terça-feira, 13 de agosto de 2013

Como as grafites são colocadas em um lápis de madeira?


Dê uma olhada na ponta de um lápis de madeira novo antes de apontá-lo. Parece que a madeira é uma peça sólida única. Isso pode fazê-lo crer que os fabricantes de lápis fazem um furo reto no meio da peça de madeira e, então, inserem um bastão de grafite. Ainda que os primeiros lápis fossem fabricados dessa forma, não é assim que os lápis de madeira são fabricados em massa atualmente.
Antes de discutir como a grafite é inserida nas peças de madeira, vamos esclarecer o que realmente é a grafite. A grafite dos lápis não é realmente só de grafite; é uma combinação de grafite finamente moída com argila, misturada com água e pressionada a altas temperaturas para formar finas barras. Em inglês ela tem o nome de lead (chumbo) porque os ingleses que primeiro descobriram a grafite acreditavam que tinham encontrado chumbo. De acordo com o Museu do Lápis de Cumberland (em inglês), em meados do século 16 uma violenta tempestade derrubou diversas árvores em Borrowdale, Inglaterra, revelando um grande depósito de uma substância negra que inicialmente acreditou-se que fosse chumbo. Mais de duzentos anos depois, um cientista inglês descobriu que a substância não era realmente chumbo, mas um tipo de carbono. A substância foi chamada de grafite, da palavra grega para designar ‘escrever’, pois era assim que as pessoas usavam a substância.
Os primeiros lápis eram versões rudimentares dos modelos padronizados atuais. Eles eram somente grossos pedaços de grafite usados por carpinteiros e artesãos para fazer marcas sem deixar entalhes nos materiais e evoluíram para pedaços de grafite enrolados em peles, depois lápis de grafite enrolados com fios, o primeiro lápis com um núcleo de grafite com perfil redondo. Para usar um desses lápis, o escritor tinha que desenrolar o fio à medida que a grafite ia se desgastando. O próximo salto importante no desenho foi perfurar um bastão de cedro e enfiar uma peça de grafite no furo, uma idéia freqüentemente usada pelos italianos. Os ingleses abraçaram essa idéia, mas simplificaram consideravelmente o processo de fabricação. Em vez de perfurarem uma peça de madeira, simplesmente eles fizeram um sulco na madeira, inseriram uma peça de grafite e a nivelaram com o topo do sulco. Então, eles colaram uma pequena ripa de madeira por cima, encapsulando a grafite.
Cobertura do lápis: a sequência superior mostra o antigo método, que requeria que os pedaços de grafite fossem cortados na medida. A sequência inferior é o método atual, usando tiras de grafite e argila.
Atualmente, a maioria dos lápis é produzida em massa a partir de grandes blocos de cedro cortados em ripas. Uma máquina faz oito sulcos, com profundidade igual à metade da espessura do bastão de grafite e argila nas ripas e, então, coloca os bastões em cada sulco. Assim que os bastões estiverem presos, uma segunda ripa com sulcos é colada em cima da primeira. Quando a cola seca, as ripas são inseridas em uma máquina de corte que corta a madeira em diversas formas e divide as ripas em oito lápis separados. As junções em que as duas ripas se juntam são lixadas e diversas camadas de tinta são aplicadas ao lápis, dando a ele a aparência de uma estrutura sólida.
De acordo com a Musgrave Pencil Co. Inc (em inglês), mais de 14 bilhões de lápis são produzidos anualmente no mundo, o suficiente para dar a volta naTerra sessenta e duas vezes. Essa pilha de lápis inclui uma ampla variedade e tamanhos de lápis. Se você já participou de testes de múltipla escolha, tipo marcar em quadradinhos, provavelmente sabe que os lápis variam em matizes. O número impresso na lateral do lápis indica a dureza e a intensidade de tom do núcleo de grafite: quanto maior o número, mais duro é o núcleo de grafite. Devido ao fato de um núcleo duro perder menos quantidade da mistura de grafite e argila no papel, ele deixará um traço mais tênue do que um núcleo mais macio.

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