O íon cálcio é componente essencial da alimentação humana, indispensável para a coagulação do sangue e manutenção do ritmo cardíaco. A maior parte do cálcio ingerido é consumida na formação de ossos e dentes; 99% do cálcio no organismo são encontrados no esqueleto. Os ossos são constituídos por fibras de proteínas, o colágeno, água e sais inorgânicos, os minerais. O principal mineral dos ossos e dos dentes é a hidroxiapatita, Ca5(PO4)3OH. A ingestão recomendada de cálcio é de 1.000 mg por dia, a maior parte da qual provém de laticínio, leite, manteiga e queijo.
Existem vários problemas de saúde associados à deficiência de cálcio na alimentação. Um dos mais notáveis é a osteoporose (do grego osteon, osso, e poros, passagem), o aumento da porosidade dos ossos e seu enfraquecimento. A doença atinge mais as mulheres (cerca de 80%) que os homens, pois o metabolismo do cálcio é afetado pelo estrogênio, hormônio feminino. A redução da produção de estrogênio, depois da menopausa, afeta prejudicialmente a substituição do cálcio e leva a ossos mais fracos.
A osteoporose pode ser tratada pela suplementação de cálcio na alimentação, mas o tecido ósseo que se forma não é tão resistente quanto é formado antes do início da doença. Para adensar o tecido, usa-se terapeuticamente o íon fluoreto que contribui para a formação da fluorapatita, Ca5(PO4)3F. A ingestão do fluoreto, porém, tem efeitos colaterais desagradáveis e o tecido ósseo que se forma não tem boas qualidades estruturais.
Referências:
BROWN, T. L., LEMAY, H. E., BURSTEN, B. E. Química - Ciência Central. Rio de Janeiro: LTC, 1997.
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