mistura grudada na ponta (1827), primeiro para clientes na loja e depois pelo correio para toda a Grã-Bretanha.

A novidade era vencida em pequenas latinhas cilíndricas, com um pedaço de lixa grudada. Apesar do encorajamento de amigos como Michael Faraday, ele decidiu não patentear a invenção ou explorar isto em uma escala maior para ganhar mais dinheiro, garantindo que ganhava o suficiente para as próprias necessidades e que desejava que sua descoberta se tornasse um benefício público. Em virtude disso, os créditos da invenção só lhe foram atribuídos depois de sua morte (1859) em Stockton-on-Tees, onde foi enterrado no Norton Churd Yard. A Química, como ciência, é fundamentada pela experimentação.
Fonte: http://www.agracadaquimica.com.br/index.php?acao=quimica/ms2&i=23&id=620

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