quarta-feira, 3 de abril de 2013

A química da felicidade!


Por Damianni Segovia
A felicidade estampada no rosto não faz bem apenas para o espírito, mas também para o coração. Pesquisas inglesas comprovam que o sistema cardiovascular de uma pessoa feliz funciona melhor. Já os nervosos apresentam o dobro de chances de ter um infarto. Pesquisadores do University College, em Londres, descobriram recentemente que existe uma correlação entre felicidade e medidas de bom funcionamento do sistema circulatório e endócrino. Segundo questionários que medem o grau de felicidade, os mais felizes liberam menor quantidade de cortisol, substância que participa no desenvolvimento de hipertensão e arteriosclerose.
            A ciência comprovou o que já é de conhecimento popular, a relação entre mente e corpo é estudada há décadas. Os mais estressados são os mais propensos a ter um infarto do miocárdio porque o estresse crônico aumenta os níveis de catecolaminas na circulação, substâncias que levam ao estreitamento das artérias. Também é o estresse que ativa as plaquetas que são responsáveis pela coagulação do sangue. Os dois efeitos somados levam a uma condição propícia para o entupimento de uma artéria, o que causa o infarto e o Acidente Vascular Cerebral (AVC).

As substâncias por trás do bom-humor   
Biopsicologia é o termo usado pelos cientistas para definir o estudo científico da biologia e dos estudos comportamentais. Refere-se ao relacionamento entre a biologia e a psicologia, que é chamado de psicologia corpo e mente. Cada mudança de humor em um indivíduo é acompanhada por uma quantidade enorme de moléculas de emoção, hormônios e neurotransmissores, que fluem pelo corpo afetando todas as células. Cada célula possui cerca de um milhão de receptores para receber estas substâncias químicas. Isso significa que, quando estamos tristes, nosso fígado está triste, nossa pele está triste e assim por diante. Cada emoção tem um componente biológico. A dopamina é uma substância liberada pelo cérebro que produz intensas sensações de prazer e está diretamente relacionada com o humor, a energia e a disposição. O bom-humor é, antes de tudo, a expressão de que o corpo está bem. Uma pessoa bem-humorada sofre menos porque produz mais endorfina, neurotransmissores ligados à gênese do bem-estar e do prazer. Todo mundo possui esses genes que regulam a quantidade dos neurotransmissores responsáveis pela sensação de bem-estar, como a serotonina (hormônio do bem-estar, do bom-humor e da libido) e a dopamina. Mas cada indivíduo produz uma quantidade diferente de neurotransmissores.

Alimentando o bem-estar
     O mau-humor pode ser resultado de vários fatores: nascença, hereditariedade, daquilo que é transmitido pelos pais… mas levar a vida numa boa é uma questão de escolha! Um fator que pode fazer a diferença é a alimentação. Pesquisas mostram que, algumas vezes, nosso cérebro e nosso paladar não estão muito bem sintonizados. Alguns de nossos alimentos preferidos são os que mais prejudicam o humor.
            Pães, por exemplo, são feitos de farinha de trigo. Tudo que tem farinha de trigo contém glúten, que pode gerar alguns peptídeos neuromoduladores que têm papel contrário ao da endorfina. Já a carne tem triptofano, o precursor da serotonina, que faz muito bem para o nosso estado de ânimo. O triptofano está presente em alimentos ricos em proteína: como a carne vermelha, a carne de frango, a carne suína e a carne de peixe. O problema da carne vermelha é a quantidade de gordura saturada.
           As frutas também são alimentos que fazem bem para o cérebro. Além de serem fontes naturais de um açúcar superior à sacarose, são fontes de glicose e frutose, que ajudam na síntese da serotonina.

O efeito chocolate  
            Uma boa noticia, conforme estudo apresentado pela Sociedade Européia de Cardiologia, é que o chocolate é um aliado do coração. Substâncias presentes no cacau, os flavonóides, ajudam a combater a oxidação, melhorando a saúde das artérias. Ou seja, um chocolate de boa qualidade apresenta capacidade anti-oxidante e, consumido moderadamente, não promove alteração no colesterol. Mas e com relação ao temperamento? Fala-se muito no chocolate aliado ao bem-estar. São muitas as teorias que se referem ao chocolate e suas substâncias, bem como seu poder de melhorar o humor. O mecanismo mais provável é que, como todo alimento considerado “apetitoso”, o chocolate estimula a endorfina, resultando na elevação da disposição mental. É importante ressaltar que a guloseima apresenta alto teor de gordura total, o que deve ser levado em consideração. Além disso, o chocolate contém cafeína e gordura saturada, o que pode trazer um bem-estar momentâneo, mas também contém substâncias que viciam o cérebro.
Algumas dicas que ajudam a melhorar o bom humor              
- Pratique exercícios. Mais um dos inúmeros bens proporcionados por eles, é o aumento da disposição para a vida em geral, nos deixa mais atentos ao que acontece ao nosso redor, e com nosso próprio corpo.
- Comece a escrever um diário, com as coisas pelas quais você é grato. Isso garante um aumento no nível de felicidade que dura seis semanas.
- Estudos científicos garantem que fazer com que pessoas que já foram muito importantes na sua vida saibam disso pode valer um mês de bem-estar.
- Há uma regra com a qual especialista nenhum discorda: ter amigos ajuda a ser feliz!

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