terça-feira, 18 de junho de 2013

Cientistas iniciam corrida para criar o elemento químico mais pesado do Universo

Professor Jon Petter Omtvedt hopes to extend the periodic
 table with elements 119 and 120 [Imagem: Yngve Vogt/Apollon-UiO]
Experimento está sendo conduzido por duas equipes que tentam produzir os elementos 119 e 120.

Duas equipes internacionais de cientistas estão competindo para saber qual será a primeira a criar o elemento químico mais pesado do Universo. Localizados na parte de baixo da tabela periódica, os elementos químicos superpesados têm número atômico acima de 104. 

O elemento químico mais pesado conhecido atualmente é chamado temporariamente de Ununoctium e foi descoberto em 2002. O desafio dos cientistas agora é produzir o que seriam os elementos químicos de números 119 e 120.

A equipe 1 é conduzida por Jon Petter Omtveldt, professor de Química Nuclear na Universidade de Oslo, e conta com cientistas do Japão, da Europa Ocidental e dos Estados Unidos. Já o segundo grupo é composto por russos e norte-americanos e está sediado no Instituto de Pesquisa Nuclear de Dubna, na Rússia. 

Apenas criar um novo elemento não é o suficiente para que ele seja reconhecido. Os resultados precisam ser catalogados e replicados em outro laboratório para que a experiência seja comprovada. Caso funcione, os resultados permitirão que os pesquisadores estudem a formação dos elementos já existentes, ampliando as possibilidades de aperfeiçoamento de uso de suas características.

Fronteira final da Tabela Periódica
A única forma de descobrir que ganham na loteria, ou melhor, de detectar que o elemento 119 foi formado, é medindo o decaimento radioativo do novo elemento, quando sua vida chega ao fim e ele se decompõe em átomos mais leves.
Uma vez criado, o novo elemento super-pesado iniciará uma rápida cascata de decaimento,
reduzindo-se a elementos mais leves. [Imagem: Kwei-Yu Chu/LLNL]
"Isto significa que nós não poderemos detectar o átomo até que ele tenha se destruído. Antes disso não dá," explicou o pesquisador.
Também não é assim tão simples: ao decair, um elemento produz elementos-filhos mais leves. Além de ser muito rápido, este é um evento em cadeia - uma cadeia de eventos que pode avançar por cinco, seis, sete ou até oito "gerações".
E os cientistas somente poderão ter certeza de que o elemento 119 foi produzido quando eles detectarem uma cadeia de eventos ocorrendo de uma forma muito precisa, que não deixe dúvidas sobre o átomo ancestral.
"Uma das maiores e mais instigantes questões é descobrir até onde poderemos continuar criando átomos mais pesados. Mesmo que seja extremamente difícil criar os elementos 119 e 120, nós não acreditamos que esses elementos marcarão a fronteira final da Tabela Periódica," concluiu Omtvedt.

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