Por
Damianni Segovia
A
felicidade estampada no rosto não faz bem apenas para o espírito, mas também
para o coração. Pesquisas inglesas comprovam que o sistema cardiovascular de
uma pessoa feliz funciona melhor. Já os nervosos apresentam o dobro de chances
de ter um infarto. Pesquisadores do University College, em Londres, descobriram
recentemente que existe uma correlação entre felicidade e medidas de bom
funcionamento do sistema circulatório e endócrino. Segundo questionários que
medem o grau de felicidade, os mais felizes liberam menor quantidade de
cortisol, substância que participa no desenvolvimento de hipertensão e
arteriosclerose.
A ciência comprovou o que já é de conhecimento popular, a relação entre mente e
corpo é estudada há décadas. Os mais estressados são os mais propensos a ter um
infarto do miocárdio porque o estresse crônico aumenta os níveis de
catecolaminas na circulação, substâncias que levam ao estreitamento das
artérias. Também é o estresse que ativa as plaquetas que são responsáveis pela
coagulação do sangue. Os dois efeitos somados levam a uma condição propícia
para o entupimento de uma artéria, o que causa o infarto e o Acidente Vascular
Cerebral (AVC).
As substâncias por trás do bom-humor
Biopsicologia é o termo usado pelos cientistas para definir o
estudo científico da biologia e dos estudos comportamentais. Refere-se ao
relacionamento entre a biologia e a psicologia, que é chamado de psicologia
corpo e mente. Cada mudança de humor em um indivíduo é acompanhada por uma
quantidade enorme de moléculas de emoção, hormônios e neurotransmissores, que
fluem pelo corpo afetando todas as células. Cada célula possui cerca de um
milhão de receptores para receber estas substâncias químicas. Isso significa
que, quando estamos tristes, nosso fígado está triste, nossa pele está triste e
assim por diante. Cada emoção tem um componente biológico. A dopamina é uma substância
liberada pelo cérebro que produz intensas sensações de prazer e está
diretamente relacionada com o humor, a energia e a disposição. O bom-humor é,
antes de tudo, a expressão de que o corpo está bem. Uma pessoa bem-humorada
sofre menos porque produz mais endorfina, neurotransmissores ligados à gênese
do bem-estar e do prazer. Todo mundo possui esses genes que regulam a
quantidade dos neurotransmissores responsáveis pela sensação de bem-estar, como
a serotonina (hormônio do bem-estar, do bom-humor e da libido) e a dopamina.
Mas cada indivíduo produz uma quantidade diferente de neurotransmissores.
Alimentando o bem-estar
O mau-humor pode ser resultado de
vários fatores: nascença, hereditariedade, daquilo que é transmitido pelos
pais… mas levar a vida numa boa é uma questão de escolha! Um fator que pode
fazer a diferença é a alimentação. Pesquisas mostram que, algumas vezes, nosso
cérebro e nosso paladar não estão muito bem sintonizados. Alguns de nossos
alimentos preferidos são os que mais prejudicam o humor.
Pães, por exemplo, são feitos de farinha de trigo. Tudo que tem farinha de
trigo contém glúten, que pode gerar alguns peptídeos neuromoduladores que têm
papel contrário ao da endorfina. Já a carne tem triptofano, o precursor da
serotonina, que faz muito bem para o nosso estado de ânimo. O triptofano está
presente em alimentos ricos em proteína: como a carne vermelha, a carne de
frango, a carne suína e a carne de peixe. O problema da carne vermelha é a
quantidade de gordura saturada.
As
frutas também são alimentos que fazem bem para o cérebro. Além de serem fontes
naturais de um açúcar superior à sacarose, são fontes de glicose e frutose, que
ajudam na síntese da serotonina.
O efeito chocolate
Uma boa noticia, conforme estudo apresentado pela Sociedade Européia de
Cardiologia, é que o chocolate é um aliado do coração. Substâncias presentes no
cacau, os flavonóides, ajudam a combater a oxidação, melhorando a saúde das
artérias. Ou seja, um chocolate de boa qualidade apresenta capacidade
anti-oxidante e, consumido moderadamente, não promove alteração no colesterol.
Mas e com relação ao temperamento? Fala-se muito no chocolate aliado ao
bem-estar. São muitas as teorias que se referem ao chocolate e suas
substâncias, bem como seu poder de melhorar o humor. O mecanismo mais provável
é que, como todo alimento considerado “apetitoso”, o chocolate estimula a
endorfina, resultando na elevação da disposição mental. É importante ressaltar
que a guloseima apresenta alto teor de gordura total, o que deve ser levado em
consideração. Além disso, o chocolate contém cafeína e gordura saturada, o que
pode trazer um bem-estar momentâneo, mas também contém substâncias que viciam o
cérebro.
- Pratique exercícios. Mais um dos inúmeros bens proporcionados
por eles, é o aumento da disposição para a vida em geral, nos deixa mais
atentos ao que acontece ao nosso redor, e com nosso próprio corpo.
- Comece a escrever um diário, com as coisas pelas quais você é
grato. Isso garante um aumento no nível de felicidade que dura seis semanas.
- Estudos científicos garantem que fazer com que pessoas que já
foram muito importantes na sua vida saibam disso pode valer um mês de
bem-estar.
- Há uma regra com a qual especialista nenhum discorda: ter
amigos ajuda a ser feliz!
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