Hoje é para falar um pouco sobre uma
matéria do portal G1, que relata o surgimento do cachorro doméstico na Europa,
há pelo menos 19 mil anos atrás. Mas como identificar aproximadamente a idade
dos fósseis encontrados?
Imagem reprodução G1: Esqueleto canino de 8.500 anos enterrado no sítio arqueológico Koster, em Illinois, EUA. (Foto: Center for American Archaeology/Del Baston/AP) |
Notícia:
Uma análise detalhada de DNA apontou que os cães modernos surgiram na Europa entre 19 mil e 32 mil anos atrás.
FONTE: http://quipibid.blogspot.com/2014/11/como-se-determina-idade-de-um-fossil.html#more
Uma análise detalhada de DNA apontou que os cães modernos surgiram na Europa entre 19 mil e 32 mil anos atrás.
Pesquisas anteriores haviam sugerido, no entanto, que a origem do melhor
amigo do homem seria o leste asiático ou o oriente médio. O debate sobre qual
teoria é verdadeira, não deve terminar tão cedo. Todos concordam, porém, que os
cães se originaram dos lobos.
Durante um longo processo, os cães foram domesticados e se mostraram
úteis para caçar e proteger seus donos.
O DNA dos cães modernos mostrou grandes semelhanças com as espécimes de
antigos cachorros europeus e também com o dos lobos europeus modernos.
Um dos responsáveis pelo estudo disse que agora há três possíveis
hipóteses sobre as origens dos cães e que o tipo de lobo que deu origem a esses
animais domésticos já foi extinto. (fonte:Notícia)
Entendendo como se determina a idade de um fóssil
Primeiramente vamos esclarecer o que são isótopos. Duas espécies
dizem-se isótopos quando apresentam mesmo número atômico e diferem no número de
massa, ou seja, apresentam maior ou menor número de nêutrons.
No caso do carbono existem inúmeros isótopos, sendo que os mais famosos
vão do 8 até 22. Os isótopos mais abundantes e mais importantes são o 11, 12,
13 e 14 (ver figura abaixo). O fato de serem os isótopos mais importantes
deve-se ao fato dos seus tempos de meia-vida serem grandes, no caso do 11 o tempo
de meia-vida é de aproximadamente 20 minutos e o 14 cerca de 5700 anos.
ALGUNS ISÓTOPOS DO
CARBONO-12
Imagem reprodução: http://quipibid.blogspot.com |
O carbono-12, por ser um isótopo estável, não é radioativo e por ser o
mais abundante está envolvido em toda a química orgânica. Já o isótopo de
carbono-14 é usado na datação radioativa, em que é possível determinar a idade
de certos compostos orgânicos e inorgânicos através da medição da atividade
deste isótopo. No carbono-14 a meia-vida ou período de semidesintegração é de
5700 anos, ou seja, este é o tempo necessário para uma determinada massa deste
isótopo instável decair para a metade da sua massa. Logo, se tivéssemos 10 g de
carbono-14, daqui a 5700 anos teríamos 5 g desse mesmo elemento.
Imagem reprodução G1: Vista lateral de crânio de lobo da era geológica Pleistoceno. Fóssil de 26 mil anos, ainda com dentes, foi encontrado em caverna da Bélgica. (Foto: Royal Belgian Institute of Natural Sciences/AP) |
Datação radioativa
O método usado para determinar a idade de um fóssil
é chamado de datação radioativa, se baseia no fenômeno da radioatividade,
descoberto no final do século XIX. A radioatividade faz os átomos perderem
partículas (prótons ou nêutrons) na forma de radiação, causando variação no seu
número de massa ou em seu número atômico. No caso de fósseis de seres vivos,
costuma-se usar carbono 14 (com seis prótons e oito nêutrons) para fazer a datação.
O carbono 14 emite radiação, perdendo dois nêutrons e se transformando em
carbono 12. Em 5.700 anos, certa quantidade de carbono 14 ficará reduzida à
metade, sendo a outra metade transformada em carbono-12. Por isso, esse tempo é
chamado de meia-vida.
A química está presente nesse processo, mais
precisamente o elemento carbono. A datação de um fóssil pode ser feita com base
no percentual já conhecido do carbono-14 em relação ao carbono-12 da matéria
viva.
O carbono-14 é formado continuamente na atmosfera e
é resultante do processo de bombardeio de raios cósmicos. Ele entra no processo
de fotossíntese e em consequência disso todos os seres vivos possuem em sua
composição geral certa porcentagem de carbono-14, ainda que em pequena
quantidade.
Imagem de O Baricentro da Mente |
Quando o ser vivo morre inicia-se uma diminuição da
quantidade de carbono-14, devido a sua desintegração radioativa. Os cientistas
então, se baseiam no cálculo comparativo entre a quantidade habitual encontrada
na matéria viva, e aquela que foi descoberta no fóssil, determinando assim a
idade do mesmo.
Espero que tenham gostado, bons estudos e até a
próxima.
Referências:
http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-edeterminada-a-idade-de-um-fossilFONTE: http://quipibid.blogspot.com/2014/11/como-se-determina-idade-de-um-fossil.html#more
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