terça-feira, 24 de setembro de 2013

ANALOGIAS E METÁFORAS PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS

Por: Saulo C. Seiffert Santos
 A CIÊNCIA E A ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA NO ÂMBITO ESCOLAR

Ciência segundo Chassot (2007a, p. 37) é sempre adjetivada (adjetivos científicos) e a define: “Ciência como uma linguagem para facilitar nossa leitura do mundo”, e que depois se acrescenta “A Ciência pode ser considerada uma linguagem construída pelos homens e mulheres para explicar o nosso mundo natural” (CHASSOT 2008, p. 63), e a marca da ciência atualmente é a incerteza (2007a, p.43) e complementa com a seguinte argumentação:

A Ciência é uma das mais extraordinárias criações do homem, que lhe confere, ao mesmo tempo, poderes e satisfação intelectual, até pela estética que suas explicações lhe proporcionam. No entanto, ela não é lugar de certezas absolutas e [...] nossos conhecimentos científicos são necessariamente parciais e relativos (CHASSOT 2007a, p. 113).

Attico Chassot (um químico e professor de Ensino das Ciências) compreende que a Ciência deve ser base para a leitura de mundo para os alunos na escola média [e fundamental], no seu livro Alfabetização Científica: questões e desafios para a educação (2006) faz uma resumido cenário sobre educação brasileira e realidade brasileira (política-economia neoliberal, globalização e tecnologia). Com uma proposta norteadora na Alfabetização Cientifica que explora as formas de se ler a natureza a partir da Ciência, isto é, procura a leitura política para a formação de um cidadão crítico, para isso conecta com a formação de currículos. No entanto, não deixa de trabalha com a valorização de saberes populares em relação aos conhecimentos científicos, trazendo a História da Ciência como proposta de ensino de Ciência para humanizar a consciência dos alunos que tem como referencia a própria Ciência.
A Alfabetização Cientifica para Chassot está vinculada ao Movimento Ciência, Tecnologia e sociedade (CTS), mas não detalha de forma especifica como articularia de forma direta esse viés, contudo através das suas propostas de integração dos benefícios da ciência com a sociedade normalmente através da escola é compreensível a Alfabetização Cientifica como meio de se contextualizar essas propostas, mas podemos pôr por anteparo na explicação de Teixeira:
Movimento CTS - conjugado com o conjunto de reflexões geradas na base conceitual das teorias progressistas em educação, e aliado aos avanços já alcançados pela pesquisa didática na área de ciências, incluindo também o trabalho realizado pelo programa construtivista (...), inegavelmente trouxe contribuições importantes para a área; poderá constituir-se em referencial para o redimensionamento da educação científica, com desdobramentos no campo da pesquisa e principalmente na prática pedagógica dos educadores e na própria sala de aula, com a possibilidade  de superação das práticas conservadoras que perpassam o ensino ministrado nos componentes curriculares pertencentes a esse ramo de ensino (TEIXEIRA 2003, p. 100).
                Na busca de uma síntese para Alfabetização Científica para Chassot seria a oportunidade de capacitar homens e mulheres a lerem a natureza através das Ciências como se fosse uma linguagem que é escrita e falada, compreendida e que se dá a relação entre os comunicantes, como também a possibilidade de poder entendê-la e manuseá-la conhecendo seus limites e responsabilidades (CHASSOT, 2006). Assim precisamos ser formadores, e não só informadores, de cidadãos através da reflexão da Ciência na escola contemporânea.

1.1   O professor formador em vez do professor informador
Como educador, observa as diretrizes dos PCNs e a legislação atual, percebe mais do que nunca não há espaço para o professor informador, no qual é àquele que se gratifica com ser transmissor de conteúdo (CHASSOT 2007, p. 26), mas ao professor(a) formador(a) que ensina menos, mais sabe descobrir novos conhecimentos, e especialmente, como usá-los tem lugar no novo contexto de Ensino de Ciências (CHASSOT 2007, p. 26). No curricular aponta as necessidades, as direções, missões e conteúdos a ser escolhido para a formação do aluno. Nele se realiza o professor.
Assim com esses pontos Chassot alinhavou a pergunta “Como construí-la e saber usá-la na vida?”. A construção é feita dentro do contexto democrático e o uso da Ciência como cidadão critico, que busca uma coletividade e a manutenção da mesma.
SANTOS, S. C.S. Apostila do Projeto Arquimedes. Projeto Arquimedes. Universidade do Estado do Amazonas. 2010.

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